martes, 30 de junio de 2009

Lição Bíblica

João 4.1-18

1 Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João
2 (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos),
3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia.
4 E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria.
5 Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José.
6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.
7 Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8 Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos.
9 Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?
10 Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11 Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
12 És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?
13 Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede;
14 aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.
16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá;
17 ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido;
18 porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
Deus não enviou o Seu Filho unigênito somente para gente respeitável como Nicodemos. Esse maravilhoso "dom de Deus" (v. 10) tem sido feito disponível gratuitamente para o mais miserável pecador. Que quadro temos aqui! Em Sua incompreensível humilhação, o Filho de Deus está sentado junto ao poço, verdadeiramente homem, que sente cansaço e sede; e, contudo, só pensa na salvação do ser que Ele criou. Uma mulher se aproxima dEle; veja como o Senhor Jesus trata de ganhar a sua confiança. Pede-lhe um favor e coloca-Se a seu nível, abordando assuntos que são do conhecimento dela. Desesperada por encontrar felicidade, essa mulher tinha bebido das muitas águas enganosas deste Mundo. Havia buscado a felicidade com cinco maridos, e sempre havia voltado a ter sede. Mas o Salvador chama a sua atenção para a "água viva", da qual Ele mesmo é a fonte (vs. 10, 13, 14; compare com Jeremias 2:13, 18; 17:13). Ela não entendeu a natureza disso; mas essa samaritana foi movida a perguntar-Lhe como ela poderia receber esse maravilhoso dom. Antes, é necessário que o Senhor ponha o dedo sobre o que não está certo na vida dessa mulher (v. 16-18), pois nenhum homem pode ser feliz a menos que a luz de Deus tenha penetrado na sua consciência. No Senhor Jesus, a graça é inseparável da verdade, (v. 17).

lunes, 29 de junio de 2009

Lição Bíblica

João 3.22-36

22 Depois disto, foi Jesus com seus discípulos para a terra da Judéia; ali permaneceu com eles e batizava.
23 Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo e era batizado.
24 Pois João ainda não tinha sido encarcerado.
25 Ora, entre os discípulos de João e um judeu suscitou-se uma contenda com respeito à purificação.
26 E foram ter com João e lhe disseram: Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, está batizando, e todos lhe saem ao encontro.
27 Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada.
28 Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor.
29 O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim.
30 Convém que ele cresça e que eu diminua.
31 Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos
32 e testifica o que tem visto e ouvido; contudo, ninguém aceita o seu testemunho.
33 Quem, todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez, certifica que Deus é verdadeiro.
34 Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida.
35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos.
36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
Os discípulos de João sentem um pouco de ciúmes ao ver que seu mestre perde sua importância e uma outra pessoa vem a ser mais importante (v. 26; 4:1). Com exceção de dois deles (uma era André), que deixaram João e seguiram o Senhor Jesus (1:37), esses homens não haviam entendido o que exatamente era a missão do precursor. Ele era o amigo do Esposo - aquilo que provocava descontentamento a seus discípulos, pelo contrário, o enchia de gozo (v. 29). Tinha gozo em sair de cena em benefício do Senhor. A sua maravilhosa resposta deveria ser um lema bem gravado também em cada um de nossos corações: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (v. 30). Estas palavras dão a João a oportunidade de exaltar o Senhor Jesus: Ele está acima de todos os homens, não por causa da autoridade que a multidão nEle reconheceu, mas sim porque "vem das alturas" (v. 31). E não vem do alto como um anjo, mas como sendo o objeto de toda a afeição do Pai, o Seu herdeiro (Hebreus 1:2).

Tal visita pôs toda a raça humana à prova e a dividiu em dois grupos: primeiro, aqueles que crêem no Filho - esses têm vida eterna. Por último, aqueles que não crêem - que terrível pensamento! -, a ira de Deus permanece sobre eles. Em qual grupo você se encontra? (vide cap. 20:31).

sábado, 27 de junio de 2009

Lição Bíblica

João 2.13-25

13 Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém.
14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados;
15 tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas
16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.
17 Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.
18 Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas?
19 Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.
20 Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás?
21 Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo.
22 Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.
23 Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome;
24 mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos.
25 E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.
De Cafarnaum o Senhor Jesus sobe a Jerusalém. A páscoa dos judeus está próxima. Essa festa já perdera a característica das "festas fixas do Senhor", nem de uma "santa convocação" (Levítico 23:2; Cf. João 7:2). O templo está cheio de mercadores vendendo os diferentes animais necessários para os sacrifícios. O Senhor, indignado com esse vergonhoso comércio, purifica a casa de Seu Pai (v. 16).

Amigo cristão, o seu corpo é o templo do Espírito Santo. Se você tem-se permitido ser invadido e ser dominado por hábitos e pensamentos impuros, deve deixar que o Senhor coloque tudo em ordem e o santifique. É interesse dEle que você ame o Seu Pai.

As pessoas de quem se fala nos versículos 23-25 criam em Jesus com as suas mentes, sem que os seus corações fossem verdadeiramente tocados. Reconheciam o Seu poder para realizar milagres, mas isso não era fé, e o Senhor Jesus não se comprometeu com eles. Porque "a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo" (compare v. 22 com Romanos 10:17). O perfeito conhecimento que o Senhor Jesus tem do coração humano é uma prova de Sua divindade (v. 25; leia Jeremias 17:9, 10). Mas o Seu amor não se tem esfriado por isso. Seu motivo para amá-los provém dEle mesmo e não do amor que o homem Lhe retribui.

viernes, 26 de junio de 2009

Lição Bíblica

João 2.1-12

1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus.
2 Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.
3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.
4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5 Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.
6 Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas.
7 Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.
8 Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.
9 Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo
10 e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.
11 Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
12 Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.
O Senhor Jesus foi convidado para um casamento. Porém, observem que esta cena tem lugar fora da sala onde aconteceu a festa e nada nos é dito a respeito dos que casaram. Tudo que sabemos sobre eles é que tiveram a feliz idéia de convidar Jesus e Seus discípulos para as bodas. Queridos amigos, estamos aptos a incluir o Senhor em todas as nossas atividades? Estaria Ele sempre livre para associar-se às nossas celebrações familiares e às nossas diversões? Ele é o único que pode nos assegurar o verdadeiro gozo, do qual o vinho é uma figura na Palavra de Deus. Contudo, é a água destinada à purificação que produz esse vinho de gozo. Esse será o caso com Israel nos tempos da restauração, como é o caso da Igreja também. Apenas experimentamos o gozo espiritual conforme a medida em que primeiro praticamos o auto-juízo.

