martes, 22 de agosto de 2006

A Posição do Cristianismo Nominal em Relação a Israel

A Posição do Cristianismo Nominal em Relação a Israel
"E lhe disseram: Não! Iremos contigo ao teu povo. Porém Noemi disse: Voltai, minhas filhas! Por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no ventre filhos, para que vos sejam por maridos? Tornai, filhas minhas! Ide-vos embora, porque sou velha demais para ter marido. Ainda quando eu dissesse: tenho esperança ou ainda que esta noite tivesse marido e houvesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos-íeis de tomardes maridos? Não, filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão. Então, de novo choraram em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela. Disse Noemi: Eis que tua cunhada voltou ao seu povo e aos seus deuses; também tu, volta após a tua cunhada. Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Vendo, pois, Noemi que de todo estava resolvida a acompanhá-la, deixou de insistir com ela" (Rt 1.10-18).
As motivações se revelam
Na vida dessas duas moabitas, Orfa e Rute, o Senhor nos dá simbolicamente uma visão profunda do Plano de Salvação, desde o passado até os dias de hoje. Rute e Orfa são, segundo meu entendimento, representações do cristianismo verdadeiro e do falso cristianismo. No versículo 10, ambas ainda afirmaram: "...iremos contigo ao teu povo." Mas, depois que Noemi lhes respondeu, lemos: "Então, de novo, choraram em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela. Disse Noemi: Eis que tua cunhada voltou ao seu povo" (vv.14-15). Pois Orfa significa "a teimosa" ou "a que mostra a nuca". A nuca, a cerviz, é uma ilustração de dureza, de teimosia, de não querer obedecer. Não pretendemos julgar esse cristianismo obstinado, mas é evidente que se trata apenas de piedade nominal, uma vez que tais pessoas não conhecem outra coisa e nem compreendem o desígnio de Deus para suas vidas e para Seu povo. Também não pretendemos julgar Orfa, pois ela não teve entendimento mais profundo. Simplesmente, sem refletir e sem se preocupar, ela voltou ao seu povo e aos seus deuses. Essa foi uma atitude muito trágica! Ela seguiu o seu caminho sem Noemi. Esse é o motivo porque creio que Orfa seja uma figura do cristianismo apóstata dos tempos finais, uma ilustração muito apropriada da cristandade que se afasta continuamente da Bíblia e de tudo que é precioso aos olhos de Deus. Na verdade, Orfa acompanhou Noemi por um trecho do caminho, mas assustou-se quando começou a perceber a realidade: ela "mostrou a nuca", endureceu seu coração e perdeu a gloriosa herança que lhe estava destinada. Orfa representa os muitos cristãos que só chegam até a fronteira e, no momento do desafio decisivo, desviam-se e mostram a dureza do seu coração, voltando atrás e abandonando aquilo que seguiram por certo tempo.
Chama a atenção nessa história que a fidelidade ou a infidelidade das noras só tornou-se manifesta quando Noemi, a judia, partiu para Israel. Antes disso, a postura interior de ambas não podia ser percebida. Não era possível ver o que cada uma delas tinha em seu coração. Mas então, na hora da decisão, a motivação de seus corações foi revelada.
Fidelidade ao povo de Deus
Já dissemos que Noemi é uma figura profética do remanescente de Israel, que desde 1948 volta da Dispersão (Diáspora) para a Terra Prometida. Com esse retorno começou o tempo que a Bíblia chama de tempo do fim. Quando Noemi retornou para sua terra, era o tempo da colheita, o tempo apropriado para Rute encontrar Boaz. Desde 1948 vivemos no tempo do fim, a época em que Deus reconduz Seu povo Israel de volta para sua terra – para que o Senhor Jesus possa voltar e tornar-se o pão da vida para ele. Justamente nessa época será manifesta a fidelidade ou a infidelidade de muitos cristãos: "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé..." (1 Tm 4.1). A infidelidade a Deus também torna-se evidente na infidelidade para com Israel. Deus identificou-se de tal maneira com Israel, que é impossível separá-lO do Seu povo. Rute, o "deleite", o "refrigério", não se separou de Israel e do Deus de Israel, mas testemunhou claramente: "...o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus" (Rt 1.16).
