lunes, 31 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Mateus 4.12-25

12 Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia;
13 e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali;
14 para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías:
15 Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios!
16 O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz.
17 Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
18 Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
20 Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.
21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os.
22 Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram.
23 Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
24 E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.
25 E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam.
O versículo 16 cita o profeta Isaías (capítulo 9, versículos 1 e 2), porém com uma pequena variação. Nos tempos do profeta, o povo "andava" em trevas. Agora se lê que "está assentado", ou seja, jaz firmemente numa condição distante da luz de Deus, tendo perdido todo o ânimo e toda a esperança. Porém, este é o momento ideal para que Deus intervenha. Aquele que é a Luz aparece trazendo libertação. À Sua chamada, atraídos por Seu amor, alguns discípulos unem-se a Ele e O seguem - dois aqui, dois ali: Simão e André; Tiago e João. Foi o momento decisivo na vida destes homens, um momento que mudaria toda a vida deles e do qual jamais esqueceriam (cap. 19:27). Sim, imediatamente, no mesmo instante, deixam seu pai, seu barco e as redes. Deixam tudo para seguir a um Mestre como nunca houve, e para executar uma nova tarefa: a de serem pescadores de homens. No momento devido, o Senhor fará deles evangelistas e apóstolos.

Nem todos os cristãos são chamados a abandonar seu trabalho ou renunciar os laços familiares, mas todos ouviram algum dia, em seu coração, uma voz que dizia: "Segue-me". Você atendeu ao chamado?

Os versículos 23 e 24 resumem de modo admirável toda a atitude do amor do Senhor Jesus.

domingo, 30 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Mateus 4.1-11

1 A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
3 Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.
4 Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
5 Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou -o sobre o pináculo do templo

6 e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
7 Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
8 Levou -o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles

9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.
11 Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.
Revestido do poder do Espírito Santo (Mateus 3:16), Jesus está preparado para cumprir Seu ministério. Porém, como todo servo de Deus, é necessário que seja primeiro posto à prova. Eis por que Ele tem de enfrentar o grande Inimigo. Satanás usa principalmente duas táticas para desviar um homem de Deus do caminho da obediência: ou ele apresenta os terríveis obstáculos do caminho (para Cristo isso representava especialmente a agonia do Getsêmani), ou, ao contrário, mostra as atrações que estão ao lado desse caminho. É esta segunda tática que o diabo usa aqui.

Satanás usa a própria Palavra de Deus para dar à sua tentação uma aparência de piedade. Porém, ao citar o Salmo 91:11-12, toma muito cuidado para não incluir o versículo 13, que faz alusão à sua própria derrota: "Pisarás o leão e a áspide, calcarás aos pés o leãozinho e a serpente". A áspide é a serpente que, conforme Gênesis 3:15, teria sua cabeça ferida pelo "descendente da mulher", ou seja, Cristo. Foi ainda no Jardim do Éden, onde nada lhe faltava, que o primeiro Adão sofrera tripla derrota seduzido pela concupiscência da carne, pela concupiscência dos olhos e pela soberba da vida. Mas, no deserto, o Homem perfeito, o Segundo Adão, triunfou sobre a antiga serpente, valendo-Se da soberana Palavra de Deus (1 João 2:16; Salmo 17:4). E, por isso, "naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hebreus 2:18).

sábado, 29 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Mateus 3.1-17

1 Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia:
2 Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
3 Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
4 Usava João vestes de pêlos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre.
5 Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão;
6 e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
7 Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?
8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;
9 e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
10 Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
11 Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
12 A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
13 Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse.
14 Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
15 Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu.
16 Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele.
17 E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Como um embaixador que precede uma alta autoridade, João Batista proclama a iminente vinda do Rei. Mas este Rei não poderia tomar o Seu lugar entre um povo indiferente a seu estado pecaminoso. Por essa razão, a pregação de João é um chamado ao arrependimento. Porém, aos fariseus, que vinham ao batismo com espírito de justiça própria, ele anunciava o juízo.

Podemos entender por que João ficou embaraçado quando Aquele, cujas sandálias ele sentia que não era digno de levar, apresenta-Se para ser batizado. Mas no versículo 15, ouvimos as primeiras palavras faladas por Jesus neste evangelho: "Deixa por enquanto, porque assim nos convém...". O homem sabia apenas fazer o mal; por isso convinha permitir que Deus agisse agora por meio de Cristo para "cumprir toda a justiça" (Romanos 10:3). "Então ele o admitiu", é o que lemos de João, ainda que fosse ele quem estava batizando. Não é sempre vantajoso para nós permitirmos ao Senhor Jesus agir à Sua maneira?

O Senhor Jesus saiu logo da água visto que não tinha nenhuma confissão a fazer (compare v. 6). E então os céus se abriram para render-Lhe um duplo testemunho: o Espírito Santo descendo sobre Ele tal como o óleo da unção que outrora designava o rei (1 Samuel 16:13). E ouvia-se a mensagem maravilhosa de amor e de aprovação que recebeu de Seu Pai.

viernes, 28 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Mateus 2.7-23

7 Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera.
8 E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo.
9 Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino.
10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo.
11 Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.
12 Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.
13 Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
14 Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito;
15 e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho.
16 Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos.
17 Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias:
18 Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, choro e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.
19 Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe:
20 Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino.
21 Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe e regressou para a terra de Israel.
22 Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galiléia.
23 E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Os homens sábios vieram de longe (um fato já predito no Salmo 72:10). Foram conduzidos pela estrela até encontrarem o menino. Que júbilo para eles O encontrarem! Rendem-Lhe homenagens, presenteiam-NO e regressam à sua terra "por outro caminho". Esta não é a história de todo aquele que vem ao Salvador?

As intenções homicidas de Herodes foram frustradas, e também as de Satanás, que procurava desde o momento da entrada de Cristo no mundo eliminar Aquele que haveria de vencê-lo. A viagem ao Egito, ordenada por Deus para que a Criancinha escapasse desses intentos criminosos, ilustra também a graça dAquele que Se dispôs a seguir o mesmo caminho que o Seu povo trilhou no passado.