A atitude do homem é servir "primeiro o bom vinho" (v. 10). Desde a sua juventude o homem se apressa a gozar de tudo que a vida pode lhe oferecer, porque, com os anos, pouco a pouco virão as preocupações, as penas, o declínio e a morte; por isso o bom vinho é apresentado primeiro. O Senhor Jesus age diferente. Ele tem reservado para os Seus eterno gozo, o qual não se compara de nenhum modo com as vãs felicidades desta Terra. Não desejemos qualquer outra coisa que isso.

jueves, 25 de junio de 2009

Lição Bíblica

João 1.35-51

35 No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos
36 e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
37 Os dois discípulos, ouvindo -o dizer isto, seguiram Jesus.
38 E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes?
39 Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima.
40 Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.
41 Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
42 e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
43 No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galiléia e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-me.
44 Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
45 Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José.
46 Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.
47 Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!
48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
49 Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!
50 Ao que Jesus lhe respondeu: Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois maiores coisas do que estas verás.
51 E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
O que preenche o coração de João com gozo e convicção é o procedimento do Senhor Jesus (e não apenas o sinal do alto: v. 32-33). Este sentimento é contagiante e fala a outros também. Os dois discípulos de João ouvem o que ele diz e se ajuntam ao Senhor Jesus. Eles O seguiram e se alegraram em Sua presença, tal como hoje, segundo a Sua promessa, também podemos fazer (Mateus 18:20). André nos dá ainda outro exemplo. Ele leva o "seu próprio irmão, Simão", ao Senhor Jesus. Antes de pensarmos em qualquer tipo de atividade para o Senhor, recordemos os nossos próprios parentes que ainda não conhecem Jesus. André é um discreto discípulo. Mas o seu serviço naquele dia veio ter grandes conseqüências, já que Simão veio a ser o apóstolo Pedro. Filipe ouve o chamado do Senhor e logo fala a Natanael sobre esse Nazareno que é o Messias prometido. Mas nenhum argumento tem o peso desse simples convite: "Vem, e vê".

Nesse capítulo vemos alguns dos magníficos nomes e títulos que exaltam as glórias eternas do Senhor Jesus Cristo: Verbo, Vida, o Deus unigênito no seio do Pai, o Cordeiro de Deus, Mestre, Messias ou Cristo, Nazareno, Filho de Deus, Rei de Israel e Filho do homem.

miércoles, 24 de junio de 2009

Lição Bíblica

João 1.19-34

19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?
20 Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
21 Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não.
22 Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?
23 Então, ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
24 Ora, os que haviam sido enviados eram de entre os fariseus.
25 E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
26 Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis,
27 o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias.
28 Estas coisas se passaram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
30 É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim.
31 Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água.
32 E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele.
33 Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
34 Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.

Não foi o peso de seus pecados que conduziu os sacerdotes e os levitas a João Batista, mas antes a curiosidade e o desejo de formar uma opinião; talvez eles também sentissem alguma ansiedade. Contudo, suas perguntas dão a João a oportunidade de entregar a sua mensagem (Cf. 1 Pedro 3:15). Mas, não é acerca de si mesmo que ele tem alguma coisa a dizer (v. 22); ele é somente uma voz. Ele era "um homem enviado por Deus... para que testificasse a respeito da Luz" (v. 6-8). Não nos esqueçamos de que todos os redimidos são chamados a dar testemunho da luz, sobretudo ao andar "como filhos da luz" (Efésios 5:8). Em si mesmos não são nada, apenas instrumentos através dos quais Cristo, a Luz moral do Mundo, deve ser manifestado.

Deus disse de antemão a Seu servo como reconhecer Aquele que ele era responsável por anunciar. "Eis o Cordeiro de Deus", clamou João quando viu o Senhor Jesus. Deus providenciou para Si mesmo uma santa Vítima para tirar o pecado do Mundo. Vítima esperada desde a queda do homem e anunciada pelos profetas tanto quanto tipificada no Antigo Testamento (Isaías 53; Êxodo 12:3). Que Vítima! O Cordeiro de Deus não é outro senão o próprio Filho de Deus (v. 34).

lunes, 22 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 24.36-53

36 Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco!
37 Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito.
38 Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?
39 Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
40 Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
41 E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer?
42 Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel.
43 E ele comeu na presença deles.
44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
45 Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;
46 e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia
47 e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.
48 Vós sois testemunhas destas coisas.
49 Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.
50 Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou.
51 Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu.
52 Então, eles, adorando -o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo;
53 e estavam sempre no templo, louvando a Deus.
O Senhor poderia ter subido ao céu no momento de Sua ressurreição. Mas Ele desejava encontrar os seus queridos discípulos novamente (João 16:22); queria dar-lhes prova de que não só estava vivo, mas que permanecia Homem para sempre, o homem Jesus Cristo, o mesmo que eles haviam conhecido, seguido e servido aqui na Terra. Queridos amigos crentes, Aquele que nós veremos no céu não é somente um "espírito", nem tampouco um estranho para os nossos corações. Ele é o Senhor Jesus dos Evangelhos, o Filho do homem, o qual Lucas nos tem apresentado, o terno Salvador que aqui na Terra temos aprendido a conhecer e amar.

Por quatro vezes neste capítulo insiste-se que todo o decreto de Deus havia de cumprir-se nos sofrimentos de Cristo, mas também em Suas glórias (v. 7,26,44,46).

O Senhor levou os Seus discípulos para Betânia, lugar que escolheu para despedir-Se dos Seus. Com isso, e visando o tempo de Sua ausência, ele figurativamente os estabeleceu sobre um novo terreno "fora" do sistema judaico, uma nova base, que é a vida nova e a comunhão (do que Betânia é figura: João 12:1-2).

A última palavra do Senhor é uma promessa (v. 49), Seu gesto, uma bênção (v. 50). Ele se foi, mas os corações de Seus discípulos transbordavam de alegria e louvor. Objetos do mesmo amor, celebremos nós também ao nosso Deus, ao nosso Pai, e regozijemo-nos em nosso perfeito Salvador.

domingo, 21 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 24.13-35

13 Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
14 E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas.
15 Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.
16 Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer.
17 Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos.
18 Um, porém, chamado Cleopas, respondeu, dizendo: És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?
19 Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo,
20 e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21 Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.
22 É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo;
23 e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive.
24 De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram.
25 Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?
27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
28 Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante.
29 Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles.
30 E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou -o e, tendo -o partido, lhes deu;
31 então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles.
32 E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
33 E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,
34 os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão!
35 Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão.
Dois discípulos caminham tristemente pela estrada que leva a Emaús. Havendo perdido suas esperanças terrenas de um Messias para Israel, estão agora de regresso para seus campos e negócios (Marcos 16:12). Mas o misterioso estrangeiro que se une a eles mudará completamente o curso de seus pensamentos. A primeira coisa que faz é admirar-Se da falta de entendimento e descrença deles (v. 25). Essas duas coisas freqüentemente vão juntas. Quão repetidas vezes a nossa ignorância é proveniente de nossa descrença! (Hebreus 11:3). Daí o Senhor abre as Escrituras a Seus dois companheiros de viagem e lhes faz descobrir "o que a seu respeito constava em todas" elas (v. 27). Não esqueçamos nunca que a chave para o Antigo Testamento, e especialmente para as profecias, consiste em buscar ali o Senhor Jesus.

Observemos como o Senhor Se deixa constranger por estes que d'Ele precisam: Ele "entrou para ficar" com os dois discípulos. Que nós também possamos ter esta experiência! Em particular, quando estamos desanimados e as circunstâncias têm tomado um rumo diferente daquele que esperávamos, aprendamos em Sua presença a aceitar as coisas como elas são. A "consolação das Escrituras" fará então que os nossos pensamentos sejam dirigidos a um Salvador vivo e o resultado é que os nossos corações arderão dentro de nós (leia Romanos 15:4).

sábado, 20 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 23.50-56

50 E eis que certo homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo
51 (que não tinha concordado com o desígnio e ação dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus, e que esperava o reino de Deus,
52 tendo procurado a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus,
53 e, tirando -o do madeiro, envolveu -o num lençol de linho, e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado.
54 Era o dia da preparação, e começava o sábado.
55 As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado.
56 Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.

