lunes, 31 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 8.26-40
26 Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.
27 Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém,
28 estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías.
29 Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha -o.
30 Correndo Filipe, ouviu -o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo?
31 Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele.
32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca.
33 Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada.
34 Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?
35 Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.
36 Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado?
37 Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
38 Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco.
39 Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.
40 Mas Filipe veio a achar-se em Azoto; e, passando além, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia.
Filipe acabara de ser o instrumento de uma grande obra em Samaria. Quão grande deve ser sua surpresa ao receber agora a ordem de deixar o seu campo de trabalho e dirigir-se a um caminho deserto! Certamente é um lugar estranho para pregar o Evangelho! Contudo, ele obedece sem discutir. E eis que passa o carro de um alto oficial africano que fizera uma longa viagem para adorar em Jerusalém. Mas como esse homem poderia ter encontrado a Deus nessa cidade onde rechaçaram o Seu Filho? No entanto, de lá ele traz um tesouro infinitamente mais valioso do que o de sua rainha (v. 27): uma porção das Sagradas Escrituras. E Deus o conduziu em sua leitura até o coração do livro de Isaías, ou seja, o capítulo 53. Veja que o Senhor havia preparado tudo para o seu servo. Por intermédio dele, o etíope aprende a conhecer o Senhor Jesus. Ele pôde ser batizado e agora segue o seu caminho "cheio de júbilo" para - gostaríamos de supor - ser um mensageiro da graça em seu país distante.

Os evangelistas não são apenas os que pregam para grandes multidões. Quanto a nós, comecemos por ser obedientes, em especial no que concerne a nossas mudanças de caminho - por exemplo: o endereço ou o emprego. Então o Senhor também nos permitirá, no momento apropriado, deparar com alguém a quem possamos anunciar Jesus.

domingo, 30 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 8.1-25
1 E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria.
2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele.
3 Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.
4 Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.
5 Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.
6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.
7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.
8 E houve grande alegria naquela cidade.
9 Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto;
10 ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder.
11 Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas.
12 Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres.
13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados.
14 Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João;
15 os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo;
16 porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.
17 Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.
18 Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito Santo , ofereceu-lhes dinheiro,
19 propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo.
20 Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus.
21 Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus.
22 Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração;
23 pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniqüidade.
24 Respondendo, porém, Simão lhes pediu: Rogai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes sobrevenha a mim.
25 Eles, porém, havendo testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém e evangelizavam muitas aldeias dos samaritanos.
O Senhor havia ordenado aos discípulos: "Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (1:8). Até então eles haviam cumprido somente a primeira parte dessa ordem. Para fazê-los passar à etapa seguinte, o Senhor emprega, em Sua sabedoria, um doloroso meio: a perseguição (da qual a morte de Estêvão era o primeiro sinal). Isso resultou na dispersão dos crentes e, por conseguinte, na difusão do Evangelho a outras partes. Assim, um vento desagradável muitas vezes opera o feliz resultado de carregar para longe as úteis sementes.

Filipe, o evangelista (também citado no capítulo 6:5), vai a Samaria para pregar "a Cristo" (portanto não uma doutrina, mas uma Pessoa, vv. 5 e 35). Que tremendo poder nossos testemunhos teriam se, em vez de apresentarmos apenas verdades, falássemos sobre Aquele do qual nosso coração está (ou deveria estar) cheio!

E aconteceu que esses samaritanos, odiados e desprezados pelos judeus, doravante compartilharam com eles do mesmo batismo e do mesmo dom do Espírito Santo. Nem o nascimento, nem o mérito, nem dinheiro - como imaginava Simão, o mágico - dão acesso a tal privilégio. Tudo resulta da pura graça de Deus.

sábado, 29 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 7.44-60
44 O tabernáculo do Testemunho estava entre nossos pais no deserto, como determinara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto.
45 O qual também nossos pais, com Josué, tendo -o recebido, o levaram, quando tomaram posse das nações que Deus expulsou da presença deles, até aos dias de Davi.
46 Este achou graça diante de Deus e lhe suplicou a faculdade de prover morada para o Deus de Jacó.
47 Mas foi Salomão quem lhe edificou a casa.
48 Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta:
49 O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?
50 Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?
51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.
52 Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos,
53 vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes.
54 Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele.
55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita,
56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.
57 Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele.
58 E, lançando -o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
59 E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!
60 Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.
Estêvão termina seu relato. Ele estava perante o Sinédrio na condição de acusado, porém os papéis agora se inverteram: É ele que, da parte de Deus, julga esse povo de "dura cerviz" (Êxodo 32:9; 33:3). Ele, que está cheio do Espírito Santo, diz: "Vós sempre resistis ao Espírito Santo". Ah! Não resistimos nós mesmos muitas vezes ao Espírito, quando se trata de fazer a vontade de Deus e não a nossa própria?

Que contraste entre a paz do discípulo, absorto pela visão gloriosa de Jesus à destra de Deus, e o furor de seus adversários. O ódio os induz, mesmo sem nenhum julgamento, a cometer um crime que resulta na rejeição dos judeus como nação por muitos séculos e na sua dispersão pelo mundo. Se compararmos as últimas palavras desse fiel testemunha (vv. 56, 60) com as do Senhor Jesus na cruz (Lucas 23:34,46), podemos notar ainda mais a semelhança desse discípulo com o seu Mestre.

Este homicídio é a trágica conclusão da história do rebelde povo judeu, que Estêvão acabara de narrar. Ele a confirma com seu próprio sangue, tornando-se, depois de uma longa lista de profetas perseguidos (v. 52), o primeiro mártir da Igreja (1 Tessalonicenses 2:15-16).