Dois nomes foram dados ao Menino no capítulo anterior: o de Jesus (Deus Salvador, ou: Jeová salva - Mt 1:21), que é tão precioso ao coração de cada crente; e depois o de Emanuel (Deus conosco - Mt 1:23). Agora Lhe é acrescentado o nome de "Nazareno" (2:23), com um tríplice significado. No aspecto moral o Senhor Jesus é o verdadeiro nazireu segundo Números 6: separado de todo mal e consagrado a Deus. Ele era também o novo Rebento carregado de frutos que brotava do tronco de Jessé (pai de Davi - ver Isaías 11:1). Por último, Ele seria por trinta anos um cidadão desconhecido da desprezada cidade de Nazaré (João 1:46).

jueves, 27 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Mateus 1.18-25

18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.
19 Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente.
20 Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.
22 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).
24 Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher.
25 Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.

Mateus 2.1-6

1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.
2 E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.
3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém;
4 então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer.
5 Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta:
6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
O Senhor Jesus quis entrar nesse mundo como todos os outros homens, ou seja, através do nascimento. Objetos de uma graça muito especial, José e Maria foram escolhidos para receber e criar a divina Criança. Os planos de Deus se cumprem; e segundo as profecias, o nascimento do Herdeiro do trono de Davi acontece na cidade de Belém. Note-se que nesse evangelho não é mencionada a manjedoura que Lhe serviu de berço, tampouco algo que recorde Sua pobreza. Pelo contrário, Deus providencia tudo para que Seu Filho seja honrado por nobres visitantes: esses homens sábios vindos do Oriente. No tocante aos líderes dos judeus, nenhum deles se encontrava num estado moral que o capacitasse a adorar o Messias de Israel. Eles não desejavam Sua vinda. Além disso, estamos num dos períodos mais negros da história desse povo. O cruel Herodes, um edomita, reina em Jerusalém, violando a lei, segundo a qual nenhum estrangeiro deveria ser rei em Israel (Deuteronômio 17:15).

Com exceção de um pequeno número de almas piedosas que Lucas nos mostrará em seu evangelho, ninguém em Israel estava esperando o Cristo. E hoje, entre os que se dizem cristãos, quantos verdadeiramente esperam Sua volta?

miércoles, 26 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Mateus 1.1-17

1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos;
3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão;
4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom;
5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé;
6 Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias;
7 Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa;
8 Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias;
9 Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias;
10 Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias;
11 Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
12 Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel;
13 Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor;
14 Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde;
15 Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar, a Matã; Matã, a Jacó.
16 E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.
17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze.
A voz dos profetas não tinha sido ouvida durante quatrocentos anos. Mas agora chegara para Deus "a plenitude do tempo" (Gálatas 4:4). Ele falará "pelo Filho" e revelará ao Seu povo, ao mundo, bem como a cada um de nós pessoalmente, a boa nova do evangelho (Hebreus 1:1-2). Esta se resume em poucas palavras: a dádiva desse Seu Filho.

Mas como podemos, com nossa mente limitada, chegar ao conhecimento de tal Pessoa? Para que isso se tornasse possível, Deus nos proveu quatro evangelhos, os quais nos permitem considerar, sob diferentes aspectos, a glória de Seu Filho. É como realçar um objeto de valor, iluminando-o de perspectivas diferentes.

Mateus é o evangelho do Rei. Aqui uma genealogia é necessária para situar o Messias dentro do cenário das promessas feitas a Abraão e comprovar de maneira irrefutável Seu título de Herdeiro do trono de Davi (Gálatas 3:16; João 7:42). Desta longa lista, há alguns nomes mal afamados (Acaz, Manassés, Amon...), que não foram apagados. Antes de revelar o Salvador, Deus mostra uma vez mais que em todas as gerações, quer se trate de um patriarca (Abraão), de um rei (Davi, Salomão), etc) ou de uma mulher pouco recomendável (Raabe), todos necessitam da mesma salvação e do mesmo evangelho. Você também, querido leitor.

martes, 25 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 22.10-21
10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.
18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro;
19 e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!
21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.
Para Daniel e o povo judeu, a profecia estava selada até o seu cumprimento futuro (Daniel 12:9) . Para o cristão, ela não está mais oculta (V. 10). Toda a Bíblia lhe foi dada para ser compreendida e crida. O Senhor nos permitiu que a contemplássemos juntos por intermédio destas folhinhas. Que Ele nos ajude a estudá-la cada vez mais (João 5:39). Os comentários bíblicos também são de grande valia para nosso estudo. Que ao voltar, o Senhor nos encontre entre os que guardam Sua Palavra e não negam seu nome (3:8). O próprio Senhor nos recorda uma vez mais o doce e incomparável nome de Jesus, esse nome de sua humanidade: "Eu, Jesus", sou "a brilhante estrela da manhã", Aquele que vem (V. 16). Nós não aguardamos um acontecimento, mas uma Pessoa conhecida e amada.

"Vem!" Este é o desejo que o Espírito desperta em nós, ao qual o Senhor Jesus responde com Sua promessa: "Eis que venho sem demora" (V. 7,12,20). Os afetos da noiva ressoam como eco: "Amém! Vem, Senhor Jesus!".

Nós fomos convertidos tanto para servi-Lo , para convidar os sedentos que queiram vir (V. 17), quanto para esperá-LO (1 Ts 1:9,10). Porém o Senhor sabe que, tanto para servi-LO como para esperá-LO, necessitamos de toda a Sua graça (V. 21). A graça é o recurso perfeito e suficiente para nos guardar "até que ele venha" (1 Coríntios 11:26b).

lunes, 24 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 22.1-9
1 Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.
2 No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos.
3 Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,
4 contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele.
5 Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.
6 Disse-me ainda: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer.
7 Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
8 Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo.
9 Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.
Os versículos 1 a 5 complementam a visão da cidade santa durante o milênio. Constatamos a notável semelhança que há entre a primeira e a última página da Bíblia! As Escrituras começam e terminam com um paraíso, um rio, uma árvore da vida. Mas, como escreveu alguém, o fim é mais belo que o começo, o ômega é mais grandioso que o alfa, o paraíso futuro não é a volta do antigo, mas é o "paraíso de Deus" (2:7) com a eterna presença do Cordeiro, que morreu por nós. Somente os pecadores salvos pela graça tem acesso a esse lugar, homens como o ladrão convertido na cruz (Lucas 23:43). E qual a ocupação de seus habitantes? Servirão a seu Senhor (V. 3; 7:15); reinarão com ele (final do V. 5; Daniel 7:27). Uma coisa, entretanto, lhes será mais preciosa do que todos os reinos: "contemplarão a sua face..." (V. 4; Salmos 17:15).