A fase final do tempo do fim começou com o retorno de Israel à sua terra. Por isso, vivemos hoje numa época em que se revela mais e mais o que realmente há no coração das pessoas, em que há separação por causa de Israel, do mesmo modo como Rute e Orfa se separaram diante de Noemi. No último momento, Orfa não quis se agregar ao povo e ao Deus de Noemi. Através desse exemplo, reconhecemos que não pode haver atitude neutra em relação ao povo de Israel e ao Deus vivo. Ou se é a favor, ou se é contra o Senhor. Ele diz com grande seriedade: "Quem não é por mim é contra mim" (Mt 12.30). É absolutamente impossível permanecer neutro em relação ao Senhor, e quem não toma uma atitude positiva diante de Israel também não terá posicionamento correto em relação a Deus. Rute decidiu-se conscientemente pelo povo e pelo Deus de Noemi. Também para nós é muito importante estar ao lado de Israel, pois, em última análise, assim torna-se visível nossa atitude para com Deus. Orfa voltou para o seu povo e para seus deuses. O deus dos moabitas era Quemos (ou Camos), e ele é chamado de "abominação" em 1 Reis 11.7. Desse modo, Orfa é o símbolo de muitas pessoas, infelizmente também de muitos cristãos nominais, que chegam apenas até a divisa, que param no meio do caminho por não terem a coragem de seguir até o fim. Orfa beijou sua sogra e retornou. Como é terrível quando filhos de Deus retornam para o mundo! Mas Rute apegou-se a Noemi. São poucos os cristãos que têm a coragem de atravessar a fronteira – espiritualmente – e de seguir adiante, orando como Jabez: "...e me alargues as fronteiras" (veja 1 Cr 4.10).
Rejeitando a Israel
Procuremos nos colocar no lugar de Orfa, para entender o que aconteceu em seu íntimo quando ela decidiu não ir com Noemi em direção a Israel. Quanto mais perto elas chegavam da fronteira, mais inquieta e insegura ela ficava. Suas dúvidas eram cada vez maiores e em seu íntimo amadurecia a decisão de não atravessar a fronteira. No último momento ela deu meia-volta, "mostrou a nuca", e voltou para seu povo e seus deuses. Quantos cristãos atuais vão só até certo ponto em seu posicionamento diante de Israel. Mas justamente essa atitude é levada muito a sério nas Escrituras. Através de muitos exemplos na Bíblia, fica claro que, por ocasião da volta do Senhor Jesus Cristo, até os povos serão avaliados e julgados conforme sua posição a respeito de Israel. Apesar de muitos não serem inimigos declarados de Israel, eles não são seus amigos de verdade. Do ponto de vista bíblico não existe neutralidade a esse respeito. Embora Orfa tenha beijado Noemi, ela retornou ao seu povo e aos seus deuses. E essa sua atitude teve conseqüências desastrosas. Da mesma forma, poucos cristãos permanecem decididamente ao lado de Israel desde a fundação do Estado e desde o início do retorno dos judeus à sua terra, e poucos reconhecem que é tempo de colheita. Ao invés disso, muitos cristãos apegam-se aos costumes e às tradições. Eles assimilaram os conceitos enganosos e antibíblicos que dizem: Israel foi repudiado eternamente e agora a Igreja está ocupando seu lugar. Essa idéia está tão arraigada nas mentes de muitos cristãos, que eles não têm coragem de se posicionar a favor de Israel. A conseqüência do comportamento de Orfa foi que ela caiu no esquecimento e perdeu sua herança. Rute, ao contrário, por posicionar-se publicamente a favor de Israel, tornou-se a avó de Davi e, assim, entrou na genealogia de Jesus. Alguns estudiosos da Bíblia acham que Orfa foi a bisavó de Golias, que anos mais tarde escarneceu e difamou publicamente o povo e o Deus de Israel, querendo destruir Israel, mas depois foi morto por Davi. Porém, não há provas dessa suposição. Na verdade, somente nas gerações seguintes é que se vê a tragédia da decisão de Orfa em relação a Israel e ao Deus de Israel.
O mesmo acontece freqüentemente em nossa vida: pecados nem sempre têm conseqüências imediatas. Quando não nos arrependemos no momento em que pecamos, muitas vezes só vamos notar mais tarde que aqueles pecados tiveram conseqüências que se farão sentir em toda a sua dureza. O cristianismo morno e apóstata de nossos dias, constituído principalmente de velhas tradições e que, por meio do ecumenismo, volta-se para deuses estranhos – abrindo espaço para idéias budistas, hinduístas, islâmicas e outros ensinos pagãos! – provavelmente produzirá logo o grande "Golias", o anticristo. Mas, a seu tempo, ele será derrotado pelo grande Filho de Davi, por Jesus!
Abraão e Abimeleque
Quantos cristãos se deixam intimidar pela mídia e por informações falsas, recusando-se a atravessar a fronteira para um posicionamento em favor de Israel! Por exemplo, Arafat proclamou em alta voz que Jesus era palestino – sem que isso levasse a protestos enérgicos por parte dos povos chamados cristãos ou dos dirigentes das igrejas cristãs. Pesquisando toda a Bíblia, constataremos que as pessoas que se posicionaram publicamente a favor de Israel, atravessando a "fronteira", foram extraordinariamente abençoadas. O Senhor sempre foi a favor delas. A história de Abraão e Abimeleque mostra isso de maneira muito clara. Na verdade, Abraão tornou-se culpado para com Abimeleque porque disse ser Sara sua irmã, sendo ela sua esposa. Abimeleque não sabia nada sobre a verdadeira