viernes, 28 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 7.20-43
20 Por esse tempo, nasceu Moisés, que era formoso aos olhos de Deus. Por três meses, foi ele mantido na casa de seu pai;
21 quando foi exposto, a filha de Faraó o recolheu e criou como seu próprio filho.
22 E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras.
23 Quando completou quarenta anos, veio-lhe a idéia de visitar seus irmãos, os filhos de Israel.
24 Vendo um homem tratado injustamente, tomou-lhe a defesa e vingou o oprimido, matando o egípcio.
25 Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam.
26 No dia seguinte, aproximou-se de uns que brigavam e procurou reconduzi-los à paz, dizendo: Homens, vós sois irmãos; por que vos ofendeis uns aos outros?
27 Mas o que agredia o próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz sobre nós?
28 Acaso, queres matar-me, como fizeste ontem ao egípcio?
29 A estas palavras Moisés fugiu e tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde lhe nasceram dois filhos.
30 Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto do monte Sinai, um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia.
31 Moisés, porém, diante daquela visão, ficou maravilhado e, aproximando-se para observar, ouviu-se a voz do Senhor:
32 Eu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Moisés, tremendo de medo, não ousava contemplá-la.
33 Disse-lhe o Senhor: Tira a sandália dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.
34 Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu gemido e desci para libertá-lo. Vem agora, e eu te enviarei ao Egito.
35 A este Moisés, a quem negaram reconhecer, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz? A este enviou Deus como chefe e libertador, com a assistência do anjo que lhe apareceu na sarça.
36 Este os tirou, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, assim como no mar Vermelho e no deserto, durante quarenta anos.
37 Foi Moisés quem disse aos filhos de Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim.
38 É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir.
39 A quem nossos pais não quiseram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração, voltaram para o Egito,
40 dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.
41 Naqueles dias, fizeram um bezerro e ofereceram sacrifício ao ídolo, alegrando-se com as obras das suas mãos.
42 Mas Deus se afastou e os entregou ao culto da milícia celestial, como está escrito no Livro dos Profetas: Ó casa de Israel, porventura, me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, pelo espaço de quarenta anos,
43 e, acaso, não levantastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as adorar? Por isso, vos desterrarei para além da Babilônia.
Estêvão havia sido acusado de proferir blasfêmias contra Moisés (6:11). Mas notem, ao contrário, com que reverência ele fala deste patriarca! A beleza que Deus via no menino Moisés desde o seu nascimento (v. 20), depois, seu poder em palavras e obras (v. 22), seu amor por seus irmãos que o moveu a visitá-los (v. 23), a incompreensão que encontrou quando quis libertá-los (vv. 25, 35), são todas características que deviam servir para voltar a atenção do povo ao precioso Salvador a quem eles tinham rejeitado. Além disso, o mesmo Moisés havia anunciado a vinda de Cristo e exortado o povo a escutá-LO (v. 37). O apóstolo Pedro já havia citado esse versículo de Deuteronômio 18:15 em seu discurso de Atos 3:22. Um duplo testemunho do cumprimento das Escrituras! Porém, desde o começo de sua história, esse povo mostrou-se desobediente e idólatra e, apesar das grandes evidências de amor e de paciência da parte de Deus, o caráter empedernido do povo não mudou. Isso também acontece com nosso pobre coração. Até onde podemos recordar, até mesmo na nossa mais tenra infância, encontraremos desobediência e cobiça. Somente o poder de Deus tem sido capaz de dar-nos uma nova natureza.

jueves, 27 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 7.1-19
1 Então, lhe perguntou o sumo sacerdote: Porventura, é isto assim?
2 Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã,
3 e lhe disse: Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei.
4 Então, saiu da terra dos caldeus e foi habitar em Harã. E dali, com a morte de seu pai, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais.
5 Nela, não lhe deu herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho.
6 E falou Deus que a sua descendência seria peregrina em terra estrangeira, onde seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos;
7 eu, disse Deus, julgarei a nação da qual forem escravos; e, depois disto, sairão daí e me servirão neste lugar.
8 Então, lhe deu a aliança da circuncisão; assim, nasceu Isaque, e Abraão o circuncidou ao oitavo dia; de Isaque procedeu Jacó, e deste, os doze patriarcas.
9 Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para o Egito; mas Deus estava com ele
10 e livrou -o de todas as suas aflições, concedendo-lhe também graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador daquela nação e de toda a casa real.
11 Sobreveio, porém, fome em todo o Egito; e, em Canaã, houve grande tribulação, e nossos pais não achavam mantimentos.
12 Mas, tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou, pela primeira vez, os nossos pais.
13 Na segunda vez, José se fez reconhecer por seus irmãos, e se tornou conhecida de Faraó a família de José.
14 Então, José mandou chamar a Jacó, seu pai, e toda a sua parentela, isto é, setenta e cinco pessoas.
15 Jacó desceu ao Egito, e ali morreu ele e também nossos pais;
16 e foram transportados para Siquém e postos no sepulcro que Abraão ali comprara a dinheiro aos filhos de Hamor.
17 Como, porém, se aproximasse o tempo da promessa que Deus jurou a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito,
18 até que se levantou ali outro rei, que não conhecia a José.
19 Este outro rei tratou com astúcia a nossa raça e torturou os nossos pais, a ponto de forçá-los a enjeitar seus filhos, para que não sobrevivessem.
Quando o sumo sacerdote lhe dá a palavra, Estêvão não aproveita a oportunidade para defender-se das falsas acusações. O Espírito Santo, que o preenche, ensina-lhe "na mesma hora" o que dizer (Lucas 12:11-12). Ele se serve da história de Israel para mostrar os caminhos de Deus e Sua a fidelidade, e expor ao mesmo tempo a infidelidade do Seu povo. Aliás, esse relato, que ocupa um lugar relevante na Palavra de Deus, contém, sob a forma de "figuras", vários ensinos destinados a servir de advertência (1 Coríntios 10:11).

"Abraão, quando chamado, obedeceu" (Hebreus 11:8). Pela fé, ele se tinha apoderado das promessas que Deus lhe havia feito antes do nascimento de Isaque. Seus descendentes deviam morar algum tempo no Egito, submetendo-se ao jugo da escravidão, para depois sair desse país e servir a Jeová na terra prometida. No versículo 7, Estêvão cita: "E depois disto sairão daí e me servirão" - era uma palavra muito apropriada para alcançar a consciência desse povo desobediente e rebelde.

A história de José, rejeitado por seus irmãos mas exaltado por Faraó, ilustra de forma notável o ódio dos judeus contra Cristo, bem como a gloriosa posição que Deus Lhe conferiu depois de tê-LO livrado de "todas as suas aflições" (v. 10).

miércoles, 26 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 6.1-15
1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2 Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
4 e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5 O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6 Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7 Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.
8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 Levantaram-se, porém, alguns dos que eram da sinagoga chamada dos Libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e Ásia, e discutiam com Estêvão;
10 e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava.
11 Então, subornaram homens que dissessem: Temos ouvido este homem proferir blasfêmias contra Moisés e contra Deus.
12 Sublevaram o povo, os anciãos e os escribas e, investindo, o arrebataram, levando -o ao Sinédrio.
13 Apresentaram testemunhas falsas, que depuseram: Este homem não cessa de falar contra o lugar santo e contra a lei;
14 porque o temos ouvido dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deu.
15 Todos os que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estêvão, viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo.
O harmonioso retrato da Igreja descrito em Atos 2:42 e 4:32 já ficou turvado. No meio dos discípulos há murmuração, ou seja, uma reclamação que não se atreveram a fazer em voz alta. Estejamos atentos para não dar margem a tais murmurações de descontentamento ou de inveja, pois o "exterminador" vale-se delas para perturbar a comunhão dos filhos de Deus (1 Coríntios 10:10).

Para remediar este estado de coisas são eleitos diáconos ("servos" no texto grego). Nós não imaginaríamos que até para servir às mesas é necessário estar "cheio do Espírito Santo" (v. 3). Mas estar "cheio do Espírito Santo" é o estado normal do cristão, e também pode ser o nosso, se o desejarmos de todo o coração! Porém isso não implica pedir, como pensam alguns, por uma experiência ou por uma renovada vinda do Espírito Santo. Ele já habita no crente. O que é preciso é ceder-lhe todo o controle do templo do nosso coração.