Normalmente um servo "não sabe o que faz o seu senhor" (João 15:15). O Senhor Jesus, contudo, não esconde de Seus servos, que vieram a ser Seus amigos, nada das "coisas que em breve devem acontecer" (V. 6). Não é estranho, portanto, que demonstremos tão pouco interesse por essas maravilhas que nos dizem respeito? (1 Coríntios 2:9). Não é mais triste ainda que não tenhamos maior interesse por aquilo que o Pai tem preparado para a glória e o gozo de Seu Filho? (veja João 14:28).

domingo, 23 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 21.9-27
9 Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro;
10 e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
11 a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina.
12 Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
13 Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste.
14 A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
15 Aquele que falava comigo tinha por medida uma vara de ouro para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha.
16 A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais.
17 Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados, medida de homem, isto é, de anjo.
18 A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido.
19 Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda;
20 o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista.
21 As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.
22 Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
23 A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
24 As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória.
25 As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite.
26 E lhe trarão a glória e a honra das nações.
27 Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.
Depois de permitir um vislumbre do estado eterno (V. 1-8), o Espírito volta ao período do reinado de Cristo. Apresenta-nos uma cidade, que não é mais Roma nem Babilônia, mas a santa Jerusalém, "a noiva, a esposa do Cordeiro". Toda esta descrição deve ser entendida como simbólica. Nossos atuais sentidos não podem perceber, nem nosso espírito, conceber como será a nova criação (1 Coríntios 13:12). Como explicar, por exemplo, as cores a um cego de nascimento? Por isso, Deus toma o que há de mais belo e de mais raro sobre a terra - o ouro e as pedras preciosas - para nos dar alguma noção do que nos espera no céu. O seu fulgor e a sua muralha de jaspe V. 11,18) nos falam da manifestação das glórias de Cristo na Igreja e por meio dela (4:3). Esta é iluminada pela brilhante luz da lâmpada: a glória de Deus vista no Cordeiro (V. 23). A cidade santa, por sua vez, vai irradiar essa luz divina para proveito da terra durante o milênio (V. 24). É exatamente isso o que João 17:22 quer dizer: "Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado... eu neles, e tu em mim... para que o mundo conheça...".

Como poderia "coisa alguma contaminada" penetrar no lugar onde habita o Senhor? (V. 27; leia também 2 Coríntios 7:1).

sábado, 22 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 21.1-8
1 Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
7 O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

Virou-se a página. A história da primeira criação teve seu fim. Começa a eternidade de glória, em que Deus será rodeado de benditas criaturas que terão capacidade de conhecê-lo e compreendê-lo. "Deus estará com eles e será o seu Deus" (v.3 - R.C.). Os santos se alegrarão em seu Deus para sempre, pois o tempo terá deixado de existir. O mar (símbolo de confusão e divisão das nações) não existirá mais. Todos os redimidos terão alcançado seu porto seguro. Nesse novo mundo a morte terá sido abolida (1 Coríntios 15:26, 54); não haverá mais noite nem maldição (V. 25; 22:3,5); não haverá mais luto, nem pranto, nem dor, porque Deus habitará para sempre com os homens (V. 4). E o que acontecerá aos que ficaram de fora? A parte deles será a segunda morte, as trevas, as lágrimas do remorso, a eterna separação da presença do Deus santo. Nesse lugar estarão os incrédulos, os quais expressamente rejeitaram a salvação, mas também, os covardes, que não fizeram uma firme decisão por Cristo; finalmente os mentirosos e os hipócritas, que fingiram ser cristãos. Amigo, permita-nos perguntar-lhe uma vez mais: Onde você passará a eternidade?

viernes, 21 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 20.7-15
7 Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão
8 e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar.
9 Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.
10 O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.
11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

Mil anos de bênçãos não terão mudado o coração do homem. Satanás, uma vez solto, conseguirá suscitar uma última e gigantesca rebelião das nações, à qual Deus reagirá com um juízo breve e fulminante. Agora é chegada a hora mais importante: cumpre-se Hebreus 9:27 (mas também João 5:24). Todos os mortos comparecem diante do grande Juiz. Houve muitas diferenças entre eles durante a vida na terra. Alguns foram grandes, honrados pelos seus semelhantes (Lucas 16:19), outros pequenos e até marginalizados pela sociedade (Lucas 23:39). Aqui estão todos reunidos sem nenhuma distinção, "pois todos pecaram..." (Romanos 3:23). Para provar isso são abertos livros, e cada um vai constatar, para seu terror, que todas as suas obras foram registradas ali, listadas uma por uma (Salmos 28:4). Quem pode suportar a leitura de uma única página do livro de suas obras? O livro da vida também se abre, mas só para confirmar que o nome desses não se acha nele. "Lançai-o para fora, nas trevas" (Mateus 22:13), é a sentença do supremo Juiz. Partilharão da mesma sorte que Satanás: um tormento sem esperança e sem fim...

Leitor, você será julgado segundo as suas obras ou segundo a obra do Senhor Jesus ?

jueves, 20 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 19.17-21
17 Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
18 para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes.
19 E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército.
20 Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre.
21 Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.

Apocalipse 20.1-6
1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
2 Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;
3 lançou -o no abismo, fechou -o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.
4 Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
5 Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.
6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

Ao contrário da "ceia das bodas do Cordeiro" (V. 9), vemos aqui o que é se chama ironicamente de "a grande ceia de Deus" (V. 17b; Salmos 2:4,5; Sofonias 1:7). O confronto final entre os exércitos do Filho de Deus e os da besta terminará no aniquilamento total destes últimos. Sem nenhum outro julgamento, a besta e o falso profeta serão lançados vivos dentro do lago de fogo (V. 20; compare Números 16:33; Salmos 55:15). Em seguida Deus se ocupará de Satanás, o senhor deles. No capítulo 12, vimos que ele tinha sido lançado do céu para a terra. Aqui objetos simbólicos -a chave do abismo e uma grande corrente - impedem o grande homicida de continuar causando dano. Em Apocalipse 20:10, temos então o seu destino final: após sua prisão de mil anos, ele será lançado no lago de fogo "preparado para o diabo e seus anjos", (Mateus 25:41) onde se reencontrará com os seus dois cúmplices. Não é de admirar que o diabo tema o livro de Apocalipse mais que qualquer outro livro da Bíblia. Para impedir que as pessoas o leiam, ele quer convencer até os crentes de que se trata de um livro obscuro.