situação de Sara e quis tomá-la por mulher. Mas isso não lhe trouxe bênçãos – pelo contrário. Somente quando ele devolveu-a a Abraão, a bênção voltou a fluir. Lemos em Gênesis 20.14-18: "Então, Abimeleque tomou ovelhas e bois, e servos e servas e os deu a Abraão; e lhe restituiu a Sara, sua mulher. Disse Abimeleque: A minha terra está diante de ti; habita onde melhor te parecer. E a Sara disse: Dei mil siclos de prata a teu irmão; será isto compensação por tudo quanto se deu contigo; e perante todos estás justificada. E, orando Abraão, sarou Deus Abimeleque, sua mulher e suas servas, de sorte que elas pudessem ter filhos; porque o SENHOR havia tornado estéreis todas as mulheres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão."
Jesus e o centurião
Outro exemplo é o centurião de Cafarnaum, sobre quem lemos no Novo Testamento. "Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto; porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa" (Lc 7.1-6). Esse centurião romano atravessou a fronteira, posicionando-se de maneira positiva em relação a Israel. Aprendamos através do seu exemplo! Atravessemos também nós a fronteira, posicionemo-nos publicamente a favor de Israel, em favor do seu Deus. Com nosso apoio e nossa ajuda prática a Israel, reconhecemos seu direito à existência, pois Deus lhe deu promessas para o futuro.
A hesitação de muitos
Muitos cristãos também hesitam em atravessar a fronteira no que diz respeito ao pecado. Eles não rompem totalmente com as coisas erradas em suas vidas. Muitos batalham e travam uma luta corpo-a-corpo com o pecado mas, ao mesmo tempo, ficam presos a ele. Eles permanecem indecisos entre o mundo e uma vida que agrade a Deus. Não ousam dar o passo decisivo para a obediência incondicional ao Senhor, deixando sempre aberta uma portinhola atrás de si por onde podem voltar. Eles, como Orfa, não conseguem se decidir, e por isso ficam para trás. Orfa voltou para a velha vida. Na verdade houve o beijo, a simpatia para com Noemi, mas não a verdadeira entrega do coração; faltou a decisão firme de ficar ao seu lado.
O pecado sempre tem conseqüências. Em Oséias 2.6 o Senhor diz a respeito do pecado de Israel: "Portanto, eis que cercarei o seu caminho com espinhos; e levantarei um muro contra ela, para que ela não ache as suas veredas". O pecado restringe nosso caminhar com o Senhor; muralhas erguem-se diante de nós, tirando-nos a visão para seguir adiante. Deus o permite para que deixemos o pecado e nos voltemos a Ele: "Irei e tornarei para o meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora" (Os 2.7b). Podemos ler em Oséias o que o pecado faz: "Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao Senhor deixaram de adorar. A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento. O meu povo consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus" (Os 4.10-12). O pecado pode tirar nosso entendimento, impedindo-nos de pensar claramente, e sem discernimento entre o certo e o errado não vemos mais as coisas de maneira objetiva. O pecado altera as emoções e o raciocínio. A Bíblia nos ensina: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" (Mc 12.30). O envolvimento com o pecado pode chegar até ao ponto de nos levar a amar mais o pecado do que a Deus. Alguém o formulou da seguinte maneira: "O que você olha passa a ter poder sobre você." Que grande verdade! Aquele que procura a Jesus na Palavra de Deus, na Bíblia, olha para Ele e O segue em obediência, é transformado cada vez mais na imagem de Jesus. É assim que crescemos no conhecimento de Jesus. Ao contrário, os que se ocupam com o pecado e o praticam, experimentam uma transformação negativa, pois são marcados pelo pecado e assumem a índole do pecado: "...porque ao Senhor deixaram de adorar" (Os 4.10b). Por isso, quem vive em pecado acaba sem forças para retornar. Em Oséias 5.4 e 8 está escrito: "O seu proceder não lhes permite voltar para o seu Deus, porque um espírito de prostituição está no meio deles, e não conhecem ao Senhor... Cuidado, Benjamim!" Tais pessoas são dominadas pelo pecado de tal maneira, que não têm forças suficientes para abandoná-lo. O inimigo tornou-se demasiadamente poderoso em suas vidas. Oséias 7.2 continua: "Não dizem no seu coração que eu me lembro de toda a sua maldade; agora, pois, os seus próprios feitos os cercam; acham-se diante da minha face". Nos versículos 10-11 está escrito: "A soberba de Israel, abertamente, o acusa; todavia, não voltam para o Senhor, seu Deus, nem o buscam em tudo isto. Porque Efraim é como uma pomba enganada, sem entendimento..." Tudo isso acontece quando não atravessamos a fronteira da entrega total. Orfa tinha o coração dividido. Ela não estava disposta a assumir as conseqüências, e errou o alvo. No grego a palavra pecado significa "errar o alvo". Pecado não significa apenas comportamento errado, mas uma maneira errada de viver, uma predisposição em errar o alvo. O normal e o natural do ser humano é seguir pelo caminho errado. Seria catastrófico se no fim da nossa vida tivéssemos de confessar – só porque nunca nos decidimos a atravessar a fronteira –, que em última análise erramos o alvo que Deus tinha para nossa existência!