Em Estêvão, particularmente, o Espírito Santo manifesta-Se sob Suas três virtudes características: o poder, o amor e a moderação (ou seja, o entendimento; compare versos 8 e 10 com 2 Timóteo 1:7). As obras (v. 8) e as palavras (v. 10) desse servo de Deus silenciam seus adversários, que precisam subornar falsas testemunhas contra ele (comparar com Mateus 26:59). Mas, mesmo com todas essas acusações, seu rosto brilha com a beleza celestial (v. 15).

martes, 25 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 5.33-42
34 Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu, chamado Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo o povo, mandou retirar os homens, por um pouco,
35 e lhes disse: Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens.
36 Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada.
37 Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos.
38 Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá;
39 mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele.
40 Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram.
41 E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.
42 E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.
Depois de haver usado um anjo para livrar os Seus servos, Deus agora usa Gamaliel, um eminente fariseu (da seita de oposição aos saduceus). Ele era um doutor da lei, conhecido e respeitado pelos judeus. Com moderação, empregando exemplos que todos conheciam, ele exorta seus colegas a ter paciência, pois o fim daquela obra mostraria se ela era dos homens ou de Deus. Afora isso, não é muito difícil discernir de que lado estão aqueles que dizem ser alguém, como Teudas (v. 36). Quão distinta era a conduta dos apóstolos! Reconheciam que não eram nada, e davam toda a glória ao nome de Jesus, a quem perseveravam em anunciar (cap. 3:12; 4:10).

O Senhor anteriormente havia advertido os discípulos que eles seriam perseguidos e entregues às sinagogas e aos cárceres (Lucas 21:12). Efetivamente, todas essas provas não tardaram em sobrevir (vv. 17-22) e desde então não cessaram de ser a porção de muitos crentes.

Nós muitas vezes agradecemos ao Senhor por nos ter guardado de perseguições tais como ocorrem em outros países. Mas não esqueçamos que é uma honra sofrer pelo Seu nome. Os apóstolos alegraram-se por "terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome" (v. 41; 1 Pedro 4:19; Mateus 5:11-12).

lunes, 24 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 5.17-32
17 Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja,
18 prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública.
19 Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, lhes disse:
20 Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida.
21 Tendo ouvido isto, logo ao romper do dia, entraram no templo e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que com ele estavam, convocaram o Sinédrio e todo o senado dos filhos de Israel e mandaram buscá-los no cárcere.
22 Mas os guardas, indo, não os acharam no cárcere; e, tendo voltado, relataram,
23 dizendo: Achamos o cárcere fechado com toda a segurança e as sentinelas nos seus postos junto às portas; mas, abrindo-as, a ninguém encontramos dentro.
24 Quando o capitão do templo e os principais sacerdotes ouviram estas informações, ficaram perplexos a respeito deles e do que viria a ser isto.
25 Nesse ínterim, alguém chegou e lhes comunicou: Eis que os homens que recolhestes no cárcere, estão no templo ensinando o povo.
26 Nisto, indo o capitão e os guardas, os trouxeram sem violência, porque temiam ser apedrejados pelo povo.
27 Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os,
28 dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
29 Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.
30 O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando -o num madeiro.
31 Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados.
32 Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem.
O sumo sacerdote e os que o acompanham estão cheios de inveja ao ver homens sem instrução e que não pertencem ao clero obter tanto êxito com as multidões. Além do mais, os saduceus, que negam a ressurreição, estão particularmente ressentidos porque os apóstolos anunciam a ressurreição do Senhor Jesus (v. 17, cap. 4:1-2). Incapazes de impor sua autoridade de outra maneira, prendem esses homens a quem não conseguem calar. Mas o Senhor envia um anjo para libertar Seus servos e eles imediatamente voltam ao templo para ensinar. Isso é anunciado aos líderes, que os fazem comparecer diante do Sinédrio (o conselho deliberativo dos líderes). "Vós quereis lançar sobre nós o sangue desse homem", dizem, sendo que eles mesmos haviam afirmado perante Pilatos: "Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos!" (Mateus 27:25). E novamente tentam persuadir os apóstolos a silenciar. Mas Pedro e seus companheiros respondem: "Antes importa obedecer a Deus do que aos homens". E mais uma vez esses intrépidos homens rendem um brilhante testemunho à gloriosa ressurreição do Senhor Jesus, "Príncipe e Salvador", bem como à remissão dos pecados por intermédio da fé no Cristo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 5.1-16
1 Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade,
2 mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou -o aos pés dos apóstolos.
3 Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?
4 Conservando -o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
5 Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes.
6 Levantando-se os moços, cobriram-lhe o corpo e, levando -o, o sepultaram.
7 Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera.
8 Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto.
9 Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão.
10 No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando -a, sepultaram-na junto do marido.
11 E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos.
12 Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no Pórtico de Salomão.
13 Mas, dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tributava grande admiração.
14 E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor,
15 a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles.
16 Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados.
No início do capítulo 4 notamos a operação do Inimigo contra a verdade partindo de fora da Igreja. O capítulo 5 começa com a ação do Inimigo dentro da Igreja. Desde aquele tempo até hoje, Satanás não cessou de agir dessas duas maneiras. O espírito do "querer imitar" e o desejo de aparentar piedade levaram Ananias e Safira a mentir. Pedro os repreendeu com santa indignação e a mão de Deus pesou sobre eles logo a seguir. Todo crente verdadeiro não perde sua salvação (João 10:27-29), e a nossa passagem tampouco questiona a salvação - o destino eterno - deles. O que temos aqui é a manifestação do governo de Deus. Não pensemos que, agora que somos objetos da Sua graça, Deus tem menos horror pelo pecado. Ele é santo e assim devem ser os Seus filhos (1 Pedro 1:15-17).

Um grande temor se apodera dos presentes. É um sentimento que também nós deveríamos cultivar diante dAquele que conhece os nossos mais íntimos pensamentos.

Os versículos 12-16 nos falam de milagres que eram feitos "pelas mãos dos apóstolos" - operações cuja força motriz era o amor - e nos mostram que não basta apenas admirar os crentes; cada pessoa deve dar o seu próprio passo de fé e aproximar-se do Senhor (vv. 13-14). Em Apocalipse 21:8, os covardes ocupam o primeiro lugar na lista dos que estarão eternamente perdidos.

sábado, 22 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 4.24-37
24 Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há;
25 que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs?
26 Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido;
27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel,
28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram;
29 agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra,
30 enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.
31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
32 Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
33 Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34 Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes
35 e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.
36 José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre,
37 como tivesse um campo, vendendo -o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos.
Pedro e João retornam aos demais discípulos ("aos seus", como cita o versículo 23) e compartilham o que os líderes do povo haviam dito. Mas, em vez de discutirem a respeito do que deveria ser feito, recorrem ao recurso que tinham em comum: a oração (6:4; 12:5 e 12; 14:23). Eles perceberam que a rebeldia dos judeus e das nações contra Deus e contra Seu "santo Servo Jesus" era o cumprimento das Escrituras (ainda que isso tenha sido apenas parcial até hoje, pois o Salmo 2 é uma profecia escalonada; é por isso também que, ao citá-lo, eles omitem a terrível resposta divina às provocações humanas).

Intrepidez (ousadia) é uma palavra marcante neste capítulo (vv. 13, 29, 31). Esta, porém, não tem nada que ver com a energia carnal que outrora impulsionava a Pedro... e o abandonava um momento depois. Aqui os discípulos obtêm intrepidez em resposta à oração. Que possamos imitá-los quando nos faltar coragem para seguir em frente!