Com Satanás preso, não há nada mais que se oponha ao glorioso reinado do Senhor. Já vimos que esse reinado, contrariamente ao que muitos pensam, não chegará mediante uma melhoria progressiva do mundo, mas por meio de juízos. Queridos filhos de Deus, Cristo quer compartilhar conosco o seu reino (Daniel 7:18). Não nos associemos hoje com um mundo que vamos julgar amanhã (leia 1 Coríntios 6:2).

miércoles, 19 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 19.1-16
1 Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus,
2 porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
3 Segunda vez disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.
4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia!
5 Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.
6 Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.
7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,
8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.
9 Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus.
10 Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.
11 Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
12 Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo.
13 Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
14 e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.
15 Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
16 Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
A fraude da Babilônia, sua pretensão de ser a igreja, foi publicamente desmascarada. E agora o Senhor apresenta sua verdadeira noiva aos convidados do banquete celestial. O céu rompe em louvores: "Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus" (V. 1). Que santa alegria! "São chegadas as bodas do Cordeiro (v.7). A alegria da esposa corresponde à do esposo! Ela é o objeto da graça; seu adorno consiste nos atos de justiça dos santos. Deus lhe concedeu que os realizasse para a glória dele. Os "convidados" também estão cheios de gozo, porque "o que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo, que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo" (João 3:29).

Não nos esqueçamos, enquanto aguardamos esse dia, de que temos sido "preparados" para ser apresentados "como virgem pura a um só esposo, que é Cristo" (2 Coríntios 11:2). Guardemos para ele toda a pureza de nosso amor e o frescor de nossos afetos.

Conquanto para a Igreja ele seja o Amado, para o mundo será o grande Juiz. Com o nome que adotou anteriormente para nos manifestar a graça e a verdade, "o Verbo de Deus", Ele então realizará "coisas terríveis" (Salmos 45:4; veja também Isaías 59:18; 63:1-6).

Amigo, quando e como você quer encontrar o Senhor Jesus? Agora como Salvador, ou breve como Juiz?

martes, 18 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 18.14-24
14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão achados.
15 Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando,
16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,
17 porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar conservaram-se de longe.
18 Então, vendo a fumaceira do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade?
19 Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!
20 Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa causa.
21 Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou -a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.
22 E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho.
23 Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.
24 E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra.
O choro e o pranto dos mercadores (V. 11,15ss.) recordam as queixas de Demétrio e dos artífices de Éfeso, os quais temiam perder o "muito lucro" e a "prosperidade" que a adoração aos ídolos lhes proporcionava (Atos 19:24,25,38). No fundo, que diferença há entre a "grande Diana dos efésios" e a "grande Babilônia", entre a idolatria pagã e a cristandade corrompida?

Qualquer religião que dê ao homem todos os frutos "que a tua alma tanto apeteceu" (V. 14), encante os sentidos enquanto adormece a consciência (neste aspecto, a música desempenha um papel importante: V. 22; Daniel 3:7), favoreça o comércio e sirva de pretexto para toda a espécie de prazer não pode deixar de ter sucesso. Basta observar o período do fim de ano para constatar a maneira mundana que muita gente celebra o nascimento do Senhor Jesus.

"Nela se achou sangue... de santos" (V. 24). No começo da Bíblia, na cidade edificada por Caim, havia muitas coisas agradáveis... enquanto o sangue de Abel clamava a Deus (veja Gênesis 4:10,17 ). Hoje o mundo religioso se regozija enquanto o verdadeiro crente sofre e se aflige (João 16:20). Amanhã ressoarão aqui na terra os suspiros dos "ais" , tendo por contrapartida o regozijo do céu (V. 20)! Que Deus nos permita ver pela fé tudo como ele vê!

lunes, 17 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 18.1-13
1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.
2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
3 pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.
4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;
5 porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.
6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.
7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!
8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.
9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,
10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.
11 E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,
12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;
13 e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.
Essas visões podem ser comparadas a uma série de fotos que retratam os acontecimentos de diferentes ângulos e iluminação. A queda de Babilônia é vista aqui executada diretamente pelo "Senhor Deus" (V. 8, 20). Mas antes disso foi proferida uma ordem no versículo 4: "Retirai-vos dela, povo meu". (Compare com a profecia de Jeremias contra a Babilônia antiga: 51:7,8,37,45...). É uma conclamação que também vale para nós hoje: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor" (2 Coríntios 6:17). É um convite a cada redimido para separar-se completamente do mundo religioso com princípios mistos, tal como vemos aqui em seu estado final (compare Números 16:26). Alguns nos acusarão equivocadamente de falta de amor, de mentalidade estreita e de pretensão de ter espírito superior. O essencial, no entanto, é obedecer ao Senhor.

Os versículos 12 e 13 nos apresentam uma lista de "tudo que há no mundo" (1 João 2:16,17) e serve para satisfazer as muitas concupiscências dos homens. A lista começa com o que os homens consideram ser mais valioso: o ouro, e termina com o que é de menor valor aos olhos da falsa igreja, mas que é tão precioso para Deus: a alma dos homens .

domingo, 16 de mayo de 2010

Lição Bíblica

Apocalipse 17.1-18
1 Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas,
2 com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra.
3 Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres.
4 Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição.
5 Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.
6 Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.
7 O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher:
8 a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.
9 Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis,
10 dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.
11 E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.
12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.
13 Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.
14 Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.
15 Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas.
16 Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo.
17 Porque em seu coração incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e dêem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.
18 A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.
A última taça contém o juízo da Babilônia (16:19), tema apresentado com detalhes nos capítulos 17 e 18. Trata-se da igreja apóstata, a cristandade meramente professa, da qual todos os verdadeiros filhos de Deus serão retirados na ocasião da vinda do Senhor. Essa igreja, infiel a Cristo, corrompeu-se mediante alianças impuras com o mundo e seus ídolos. Como bem já se disse: "A corrupção do que há de melhor é a pior forma de corrupção". Essa "meretriz" está "montada numa besta", e obtém a sua força do poder político (V. 3). Embora o Senhor Jesus tenha declarado: "O meu reino não é deste mundo" (João 18:36), ela quer o domínio da terra. Finalmente, e acima de tudo, ela perseguiu e matou os verdadeiros santos (V. 6).