Que caminho você está seguindo? O salmista diz: "Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade" (Sl 39.4). Devemos ser gratos a Deus por Ele nos mostrar toda a tragicidade e conseqüência do nosso pecado, e, através do perdão, oferecer-nos uma saída! Ele atravessou a fronteira em nossa direção e veio ao nosso encontro por meio de Jesus Cristo e Sua obra consumada na cruz. Ainda vivemos no tempo da graça, e Deus nos oferece restauração em Jesus. Mas nós também devemos estar dispostos a atravessar a fronteira em direção a Ele, realmente colocando em prática nossa decisão. O Senhor adverte: "Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Perdoa toda iniqüidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios" (Os 14.1-2). E nos versículos 4-5 Ele faz a grandiosa oferta de amor: "Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles. Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano."
Deus não pode fazer outra coisa do que amar também a você, prezado leitor. Portanto, volte para Ele! Atravesse a fronteira! Em Oséias 10.12 está escrito: "Semeai para vós outros em justiça, ceifai segundo a misericórdia; arai o campo de pousio; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que ele venha, e chova a justiça sobre vós." É isso que Deus tem preparado para Israel. O mesmo Ele tem preparado também para você, se você tiver ânimo de atravessar a fronteira, deixando o pecado e indo em direção a Jesus.
Da estreiteza de nossa incredulidade ao espaço ilimitado da fé
Muitas pessoas vão só até a fronteira e não dão um passo a mais para assumir o trabalho missionário. Justamente pessoas jovens freqüentemente não têm coragem de dar esse passo, isto é, elas não têm ousadia de obedecer à ordem do Senhor: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). Participar de trabalho missionário, porém, nem sempre significa ir para o exterior. Muitas vezes, é preciso abandonar primeiro certos hábitos e costumes e atravessar a fronteira em direção a Deus, fazendo a Sua vontade. E "todo o mundo" começa diante da porta da nossa casa!
Muitos também não vão além da fronteira na hora de se aventurar a dar um passo de fé. Outros não têm o ânimo de realizar pela fé o propósito que Deus colocou em seus corações. Abraão foi um homem que ultrapassou seus limites pela fé: "Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia" (Hb 11.8). Uma ousadia – mas ele a realizou pela fé! Por meio dessa fé a Terra Prometida tornou-se possessão sua. De uma vez por todas devemos sair da estreiteza da nossa incredulidade para ocupar os espaços ilimitados da fé. Lembremo-nos mais uma vez de Jabez, que suplicou ao seu Deus, o Deus de Israel: "Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido" (1 Cr 4.10).
É muito importante que atravessemos a fronteira e olhemos concretamente para o alvo. Orfa não conseguiu fazer isso. Na verdade, ela tinha dito o mesmo que Rute: "Não! Iremos contigo ao teu povo" (Rt 1.10). Mas, ao contrário de Rute, faltou-lhe a força necessária para seguir em frente. A dificuldade em nossas vidas é que muitas vezes realmente desejamos fazer alguma coisa, mas não estamos firmemente decididos a concretizá-la. Temos o desejo de abandonar o pecado, mas não estamos dispostos a fazê-lo de fato. Gostaríamos de ir para o campo missionário para sermos usados pelo Senhor, mas não estamos firmemente decididos a dar esse passo e tomar as providências necessárias. Sabemos de certas barreiras em nossa vida, mas não estamos dispostos a vencer as resistências pela fé. Sabemos o caminho que devemos seguir, que devemos tomar certas decisões, mas não o fazemos. No reino de Deus só pode acontecer algo concreto se decididamente tomarmos certas atitudes e agirmos pela fé. Comecemos a atravessar a fronteira no verdadeiro sentido bíblico e sigamos por todo o caminho com Jesus. Certamente o Senhor tem algo bem definido para você. Você deveria dar esse passo: confessar ao Senhor e depois abandonar os pecados escondidos em sua vida. Se você ainda não é renascido, dê esse passo para além da fronteira o mais breve possível! Atravesse a fronteira, agora que você se deu conta de que ela existe, e siga adiante segurando a mão de Jesus!
(Norbert Lieth - www.chamada.com.br)
Extraído do livro Rute - À Luz do Plano de Salvação.

