sábado, 31 de julio de 2010

Despire



É uma dor similar a uma adaga cravada fundo em seu coração;
Dor essa creio eu ter provado duas ou três vezes;
Parece ser a única companheira que nunca te abandona.
O ser humano é algo complexo, e ao mesmo tempo previsível.
Buscamos a felicidade, mas será que somos sinceros lá no fundo?
Pelas andanças pago afora presenciei inúmeras situações;
vi o dia a dia de muitas pessoas;
Será que não somos exigentes demais conosco e com aqueles que nos cercam?
É uma questão deveras interessante.
Talvez no dia que eu abandonas as coisas terrenas consiga responder a mim mesmo.

Lição Bíblica

Marcos 1.29-45

29 E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André.
30 A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela.
31 Então, aproximando-se, tomou -a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los.
32 À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoninhados.
33 Toda a cidade estava reunida à porta.
34 E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.
36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam.
37 Tendo -o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam.
38 Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim.
39 Então, foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios.
40 Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.
41 Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou -o e disse-lhe: Quero, fica limpo!
42 No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.
43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu
44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo.
45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Depois da sinagoga em Cafarnaum, agora é a casa de Simão e André que se torna o cenário de um milagre da graça. O Senhor Jesus está sempre pronto a ser acolhido em nossas casas e a fazer com que experimentemos a Sua libertação, os Seus cuidados. Façamos como os discípulos: digamos a Ele tudo o que nos preocupa! (v. 30). Logo que a sogra de Simão foi curada, ela se apressou em servir ao Senhor e aos Seus seguidores. Não tinha ela diante de seus próprios olhos o maior exemplo de serviço?

A noite se aproximava; mas, para um Servo tão consagrado, o dia ainda não terminara. Trouxeram-Lhe os enfermos, e incansavelmente os alivia de sua dor, curando-os. Qual era o segredo desta maravilhosa atividade? De onde o Senhor Jesus estava sempre obtendo a renovação de Suas forças? O versículo 35 nos revela que era de estar em comunhão com Seu Deus. Observe como este Homem perfeito começa o Seu dia (compare com Isaías 50:4): em oração, em comunhão com Deus. E, ao notar que Sua popularidade começa a crescer, deixa a multidão que tão-somente estava curiosa para ver Seus milagres e vai pregar o Evangelho noutra parte.

Mais adiante o Senhor Jesus cura um leproso e lhe diz exatamente como deve dar o seu testemunho, um testemunho segundo as Escrituras (v. 44; Levítico 14). Infelizmente, o homem age segundo seus próprios pensamentos, o que impede a obra de Deus naquela cidade.

viernes, 30 de julio de 2010

Lição Bíblica

Marcos 1.14-28

14 Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus,
15 dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.
16 Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores.
17 Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
18 Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.
19 Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes.
20 E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus.
21 Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga.
22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
23 Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou:
24 Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!
25 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem.
26 Então, o espírito imundo, agitando -o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele.
27 Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
28 Então, correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhança da Galiléia.
Assim que o Senhor Jesus aparece, o ministério de João chega a seu fim.

O reino de Deus está próximo, e o Rei em pessoa se acha em meio de Seu povo. E o que proclama se resume em dois mandamentos, os quais ainda hoje são atuais: "Arrependei-vos e crede no Evangelho!". O Senhor lê em cada coração a resposta dada a este urgente convite. Logo, aos que O ouvem e O recebem, Ele dirige um outro chamado, que é individual, um chamado para segui-LO e servi-LO. "Vinde após mim", Ele diz a quatro discípulos cujo coração Ele bem conhecia. "Então eles... imediatamente... o seguiram". Para que eles pudessem fazer isto, era-lhe indispensável - queremos frisar - este chamado. O homem não pode dizer, por sua conta, a Deus: "Entrego-me a Ti"; é o Senhor, que conhece todas as coisas, quem decide: "Eu te tomarei a Meu serviço".