Seguindo adiante, nos versículos 32 a 37, temos uma nova e magnífica descrição da Igreja no frescor do seu primeiro amor. Mesmo cientes da impossibilidade de retomar essa feliz primeira condição, esforcemo-nos para manifestar o espírito daqueles tempos, renunciando ao nosso próprio egoísmo e aproveitando cada oportunidade para servir aos nossos irmãos.

viernes, 21 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 4.1-22
1 Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus,
2 ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos;
3 e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde.
4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil.
5 No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os anciãos e os escribas
6 com o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote;
7 e, pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?
8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos,
9 visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado,
10 tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.
11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.
12 E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.
13 Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.
14 Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário.
15 E, mandando-os sair do Sinédrio, consultavam entre si,
16 dizendo: Que faremos com estes homens? Pois, na verdade, é manifesto a todos os habitantes de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não o podemos negar;
17 mas, para que não haja maior divulgação entre o povo, ameacemo-los para não mais falarem neste nome a quem quer que seja.
18 Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus.
19 Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus;
20 pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.
21 Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera.
22 Ora, tinha mais de quarenta anos aquele em quem se operara essa cura milagrosa.
Uma maravilha tão grandiosa quanto esta não poderia deixar de provocar oposição por parte de Satanás. Seus instrumentos nos são bem conhecidos: Anás, Caifás, os sacerdotes, os anciãos e os escribas, em suma, os principais responsáveis pela condenação do Senhor. Se tratassem os discípulos com gentileza, estariam admitindo sua culpa no assassinato do Mestre deles. O orgulho os impede disso. Eles perseveram em seu ódio contra o nome de Jesus. Ele mesmo Se tornou desde então a pedra de toque por excelência: para alguns é "pedra angular, eleita e preciosa", mas para os descrentes "pedra de tropeço e rocha de escândalo" (compare v. 11 e 1 Pedro 2:4-8).

O versículo 12 é fundamental. Afirma o caráter exclusivo e necessário do nome de Jesus para que alguém seja salvo.

Podia-se reconhecer nos discípulos que eles haviam estado com Jesus (v. 13) . Se nós vivermos em constante comunhão com o Senhor, os demais notarão.

Toda a oposição dos líderes dos judeus não pôde deter a ação do Evangelho (v. 14), nem calar a boca dos apóstolos, pois eles foram chamados pelo próprio Deus e receberam dEle a sua missão (v. 19). Daí, pois, a Sua Palavra está neles como um "fogo ardente" (v. 20: Jeremias 20:9).

jueves, 20 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 3.12-26
12 À vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, por que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?
13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo.
14 Vós, porém, negastes o Santo e o Justo e pedistes que vos concedessem um homicida.
15 Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.
16 Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós.
17 E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades;
18 mas Deus, assim, cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer.
19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,
20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,
21 ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.
22 Disse, na verdade, Moisés: O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.
23 Acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta será exterminada do meio do povo.
24 E todos os profetas, a começar com Samuel, assim como todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias.
25 Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra.
26 Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou -o primeiramente a vós outros para vos abençoar, no sentido de que cada um se aparte das suas perversidades.
Tão logo ouvem a respeito da cura do coxo, os curiosos se aglomeram. Todos estão cheios de admiração e assombro (v. 10). Mas Pedro logo cuida que a atenção seja desviada dele e de João, atribuindo o milagre ao poder do nome de Jesus. Este feito demonstrava de maneira bastante óbvia a vida e o poder que há na ressurreição dAquele a quem eles haviam matado. "Negastes o Santo e o Justo", declara-lhes o apóstolo, não para condená-los, mas como alguém que entende, por experiência própria, a vergonha deste pecado (v. 14; Lucas 22:54-61). "Eu sei que o fizestes por ignorância" (v. 17), acrescenta, confirmando, por assim dizer, as palavras do Salvador na cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34). A oportunidade concedida aqui aos judeus de ouvir o Evangelho e de arrepender-se, é uma resposta ao pedido do Senhor na cruz. Eles tinham em seu meio o testemunho do Espírito Santo falando pela boca de Pedro e atuando visivelmente na Igreja (2:44-47). Se a nação, reconhecendo seu pecado, tivesse agora recorrido a Deus, o Senhor poderia ter voltado imediatamente (v. 20). Mas eles não estavam dispostos a isso; porém, doravante não poderão mais alegar ignorância.

miércoles, 19 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 2.42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
44 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

Atos 3.1-11
1 Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona.
2 Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
3 Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola.
4 Pedro, fitando -o, juntamente com João, disse: Olha para nós.
5 Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa.
6 Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!
7 E, tomando -o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram;
8 de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus.
9 Viu -o todo o povo a andar e a louvar a Deus,
10 e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava, assentado à Porta Formosa do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe acontecera.
11 Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo correu atônito para junto deles no pórtico chamado de Salomão.
O capítulo 2 termina com um admirável retrato da Igreja em seus primeiros dias. Havia, como hoje, reuniões de edificação, de adoração e de oração (v. 42). Às vezes somos propensos a considerar que a vida da Igreja está restrita a isto, ao passo que ela também tem sua continuidade na casa daqueles que a compõem (v. 46). "Em cada alma havia temor", segundo o versículo 43; isto demonstra, portanto, que a seriedade e a solenidade podem perfeitamente coexistir com a alegria descrita no versículo 46.

No capítulo 3, vemos como o poder do Espírito Santo manifesta-se não somente nas palavras dos apóstolos, mas também em suas obras.

Ao pedir esmola a Pedro e a João, o pobre coxo que estava sentado junto à "Formosa" porta do templo não podia imaginar nunca o que iria receber: uma miraculosa cura pela fé no nome de Jesus. "Mas o que eu tenho, isso te dou", disse Pedro (v. 6). Quando se trata de dar algo, geralmente logo pensamos em dinheiro e muito raramente lembramos do inesgotável tesouro celestial, que corresponde ao conhecimento do nosso Salvador. Contudo, nós também temos o privilégio de anunciá-LO aos que nos rodeiam.

Por qual transformação passou esse pobre coxo! Até aquele momento estava junto "à porta". Agora ele entra na presença de Deus para adorá-LO (v. 8). Será que algum dos nossos leitores ainda está "à porta"?

martes, 18 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 2.22-41
22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis;
23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando -o por mãos de iníquos;
24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela.
25 Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado.
26 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança,
27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença.
29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.
30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,
31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.
32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.
33 Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.
34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.
36 Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
37 Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
38 Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39 Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
40 Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
41 Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.
Partindo de um texto do profeta Joel, Pedro demonstrou aos judeus que o poder que operava no meio deles era de origem divina. Igualmente nós, ao considerar um texto bíblico, não esqueçamos que Deus está falando conosco. Prosseguindo a pregação, Pedro recorda a maravilhosa senda trilhada por Cristo, Sua morte e Sua ressurreição anunciadas em muitas passagens do Velho Testamento e agora atestadas pelos apóstolos. Em vista disso, "a este Jesus", que o povo havia crucificado, Deus O fez assentar-Se à Sua destra, designando-O como Senhor e Cristo. Que espanto para os carrascos reconhecer que cometeram tal crime contra o próprio Filho de Deus! Tocados em sua consciência, os ouvintes sentem-se tomados ao mesmo tempo pela perplexidade e pelo temor. Como apaziguar Deus após semelhante ultraje? "Arrependei-vos" - diz-lhes Pedro. Isto não significa apenas lastimar um mau procedimento, mas, sim, julgar os atos cometidos (e esse juízo é emitido juntamente com Deus, tomando os Seus critérios por referência) e também abandonar a conduta anterior (Provérbios 28:13). O arrependimento é a primeira manifestação da fé (por isso, Pedro não os convida primeiro a crer). Três mil pessoas convertem-se e são batizadas depois dessa primeira pregação.