lunes, 21 de agosto de 2006

Porque os justos sofrem?

Por que os justos sofrem?
Assim como Deus manda a chuva, o sol e outras bênçãos tanto sobre  os justos como sobre os injustos (Mateus 5:44-45), a Bíblia também   ensina que todos (sejam justos ou injustos) têm que sofrer as conseqüências do pecado de Adão e Eva. Gênesis 3 registra o relato da queda de Adão e Eva. As maldições caídas sobre a terra como resultado são relatados em Gênesis 3:16-19. Elas incluem a dor do parto, espinhos e cardos, comer o pão "no suor do rosto", e, finalmente, morte. Estas maldições são universais. Todos estão sujeitos a dor, tristeza, infelicidade e a morte que são o resultado, não da crueldade ou indiferença por parte de Deus, mas da introdução do pecado no mundo.

A pessoa que está preocupada com o sofrimento dos justos precisa ler o livro de Jó. Ele era um homem rico a quem Deus tinha abençoado abundantemente. Jó 1:8 nos conta a estima de Deus por este homem: "Perguntou ainda o S
ENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, tememnte a Deus e que se desvia do mal."
Não há questão sobre se o subseqüente sofrimento de Jó era castigo por algum pecado grave. O livro constitui, na maior parte, de uma discussão que Jó tinha com seus "amigos", que tentavam convencê-lo de que ele estava recebendo retribuição por alguma maldade dele. Mas não somente Jó era inocente de qualquer pecado resultando em seu sofrimento incomum, mas é-nos dito mais tarde que "Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (Jó 1:22). O sofrimento acontece a jovens e velhos, bons e maus. Algumas pessoas parecem ter mais do que sua conta de calamidade, enquanto outras aparentemente escapam com pouca adversidade. A maioria de nós provavelmente cai em algum lugar entre estes dois extremos.

A adversidade, conquanto atribuída a um Deus cruel e injusto, realmente pode beneficiar-nos de muitos modos se estivermos determinados a servir o Senhor.

O sofrimento nos prova. Lemos sobre uma tal provação, em Gênesis 22, que deve ter sido desagradável para Abraão. Mas ele passou a provação e o resultado foi a promessa de grandes bênçãos através de sua herança, que beneficiaria toda a terra (leia os versículos 1 a 18).
Deus estava permitindo que Jó fosse experimentado com as aflições pelas quais Satanás o atormentou. Jó passou na prova e lemos, "Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro..." (Jó 42:12).
Não nos foi prometida grande riqueza material se passássemos nas provas de adversidade, mas nos foi assegurado que o Senhor cuidará de nós (Mateus 6:33), e que colheremos recompensas maiores do que a riqueza deste mundo.

O sofrimento nos fortalece. Quem não ouviu uma pessoa mais velha contar os "tempos duros" que enfrentou? Alguns falam de suas experiências para atravessar a Grande Depressão. Alguns relatam os contos pungentes da desgraça. Outros falam de tragédia pessoal que teve que ser suportada. Por que freqüentemente as pessoas têm orgulho dos tempos traumáticos em que viveram? É porque elas sabem que isto é evidência de um caráter e uma constituição fortes, que talvez foram forçadas sobre eles pelas suas adversidades. Converse com qualquer pessoa de riqueza ou alta posição que "abriu seu próprio caminho." Os tempos sobre os quais terá mais prazer em lhe falar são "naquele tempo quando eu não estava tão bem como agora." Elas gostam de recordar a luta, a dureza e a labuta que os colocaram onde estão. A maioria destas pessoas não trocaria estas experiências por nada, porque sabem que foram as próprias durezas que suportaram que lhes deram a força de caráter que agora possuem.