Lucas 24.1-12

1 Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado.
2 E encontraram a pedra removida do sepulcro;
3 mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
4 Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes.
5 Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive?
6 Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia,
7 quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.
8 Então, se lembraram das suas palavras.
9 E, voltando do túmulo, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os mais que com eles estavam.
10 Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; também as demais que estavam com elas confirmaram estas coisas aos apóstolos.
11 Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas.
12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E, abaixando-se, nada mais viu, senão os lençóis de linho; e retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido.
A intervenção de José de Arimatéia mostra-nos que a graça havia alcançado este homem, um dos ricos dos quais repetidas vezes é feito menção no Evangelho de Lucas (18:24; Mateus 27:57) e que também era um dos principais do povo. Este discípulo fora especialmente preparado para o serviço que agora realiza: o de sepultar o corpo do Senhor, segundo Isaías 53:9. Em seguida, o Espírito apresenta-nos essas mulheres devotas e repete-nos que elas acompanharam o Senhor desde a Galiléia (v. 49, 55). Estiveram presentes no Calvário. Depois, com mais amor do que entendimento, prepararam aromas para ungir o corpo d'Ele. Por último, na manhã do primeiro dia da semana, vemo-las indo ao sepulcro, onde ocorre um maravilhoso encontro. Dois anjos estão ali para lhes anunciar que os preparativos são desnecessários: Aquele que elas buscam já não está mais no túmulo; Ele ressuscitou.

A experiência cristã de muitos filhos de Deus não vai além da cruz. A estranha pergunta do versículo 5 poderia ser feita a eles também: "Por que buscais entre os mortos ao que vive?" Queridos amigos, alegremo-nos! O Senhor Jesus não é somente um Salvador que morreu na cruz pelos nossos pecados. Ele está vivo para todo o sempre (Apocalipse 1:18), e nós vivemos com Ele (João 14:19).

viernes, 19 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 23.33-49

33 Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda.
34 Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes.
35 O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido.
36 Igualmente os soldados o escarneciam e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo:
37 Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.
38 Também sobre ele estava esta epígrafe em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
39 Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também.
40 Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu -o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?
41 Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.
42 E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.
43 Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
44 Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.
45 E rasgou-se pelo meio o véu do santuário.
46 Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.
47 Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo.
48 E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos.
49 Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas.

O Senhor Jesus é levado ao sinistro lugar chamado Caveira, onde é crucificado entre dois malfeitores. "Pai, perdoa-lhes...". Esta é a Sua sublime resposta a todo o mal que os homens Lhe fazem (compare com 6:27). Se eles se arrependessem, o seu crime - o maior da história da humanidade - seria expiado pela Sua própria morte.

Na cruz onde todos estão presentes, desde as autoridades (v. 35) até o malfeitor (v. 39), revela-se descaradamente toda a maldade do coração humano: olhares cínicos, provocações, injúrias, grosserias... mas é ali que surge um maravilho diálogo entre o Salvador crucificado e o outro malfeitor que está convencido de seu pecado (v. 41). Iluminado por Deus, ele discerne no Homem maltratado, coroado com espinhos, que vai morrer ao seu lado, uma vítima santa, um Rei glorioso (v. 42). E recebe uma promessa de valor inestimável (v. 43). Assim, na própria cruz, o Senhor já pôde gozar do primeiro fruto do terrível trabalho de Sua alma.

Depois das três últimas horas de trevas impenetráveis, o Senhor Jesus reata com Deus a comunhão interrompida durante o abandono que acaba de atravessar. E em plena serenidade Ele entrega Seu espírito nas mãos de Seu Pai. A morte do Justo é para Deus a oportunidade de dar um último testemunho por meio do centurião romano (v. 47).

jueves, 18 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 23.13-32

13 Então, reunindo Pilatos os principais sacerdotes, as autoridades e o povo,
14 disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo -o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais.
15 Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte.
16 Portanto, após castigá-lo, soltá-lo-ei.
17 E era-lhe forçoso soltar-lhes um detento por ocasião da festa.
18 Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás!
19 Barrabás estava no cárcere por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio.
20 Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu ainda.
21 Eles, porém, mais gritavam: Crucifica -o! Crucifica -o!
22 Então, pela terceira vez, lhes perguntou: Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei.
23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu.
24 Então, Pilatos decidiu atender-lhes o pedido.
25 Soltou aquele que estava encarcerado por causa da sedição e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou -o à vontade deles.
26 E, como o conduzissem, constrangendo um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus.
27 Seguia -o numerosa multidão de povo, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam.
28 Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!
29 Porque dias virão em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram, nem amamentaram.
30 Nesses dias, dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos!
31 Porque, se em lenho verde fazem isto, que será no lenho seco?
32 E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com ele.

Mais embaraçado do que nunca, Pilatos reúne os principais sacerdotes, as autoridades e o povo e afirma-lhes três vezes que nada verificou contra Ele para que seja digno de morte. Mas seu desejo de libertá-LO só faz aumentar a insistência do povo para exigir a Sua crucificação. Uma multidão é facilmente induzida a ser covarde e cruel, porque sob a cobertura do anonimato pode dar livre curso aos instintos mais baixos. Neste caso, ela é tanto mais cruel, pois são os seus próprios líderes que a estão instigando. Finalmente os seus gritos prevalecem e, em troca da liberdade do homicida Barrabás, faz com que Jesus seja entregue "à vontade deles" (v. 25). Para Pilatos, homem sem escrúpulos, uma vida humana tem menos valor do que o favor do povo.

Entre os que acompanharam ao inocente que foi condenado, muitos foram acometidos de compaixão e choraram. Mas a emoção não é uma prova da obra de Deus em um coração; pois, do contrário, essas mulheres teriam de chorar sobre si mesmas e sobre a perversa cidade, como fez o Senhor Jesus no capítulo 19, versículo 41. Muitas pessoas são tocadas sentimentalmente pela bondade do Senhor, indignadas pela injustiça da qual Ele foi objeto. Mas elas não consideram que, devido aos seus próprios pecados, carregam também uma responsabilidade pessoal por Sua morte (Isaías 53:6).

miércoles, 17 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 23.1-12

1 Levantando-se toda a assembléia, levaram Jesus a Pilatos.
2 E ali passaram a acusá-lo, dizendo: Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei.
3 Então, lhe perguntou Pilatos: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes.
4 Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não vejo neste homem crime algum.
5 Insistiam, porém, cada vez mais, dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.
6 Tendo Pilatos ouvido isto, perguntou se aquele homem era galileu.
7 Ao saber que era da jurisdição de Herodes, estando este, naqueles dias, em Jerusalém, lho remeteu.
8 Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também vê-lo fazer algum sinal.
9 E de muitos modos o interrogava; Jesus, porém, nada lhe respondia.
10 Os principais sacerdotes e os escribas ali presentes o acusavam com grande veemência.
11 Mas Herodes, juntamente com os da sua guarda, tratou -o com desprezo, e, escarnecendo dele, fê-lo vestir-se de um manto aparatoso, e o devolveu a Pilatos.
12 Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro.