Em Cafarnaum, o Senhor Jesus cura um homem possesso de um espírito imundo, presente até mesmo na sinagoga, prova característica do terrível estado de ruína no qual Israel havia caído. Desde o começo do ministério do Senhor o Seu poder estava em conflito com o poder de Satanás - ao qual por vezes até nem damos crédito -, mas que tem seus efeitos em nossos corpos assim como em nossas almas.

jueves, 29 de julio de 2010

Lição Bíblica

Marcos 1.1-13

1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
2 Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho;
3 voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas;
4 apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.
5 Saíam a ter com ele toda a província da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém; e, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.
6 As vestes de João eram feitas de pêlos de camelo; ele trazia um cinto de couro e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre.
7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.
8 Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.
9 Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão.
10 Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele.
11 Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.
12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto,
13 onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam.

O Evangelho segundo Marcos é o Evangelho que nos apresenta o Servo perfeito. Por isso não achamos nele o relato do nascimento do Senhor Jesus nem a Sua genealogia. Já que o que determina o valor de um servo são qualidades como a obediência, a fidelidade e a prontidão para servir. Mas desde a primeira frase Ele é descrito como o Filho de Deus, isso para que o leitor não se engane acerca da Pessoa cujo serviço humilde está para ser narrado; é acerca de um Escravo voluntário. Subsistindo em forma de Deus, o próprio Senhor Jesus assumiu a forma de um servo (ou escravo - Filipenses 2:6-7).

Precedido pelo testemunho de João, o Senhor logo começa o Seu ministério. Este primeiro capítulo caracteriza-se pelo freqüente uso de expressões como logo, imediatamente e no mesmo instante. O Senhor Jesus submete-Se ao batismo de arrependimento, apesar de ser "santo, inculpável, sem mácula" (Hebreus 7:26), assumindo um lugar no meio de pecadores arrependidos (2 Coríntios 5:21). Mas, para não ser confundido com eles, Deus faz ouvir desde os céus uma solene declaração acerca de Seu "santo Servo Jesus" (Atos 4:27, 30), uma declaração que precede o Seu ministério. Não é: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazerei", mas "em ti me comprazo".

Logo o Senhor Jesus é impelido pelo Espírito ao deserto para ali amarrar o Inimigo que nos mantinha na escravidão (3:27). Onde quer que tenhamos sido desencaminhados pelo pecado, é para lá que o amor e a obediência do Senhor Jesus a Deus O conduziu a fim de nos libertar.

miércoles, 28 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 28.1-20

1 No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.
2 E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela.
3 O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve.
4 E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos.
5 Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado.
6 Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.
7 Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. É como vos digo!
8 E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos.
9 E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram.
10 Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão.
11 E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera.
12 Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados,
13 recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos.
14 Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança.
15 Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.
16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara.
17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
É a manhã triunfal da ressurreição. Por meio dela, Deus rende um brilhante testemunho à perfeição da Vítima e à completa satisfação que Ele encontra na obra cumprida. A escolta, posta diante do sepulcro, longe de poder opor-se a esse maravilhoso acontecimento, é desta um testemunho involuntário - e abismado (Salmo 48:5). Porém os sacerdotes, totalmente endurecidos, compram a consciência desses homens como já tinham feito com Judas.

Chegando ao sepulcro, as mulheres recebem a mensagem dos anjos. Com o coração ao mesmo tempo cheio de temor e de alegria, apressam-se a comunicá-la aos discípulos. É então que se deparam com o próprio Senhor.