Devemos ser fortalecidos espiritualmente pelo sofrimento porque sabemos que Deus "...não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Coríntios 10:13). Cada vez que você passa por uma provação, você está um pouco mais forte. Isto não somente o capacitará a enfrentar outras tentações contra as quais você irá contra, mas também lhe dará capacidade para ajudar melhor e encorajar outros que possam enfrentar dificuldades semelhantes.

O sofrimento nos humilha. Em 2 Coríntios 12:4-10 aprendemos que Paulo tinha uma enfermidade com o propósito de ajudá-lo a manter sua humildade e também para que outros não o exaltassem acima da conta. Na adversidade percebemos que nossa única segurança e força verdadeira estão em Jesus Cristo. Por nós mesmos não temos a força e a auto-suficiência das quais gostaríamos de vez em quando de nos exibir. Paulo disse: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).

Acima de tudo, lembremo-nos de que nossa meta não é uma vida ditosa, despreocupada, nesta terra. Antes, estamos labutando e algumas vezes sofrendo para que possamos atingir o lar celestial que Jesus Cristo foi preparar para nós. Que as tentações, adversidades, perseguições, tristezas e dores nesta vida nos dêem uma mais profunda ânsia e apreciação pela esperança que fica diante de nós se formos cristãos e fiéis ao Senhor.
"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18). Torne-se um cristão para que possa ter esta alegria e paz de consciência.

­por Tom Moody

Para reflexão

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem." (Efésios 4.29) "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (I Coríntios 3.16)
Quando Paulo nos ensina com essas palavras significa que somos separados para Deus, tanto para salvação eterna, como para seguir o que Jesus nos ordenou, de pregar o Evangelho a toda a criatura. Ora, se de minha boca procede maus desígnios, palavras e atitudes que não agradam a Deus, como a promessa se cumpre em mim? "Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir." (João 16.13)
Agindo assim fazemos como os judeus do tempo de Jesus, que a Palavra diz que eram resistentes ao Espírito Santo. Pois aquele que é obediente e sensível enxerga as obras do Espírito atuando:
"As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais." (I Coríntios 2.13)
Vivemos nos últimos tempos, e assim como foi nos dias de Nóe, quando todos viviam regaladamente, sem prévio aviso veio o dilúvio e a todos levou exceto ao justo Noé e sua família,assim virá Jesus buscar aqueles que guardam o testemunho do Cordeiro. Vigiemos e oremos ao Senhor para nos apartar das cousas que desagradam a Ele. "Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca." (Colossenses 3.8)
A Paz, tenha um dia abençoado em Cristo Jesus