Foi fácil manifestar oposição contra o Senhor Jesus. Os principais do povo levantaram-se unânimes para conduzi-LO a Pilatos, o único que tem o poder de condenar à morte. De que acusam o seu prisioneiro? De perverter a nação, de conduzi-la ao mal - Ele que só havia trabalhado para reconduzir o coração do povo a Deus. Acusam-No de proibir dar tributos a César, quando Ele na realidade lhes havia dito o contrário: "Dai, pois, a César o que é de César..." (20:25). Mas essas mentiras não têm sobre Pilatos o efeito que os judeus esperavam. Em seu embaraço, o governador busca um recurso para livrar-se de sua responsabilidade. Faz com que O levem a Herodes, que tem para com o Senhor uma mistura de temor (9:7), ódio (13:31) e curiosidade (v. 8). Mas como esta curiosidade não havia sido satisfeita, toda a baixeza moral deste homem que ocupa um importante cargo no governo vem à luz: se compraz em humilhar um prisioneiro indefeso, embora tivesse ouvido falar de Seus milagres de amor! Daí, decepcionado, envia-O de volta a Pilatos.

Ao contemplá-LO tão maltratado, vituperado e menosprezado, o nosso coração se regozija ao pensar no momento em que Ele aparecerá em Sua glória e quando cada um terá de reconhecer que Ele é Senhor, para a glória de Deus, o Pai (Isaías 53:3; Filipenses 2:11).

martes, 16 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 22.54-71

54 Então, prendendo -o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe.
55 E, quando acenderam fogo no meio do pátio e juntos se assentaram, Pedro tomou lugar entre eles.
56 Entrementes, uma criada, vendo -o assentado perto do fogo, fitando -o, disse: Este também estava com ele.
57 Mas Pedro negava, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 Pouco depois, vendo -o outro, disse: Também tu és dos tais. Pedro, porém, protestava: Homem, não sou.
59 E, tendo passado cerca de uma hora, outro afirmava, dizendo: Também este, verdadeiramente, estava com ele, porque também é galileu.
60 Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
61 Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo.
62 Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente.
63 Os que detinham Jesus zombavam dele, davam-lhe pancadas e,
64 vendando-lhe os olhos, diziam: Profetiza-nos: quem é que te bateu?
65 E muitas outras coisas diziam contra ele, blasfemando.
66 Logo que amanheceu, reuniu-se a assembléia dos anciãos do povo, tanto os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziram ao Sinédrio, onde lhe disseram:
67 Se tu és o Cristo, dize-nos. Então, Jesus lhes respondeu: Se vo-lo disser, não o acreditareis;
68 também, se vos perguntar, de nenhum modo me respondereis.
69 Desde agora, estará sentado o Filho do Homem à direita do Todo-Poderoso Deus.
70 Então, disseram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? E ele lhes respondeu: Vós dizeis que eu sou.
71 Clamaram, pois: Que necessidade mais temos de testemunho? Porque nós mesmos o ouvimos da sua própria boca.


Pobre Pedro! Enquanto o Senhor Jesus orava, ele dormia; enquanto Ele permitia que O prendesse como um "manso cordeiro, que é levado ao matadouro" (Jeremias 11:19; Isaías 53:7), Pedro saca a espada ferindo o servo do sumo sacerdote (v. 50; João 18:10). Por fim, enquanto o Senhor testemunhava a verdade diante dos homens, ele por três vezes mentiu e O negou! Assentou-se no pátio entre os que acabavam de prender o seu Mestre e agora falavam contra Ele (Salmo 69:12; Salmo 1:1b). Como ele poderia testemunhar para o Senhor Jesus nesta condição?

Um simples olhar do Senhor quebra o coração do pobre discípulo e o atinge mais profundamente do que qualquer repreensão. Oh, que olhar! Penetra sua consciência e começa ali uma obra de restauração. Esta negação, tão dolorosa para o Senhor, vem somar-se a todos os escárnios que sofreu (v. 63-65).

Os homens perversos, diante dos quais Ele está agora, são obrigados a reconhecer por si mesmos, que "o Filho do homem" (v. 69) é ao mesmo tempo "o Filho de Deus" (v. 70). Eis por que o Senhor Jesus pôde responder-lhes: "Vós dizeis que eu sou". É por isso também que eles são infinitamente mais culpáveis por tê-LO condenado depois de tais palavras!

lunes, 15 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 22.39-53

39 E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam.
40 Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação.
41 Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava,
42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.
43 Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava.
44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.
45 Levantando-se da oração, foi ter com os discípulos, e os achou dormindo de tristeza,
46 e disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.
47 Falava ele ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, o chamado Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar.
48 Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?
49 Os que estavam ao redor dele, vendo o que ia suceder, perguntaram: Senhor, feriremos à espada?
50 Um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita.
51 Mas Jesus acudiu, dizendo: Deixai, basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
52 Então, dirigindo-se Jesus aos principais sacerdotes, capitães do templo e anciãos que vieram prendê-lo, disse: Saístes com espadas e porretes como para deter um salteador?
53 Diariamente, estando eu convosco no templo, não pusestes as mãos sobre mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas.

Este solene relato da cena no Getsêmani contém detalhes que só Lucas dá. Aqui nós vemos que o Senhor Jesus se ajoelha (v. 41); e que um anjo Lhe aparece do céu para fortalecê-LO (v. 43). A angústia deve-se ao cerrado combate em que estava engajado, e sabemos qual inimigo Ele haveria de enfrentar. O conflito é tão intenso que em certo momento Seu suor passa a ser como gotas de sangue! Mas até mesmo a angústia demonstra-nos a perfeição d'Ele, pois o mal muitas vezes nem impressiona os nossos endurecidos corações, enquanto, para este Homem perfeito, o pensamento de carregar o pecado Lhe enchia de horror e terror.

Depois o Senhor Jesus foi ter com os Seus discípulos, os quais acabaram dormindo. Tal como estavam carregados de sono no monte da transfiguração, na presença de Sua glória (9:32), assim também aqui diante de Seu sofrimento. Ele lhes havia ensinado a pedir: "Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal" (11:4; Mateus 6:13). Se ao menos tivessem orado assim nesta hora em que o inimigo se aproximava!

Agora Judas aparece com a multidão. É maravilhoso ver o Senhor Jesus, que momentos antes havia passado pelo mais terrível dos combates, mostrando agora paciência, graça e uma perfeita calma a esses homens.

viernes, 12 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 21.25-38

25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas;
26 haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados.
27 Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória.
28 Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.
29 Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores.
30 Quando começam a brotar, vendo -o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo.
31 Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus.
32 Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça.
33 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
34 Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.
35 Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra.
36 Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.
37 Jesus ensinava todos os dias no templo, mas à noite, saindo, ia pousar no monte chamado das Oliveiras.
38 E todo o povo madrugava para ir ter com ele no templo, a fim de ouvi-lo.
A partir do versículo 25, os sinais anunciados se referem aos eventos futuros. Serão tempos terríveis. As coisas mais estáveis sofrerão uma reviravolta e as almas dos homens ficarão conturbadas. Aliás, já hoje o medo paira sobre o mundo. Os homens tentarão escapar escondendo-se em refúgios (Apocalipse 6:15). Mas para os fiéis daquele tempo, a salvação (chamada de "a vossa redenção" no v. 28) virá do alto; esta será a vinda do Senhor em glória. Porém, o que nós, os crentes de hoje, esperamos, é a Sua vinda entre as nuvens - uma promessa certa! Sim, porque passará o céu e a Terra, mas as Suas palavras não passarão (v. 33)