O apóstolo ficou totalmente assombrado diante dessa cena. Será esse o rumo que tomará igreja responsável? Infelizmente a sua história no curso dos séculos o tem confirmado muito bem, embora seu estado final aqui descrito ainda não tenha sido alcançado. Os versículos 17 e 18 nos mostram como perecerá essa "mãe das abominações". Experimentará a mesma sorte de sofrimentos que infligiu às "testemunhas de Jesus". Esta última expressão nos permite reconhecer toda a ternura do coração de Deus (V. 6; veja também 2:13).

sábado, 15 de mayo de 2010

ESTUDO DO EVANGELHO SEGUNDO JOÃO

ESTUDO DO EVANGELHO SEGUNDO JOÃO


AUTOR
João, filho de Zebedeu, “O discípulo a quem Jesus amava”. Pescador com boa situação, já que era dono do barco. Era irmão de Tiago. Sua mãe era Salomé, seguidora de Jesus (Mc 15.40; Jo 19.25).  João devia ter uns 25 anos quando Jesus o chamou. Tinha sido seguidor de João Batista. No governo de Domiciano, João foi exilado na ilha de Patmos, onde recebeu a revelação do Apocalipse. Depois voltou a Éfeso e se tornou pastor daquela igreja. Foi durante esse período em Éfeso que ele escreveu o este evangelho. João também é autor das três cartas de João e do Livro de Apocalipse.

João era um dos apóstolos de grande destaque na Igreja Primitiva, mas não é mencionado por nome nesse evangelho. O autor conhece bem a vida judaica, como se vê nas suas referencias às especulações do povo acerca do Messias (1.20,21; 7.40-42), à hostilidade que havia entre judeus e samaritanos (4.9) e aos costumes judaicos, como o dever de circuncidar o filho ao oitavo dia ter precedência sobre a proibição do trabalho no sábado (7.22). Conhecia bem a geografia da Palestina, localizando Betânia a cerca de 15 estádios (quase 4 km) de distancia de Jerusalém (11.18) e citando Caná, aldeia da Galiléia não mencionada em nenhum escrito anterior que se tenha conhecimento (2.1; 21.2). O autor afirma ter sido testemunha ocular do ministério de Jesus (1.14; 19.35; 21.24-25).

Somente uma testemunha ocular dentre o circulo mais intimo dos seguidores de Jesus como João, poderia fornecer tantos detalhes particulares como os que são citados nesse livro. Relatos especiais e algumas vezes indiretos da presença ou participação de João são argumentos que comprovam sua autoria (1.37-40; 19.26; 20.2,4,8; 21.20,24). Os pais da Igreja, como Irineu e Tertuliano, declaram que João escreveu esse evangelho.

O fragmento de uma antiga cópia (datada do II século), indica que o original é bem mais antigo e pertence seguramente ao período em João vivia.

Clemente de Roma, um dos pais da Igreja escreveu sobre João em sua obra intitulada: “Que Rico Se Salva?”: “Depois que morreu o tirano João foi da Ilha de Patmos para Éfeso. Ia, ao ser convidado, às regiões vizinhas dos gentios, ora para estabelecer bispos, ora para organizar Igrejas inteiras, ora para escolher como clérigo um dos designados pelo Espírito”.

DATA
De modo geral, defendem-se duas opiniões da datação desse evangelho: O conceito mais tradicional situa-o próximo ao fim do século I, por volta de 85 d.C. ou posteriormente. Mais recentemente, alguns estudiosos tem apresentado como possibilidade uma data anterior, talvez na década de 50 e não depois de 70 d.C.

O primeiro conceito baseia-se numa declaração de Clemente de Alexandria de que João teria escrito para suplementar relatos dos demais evangelhos. Essa informação encontra-se na História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia. Também se afirma que a teologia aparentemente mais desenvolvida do quarto evangelho revela sua origem posterior.

O segundo conceito encontra apoio porque mais recentemente se tem acreditado que João escreveu de modo independente dos demais evangelhos. Isso não contradiz a declaração de Clemente, acima referida. Além disso os que sustentam esse conceito ressaltam que uma teologia mais elaborada não é necessariamente um argumento a favor de uma origem em data posterior. A declaração em 5.2, de que há um tanque perto da “Porta das Ovelhas” talvez mostre a possibilidade de uma data anterior a 70, data da destruição de Jerusalém. Outros estudiosos, no entanto entendem que João em outros textos, às vezes empregava o tempo presente ao se referir ao passado.

RELAÇÃO COM OS EVANGELHOS SINÓTICOS
João suplementa os evangelhos sinóticos e possivelmente os relaciona em uma séria de pontos, embora muitos pensem que ele não os tenha conhecido. Os sinóticos destacam o ministério de Jesus na Galiléia, suas parábolas e o tema Reino de Deus. João destaca o ministério de Jesus na Judéia, omite as parábolas e pouco fala sobre o Reino, substituindo tudo isso por longos discursos e pelo tema da vida eterna. João também suplementa os evangelhos sinóticos ao esclarecer que o ministério público de Jesus durou consideravelmente mais tempo que seria de supor simplesmente pela leitura isolada dos evangelhos sinóticos. Os evangelistas sinóticos mencionam somente a última Páscoa, quando Jesus morreu. Mas João identifica três Páscoas, e talvez até quatro, durante o ministério de Jesus, de modo que seu ministério durou pelo menos mais de dois anos e talvez até de três anos e meio.