Depois Ele aparece aos onze discípulos no lugar que lhes havia indicado, a Galiléia. Nos versículos 19 e 20, Ele lhes dá ordens a cumprir, que são tanto mais importantes por serem a Sua última vontade expressa. Não esqueçamos que nós mesmos também temos a imensa responsabilidade de testemunhar do Evangelho, é também de guardar tudo aquilo que Ele nos ordenou em Sua Palavra (v. 20). Ele deixou também uma promessa, válida para todos os redimidos: "Estou convosco todos os dias". O evangelho termina como havia começado: "... e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)" (cap. 1:23).

martes, 27 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 27.50-66

50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.
51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas;
52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram;
53 e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.
55 Estavam ali muitas mulheres, observando de longe; eram as que vinham seguindo a Jesus desde a Galiléia, para o servirem;
56 entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.
57 Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus.
58 Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue.
59 E José, tomando o corpo, envolveu -o num pano limpo de linho

60 e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou.
61 Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria.
62 No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos,
63 disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei.
64 Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro.
65 Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer.
66 Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.
A obra da expiação foi cumprida, a vitória foi conquistada. Com um poderoso grito de triunfo, Cristo entra na morte. Deus dá ainda outras provas dessa vitória: rasga o véu do templo de alto a baixo, consagrando um "novo e vivo caminho" pelo qual, daquele momento em diante, o homem pode penetrar "com liberdade" em Sua presença (Hebreus 10:19-21). Abre também os sepulcros, e a morte, vencida, teve de devolver alguns de seus cativos.

Depois Deus zela pela honra de Seu próprio Filho. Conforme a profecia, Jesus ocupa o túmulo de um homem rico, o qual, piedosamente, cuidou do Seu sepultamento (Isaías 53:9). Com exceção desse José de Arimatéia, Mateus não mostra nenhum outro discípulo presente nessa hora. Por sua vez, algumas mulheres, cuja devoção é digna de nota, têm o privilégio de estar ali.

Do princípio ao fim deste evangelho, o ódio do homem perseguiu ao Senhor Jesus. Em Seu nascimento, o ódio foi manifestado em Herodes. Perseguiu-O até o túmulo, que agora está sob vigia e selado cautelosamente pelos líderes religiosos dos judeus. Mas tanto os soldados, o selo, como as pedras são vãs precauções; servirão, de fato, somente para evidenciar ainda mais a realidade da ressurreição.

Há apenas um triste detalhe aqui: os inimigos do Senhor lembram-se de algo que os próprios discípulos tinham esquecido! (v. 63).

lunes, 26 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 27.32-49

32 Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz.
33 E, chegando a um lugar chamado Gólgota, que significa Lugar da Caveira,
34 deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando -o, não o quis beber.
35 Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte.
36 E, assentados ali, o guardavam.
37 Por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
38 E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda.
39 Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo:
40 Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!
41 De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam:
42 Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.
43 Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.
44 E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele.
45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra.
46 Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias.
48 E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo -a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe a beber.
49 Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.
O Senhor Jesus é conduzido do pretório ao Calvário. Simão, o cireneu, é obrigado a carregar a Sua cruz. Mas Ele voluntariamente toma sobre Si uma carga que é incomparavelmente mais pesada: a carga de nosso pecado, que nenhum outro poderia levar em Seu lugar. Ele é crucificado entre dois malfeitores. A acusação escrita por cima de Sua cabeça na verdade denuncia o povo que crucificou a seu Rei. A descrição é breve. Contudo, através da sóbria linguagem do Espírito Santo, compreendemos que nenhuma forma de sofrimento foi poupada ao nosso muito amado Salvador - sofrimentos físicos, mas, acima de tudo, indizíveis sofrimentos morais. Os escarnecedores estão ali: desafiam o Senhor Jesus a salvar a Si mesmo, como que questionando o Seu poder (v. 40). (Ele, porém, continua na cruz. Não tinha justamente o propósito de salvar a outros?) Eles provocam a Deus, pondo em dúvida Seu amor para com Cristo, o Qual sente profundamente o ultraje (v. 43; Salmo 69:9). Porém para Ele, o mais profundo dos sofrimentos foi ter sido abandonado durante as três horas de trevas. Quando o Senhor Jesus foi feito maldição em nosso lugar, quando levou o peso do meu e do seu pecado para expiá-los, Deus teve de afastar dEle o Seu rosto. Deus feriu Seu Filho com os golpes que nossos pecados - meus e seus - mereciam!