Geralmente as pessoas não consideram a glutonaria um grave pecado. Contudo, ela está mencionada aqui junto com a embriaguez, porque contribui para deixar o coração inerte (v. 34). Ela fomenta o egoísmo; faz esquecer as necessidades que nos rodeiam (16:19). A alegre espera pela vinda do Senhor desaparece num coração assim amortecido (v. 34); as preocupações deste mundo o invadem. Por esta razão, as exortações para vigiarmos e para sermos sóbrios são, com freqüência, mencionadas em conjunto nas epístolas (1 Tessalonicenses 5:6-7; 1 Pedro 1:13; 4:7; 5:8); e aqui é o Senhor Quem nos adverte: "Acautelai-vos por vós mesmos... Vigiai, pois, a todo tempo, orando" (v. 34-36).

jueves, 11 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 21.10-24

10 Então, lhes disse: Levantar-se -á nação contra nação, e reino, contra reino;
11 haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu.
12 Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome;
13 e isto vos acontecerá para que deis testemunho.
14 Assentai, pois, em vosso coração de não vos preocupardes com o que haveis de responder;
15 porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
16 E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós.
17 De todos sereis odiados por causa do meu nome.
18 Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça.
19 É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma.
20 Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação.
21 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos, não entrem nela.
22 Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito.
23 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo.
24 Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.
Já no capítulo 17, o Senhor Jesus havia prevenido os Seus discípulos dos repentinos castigos que sobreviriam a Israel e ao mundo por terem-No rejeitado. Porém, mesmo dentre um povo sobre o qual já foi proferida a sentença do juízo, o Senhor sempre soube distinguir os que pertencem a Ele. Como no capítulo 12, Ele de antemão lhes adverte e lhes anima acerca desses tempos difíceis (compare v. 14-15 com 12:11-12). "É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas" (v. 19). Esta exortação vale para todos nós. "Sede, pois, irmãos, pacientes...", recomenda Tiago, "pois a vinda do Senhor está próxima" (Tiago 5:7-8). Deus é paciente (18:7) e deseja que Seus filhos manifestem este mesmo caráter.

Os versículos 20 e 21 cumpriram-se ao pé da letra antes da destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70 d.C. Havendo ocupado pela primeira vez suas posições ao redor das muralhas, os exércitos agressores levantaram o cerco sem nenhuma razão aparente e marcharam em direção ao norte. Daí os cristãos, recordando-se das palavras do Senhor, aproveitaram este tempo de trégua para abandonar a cidade, antes que as legiões romanas voltassem a atacá-la. O versículo 24 corresponde ao período que se seguiu, o qual dura já quase dois mil anos.

miércoles, 10 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 20.41-47

41 Mas Jesus lhes perguntou: Como podem dizer que o Cristo é filho de Davi?
42 Visto como o próprio Davi afirma no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
43 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.
44 Assim, pois, Davi lhe chama Senhor, e como pode ser ele seu filho?
45 Ouvindo -o todo o povo, recomendou Jesus a seus discípulos:
46 Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e muito apreciam as saudações nas praças, as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes;
47 os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo.

Lucas 21.1-9

1 Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio.
2 Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas;
3 e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos.
4 Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.
5 Falavam alguns a respeito do templo, como estava ornado de belas pedras e de dádivas;
6 então, disse Jesus: Vedes estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.
7 Perguntaram-lhe: Mestre, quando sucederá isto? E que sinal haverá de quando estas coisas estiverem para se cumprir?
8 Respondeu ele: Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais.
9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo.
O Senhor Jesus tratou com os ricos e os pobres, com os instruídos e os ignorantes, com os lisonjeiros e os opositores. Em Sua perfeita sabedoria, Ele discerne os motivos e os sentimentos de todos, e ante cada um toma uma atitude que convém ao seu estado espiritual. Ele denuncia a vaidade e a avareza dos líderes do povo e previne os que poderiam ser enganados por eles. Ele vê como as viúvas acabam sendo as presas da ganância dos escribas; e por isso sublinha a oferta de uma dentre as mais pobres. Ao colocar seus últimos recursos no gazofilácio, ela deposita toda a sua confiança em Deus, mostrando que depende unicamente d'Ele (1 Timóteo 5:5; 2 Coríntios 8:1-5). O Senhor não considera tanto o que cada um dá, mas o que cada um guarda para si. Ele não conta da mesma maneira que nós (v. 3) e isto é um alento para todos os que não podem dar muito (2 Coríntios 8:12). Quantas "moedas" serão fortunas no tesouro celestial! (Compare 12:13 e 18:22).

Alguns se encantam pelas belas pedras e ornamentos do templo. Mas aqui também o Senhor Jesus julga de modo diferente. Ele conhece o interior do templo e o compara a uma cova de ladrões (19:46). Declara-lhes então qual será a sorte dessas coisas que o homem tanto considera e admira (v. 6).

martes, 9 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 20.19-40

19 Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar-lhe as mãos, pois perceberam que, em referência a eles, dissera esta parábola; mas temiam o povo.
20 Observando -o, subornaram emissários que se fingiam de justos para verem se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do governador.
21 Então, o consultaram, dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente e não te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade;
22 é lícito pagar tributo a César ou não?
23 Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu:
24 Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então, lhes recomendou Jesus:
25 Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
26 Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, admirados da sua resposta, calaram-se.
27 Chegando alguns dos saduceus, homens que dizem não haver ressurreição,
28 perguntaram-lhe: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém, sendo aquele casado e não deixando filhos, seu irmão deve casar com a viúva e suscitar descendência ao falecido.
29 Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou e morreu sem filhos;
30 o segundo e o terceiro também desposaram a viúva;
31 igualmente os sete não tiveram filhos e morreram.
32 Por fim, morreu também a mulher.
33 Esta mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles será esposa? Porque os sete a desposaram.
34 Então, lhes acrescentou Jesus: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento;
35 mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos não casam, nem se dão em casamento.
36 Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.
37 E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.
38 Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem.
39 Então, disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem!
40 Dali por diante, não ousaram mais interrogá-lo.
À traiçoeira pergunta desses "agentes secretos" o Senhor Jesus responde, como de costume, falando às suas consciências. Devemos dar a cada um o que lhe é devido, e, acima de tudo, obediência e honra a Deus (Romanos 13:7).

Quanto aos saduceus, o Senhor lhes prova a realidade da ressurreição simplesmente pela menção do título que Deus dá a Si mesmo: "O Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó" (v. 37; Êxodo 3:6). Quando o Senhor falou dessa maneira a Moisés, já fazia muito tempo que esses patriarcas haviam deixado a Terra. Contudo, Ele continuou declarando ser o "Deus deles". Para Ele, portanto, suas almas ainda estavam vivas e haveriam de ressuscitar. Esses homens de fé tinham colocado o olhar nas "coisas prometidas" para além da vida presente e mostraram que as esperavam com certeza. "Por isso" - enfatiza o escritor - "Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus" (Hebreus 11:13-16).

Crentes, também nós nos dediquemos a mostrar aos que estão ao nosso derredor que temos uma esperança viva!