viernes, 18 de agosto de 2006

Sofrimento

Sofrimento

Por que acontecem coisas ruins? Se Deus é tão bom, bem como Todo-poderoso, por que ele não evita o sofrimento? Como devemos reagir quando acontecem coisas que não nos fazem sentido? Estes tópicos, que têm incomodado os homens durante séculos, não devem abalar nossa fé. A palavra de Deus fornece algumas respostas e sustenta poderosamente nossa fé mesmo quando algumas perguntas permanecem sem reposta.
O pecado do homem
Deus criou o homem à sua própria imagem (Gênesis 1:26). Isto não quer dizer que o homem se pareça fisicamente com Deus, pois ele não tem um corpo carnal (João 4:24; Lucas 24:39). O que significa é que o homem tem consciência racional e livre arbítrio para determinar seus próprios atos. Essa liberdade explica por que o sofrimento se originou.
Quando Deus criou Adão e Eva, ele os colocou num paraíso, cheio de frutos bons. Ele autorizou-os a comerem de todas as árvores, exceto duma. Mas a existência perfeita deles foi destruída, porque decidiram comer da única árvore proibida. Seu pecado levou Deus a expulsá-los do maravilhoso jardim e a puni-los trazendo o sofrimento sobre eles e seus descendentes (Gênesis 3). Este mundo, amaldiçoado por causa do pecado do homem, não é o lugar que Deus desejava para o seu povo.
Não poderia Deus ter evitado que o homem pecasse? Certamente. Ele poderia ter criado robôs ou bonecos que recitassem, "Eu te amo", sempre que ele desse corda neles. Em vez disso, Deus preferiu criar os homens à sua imagem, com livre arbítrio. É logicamente impossível dar aos homens livre escolha e não lhes permitir decidir livremente. Mas não poderia Deus ter dado aos homens livre escolha e só eliminar as más conseqüências que resultassem dessas escolhas? Talvez, mas ainda é duvidoso que escolha sem conseqüência seja realmente autêntica. De qualquer modo, conseqüências sofridas são freqüentemente bênçãos. A sensação de dor quando tocamos um objeto quente ensina-nos a não tocarmos num fogão quente. Se não fosse sentida a dor, maiores danos certamente resultariam.
O sofrimento resulta do pecado humano, direta ou indiretamente. Por exemplo, a fornicação freqüentemente causa doenças transmitidas sexualmente e daí o sofrimento ("...o caminho dos pérfidos é intransitável" Provérbios 13:15). A ira descontrolada faz com que outros sofram. Algum sofrimento é o resultado indireto do pecado, porque não vivemos mais no paraíso, mas num ambiente amaldiçoado por causa do pecado. A conclusão é que o sofrimento acontece porque Deus deu ao homem livre arbítrio e este resolveu pecar.
Boas pessoas
Mas por que pessoas boas, inocentes, sofrem? Algumas vezes pessoas boas  erram e sofrem as conseqüências de seus pecados. Outras vezes elas   sofrem por causa de erros cometidos por outras. E às vezes, elas sofrem porque vivem num mundo que foi amaldiçoado em conseqüência dos pecados da humanidade. Mas aqueles que amam a Deus podem sempre encontrar benefício no sofrimento: "Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Como pode o sofrimento ajudar os cristãos fiéis?
Castigo. A dor é uma grande ferramenta de ensino. Hebreus 12 revela que Deus disciplina os filhos que ele ama. Pais terrenos também disciplinam seus filhos porque os amam e querem exercitá-los no caminho certo. Em vez de nos ressentirmos contra a disciplina de Deus, devemos apreciar que ele tenha bastante cuidado para conosco a ponto de nos corrigir. "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça" (Hebreus 12:11). O salmista reconheceu o valor do sofrimento em sua própria vida: "Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra... Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Salmo 119:67,71).
Crescimento espiritual. O sofrimento ajuda os cristãos a ficarem mais fortes. Jó era um homem devoto, mas pela aflição ele "cresceu" e se tornou um servo de Deus mais forte e mais humilde. Assim como o ouro é purificado ao passar pelo fogo, assim um cristão é purificado e fortalecido quando passa pela aflição (1 Pedro 1:6-9). O que sai da fornalha é melhor do que o que nela entrou. Esse sofrimento, então, não é porque temos errado, mas porque podemos fazer melhor.
O sofrimento nos ajuda espiritualmente de vários modos: Œ Confiança. Paulo aprendeu a confiar mais em Deus por causa das circunstâncias perigosas (2 Coríntios 1:8-9). Experimentar tempos difíceis nos faz mais cônscios de nossa necessidade de Deus e assim desenvolvemos confiança nele, não em nós mesmos.  Humildade. Deus deu a Paulo um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para impedi-lo de se exaltar (2 Coríntios 12:7-9). A arrogância invade sutilmente nossos corações; as aflições ajudam a resistir a esta tentação. Ž  Perspectiva. Deus quer que vivamos como peregrinos aqui, entendendo que o céu é o nosso verdadeiro lar (Colossenses 3:1-4; Filipenses 3:20). Mas quando as coisas vão bem para nós nesta vida, sentimo-nos em casa no mundo e deixamos de almejar estar com o Senhor. As aflições nos ajudam a visar a verdadeira meta.