domingo, 25 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 27.19-31

19 E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito.
20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus.
21 De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás!
22 Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos.
23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado!
24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo ; fique o caso convosco!
25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!
26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou -o para ser crucificado.
27 Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte.
28 Despojando -o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate;
29 tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!
30 E, cuspindo nele, tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça.
31 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado.
Grande é a perplexidade de Pilatos diante do Acusado que os líderes dos judeus lhe trouxeram. Nunca teve diante de si um homem como Aquele. Um duplo testemunho - o de sua mulher (v. 19) e o de sua consciência (v. 24) - deu-lhe a convicção de que estava diante de si um justo. Além disso, ele conhecia a perversidade dos homens que O tinham entregado por inveja (v. 18). O que fazer? Se o condenasse, certamente estaria cometendo uma injustiça. Porém, se O deixasse livre, sua popularidade seguramente cairia. Lavando simbolicamente as mãos (mas não sua consciência!), ele joga a responsabilidade sobre o povo, que a aceita com os olhos cegos. Por trás dessa multidão, movida por instintos de mais baixo nível, e por trás dos líderes do povo que a incitava, estava Satanás, prosseguindo com sua obra de ódio. Porém Deus também fazia prosseguir a Sua obra, a obra de graça e de salvação.

Agora o Senhor Jesus está nas mãos dos rudes soldados. Estes Lhe vestem um manto de púrpura simulando o traje real e zombam dEle; depois, levam-NO para a execução. Mas um dia, à vista de todos, o Senhor aparecerá em toda a Sua majestade de Rei dos reis. E Sua mão poderosa, a mesma que naquele dia de sofrimento empunhou um caniço, será levantada em juízo contra Seus inimigos (comparar o versículo 29 com Salmo 21:3,5,8).

sábado, 24 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 27.1-18

1 Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem;
2 e, amarrando -o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.
3 Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
4 Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo.
5 Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.
6 E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.
7 E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros.
8 Por isso, aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue.
9 Então, se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram;
10 e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.
11 Jesus estava em pé ante o governador; e este o interrogou, dizendo: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes.
12 E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
13 Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem?
14 Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador.
15 Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem.
16 Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás.
17 Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?
18 Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado.
O dia amanhece. Um dia como nunca houve em toda a eternidade! Os primeiros raios do sol da manhã encontram os principais sacerdotes e anciãos maquinando como tornar viável a execução que já haviam decidido levar a cabo. Mas alguém vem visitá-los. Eles o conhecem bem: é o traidor, graças ao qual haviam conseguido seu objetivo. O que quer agora? Judas atesta a inocência do Mestre, devolve-lhes o dinheiro e expressa seu remorso. "Que nos importa? Isso é contigo" - "Esse problema é seu" - respondem os sacerdotes sem a menor compaixão. Então o miserável retira-se e vai enforcar-se. Perde a vida, a alma, e até o dinheiro pelo qual a tinha vendido! Os sacerdotes, que não haviam demonstrado nenhum escrúpulo em comprar sangue inocente, agora mostram cuidado quando se trata de pôr o dinheiro no tesouro do templo!

O Senhor Jesus é conduzido até Pilatos, o governador. Certamente seria fácil para Ele obter deste magistrado romano apoio contra o ódio do Seu povo. Mas o Senhor responde somente para atestar o Seu título de Rei dos judeus, ademais permanece em silêncio. "Como ovelha, muda perante seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca" (Isaías 53:7; comparar com v. 12 e 14 e capítulo 26:63).