O ESTILO DO EVANGELHO DE JOÃO
Ao longo de todo quarto evangelho, muitos temas teológicos importantes aparecem e reaparecem em diferentes combinações. João expõe esses temas mediante uma habilidosa alternância entre narrativas e discursos, de tal maneira que as palavras de Jesus explicitam o sentido mais interior de suas obras. Grande proporção das ações constantes nesse evangelho, portanto reveste-se de papel simbólico. Por exemplo, o ato de lavar os pés dos discípulos, por parte de Jesus significa purificação de pecados. João também apresenta um Jesus às vezes irônico, como na pergunta feita aos judeus: “Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?” (10.32).

TEMAS
Os ensinamentos de Jesus registrados em João tendem a ser longas considerações de um simples tema, em contraste com os ditos piedosos, no estilo de provérbios encontrados nos outros evangelhos. O material de ensino é frequentemente embutido de conversações, na medida em que Jesus interage em debates com pessoas ou grupos. Quase não há parábolas nesse evangelho.

O evangelho de João faz uso de contrastes bem definidos:
- Luz e trevas (1.4.9)
- Amor e ódio (15.17,18)
- Do Céu e da Terra (8.23)
- Vida e Morte (6.57,58)
- Verdade e falsidade (8,32-47)

João usa constantemente para Jesus o termo “EU SOU”.

João destaca de vários modos a realidade do pecado, mas especialmente pela ênfase da nossa total dependência de Deus para a salvação.

O PRÓLOGO
Uma das características mais marcantes do Evangelho de João é o prólogo (1.1-18) que apresenta Jesus como a Palavra, aquele que revela o Pai porque compartilha da divindade do Pai.

Jesus não teve princípio; ele é o próprio princípio, Ele é eterno. Cristo era antes de todas as coisas; por conseguinte Ele não é parte da criação, é o Criador (Cl 1.16; Hb 1.2).

O Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”, Ele é a segunda pessoa da Trindade. É chamado de “o Verbo”. Cristo expressa, manifesta e mostra Deus. Jesus disse a Felipe: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto” (14.7).

A seguir vem a maravilhosa declaração que não deixa dúvidas sobre a divindade de Jesus: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (1.3-4). Confirmando: “O Verbo se fez carne a habitou entre nós” (1.14). Essas são afirmações completas de que Cristo é o Deus Verdadeiro, a Luz do mundo, o que revela o Pai, o Batizador com o Espírito Santo.

PROPÓSITO
Para alguns intérpretes o propósito de João era propor uma versão da mensagem cristã que fosse atraente aos pensadores gregos. Outros detectam o desejo de combater alguma forma de heresia contra a divindade de Jesus. Mas o próprio autor declara seu propósito principal: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.31). É possível que tivesse em mente, sobretudo aos leitores gregos, alguns dos quais estavam em contato com influências heréticas, mas sua intenção primordial era evangelística.

Desde o prólogo do livro, com a afirmação do autor: “vimos a sua Glória” (1.14), até a confissão de Tomé: “Meu Senhor e meu Deus” (20.28), o leitor é constantemente motivado a render-se incondicionalmente em adoração sincera e absoluta a Deus. O Senhor Jesus cristo surge como mais do que um simples homem sábio e poderoso, um profeta, como querem alguns, mas sim como Deus na terra, que se fez carne e habitou entre os homens.

Com tudo isso os judeus ainda necessitavam de uma prova indiscutível de que esse Jesus era o Messias prometido nos profetas. E João preocupado que a ninguém faltasse essa convicção e a mensagem principal do evangelho, apresenta essa provas em muitos momentos do livro. Os milagres, ensinos e pregações selecionadas durante o ministério público de Jesus são publicadas com o objetivo de comprovar a posição de Jesus como o inconteste Filho de Deus. Vários de seus milagres realizados revelam não somente o seu poder divino, mas igualmente assim atestam sua glória como o “EU SOU” (nome de Deus em hebraico).

DECLARAÇÕES DE JESUS QUE SURPREENDERAM
1 - Afirmou ser igual a Deus: chama Deus “meu Pai” (5.7). Os judeus sabiam o que Ele queria dizer. “Está se fazendo igual a Deus”, disseram. Sabiam que considerava Deus como seu Pai num sentido em que não era Pai de nenhum outro homem.
2 – Afirmou ser a luz do mundo: “Eu Sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas; mas terá a luz da vida” (8.12).
3- Afirmou ser eterno como Deus: “Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, EU SOU” (8.55). Essa afirmação de ser eterno como Deus era inconfundível. Ou Ele era filho de Deus ou um enganador. Por isso os judeus pegaram em pedras para apedrejá-lo.

CONCLUSÃO
João encerra seu evangelho com uma declaração de testemunha ocular de tudo que Jesus fez em seus três anos de ministério: “Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém”. (21.24-25)

ESBOÇO
Prólogo 1.1-8

I. O ministério público de Jesus 1.19-12.50
Preparação 1.19-51
As bodas em Caná 2.1-12
Ministério em Jerusalém 2.13-3.36
Jesus e a mulher de Samaria 4.1-42
A cura do filho de um oficial do rei 4.43-54
A cura de um paralítico em Betesda 5.1-15
Honrando o Pai e o Filho 5.16-29
Testemunhas do Filho 5.30-47
Ministério na Galiléia 6.1-71
Conflito em Jerusalém 7.1-9.41
Jesus, o bom Pastor 10.1-42
Ministério em Betânia 11.1-12.11
Entrada triunfal em Jerusalém 12.12-19
Rejeição final: descrença 12.20-50

II. O ministério de Jesus aos discípulos 13.1-17.26
Servir— um modelo 13.1-20
Pronunciamento de traição e negação 13.21-38
Preparação para a partida de Jesus 14.1-31
Produtividade por submissão 15.1-17
Lidando com rejeição 15.18-16.4
Compreendendo a partida de Jesus 16.5-33
A oração de Jesus por seus discípulos 17.1-26

III. Paixão e ressurreição de Jesus 18.1-21.23
A prisão de Jesus 18.1-14
Julgamento perante o sumo sacerdote 18.15-27
Julgamento perante Pilatos 18.28-19.16
Crucificação e sepultamento 19.17-42
Ressurreição e aparições 20.1-21.23

Epílogo 21.24-25
 

FONTES:
História Eclesiástica – Eusébio de Cesaréia – Ed. Paulos
Novo Testamento King James – Soc. Bíblica Ibero-Americana
Estudo Panorâmico da Bíblia – Ed. Vida
Bíblia de Estudo NVI – Ed, Vida
Bíblia de Estudo de Genebra – Ed. Soc. Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico – Ed. Didática Paulista
Panorama do Novo Testamento – Ed. Vida Nova

viernes, 14 de mayo de 2010

ESTUDO DO EVANGELHO SEGUNDO LUCAS

ESTUDO DO EVANGELHO SEGUNDO LUCAS
 

AUTOR
Desde os primeiros cânones da Bíblia Sagrada, como o Cânon Muratório (170-180 d.C.), que é uma das listas mais antigas que se conhece do Novo Testamento, que o Terceiro Evangelho é reconhecido como de autoria de Lucas. Irineu, um dos pais da Igreja, já citava o Evangelho Segundo Lucas em seus escritos, por volta do ano 180 d.C.