Os fariseus e os saduceus são típicos representantes de duas tendências religiosas que em todos os tempos estiveram presentes: de um lado, o formalismo legalista (o apego às tradições), e, do outro, o racionalismo (ou o modernismo) que lança dúvida à Palavra de Deus e às suas verdades fundamentais.

lunes, 8 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 20.1-18

1 Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos,
2 e o argüiram nestes termos: Dize-nos: com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu esta autoridade?
3 Respondeu-lhes: Também eu vos farei uma pergunta; dizei-me:
4 o batismo de João era dos céus ou dos homens?
5 Então, eles arrazoavam entre si: Se dissermos: do céu, ele dirá: Por que não acreditastes nele?
6 Mas, se dissermos: dos homens, o povo todo nos apedrejará; porque está convicto de ser João um profeta.
7 Por fim, responderam que não sabiam.
8 Então, Jesus lhes replicou: Pois nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
9 A seguir, passou Jesus a proferir ao povo esta parábola: Certo homem plantou uma vinha, arrendou -a a lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável.
10 No devido tempo, mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha; os lavradores, porém, depois de o espancarem, o despacharam vazio.
11 Em vista disso, enviou-lhes outro servo; mas eles também a este espancaram e, depois de o ultrajarem, o despacharam vazio.
12 Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de o ferirem, expulsaram.
13 Então, disse o dono da vinha: Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem.
14 Vendo -o, porém, os lavradores, arrazoavam entre si, dizendo: Este é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança venha a ser nossa.
15 E, lançando -o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o dono da vinha?
16 Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. Ao ouvirem isto, disseram: Tal não aconteça!
17 Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular?
18 Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
Se esses fariseus estivessem presentes quando João batizou o Senhor Jesus, não teriam necessidade de perguntar ao Senhor com que autoridade Ele fazia "estas cousas" (vide 7:30). Ali Deus solenemente declarou ser Jesus Seu Filho amado, e O revestiu com poder para realizar Seu ministério (3:22). Além disso, tudo o que o Senhor fazia e dizia não deixava evidente que era o Pai que Lhe havia enviado? (João 12:49-50).

O Senhor ainda dá a esses homens de má fé uma oportunidade de se reconhecerem na parábola dos lavradores maus. Recusando dar a Deus o fruto da obediência, Israel desprezou, maltratou e algumas vezes matou os Seus mensageiros e os Seus profetas (2 Crônicas 36:16). E quando em amor Deus lhes deu o Seu próprio Filho, não hesitaram em lançá-LO "fora da vinha" e matá-LO. Mas o Senhor enumera as terríveis conseqüências deste último crime: Deus fará este povo iníquo perecer. Confiará a outros (tomados de entre as nações) a responsabilidade de produzir fruto para Ele. Finalmente, se por um lado não iria restar pedra sobre pedra no templo terrestre (19:44; 21:5-6), pelo outro Cristo, "a pedra que os construtores rejeitaram", tornar-Se-ia, na Sua ressurreição, o precioso fundamento de uma casa espiritual e celestial, a qual é a Igreja (1 Pedro 2:4).

domingo, 7 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 19.29-48

29 Ora, aconteceu que, ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos,
30 dizendo-lhes: Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai -o e trazei -o.
31 Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele.
32 E, indo os que foram mandados, acharam segundo lhes dissera Jesus.
33 Quando eles estavam soltando o jumentinho, seus donos lhes disseram: Por que o soltais?
34 Responderam: Porque o Senhor precisa dele.
35 Então, o trouxeram e, pondo as suas vestes sobre ele, ajudaram Jesus a montar.
36 Indo ele, estendiam no caminho as suas vestes.
37 E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto,
38 dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas!
39 Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos!
40 Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.
41 Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42 e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
43 Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco;
44 e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação.
45 Depois, entrando no templo, expulsou os que ali vendiam,
46 dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores.
47 Diariamente, Jesus ensinava no templo; mas os principais sacerdotes, os escribas e os maiorais do povo procuravam eliminá-lo;
48 contudo, não atinavam em como fazê-lo, porque todo o povo, ao ouvi-lo, ficava dominado por ele.
A jornada do Senhor está se aproximando de seu fim: Jerusalém, a cidade à qual se dirigia com firme propósito, já desde o capítulo 9:51, sabendo o que Lhe esperava ali. No entanto, por um breve momento, os discípulos pensaram que o Seu reino estaria por começar (compare com v. 11). O Senhor Jesus mostra Sua soberania reivindicando o jumentinho (aliás, não há em nossas vidas muitas coisas a respeito das quais também poderia ser dito que "o Senhor precisa" delas? - v. 34). Aclamado pela multidão e por Seus discípulos, o Rei faz a Sua entrada triunfal na cidade - um cumprimento cabal de Zacarias 9:9. Mas, em contraste com esta alegria, os fariseus mostram a sua indiferença hostil (v. 39). Em figura, até se poderia dizer que as pedras seriam mais acessíveis à ação do poder de Deus do que o coração endurecido do desgraçado povo judeu. Ao ver a cidade, o Senhor Jesus chora sobre ela. Ele sabia quais seriam as trágicas conseqüências de sua cegueira. Ele antevê como as legiões de Tito, quarenta anos mais tarde, assediam a cidade culpada (Isaías 29:3-6). Cenas indescritíveis de massacre e destruição passam diante de Seus olhos!

Depois, entrando no templo, Ele considera com grande pesar o comércio que o enche, e, com santo zelo, o faz cessar (compare com Ezequiel 8:6).

sábado, 6 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 19.11-28

11 Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente.
12 Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar.
13 Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte.
14 Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.
15 Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido.
16 Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez.
17 Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.
18 Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco.
19 A este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades.
20 Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei embrulhada num lenço.
21 Pois tive medo de ti, que és homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.
22 Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei;
23 por que não puseste o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, o receberia com juros.
24 E disse aos que o assistiam: Tirai-lhe a mina e dai -a ao que tem as dez.
25 Eles ponderaram: Senhor, ele já tem dez.
26 Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe -á; mas ao que não tem, o que tem lhe será tirado.
27 Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença.
28 E, dito isto, prosseguia Jesus subindo para Jerusalém.
Esta parábola nos apresenta ao mesmo tempo a rejeição do Senhor Jesus como Rei (v. 14) e a responsabilidade dos Seus durante o tempo de Sua ausência. Na parábola dos "talentos", em Mateus 25, cada servo recebeu uma soma diferente segundo a soberana vontade de seu senhor, mas a recompensa pela fidelidade era a mesma. Nesta parábola, pelo contrário, foi confiada uma mina a cada servo enquanto que a recompensa é proporcional à sua atividade. A cada crente Deus dá a mesma salvação, a mesma Palavra, o mesmo Espírito, sem falar dos variados dons dispensados a cada um. Contudo, nem todos têm o mesmo zelo em aplicar essas bênçãos para a glória de seu Mestre ausente. Pois o segredo do serviço é o amor por Aquele a que servimos. Quanto maior o amor, maior será a dedicação. O terceiro servo considerava seu senhor rigoroso e injusto, por isso o odiava e não trabalhou para ele. Este servo representa todos os que apenas levam o nome de cristãos, dos quais Deus tirará aquilo que aparentam ter (v. 26).

Pode infelizmente ocorrer que até mesmo os verdadeiros filhos de Deus aceitem os dons e se neguem a se dedicar ao serviço. Frustram assim os desejos do Senhor e, por fim, privam-se a si mesmos do fruto que Ele gostaria de ter gozado junto com eles.

viernes, 5 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 18.35-43

35 Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas.
36 E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo.
37 Anunciaram-lhe que passava Jesus, o Nazareno.
38 Então, ele clamou: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
39 E os que iam na frente o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
40 Então, parou Jesus e mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe:
41 Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver.
42 Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou.
43 Imediatamente, tornou a ver e seguia -o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.