lunes, 17 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 2.1-21
1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.
6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,
11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?
12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?
13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!
14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.
15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.
16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel:
17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;
18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.
19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.
20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.
21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Alguns dias se passaram desde a ascensão do Senhor. Sua promessa, bem como a do Pai, irá cumprir-se agora (1:4). Sob a forma de "línguas repartidas, como que de fogo", o Espírito Santo, essa divina Pessoa, desce à Terra e habita nos discípulos. Logo é manifestado neles o Seu poder: eles começam a falar em línguas que não conheciam. Dessa forma, Deus remedia em graça a maldição de Babel (Gênesis 11:1-9).

Todos os anos a festa judaica de Pentecostes trazia à Jerusalém um número considerável de israelitas espalhados entre as nações. Esta grande afluência de pessoas dá oportunidade para a primeira grande reunião evangelística. E que coisas admiráveis ouve a multidão! Cada um ouvia falar em sua própria língua "as grandezas de Deus". E os que falavam eram "galileus" que não tinham estudado (compare com 4:13; João 7:15). Para ser um servo do Senhor não é necessário pertencer a uma elite ou ter feito muitos estudos. Depender dEle e submeter-se à condução de Seu Espírito são as condições requeridas. Que cada um de nós possa preenchê-las!

domingo, 16 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 1.15-26
15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
16 Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus,
17 porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério.
18 (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
19 e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.)
20 Porque está escrito no Livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
22 começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
23 Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias.
24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido
25 para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar.
26 E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos.
Pedro toma a palavra no meio dos primeiros discípulos. Ele recorda o miserável fim de Judas, que se havia enforcado (Mateus 27:5-8). Pavorosa morte, porém um destino eterno mais pavoroso ainda! (v. 25). Baseando-se na luz e na autoridade das Escrituras, Pedro mostra a necessidade de preencher o lugar do discípulo caído. Doze apóstolos deveriam ser, por assim dizer, as testemunhas oficiais desse fato fundamental do cristianismo: a ressurreição do Senhor (1 Coríntios 15:3-5). José, chamado Barsabás, e Matias estavam entre os que haviam tido o privilégio de acompanhar o Senhor Jesus durante Seu ministério. Talvez eles pertencessem ao grupo dos setenta que outrora haviam sido enviados em grupos de dois (Lucas 10:1). Depois de pedir ao Senhor, que conhece o coração de todos os homens, que lhes revelasse a Sua escolha, eles lançam sortes e Matias é indicado.

Lançar sortes hoje não é mais o método apropriado, pois o Espírito Santo está aqui e nos dá o discernimento de que necessitamos. Com respeito a isso, seria interessante comparar esta passagem com Atos 13:2, onde o Espírito Santo ordena: "Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado".

sábado, 15 de agosto de 2009

Lição Bíblica

Atos 1.1-14
1 Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar
2 até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas.
3 A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
4 E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.
5 Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
7 Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;
8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
9 Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.
10 E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles
11 e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.
12 Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado.
13 Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
14 Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.
Lucas, o inspirado autor do livro de Atos, começa seu relato com a ascensão de Jesus ao céu - apesar de já ter descrito este evento no fim de seu evangelho. Isto porque a vinda do Espírito e toda a obra - "até aos confins da terra" - dela decorrente são fatos que emanam da presença de Cristo na glória (João 16:7). Além disso, esta introdução confirma que tudo o que os apóstolos farão corresponde aos mandamentos que receberam do Senhor (v. 2 e 8) e justificará o serviço deles. E para que seus pensamentos, que ainda estavam fixos nas coisas terrenas, fossem elevados até Ele, Jesus lhes diz: "e sereis minhas testemunhas" (v. 6). Eles eram os depositários das maravilhosas verdades que diziam respeito ao Cristo: que tinha padecido e agora estava vivo (v. 3); fora elevado ao céu à vista deles (v. 9); e, segundo a infalível promessa anunciada pelos anjos, voltaria da mesma maneira (v. 11). Os discípulos deveriam anunciar estas coisas por meio do poder do Espírito Santo que em breve receberiam (v. 8).

A primeira reunião depois da ascensão do Senhor é consagrada à oração, e todos os apóstolos estão presentes. Visto que estamos chegando ao final da história da Igreja neste mundo; cuidemos de não estar ausentes naquela que pode ser a última reunião antes de Seu retorno (Hebreus 10:25)!

viernes, 14 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 21.1-25

1 Depois disto, tornou Jesus a manifestar-se aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e foi assim que ele se manifestou:
2 estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e mais dois dos seus discípulos.
3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo. Saíram, e entraram no barco, e, naquela noite, nada apanharam.
4 Mas, ao clarear da madrugada, estava Jesus na praia; todavia, os discípulos não reconheceram que era ele.
5 Perguntou-lhes Jesus: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não.
6 Então, lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes.
7 Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia despido, e lançou-se ao mar;
8 mas os outros discípulos vieram no barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados.
9 Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e, em cima, peixes; e havia também pão.
10 Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar.
11 Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e, não obstante serem tantos, a rede não se rompeu.
12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor.
13 Veio Jesus, tomou o pão, e lhes deu, e, de igual modo, o peixe.
14 E já era esta a terceira vez que Jesus se manifestava aos discípulos, depois de ressuscitado dentre os mortos.
15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.
19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.
20 Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor?
21 Vendo -o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este?
22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me.
23 Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?
24 Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
25 Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.
Restava ao Senhor realizar aqui na Terra um último serviço de amor para com Seu discípulo Pedro. Três vezes Pedro havia negado o Seu Mestre. E por três vezes foi necessário ser provado com uma dolorosa pergunta: Pretendeste ter mais amor por Mim que estes outros, mas eles não Me negaram (Marcos 14:29). Onde está este ardente amor do qual você falou? Não tenho tido nenhuma prova dele. - "Senhor, tu sabes todas as cousas, tu sabes que eu te amo", é tudo que o pobre discípulo por fim pôde dizer. Vai o Senhor deixá-lo de lado? Pelo contrário, agora que Pedro perdeu a sua confiança em si mesmo, está apto para o serviço do Mestre. "Apascenta os meus cordeiros... Apascenta as minhas ovelhas", disse-lhe o Senhor (o original grego se expressa com um diminutivo cheio de carinho: Minhas ovelhinhas). Ao cuidar dos que o Senhor Jesus ama, Pedro outra vez terá a oportunidade de demonstrar o seu amor por Ele.