Esse Evangelho forma um par com o livro de Atos dos Apóstolos, e a linguagem e a estrutura desses livros mostram que ambos foram escritos pela mesma pessoa. São endereçados ao mesmo indivíduo, Teófilo, e a segunda obra faz referência à primeira (At 1.1).

QUEM ERA LUCAS

Lucas era companheiro e grande amigo do apóstolo Paulo. Único autor gentio incluído entre os escritores do Novo Testamento. Embora não tenha sido testemunha ocular do ministério terreno de Jesus, o escritor nos informa no prefácio do livro que investigou cuidadosamente os fatos e que ouviu aqueles que foram testemunhas oculares e servos do Senhor (1.1-3).

Lucas era um médico (Cl 4.14), que se converteu ao cristianismo e se tornou colaborador permanente do apóstolo Paulo. Culto, dominava o grego clássico.

Com relação à cidade em que nasceu, existe uma polêmica. Alguns teólogos e historiadores defendem que Lucas nasceu em Antioquia da Síria e outros acham que foi em Filipos.

DATA E OCASIÃO

Lucas pode ter sido escrito por volta de 63. Alguns intérpretes argumentam a favor de uma data entre 75 e 85 d.C., afirmando que algumas passagens de Lucas pressupõem a destruição de Jerusalém, fato ocorrido em 70 d.C. (ex. 19.43; 21.20,24). Mas essas passagens falam daquilo que era costumeiro quando um exército sitiava uma cidade da época, e não se podem acrescentar novas conclusões além daquilo que foi profetizado por Jesus. Jesus profetizou que as políticas em vigência levariam à ruína da nação no devido tempo. Alguns poucos críticos argumentam a favor de uma data no século II, mas parece não haver boas razões para isso. Com as informações que dispomos a data mais razoável é no inicio dos anos 60.

DESTINATÁRIO E PRÓPOSITO

Esse Evangelho tem um destinatário específico, Teófilo (1.3). Esse nome se refere a uma pessoa e o emprego do adjetivo “excelentíssimo” junto com o nome revela que se trata de alguém de posição importante. Teófilo Era possivelmente o patrocinador de Lucas, responsável por mandar copiar e distribuir seus escritos. Dedicatórias como essa da abertura do livro de Lucas eram comuns naquela época.

Teófilo, no entanto, era mais que um patrocinador. A mensagem desse Evangelho visava à instrução não só daqueles entre os quais o livro iria circular, mas também ao próprio Teófilo (1.4). O fato desse Evangelho ter sido inicialmente dirigido a Teófilo não reduz nem limita o seu propósito. Foi escrito para fortalecer a fé de todos os crentes e para reagir aos ataques dos incrédulos contra Jesus. O Evangelho de Lucas foi apresentado para substituir relatórios desconexos e infundados a respeito de Jesus. Lucas queria demonstrar que o lugar ocupado pelo gentio convertido ao Reino de Deus baseia-se nos ensinos de Cristo. Queria recomendar a pregação do Evangelho ao mundo inteiro, não apenas aos judeus.

ESTILO LITERÁRIO

Lucas tinha notável domínio da língua grega. Seu vocabulário é amplo e rico, e seu estilo muitas vezes se aproxima do grego clássico, ao passo que em outras ocasiões é bem semítico, sendo muitas vezes semelhante à Septuaginta, tradução do Antigo Testamento em grego. Seu vocabulário parece revelar sensibilidade geográfica e cultural, por variar conforme o país ou povo a ser tratado. Quando Lucas se refere a Pedro num contexto judaico, emprega mais linguagem semítica que quando se refere a Paulo num contexto helenístico.

COMPARAÇÃO COM A GENEALOGIA DE JESUS EM MATEUS

A genealogia de Jesus em Lucas é dada em conjunto com seu batismo, e não com o seu nascimento (3.23). Há consideráveis diferenças entre a genealogia de Lucas e de Mateus.
- Em Mateus temos a genealogia real do filho de Davi, já que Mateus apresenta Jesus como Rei e da família de Davi.
- Em Lucas a genealogia de Jesus é traçada pelo lado de Maria.
- Em Mateus a genealogia é traçada desde Abraão até José.
- Em Lucas ela vai de José até Adão.
- Mateus quer mostrar a relação de Jesus com os judeus, por isso só vai até Abraão, pai da nação judaica.
- Em Lucas, Jesus aparece relacionado com a raça humana, daí sua genealogia chegar até Adão, pai da humanidade.
- Em Lucas, a linha ancestral de Jesus recua até Adão e é sem dúvida, a linha ancestral de Maria.

A grande importância nas duas genealogias é que elas afirmam que Jesus é da descendência de Davi, para se cumprir as profecias que diziam que o Messias seria filho e herdeiro de Davi (1Sm 7.12-13). Ele deveria ser literalmente descendente de carne e sangue da raiz de Davi. Daí Maria e José serem membros da casa de Davi (1.27).

CARACTERÍSITICAS E TEMAS

Diferentemente dos outros três Evangelistas Mateus, Marcos e João, Lucas é o único que inicia seu texto com um prólogo, ou seja, fornece os dados prévios que nortearam a elaboração de seu trabalho. Lucas se comporta como um historiador, incluindo fatos e acontecimentos da época para poder situar a história de Jesus em um momento que possa vir a ser comprovado (3.1-2).