Lucas 19.1-10

1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico,
3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.
5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.
6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria.
7 Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador.
8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
9 Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.
10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.
A visita do Senhor a Jericó foi provavelmente a única ocasião dada ao cego e a Zaqueu para encontrá-LO. Apesar dos obstáculos, não perderam a sua oportunidade (compare 16:16).

Consideremos um pouco este cego. Ele não podia ver o Salvador que passava, e, ademais, a multidão buscava fazê-lo calar; mas ele clamava ainda mais até que obteve uma resposta à sua fé.

Quanto a Zaqueu, foi a sua pequena estatura e a mesma multidão que se apertava em volta do Senhor Jesus que o impediam de vê-LO. Foi então que ele, correndo para adiantar-se, sobe a uma árvore sem se preocupar com o que as pessoas dirão. Ele é mais um que supera as suas dificuldades, e é ricamente recompensado! Imaginemos a sua surpresa e a sua alegria quando ouve chamar por seu nome, sendo convidado a descer depressa para receber o Senhor em sua própria casa.

Querido amigo, o Senhor Jesus está mais uma vez passando perto de você, oferecendo-lhe salvação (v. 9). Não se deixe deter por suas limitações, nem pelas formas de uma falsa religião que, como esta multidão, lhe impediria de ver "Jesus tal como é", nem tampouco por temer a opinião dos outros. O Mestre está lhe chamando pelo seu nome, "Pois me convém ficar hoje" em seu coração. Você irá deixá-LO passar?

jueves, 4 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 18.18-34

18 Certo homem de posição perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
19 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus.
20 Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.
21 Replicou ele: Tudo isso tenho observado desde a minha juventude.
22 Ouvindo -o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá -o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.
23 Mas, ouvindo ele estas palavras, ficou muito triste, porque era riquíssimo.
24 E Jesus, vendo -o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
25 Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
26 E os que ouviram disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo?
27 Mas ele respondeu: Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus.
28 E disse Pedro: Eis que nós deixamos nossa casa e te seguimos.
29 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus,
30 que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna.
31 Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem;
32 pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido;
33 e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.
34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele dizia.
Na presença deste príncipe do povo, aparentemente dotado das mais nobres qualidades, qualquer outro a não ser o Senhor Jesus certamente teria dito: "Eis aqui alguém que me honrará, um discípulo bom, este vale a pena de ganhar ao meu lado". Mas o que Deus vê é o coração (1 Samuel 16:7), e o Senhor irá agora sondar o deste homem.

"Que farei?" foi a pergunta. Nesse sentido, o Senhor Jesus só pode recordá-lo da lei. Mas, que necessidade teria ele de roubar, se era rico? Por que teria matado ou dado falso testemunho, não queria ele manter uma boa reputação? Por que não ter honrado a seus pais? Não lhe haviam deixado uma ótima herança? Na verdade, ele infringiu o primeiro mandamento, visto que seu deus era a sua riqueza (Êxodo 20:3). A tristeza deste homem, que, humanamente falando, possuía tudo que é necessário para ser feliz - boa posição social, uma imensa fortuna e juventude para desfrutá-la - prova aos que invejam tais vantagens que nenhuma destas coisas pode proporcionar felicidade. Pelo contrário, se o coração se apega a essas coisas, elas se tornam obstáculos para obter a vida eterna e seguir o Senhor Jesus. O Senhor estava para cumprir a obra que nos deu a vida. Meditando em cada frase dos versículos 32-33, devemos considerar: "Jesus sofreu isso por mim".

miércoles, 3 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 18.1-17

1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:
2 Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum.
3 Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário.
4 Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum;
5 todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me.
6 Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo.
7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?
8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?
9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;
12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.
15 Traziam-lhe também as crianças, para que as tocasse; e os discípulos, vendo, os repreendiam.
16 Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
17 Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele.
A parábola da viúva e do juiz iníquo nos anima a orar com perseverança (Romanos 12:12; Colossenses 4:2). Se até mesmo um homem perverso acaba se comovendo, quanto mais razão não teria o Deus de amor para intervir libertando os "seus escolhidos". Às vezes Ele tarda em fazê-lo, porque o fruto que espera não está maduro; mas não nos esqueçamos de que Ele a Si mesmo Se obriga a usar de paciência, pois o Seu amor O levaria a agir mais depressa (v. 7). Virá um tempo, o da tribulação final, quando esta passagem terá sua plena aplicação nos escolhidos do povo judeu.

O fariseu que, cheio de si mesmo, apresenta a Deus a sua própria justiça, e o publicano, que mantém uma certa distância por ter profunda consciência de seus pecados, são, num sentido moral, os respectivos descendentes de Caim e Abel, com a diferença de que Abel tinha a ciência de ter sido justificado. O único título que nos dá o direito de nos aproximarmos de Deus é o de pecador. É humilhante para o homem ter que pôr de lado as suas obras (v. 11) e também seus raciocínios, sabedoria e experiência. Mas as verdades divinas do reino só podem ser apreendidas por uma simples fé, ilustrada de forma tocante na confiança de uma criancinha. Quando o Senhor vier, achará em nós uma fé assim? (v. 8).

martes, 2 de junio de 2009

Lição Bíblica

Lucas 17.20-37

20 Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais;
24 porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem.
25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas e seja rejeitado por esta geração.
26 Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem:
27 comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos.
28 O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;
29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos.
30 Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar.
31 Naquele dia, quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa não desça para tirá-los; e de igual modo quem estiver no campo não volte para trás.
32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
33 Quem quiser preservar a sua vida perdê-la -á; e quem a perder de fato a salvará.
34 Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro;
35 duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra.
36 Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado.
37 Então, lhe perguntaram: Onde será isso, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres.
Contra toda lógica, os fariseus se preocupam com o tempo quando virá o reino de Deus... enquanto por outro lado se recusam a reconhecer e receber o Rei que está no meio deles (v. 21). O reino de Deus, freqüentemente mencionado no Evangelho de Lucas, é a esfera, o domínio onde os direitos de Deus são reconhecidos. Compreende primeiro o céu, e por esta razão encontramos também, especialmente em Mateus, a expressão "o reino dos céus".

Devia, porém, se estender também a Israel e à Terra. Foi quando o Rei, com o propósito de colocar os Seus súditos à prova, veio entre eles sob um humilde aspecto, a saber, sem chamar a atenção, (v. 20) e como tal foi rejeitado. Qual foi o resultado? O reino agora subsiste somente em sua forma celestial. É verdade que no dado momento ele será estabelecido sobre a Terra, mas por meio de juízos repentinos e terríveis. O dilúvio e a súbita destruição de Sodoma são solenes ilustrações para isso (quanto mais solenes são as dos v. 27-30 para a nossa época!). Porém já existe um domínio onde os direitos morais do Senhor são reconhecidos desde agora: nos corações dos que pertencem a Ele. Amigo, o seu coração é um "distrito" do reino de Deus?