viernes, 23 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 26.59-75

59 Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte.
60 E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando:
61 Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias.
62 E, levantando-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti?
63 Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
64 Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
65 Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia!
66 Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte.
67 Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo:
68 Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!
69 Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu.
70 Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71 E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno.
72 E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem.
73 Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia.
74 Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo.
75 Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente.
Os líderes do povo têm Jesus em seu poder, porém lhes falta um motivo plausível para condená-LO com segurança, uma vez que o Homem perfeito não lhes dá nenhuma base para acusações. Vêem-se então forçados a procurar alguma "falsa testemunha" (Salmo 27:12; 35:11-12). E até mesmo essa testemunha é difícil de encontrar, já que ela deve ter uma aparência de retidão. Por fim apresentam-se duas falsas testemunhas com uma palavra distorcida (comparar v. 61 com João 2:19). Mas o que serve de pretexto para a condenação é a Sua solene declaração de ser o Filho de Deus, pronto a vir com poder e grande glória! A sentença de morte é pronunciada. E imediatamente a brutalidade e a covardia do homem vêm à tona (vv. 67-68). Começa a cumprir-se o que o Senhor tinha várias vezes predito aos Seus (Mateus 16:21; 17:22; 20:18-19 e 26:2).

Para Pedro também é uma hora sombria, mas por uma razão bastante diferente. Satanás, que não pôde fazer o Mestre vacilar, tentará fazer o discípulo cair. Por três vezes, o pobre Pedro nega Aquele pelo qual havia jurado morrer. Chega até mesmo a usar uma linguagem grosseira para enganar os outros, já que, anteriormente, sua maneira de falar o tinha denunciado como um discípulo de Jesus.

jueves, 22 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 26.47-58
47 Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo.
48 Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei -o.
49 E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou.
50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam.
51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha.
52 Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão.
53 Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?
54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?
55 Naquele momento, disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava convosco ensinando, e não me prendestes.
56 Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando -o, fugiram.
57 E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos.
58 Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários, para ver o fim.
Um discípulo não havia dormido como os demais. Era Judas. Ei-lo aqui, à frente de uma tropa ameaçadora que veio para prender Jesus. E que recurso escolhe o miserável para atraiçoar o seu Mestre? Um beijo hipócrita! "Amigo", - pergunta-lhe o Salvador - "para que vieste?". Uma última pergunta, própria para sondar a alma do infeliz Judas. Um último chamado de amor dAquele que disse aos Seus: "Tenho-vos chamado amigos" (João 15:15). Mas é tarde demais para o "filho da perdição" (João 17:12).

Essas setas lançadas à consciência (v. 55) são os únicos atos de defesa dAquele que está entregando a Si mesmo. Os discípulos são impotentes, contudo, mais de doze legiões de anjos estavam, por assim dizer, em pé de guerra, prontas para intervir se Ele pedisse ao Pai. Porém Sua hora havia chegado. Longe de esconder-se ou de defender-se, Jesus, ao contrário, refreia o braço de Seu discípulo por demais impulsivo, aquele que pouco depois iria mostrar a verdadeira medida de sua coragem, fugindo como os companheiros.

No palácio do sumo sacerdote, os escribas e anciãos já estavam reunidos para consumar a suprema injustiça (Salmo 94:21).

miércoles, 21 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 26.31-46

31 Então, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.
32 Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia.
33 Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim.
34 Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes.
35 Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar;
37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.
40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
42 Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados.
44 Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
45 Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores.
46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.

Cheio de confiança em si próprio, Pedro declarou-se pronto para morrer com o Senhor. Mas veremos que ele não irá muito longe.

A seguir, tendo convencido os discípulos orar e vigiar com Ele, o Senhor Jesus adentra sozinho no jardim, onde daria a prova suprema de Sua submissão à vontade do Pai. Esta vontade, cuja realização foi o constante deleite do Filho, envolve agora uma dupla e terrível necessidade: ser abandonado por Deus (algo infinitamente triste para o coração do filho amado); e o pecado que deveria levar, cujo salário é a morte - (algo infinitamente angustiosa para o Homem perfeito). A tristeza e angústia invadiram a Sua alma (v. 37). Oh, Ele está consciente do terrível caminho até a cruz, do qual Satanás, ainda naquele momento, tenta dissuadi-LO. Porém, Ele aceita o cálice das mãos de Seu Pai: "Faça-se a tua vontade".