Aqui termina o Evangelho, porém tudo o que foi feito, dito e experimentado pela Pessoa infinita que enche as suas páginas, é de um inestimável interesse, e Deus não o tem esquecido (v. 25). Haverá um inesgotável "suprimento de livros" para lermos por toda a eternidade. Para o tempo presente cada redimido deve reter com fervor essas últimas palavras do Senhor: "Segue-me tu".

jueves, 13 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 20.19-31

19 Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
20 E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor.
21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
22 E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
23 Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos.
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.
26 Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!
29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.
30 Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.
31 Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
É a noite de um maravilhoso primeiro dia da semana. Conforme havia prometido, o Senhor se apresenta em meio de Seus discípulos reunidos (14:19). Ele mostra-lhes as Suas mãos e o Seu lado perfurado, "provas incontestáveis" de que foi feita a paz deles com Deus (Atos 1:3). Sopra neles nova vida (compare Gênesis 2:7; 1 Coríntios 15:45) e lhes envia a pregar o perdão dos pecados a todos os que crerem (v. 23).

Tomé estava ausente naquele domingo. E quando os demais discípulos lhe declaram: "Vimos o Senhor", o seu coração permaneceu frio e incrédulo. Quantos dos filhos de Deus se privam das preciosas reuniões ao redor do Senhor Jesus com semelhantes pensamentos... talvez porque, no fundo de seus corações, eles não crêem em Sua presença. Tomé representa aqui o remanescente judeu que, ao vê-LO mais tarde, reconhecerá o seu Senhor e o seu Deus. Eles perguntarão: "Que feridas são essas nas tuas mãos?" (Zacarias 13:6). Mas a porção bem-aventurada dos redimidos nesta presente época deve crer mesmo sem ver (1 Pedro 1:8). Para este fim "foram escritas" estas coisas, não apenas para serem lidas mas também para serem cridas. A nossa fé, fundada sobre as Escrituras, deve se agarrar Àquele que dá a vida: o Filho de Deus (v. 21).

miércoles, 12 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 20.1-18

1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida.
2 Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.
3 Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro.
4 Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro;
5 e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou.
6 Então, Simão Pedro, seguindo -o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis,
7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.
8 Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
9 Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.
10 E voltaram os discípulos outra vez para casa.
11 Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo,
12 e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés.
13 Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14 Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus.
15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!
17 Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.
18 Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe dissera estas coisas.
A primeira pessoa que se apressa a ir à sepultura nessa gloriosa manhã da ressurreição é Maria Madalena, a mulher de quem o Senhor tinha expulsado sete demônios (Marcos 16:9). Porém alguém esteve ali antes que ela, visto que a pedra da sepultura já tinha sido removida. Ela leva a notícia a Pedro e a João, os quais vão correndo à sepultura e encontram a surpreendente prova da ressurreição... e voltam às suas casas. Mas Maria não pôde ir. Ela está tão determinada a encontrar o seu amado Senhor (v. 13) que nem parece se surpreender com a presença dos anjos.

O Senhor Jesus não pode deixar semelhante afeto sem resposta. E o que faz vai além das expectativas de Maria! É um Salvador vivo que se aproxima dela, chama-a pelo seu nome e lhe confia a mensagem do mais sublime valor, pois "a ligação pessoal com Cristo é o meio para a verdadeira compreensão" (J. N. Darby). O Senhor Jesus incumbe Maria de anunciar a Seus "irmãos" que a cruz, longe de tê-LO separado deles, é a base de vínculos completamente novos. É um fato de inestimável valor que o Seu Pai tenha se tornado nosso Pai e o Seu Deus o nosso Deus. O Senhor Jesus, para o gozo de Seu próprio coração, nos tem colocado para sempre nessas felizes relações (Salmo 22:22; Hebreus 2:11-12).

martes, 11 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 19.31-42

31 Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.
32 Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados;
33 chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
35 Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais.
36 E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado.
37 E outra vez diz a Escritura: Eles verão aquele a quem traspassaram.
38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus.
39 E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés.
40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro.
41 No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto.
42 Ali, pois, por causa da preparação dos judeus e por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus.
Quando os soldados chegaram para quebrar as pernas dos crucificados, matando-os assim, comprovam que com Jesus essa medida é inútil, pois já estava morto. Para o malfeitor convertido, essa brutalidade significa o cumprimento da palavra do Senhor: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:43). Mas um dos soldados não teme profanar, com a sua lança, o corpo do Senhor sobre a cruz (compare Zacarias 12:10). Um maravilhoso sinal de graça é a resposta a este último ultraje: o sangue da expiação e a água da purificação fluem de Seu lado traspassado.

Em seguida ocorre o sepultamento de nosso amado Salvador. Deus tem preparado dois discípulos para render ao corpo de Seu Filho as honras anunciadas pelas Escrituras: "Mas com o rico esteve na sua morte" (Isaías 53:9). Até então José e Nicodemos não haviam tido o ânimo de tomar abertamente posição a favor dEle. Porém agora, despertados pela magnitude do crime de sua nação, compreendem que se guardassem silêncio seriam culpados juntamente com os que concordaram com o que foi feito. Queridos amigos crentes, nunca nos esqueçamos de que o Mundo crucificou o nosso Senhor. Se nos colarmos ou tivermos prazer em nos identificar com os Seus assassinos, isso equivale a negá-LO. Mas agora, pelo contrário, é o momento de corajosamente nos dar a conhecer como sendo Seus discípulos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 19.1-16

1 Então, por isso, Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo.
2 Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e vestiram-no com um manto de púrpura.
3 Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
4 Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum.
5 Saiu, pois, Jesus trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Disse-lhes Pilatos: Eis o homem!
6 Ao verem-no, os principais sacerdotes e os seus guardas gritaram: Crucifica -o! Crucifica -o! Disse-lhes Pilatos: Tomai -o vós outros e crucificai -o; porque eu não acho nele crime algum.
7 Responderam-lhe os judeus: Temos uma lei, e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus.
8 Pilatos, ouvindo tal declaração, ainda mais atemorizado ficou,
9 e, tornando a entrar no pretório, perguntou a Jesus: Donde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.
10 Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?
11 Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.
12 A partir deste momento, Pilatos procurava soltá-lo, mas os judeus clamavam: Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!
13 Ouvindo Pilatos estas palavras, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, no hebraico Gabatá.
14 E era a parasceve pascal, cerca da hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
15 Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica -o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César!
16 Então, Pilatos o entregou para ser crucificado.
Por zombaria é que os soldados colocam sobre Jesus um manto púrpura e uma coroa de espinhos. E é quando Ele está vestido assim que Pilatos escolhe apresentá-LO ao povo, dizendo: "Eis o homem!"