Graças às pesquisas e investigações citadas por Lucas, podemos conhecer fatos importantes a respeito do nascimento de João Batista e de Jesus, bem como a única informação confiável sobre a infância de Jesus (Caps. 1 e 2). Apenas Lucas registra os cânticos de Zacarias e Maria. Apenas Lucas narra a visita dos pastores, a circuncisão e apresentação de Jesus no templo de Jerusalém.

Nesse evangelho aprendemos que, como menino Jesus se desenvolveu naturalmente (2.40-52). Como criança Jesus era sujeito a seus pais (2.51). Somente Lucas narra a visita de Jesus ao templo aos 12 anos.

Temos aqui o primeiro registro das primeiras palavras de Jesus: “E ele lhes disse: Por que é que me procuravam? Não sabem que me convém tratar dos negócios do meu Pai?(2.49). É a primeira vez que Jesus revela sua divindade. Depois desse fato seguem-se dezoito anos de silêncio sobre a vida de Jesus.

O Evangelho de Lucas apresenta as obras e os ensinos de Jesus sempre apontando para o caminho da salvação. Sua abrangência é completa, desde o nascimento de Cristo até sua ascensão. É um relato ordenado na sua disposição e tem atrativos para os judeus e gentios igualmente. A redenção se caracteriza pela excelência literária, por pormenores históricos e pelo modo caloroso e sensível de apresentar e Jesus e os que com Ele conviviam.

Lucas enfatiza a importância da oração e registra que Jesus orou antes de ocasiões cruciais de seu ministério. Nove orações de Jesus são incluídas nos Evangelhos, sete das quais são encontradas somente em Lucas. Acrescente-se ainda parábolas sobre oração que são encontradas somente em seu Evangelho.

Como os Evangelhos sinóticos relatam muitos dos mesmos episódios da vida de Jesus, seria mesmo de se esperar muita semelhança em seus relatos. As diferenças revelam a ótica característica de cada autor. Entre os temas próprios de Lucas estão:
1-    Universalidade – o reconhecimento dos judeus e gentios no plano de Deus.
2-    A importância da oração.
3-    Alegria ao anunciar o Evangelho.
4-    Preocupação especial com o papel desempenhado pelas mulheres.
5-    Interesse especial pelos pobres (alguns ricos se achavam entre os seguidores de Jesus, mas Ele parecia mais próximo dos pobres).
6-    Preocupação com os pecadores (Jesus era amigo de pessoas dominadas pelo pecado).
7-    Destaque ao circulo familiar.
8-    Uso repetido do título “Filho do Homem”
9-    Realce dispensado ao Espírito Santo.

Lucas é o evangelho dos desprezados. Ele nos conta sobre o bom samaritano (10.33-37), do publicano (18.13), do filho pródigo (15.11-32), de Zaqueu (19.2-10) e do ladrão na cruz (23.39-43). O Evangelho de Lucas dá grande destaque as mulheres, algo incomum na época. Ele nos revela que eram as mulheres que sustentavam financeiramente o ministério de Jesus (8.2,3). É o Evangelho do misericordioso Filho de Deus, que oferece Salvação a toda humanidade (19.10). Apenas neste evangelho está registrado que Jesus chorou quando contemplou a cidade de Jerusalém. Só ele menciona o Filho de Deus suando sangue no Getsêmani; sua misericórdia dirigida ao ladrão moribundo na cruz ao lado (23.39-43).

É o Evangelho mais longo e inclui grande quantidade de informações não encontradas em outros textos.

PARA QUEM FOI ESCRITO

O Evangelho de Lucas foi escrito para os gregos, por isso Jesus é apresentado como o Homem Perfeito, já que os gregos sempre buscaram a perfeição.

Os gregos inventaram a matemática, a ciência e a filosofia; foram os primeiros a escrever histórias em lugar de meros anais; especularam livremente sobre a natureza do mundo e as finalidades da vida, sem que se achassem acorrentados a qualquer ortodoxia herdada. Foi para esses intelectuais que Lucas descreveu a vida e a obra de Cristo, o Homem e o Salvador Perfeito. Lucas o descreveu como um homem cheio de simpatia para com toda a humanidade, Salvador de todos os homens, sem distinção de qualquer espécie.

Embora os Evangelhos fossem destinados em última análise à totalidade da raça humana, parece que Mateus tinha em vista os judeus, Marcos os romanos e Lucas os gregos. Lucas escreveu especialmente para o povo grego, símbolo da cultura, da filosofia, da sabedoria e da educação, a fim de apresentar a gloriosa beleza e perfeição de Jesus, o Homem Perfeito.  

VERSÍCULO CHAVE

O versículo chave de Lucas está no capítulo 19.10 “Porque o Filho do Homem veio para buscar e salvar o que se havia perdido”.

ESBOÇO DE LUCAS

I. Prólogo 1.1-4
II. A narrativa da infância 1.5-2.52
Anúncio do nascimento de João Batista 1.5-25
Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38
Visita das duas mães 1.39-56
O nascimento de João Batista 1.57-80
O nascimento de Jesus 2.1-40
O menino Jesus no templo 2.41-52
III. Preparação para o ministério público 3.1-4.13
O ministério de João Batista 3.1-20
O batismo de Jesus 3.21-22
A genealogia de Jesus 3.23-38
A tentação 4.1-13
IV. O ministério galileu 4.14-9.50
Em Nazaré e Cafarnaum 4.14-44
Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
O Sermão da Montanha 6.17-49
Narrativa e diálogo 7.1-9.50
V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51-19.28
VI. O ministério de Jerusalém 19.29-21.38
Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29-48
História de controvérsias 20.1-21.4
Discurso escatológico 21.5-38
VII. A paixão e glorificação de Jesus 22.1-24.53
A refeição de Páscoa 22.1-38
A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
A ressurreição e a ascensão 24.1.53.



FONTES:
História Eclesiástica – Eusébio de Cesaréia – Editora Paulos
Bíblia de Estudos NVI – Editora Vida
Bíblia de Estudos de Genebra – Editora Cultura Cristã
Novo Testamento King James – Edição de Estudos – Editora Bíblica
Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrieta Mears - Editora Vida
Módulo I de teologia da FTB
Jesus – Juanribe Pagliarin – Editora Landscape
Evangelhos – Apostila do ITQ