O plano de Deus. Algumas vezes o sofrimento nos capacita a contribuirmos para o plano de Deus referente ao mundo. Jesus sofreu para ajudar os outros, sacrificando sua vida para reconciliar os homens com Deus. José sofreu para que sua família pudesse ser salva da fome (Gênesis 45:5-7; 50:20). A prisão de Paulo resultou surpreendentemente em maior progresso do evangelho (Filipenses 1:12-18), tanto porque lhe deu oportunidade para ensinar os guardas que estavam acorrentados a ele, como porque outros irmãos foram encorajados por sua atitude a pregarem a palavra mais ousadamente. Os sofrimentos de Paulo também o qualificaram para confortar outros que estavam sofrendo (2 Coríntios 1:3-5).
Lidando com o sofrimento
Há diversas coisas que ajudam na lida com o sofrimento:
Deus também sofre. Enquanto Deus olhava para seu Filho em angústia na cruz, ele sofria. Este sofrimento não era causado pela fraqueza de Deus. Não era como se Jesus tivesse esgotado todos os seus esconderijos e seus inimigos finalmente o tivessem apanhado e executado contra sua vontade. Não, Jesus entregou sua vida voluntariamente (João 10:17-18). Ele decidiu voltar ao mesmo lugar onde sabia que Judas poderia encontrá-Lo (João 18:1-2). Ele se recusou a chamar os anjos para que o salvassem, ainda que legiões deles estivessem à sua disposição (Mateus 26:53). Ele nada disse para se defender durante o julgamento, ainda que, se tivesse feito isso, sem dúvida teria escapado da cruz. Cristo sofreu porque decidiu sofrer. Sofreu porque nos amava. O fato que o Senhor sofre conosco nos assegura de sua compaixão e auxílio, e dá-nos forças para enfrentarmos nossas dificuldades (Hebreus 2:14-18; 4:14-16; 5:7-10).
Não sabemos todas as respostas. Muito sofrimento fica sem explicação. Jó passou seus dias implorando a Deus que lhe desse audiência e lhe explicasse porque sofria. Quando Deus finalmente apareceu, ele demonstrou que Jó não tinha capacidade nem para entender a resposta, muito menos para discutir com seu Criador. E no final, Jó aprendeu a confiar simplesmente em Deus. Algumas vezes o sofrimento que é inexplicável no momento, mais tarde é facilmente compreendido. Por que Deus permitiu que José fosse vendido como escravo e depois definhasse na prisão por manter sua pureza? Mais tarde o propósito ficou claro. Deus nunca prometeu que explicaria satisfatoriamente tudo o que acontece no mundo. Mas podemos confiar nele.
Paulo e seu espinho. A reação de Paulo quanto ao espinho em sua carne é um excelente modelo para se lidar com o sofrimento. Talvez Deus tenha deixado indefinida a natureza do espinho na carne de Paulo para que possamos usar esse modelo a fim de nos ajudar em qualquer tipo de sofrimento que enfrentamos. Observe como Paulo lidou com sua dificuldade: Œ Ele orou pela remoção do espinho três vezes. Certamente temos todo o direito de orar para que nossos sofrimentos sejam removidos.  Ele aceitou o fato que teria que viver com ele. Nem todas as orações são respondidas afirmativamente. Quando Jesus orou no jardim para que o cálice fosse afastado dele se fosse a vontade de Deus, não foi a vontade de Deus. Quando Deus diz não, precisamos aprender a aceitar sua resposta. Ž  Ele procurou bênçãos no espinho e percebeu que isto o ajudava a evitar de se exaltar. O Deus que obra todas as coisas juntas para o bem daqueles que o amam não permitirá que soframos em vão. Precisamos simplesmente procurar as lições e as bênçãos em nossos sofrimentos.  Ele aprendeu a regozijar-se com "seu espinho". "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).
O sofrimento leva-nos a Deus. O sofrimento, a conseqüência do mal, é um sinal do que seria a vida sem Deus. Dando-nos um vislumbre do tipo de mundo que haveria se Deus estivesse ausente, o sofrimento nos diz que precisamos de Deus. Certamente não queremos estar naquele lugar onde o mal reina soberanamente e onde Deus não está.
Que Deus ponha em minha vida o sofrimento que me aproxime mais dele.
-por Gary Fisher

martes, 15 de agosto de 2006

Mensagem

"Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus,nem respeitava homem algum.Havia também,naquela mesma cidade,uma viúva que vinha ter com ele,dizendo:Julga a minha causa contra o meu adversário.Ele,por algum tempo,não a quis atender;mas,depois,disse consigo:Bem que eu não temo a Deus,nem respeito a homem algum;todavia,como esta viúva me importuna,julgarei a sua causa,paranão suceder que,por fim,venha a molestar-me.Então,disse o Senhor:Considerai no que diz este juiz iníquo.Não fará Deus justiça aos seus escolhidos,que a ele clamam dia e noite,embora pareça demorado em defendê-los?"(Lucas 18.2-7)
A parábola da viúva e do juiz iníquo nos anima a orar com perseverança.Se até mesmo um homem perverso acaba se comovendo,quanto mais razão não teria o Deus de amor para intervir libertando os seus escolhidos.Às vezes Ele tarda em fazê-lo,porque o fruto que espera não está maduro;mas não nos esqueçamos de que Ele a Si mesmo Se obriga a usar de paciência,pois o Seu amor O levaria a agir mais depressa.
Fica na Paz