"Crucifica-o! crucifica-o!" contestam colericamente os principais sacerdotes. E apresentam uma nova acusação - Ele tem blasfemado, "a si mesmo se fez filho de Deus". Porém isso atemorizou ainda mais a Pilatos. Seria então possível que diante dele não estivesse somente um rei, mas também um Deus (v. 7-8). Para tranqüilizar-se, Pilatos faz menção de seu poder; mas o Senhor Jesus o coloca em seu verdadeiro lugar. Este magistrado pagão aprende, seguramente pela primeira vez, de quem recebeu a sua autoridade: não da parte de César, como ele tinha pensado, mas "de cima" (v. 11; Romanos 13:1). Quando se dá conta de que não tem poder sobre esse acusado extraordinário e que este caso está além dele, quer soltá-LO. Porém os judeus não quiseram saber nada disso e fizeram uso de um último argumento: "Se soltas a este, não és amigo de César". Assim, apesar da advertência que recebeu (v. 11), não é a Deus, porém aos homens que o governador busca agradar e obedecer. Temendo tanto o ressentimento dos judeus e a reprovação de seu soberano, sacrifica deliberadamente o Inocente.

sábado, 8 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 18.28-40

28 Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
29 Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse: Que acusação trazeis contra este homem?
30 Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
31 Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai -o vós outros e julgai -o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém;
32 para que se cumprisse a palavra de Jesus, significando o modo por que havia de morrer.
33 Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?
34 Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito?
35 Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?
36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.
39 É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
40 Então, gritaram todos, novamente: Não este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era salteador.
Ao levar o Senhor Jesus ao governador romano, os judeus cuidam-se de não se contaminarem... ao mesmo tempo que carregam as suas consciências com o mais horrendo crime jamais cometido!

O apóstolo Paulo cita como exemplo a Timóteo a "boa confissão" de Cristo Jesus diante de Pôncio Pilatos (1 Tm 6:13). Custe o que custar, o Senhor declara a Sua realeza, ainda que saliente que o Seu reino não é deste Mundo. Este versículo 36 deveria ser considerado por todos os que hoje empreendem um grande esforço para estabelecer o reino de Deus sobre a Terra. O progressivo melhoramento moral do Mundo para que o Senhor possa vir e reinar sobre ele é apenas uma ilusão. Se Ele mesmo não produziu tal melhoramento, por que deveriam os cristãos buscar fazê-lo?

"Que é a verdade?" pergunta Pilatos. Contudo não espera pela resposta. Ele parece com muitas pessoas que realmente não estão interessadas nessa pergunta - porque no fundo temem ter que ordenar as suas vidas de acordo com a resposta que receberão. A verdade estava diante de Pilatos na pessoa do Senhor Jesus (14:6). Em vão Pilatos tenta escapar de sua responsabilidade ao propor que seja libertado o Prisioneiro para a Páscoa! Mas, em uníssono, os judeus gritam para libertar o ladrão Barrabás, no lugar do Senhor.

viernes, 7 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 18.12-27

12 Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no
13 e o conduziram primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
14 Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente morrer um homem pelo povo.
15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Sendo este discípulo conhecido do sumo sacerdote, entrou para o pátio deste com Jesus.
16 Pedro, porém, ficou de fora, junto à porta. Saindo, pois, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, falou com a encarregada da porta e levou a Pedro para dentro.
17 Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele.
18 Ora, os servos e os guardas estavam ali, tendo acendido um braseiro, por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio deles, aquentando-se também.
19 Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
20 Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto.
21 Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse.
22 Dizendo ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote?
23 Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?
24 Então, Anás o enviou, manietado, à presença de Caifás, o sumo sacerdote.
25 Lá estava Simão Pedro, aquentando-se. Perguntaram-lhe, pois: És tu, porventura, um dos discípulos dele? Ele negou e disse: Não sou.
26 Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim com ele?
27 De novo, Pedro o negou, e, no mesmo instante, cantou o galo.
Ao estar ali com os que haviam prendido e atado o seu Mestre, e esquentando-se com eles, Pedro praticamente já O havia negado, ao escolher voluntariamente os nossos amigos em um Mundo que crucificou o Senhor Jesus, e, ao participarmos de seus prazeres, estaremos de uma maneira ou de outra nos expondo a desonrar o Senhor. Não podemos contar que seremos guardados (em resposta a Sua oração do cap. 17:15-17), se não praticarmos a separação da qual Ele fala nesses mesmos versículos (17:16). Graças a sua infidelidade, Pedro escapa por um momento da vergonha e da perseguição. Seria ele "maior que o seu Senhor", o qual, sem reservas, vai ao encontro do ódio e do menosprezo dos homens (15:20)? O Senhor Jesus nada responde ao interrogatório hipócrita do sumo sacerdote; Ele já havia dado publicamente o Seu testemunho. Cabe agora aos juízes prová-LO culpado - se puderem!

Este Evangelho enfatiza mais que os outros três a dignidade e a autoridade do Filho de Deus. Apesar das humilhações que sofreu e da maneira com que foi tratado, permaneceu Mestre absoluto da situação, como Aquele que "se entregou a si mesmo... como oferta... a Deus" em perfeito sacrifício (Efésios 5:2).

jueves, 6 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 18.1-11

1 Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim; e aí entrou com eles.
2 E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
3 Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas.
4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra.
7 Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno.
8 Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;
9 para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.
10 Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.
11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?
Depois de "a glória que me tens dado" (17:22) vem "o cálice que o pai me deu" (v. 11). Em completa dependência, o Senhor Jesus recebe ambos das mãos de Seu Pai. Mas, de acordo com o caráter deste Evangelho, não vemos aqui, como em Lucas 22:44, a agonia do Senhor. Aqui, no pensamento do Filho obediente, a obra já está concluída (17:4).

O miserável Judas sabe aonde conduzir a companhia armada que deve capturar o Senhor, pois esse é o lugar de muitos encontros íntimos e preciosos, dos quais ele mesmo havia participado.

Aquele a quem chamam com desprezo "Jesus de Nazaré" não é outro senão o Filho de Deus. Em pleno conhecimento do que ia ocorrer, Ele se adianta e se apresenta a esta tropa ameaçadora. Dá, de Seu poder soberano, uma prova que teria permitido reconhecê-LO das Escrituras (Salmo 27:2). Com apenas uma palavra, Ele atira os Seus inimigos ao chão. Mas, qual é o pensamento de Seu coração nesse momento tão terrível para Ele? É o mesmo de sempre, pensa em Seus amados discípulos - "deixai ir estes", é Sua ordem àqueles que vieram para prendê-LO. Até o último instante, o bom Pastor velaria por Suas ovelhas. Agora chegou o momento em que dá a Sua vida por elas (10:11).

miércoles, 5 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 14.26

14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.
15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.
16 Eles não são do mundo, como também eu não sou.
17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.
20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;
21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;
23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste.
26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.
Os crentes não são tirados do Mundo quando se convertem (v. 15). Pelo contrário, são expressamente enviados ao Mundo (v. 18) para cumprir a obra que lhes têm sido encomendada (compare v. 4). Contudo, não são do Mundo, como o Senhor Jesus não era dele. A posição deles é de estrangeiros chamados a servir a seu Soberano em um país inimigo. Mas este incomparável capítulo nos ensina que, longe de serem esquecidos aqui na Terra, os crentes têm um "grande sumo sacerdote" que intercede por eles diante do trono da graça (compare Hebreus 4:14-16). Escutemos o que Ele pede ao Pai por eles: "que os guarde do mal", porque neste Mundo estão expostos à contaminação (v. 15).

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade": eis aqui a separação indicada para aqueles que obedecem à Palavra.

"A fim de que todos sejam um": este é o desejo de Seu coração, e que nos humilha quando pensamos nas divisões que existem entre os cristãos.