lunes, 1 de junio de 2009

Indumentaria Femenina





De inventarios y otros documentos, en los Archivos de Montevideo, Buenos Aires y Córdoba, hemos extraído una lista de prendas de uso femenino en la campaña, hacia fines del Siglo XVIII, a saber: camisas, de bretaña, anchas o angostas, labradas con seda tancay o seda negra y otras de roan labradas con hilo de algodón azul, otras de lienzo de algodón, y también de bretaña pero con mangas de cambray: polleras de telas diversas y colores vivos (coloradas, verdes, etc.) y con bordados y galones en su parte inferior; enaguas de lienzo; corpiños o apretadores de crea; rebozos de bayeta de Castilla, con galones y bordados o sin ellos, en colores verde, azul y negro; medias de seda y de algodón; zapatos de tela y de cuero fino. De todo lo hasta aquí dicho y transcrito, podemos dar, creemos que muy claramente, una idea del carácter, vestuario, peinado, etc., de nuestras mujeres de campo, estancieras, paisanas y aun chinas, en el período que estudiamos, de 1780-1820, con todas las salvedades que sobre generalización, etc., hemos hecho con respecto de los hombres. En primer lugar, no parecen caber dudas que las estancieras, mujeres pueblerinas y paisanas, en general, además de los atributos de belleza característicos de las mujeres, que tanto subrayaron los viajeros, referidos a la tersura de su piel, a sus grandes ojos, muchas veces oscuros, pero también azules, a sus cabellos negros, gracia de formas, etc., unían una simpatía, buen trato, dulzura y cortesía, totalmente naturales, que aumentaban sus encantos y las hacían sobresalir frente a los hombres que resultaban, en comparación, rudos, secos e introvertidos, o parcos, cuando no taciturnos y groseros, a despecho de la hospitalidad y sobria cortesía características de nuestros hombres de campo. Diferente parece ser el caso de las chinas mucho más mimetizadas con los más bárbaros, duros y crudos de nuestros gauchos, tenían como ellos aspecto desaliñado y sucio, a veces casi varonil, muchas francamente desagradable. Sin otro maquillaje que un buen lavado con agua pura y fría, de aljibe o de cachimba, con los cabellos trenzados en una o dos trenzas, y estas o sueltas a la espalda o al frente, o apretadas en rodetes, o muy bien peinados, siempre con raya al medio, en un moño, más o menos bajo, no llevaban otro adorno para alegrar su cabeza, que una o dos peinetas, o, menos frecuentemente, un peinetón y un par de sencillos zarcillos de plata o de oro en las orejas; a veces alguna cinta de color para ayudar a sujetar el pelo, y, también a veces, una flor. Como las mujeres de la ciudad, para ir a la Iglesia, y no sólo a misa sino también para casarse, el vestido (generalmente pollera y gran rebozo, ambos de bayeta, o aquella de una tela más liviana y éste de bayeta) era totalmente negro, siendo igualmente negros, las medias y los zapatos. La ropa habitual, de diario, era una hermosa camisa, generalmente el orgullo de su dueña, de una tela de algodón fina, engomada y azulada, con bordados y puntillas, cuyo escote era redondo y fruncido (escote aldeano o bote) y prendido a la espalda con cintitas o botones, a veces con pasacintas, otras con un volado o fichú de la misma tela, siempre con bordados, muchas veces en colores contrastados, azul o negro, tal como se siguen haciendo en el Paraguay; otras con escote cuadrado, con bordados y botones al frente. Esta camisa a veces tenía mangas, al codo o largas, en este caso, con puños y puntillas o bordados en las mangas y puños. Llegaba, de largo, hasta poco más abajo de la media pierna y se sujetaba a la cintura con un cinturón de tela rica, o de lana tejida o aún de cuero fino, ablusándola un poco y, muchas veces en el trajín diario, refajándola para evitar se ensuciaran sus bordes , (que también solían tener puntillas o bordados) con el polvo, el barro, etc. Debajo de esa camisa, de la cintura hacia abajo, llevaban una o dos enaguas de lienzo, a veces con los bordes con puntillas, también muy engomadas (almidonadas) y azuladas, para darle mas brillo a su blancura. A veces, el busto se retenía, por encima de la camisa, con un apretador o corpiño, de crea, con cintas y botones. En estos casos, generalmente se ponía, sobre la camisa, una pollera de tela más gruesa o más fina, según la época del año y la ocasión (de bayeta, de indiana, de seda, de tripe, de cotonia, etc.), generalmente de un solo color vivo (excepto el negro, prescrito para la Iglesia), colorado, azul o verde, con uno o más galones (de oro, plata) en el borde, o con bordados en ese tercio inferior. Esta pollera no sobrepasa tampoco, en su largo, la media pierna, dejando ver, muy frecuentemente, el borde de la camisa y enaguas. Era bastante ancha y bien fruncida en la cintura, sin pretina. Para paquetear las mujeres ya algo maduras, usaban medias, generalmente de algodón, a veces de seda, habitualmente blancas y los zapatos, sin tacos, con tacos, muy bajos, y troncocónicos o carretel, eran de seda,satín u otra tela, a veces con bordados o pintados, o de un cuero muy fino (tafiletes, charol, etc.). Tenían a veces también hebillas o una moña de tela, o aplicaciones de mostacilla, o alguna piedra de color. Al vestido negro, para la boda, se agregaba una mantilla blanca. Al de todos los días, un rebozo, o a veces una chalina o ponchillo; en el primer caso de bayeta o de punto, con o sin bordados y/o galones; las chalinas o ponchitos, de telar, con una o dos franjas y flecos. Siempre de colores vivos: azul, verde. La pollera, generalmente para el caso de bayeta, era obligada, sobre la camisa, para cabalgar y entonces la cabeza cubierta con un sombrero de hombre, gacho o pajilla, con todo y barbijo, a veces sujeto con un gran pañuelo para mejor protegerse del sol y el polvo y, casi siempre adornado con plumas, las más comunes de avestruz, a veces de pavo real. La amazona llevaba en su mano, a veces enguantada, un pequeño arreador o latiguillo, cuyo mango variaba en riqueza (con virolas o malla de plata) según la condición social y económica de su dueña.

Lição Bíblica

Lucas 17.1-19

1 Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!
2 Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.
3 Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende -o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.
4 Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.
5 Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.
6 Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá.
7 Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa?
8 E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás?
9 Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado?
10 Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.
11 De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia.
12 Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos,
13 que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
14 Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.
15 Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz,
16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.
17 Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?
18 Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?
19 E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.
Não é de se admirar que o mundo, onde reina o mal, esteja cheio de escândalos e de armadilhas. Mas, o fato de um cristão ser uma pedra de tropeço aos mais fracos que ele é uma coisa indescritivelmente triste... é também muito solene para ele.

O Senhor, Aquele que perdoa (cap. 7:48), ensina aqui como devemos perdoar (v. 3-4). Os apóstolos no entanto, sentem que, para agir segundo esses princípios de graça, necessitam de mais fé e pedem ao Senhor por isso. Em Sua resposta, Ele indica que é necessário ainda uma outra virtude, a obediência, pois é somente conhecendo e cumprindo a vontade de Deus que podemos contar com Ele. Na verdade, não se pode separar a fé da obediência, nem esta da humildade. "Somos servos inúteis" - Esta é a opinião que devemos ter a respeito de nós mesmos, pois Deus pode trabalhar sem nós; e caso Ele nos use, é pura graça de Sua parte. Ainda que nós devamos pensar assim, não é dessa maneira que o Senhor pensa de nós, visto que nos considera Seus amigos (compare v. 7, 8; 12:37; João 15:15).

Dez leprosos encontram o Senhor Jesus, elevam as suas vozes a Ele e se vão purificados. Somente um, o samaritano, tem o desejo de agradecer a seu Salvador. Assim, na grande cristandade, em meio de todos os que são salvos, somente um pequeno número "volta" para glorificar a Deus e prestar culto ao Senhor. Você faz parte desse grupo?