Finalmente: "Que onde eu estou, estejam também comigo..." (v. 24). Os que não são do Mundo não ficarão no Mundo. A sua porção eterna será estar com o Senhor Jesus para ver a Sua glória. "Quero", disse o Senhor Jesus, pois a presença dos Seus com Ele no céu é para a Sua glória e para a de Seu Pai, porque eles testificam os plenos resultados de Sua obra.

martes, 4 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 17.1-13

1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,
2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer;
5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.
6 Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra.
7 Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti;
8 porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;
10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado.
11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
13 Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos.
O Senhor Jesus, tendo dado as Suas últimas recomendações a Seus queridos discípulos e tendo-se despedido deles, se volta para Seu Pai. Ele nunca reivindicou algo para Si mesmo, mas agora pede a glória. É que a honra ao Filho obediente, glorificando-O, contribui para a glória de Deus, o "Pai justo" (v. 25).

Como um mensageiro fiel, o Senhor Jesus presta conta da missão que cumpriu neste Mundo (v. 4). Um dos lados dessa obra havia sido falar do Pai aos Seus (v. 6 e 26); agora Ele fala dos Seus ao Pai, a fim de confiá-los ao Seu cuidado, pois Ele mesmo vai deixá-los. Os Seus argumentos são comovedores: "Eles têm guardado a tua palavra... e creram que tu me enviaste". Isso é o que primeiro tem a dizer, ainda que saibamos quão débil era a fé dos pobres discípulos (v. 6-8; compare 14:9).

Ademais "são teus..." (v. 9), prossegue o Senhor, "e neles eu sou glorificado", recorrendo assim ao interesse que o Pai tem pela glória do Filho. Finalmente, enfatiza a difícil situação de Seu povo redimido que permanece em um Mundo tão perigoso e que põe em prova a fé. O Senhor Jesus é o perfeito Intercessor advogando a favor de Seus discípulos; Ele faz o mesmo por nós hoje.

lunes, 3 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 16.19-33

19 Percebendo Jesus que desejavam interrogá-lo, perguntou-lhes: Indagais entre vós a respeito disto que vos disse: Um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis?
20 Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
22 Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
23 Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.
24 Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.
25 Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai.
26 Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós.
27 Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.
28 Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai.
29 Disseram os seus discípulos: Agora é que falas claramente e não empregas nenhuma figura.
30 Agora, vemos que sabes todas as coisas e não precisas de que alguém te pergunte; por isso, cremos que, de fato, vieste de Deus.
31 Respondeu-lhes Jesus: Credes agora?
32 Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo.
33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Os discípulos vão conhecer a tristeza da separação. Mas o Senhor Jesus consola-os de antemão ao falar-lhes do gozo que os espera quando tornarem a vê-LO depois de Sua ressurreição ( 20:20). O crente tem muitas razões para se alegrar: a esperança da volta do Senhor (compare v. 22), a obediência aos Seus mandamentos (15:10, 11 - você tem experimentado o gozo que isso produz?), a dependência dEle e a resposta às nossas orações (16:24), as revelações do Senhor em Sua Palavra (17:13); a comunhão com o Pai e com o Filho (1 João 1:3-4). Essas são as inesgotáveis fontes da "alegria completa" (v. 24).

Por que o Senhor Jesus não prefere dizer aos Seus discípulos que Ele rogará ao Pai por eles (v. 26), desde que este é o tema de todo o capítulo seguinte? A razão é essa: longe de reivindicar para Si mesmo as afeições dos discípulos, o Seu grande objetivo é introduzi-los em um relacionamento direto com o Pai. Por isso os conclama a que não se contentem somente em tê-LO como intercessor perante Deus, mas que façam a experiência pessoal do amor do Pai e do poder de Seu nome. "Tende bom ânimo", conclui o Senhor. O Mundo, nosso comum inimigo, é forte, mas "eu venci o mundo".

domingo, 2 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 16.1-18

1 Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis.
2 Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus.
3 Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim.
4 Ora, estas coisas vos tenho dito para que, quando a hora chegar, vos recordeis de que eu vo-las disse. Não vo-las disse desde o princípio, porque eu estava convosco.
5 Mas, agora, vou para junto daquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
6 Pelo contrário, porque vos tenho dito estas coisas, a tristeza encheu o vosso coração.
7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.
8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:
9 do pecado, porque não crêem em mim;
10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais;
11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;
13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
16 Um pouco, e não mais me vereis; outra vez um pouco, e ver-me-eis.
17 Então, alguns dos seus discípulos disseram uns aos outros: Que vem a ser isto que nos diz: Um pouco, e não mais me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: Vou para o Pai?
18 Diziam, pois: Que vem a ser esse-- um pouco? Não compreendemos o que quer dizer.
Se não fosse o Senhor quem disse isso, teríamos dificuldade para entender que a Sua ida foi conveniente para os discípulos. Ocorre o mesmo com tantas coisas que não entendemos e que momentaneamente nos afligem, e, contudo, são para o nosso proveito (vs. 6-7). O Espírito Santo seria enviado do céu pelo Senhor Jesus e conduziria os crentes em toda a verdade (v. 13). Nós constatamos que no capítulo 14:16 o Senhor confirma a inspiração divina de todos os livros do Novo Testamento: os Evangelhos - Ele "vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (João 14:16); Atos dos Apóstolos - "Esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis" (15:26-27); as Epístolas - "Esse vos ensinará todas as cousas" (14:26); e finalmente o Apocalipse - "Vos anunciará as cousas que hão de vir" (v. 13). Mas a presença do Espírito Santo aqui na Terra também implica graves conseqüências para o Mundo, pois declara-lhe a sua culpa em rejeitar a Cristo (vs. 8-11).

Por suas perguntas, os discípulos mostram o quanto são incapazes, naquele momento de suportar os ensinos de seu Mestre (v. 12). Agora o Espírito Santo está aqui, glorificando o Senhor Jesus ao no-lo anunciar do que é dEle. Glorifiquemos nós também ao Senhor ao receber e guardar o que nos revela!

sábado, 1 de agosto de 2009

Lição Bíblica

João 15.16-27

16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
17 Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.
18 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.
19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
20 Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
21 Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou.
22 Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.
23 Quem me odeia odeia também a meu Pai.
24 Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai.
25 Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo.
26 Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;
27 e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio.
Se o objetivo de nossas orações é produzir fruto para Deus, serão sempre ouvidas (v. 16). Mas, em que consiste o fruto? Essencialmente no amor dos redimidos uns pelos outros e nas várias formas em que isso se demonstra. "Isto vos mando", disse o Senhor. É a terceira vez que Ele menciona este "novo mandamento" (v. 17; vide v. 12; 13:34). É um estado triste e anormal quando falta o afeto entre os membros de uma família quanto mais quando se trata da família de Deus! Em troca, é absolutamente normal o ódio do Mundo para com os crentes (cuja conduta condena a do Mundo) e devemos contar com isso - a não ser que o Mundo ache algo de si em nós, o que seria um péssimo sinal.

"Não é o servo maior do que seu senhor" (v. 20). Esta é uma repetição do capítulo 13:16, quando foi dito em relação ao serviço: aqui o Senhor aplica os sofrimentos aos que terão que padecer por parte do Mundo.

Assim o nome do Senhor Jesus é, por sua vez e ao mesmo tempo, o motivo para o Mundo nos odiar (v. 21) e também para o Pai responder as nossas orações (final do v. 16).