Em Sua graça, Deus nos permitiu assistir a essa provação do Senhor no Getsêmani, escutar Sua oração urgente e dolorosa. Que o Senhor Jesus nos guarde de termos, como os três discípulos, um coração adormecido e indiferente a Seu sofrimento. E, pelo contrário, que a gratidão e a adoração transborde nossa alma ao pensarmos no grande preço que o nosso Salvador pagou.

martes, 20 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 26.17-30

17 No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?
18 E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem e dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.
19 E eles fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
20 Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos.
21 E, enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá.
22 E eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura, sou eu, Senhor?
23 E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá.
24 O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!
25 Então, Judas, que o traía, perguntou: Acaso, sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste.
26 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando -o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos;
28 porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
29 E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai.
30 E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Podemos ter uma idéia do que o Senhor estava sentindo ao comer esta páscoa com Seus discípulos. Nesta celebração justamente se representava o que Ele estava por realizar. Não iria demorar, e o verdadeiro Cordeiro pascal seria imolado (1 Coríntios 5:7). Porém Ele ainda queria dar a Seus discípulos um emblema muito especial de Seu amor. A cada ano, desde a grande noite do êxodo, a páscoa anunciava em figura uma obra que havia de vir. Doravante, a cada primeiro dia da semana, a cena faria o crente recordar que esta obra está consumada. Todas as vezes que a celebramos, anunciamos a morte do Senhor até que Ele venha (1 Coríntios 11:26).

Assim que distribuiu o pão para os Seus, o Senhor Jesus também lhes deu o cálice, dizendo: "Bebei dele todos". Sim, Ele quer que todos participem com Ele desta ceia de amor (exceto Judas que havia saído: João 13:30). São eles dignos da ceia? Pedro O negará e todos os demais fugirão. Ainda assim o Senhor lhes disse - e continua dizendo a todos os redimidos: "Bebei dele todos". A seguir explica o valor inestimável de Seu sangue que será "derramado em favor de muitos, para a remissão dos pecados" (v. 28). Caro leitor, você está entre esses "muitos"? Caso esteja, qual tem sido sua resposta ao desejo do Senhor Jesus? (Salmo 116:12-14).

lunes, 19 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 26.1-16

1 Tendo Jesus acabado todos estes ensinamentos, disse a seus discípulos:
2 Sabeis que, daqui a dois dias, celebrar-se -á a Páscoa; e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.
3 Então, os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás;
4 e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo.
5 Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.
6 Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
7 aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa.
8 Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício?
9 Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres.
10 Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo.
11 Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes;
12 pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento.
13 Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.
14 Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs:
15 Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata.
16 E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar.
O Senhor Jesus terminou os Seus ensinamentos. Os últimos acontecimentos vão-se cumprir agora. Enquanto em Jerusalém os homens iníquos deliberam (vv. 3-5), uma cena bem diferente acontece em Betânia. Rejeitado e odiado pelos grandes do povo, é entre Seus humildes seguidores que o Senhor Jesus encontra a acolhida, o amor e a adoração que Lhe são devidos. Ele já não tem mais lugar no templo, mas é recebido na casa de Simão, o leproso. As honras reais Lhe foram negadas, mas um bálsamo de grande preço é derramado sobre Sua cabeça, figura da unção real. Esta mulher reconhece e honra o Messias de Israel. "Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume" (Cantares 1:12). Somente Senhor compreende e aprecia o gesto dela. Mas é o que basta! Se Ele nisto tem prazer, ninguém tem direito de escandalizar-se.

Mas com o versículo 14, passamos novamente a uma cena de escuridão. O traidor Judas, que há pouco tinha também respirado o perfume do bálsamo, realiza a traição e recebe sua paga: trinta moedas de prata, o preço de um escravo. O profeta Zacarias - com uma pitada de ironia - designa-o como um "magnífico preço", pois foi o preço pelo qual o Filho de Deus foi avaliado (Zacarias 11:13).

domingo, 18 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 25.31-46

31 Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
32 e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas;
33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda;
34 então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
35 Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes;
36 estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.
37 Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber?
38 E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?
39 E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?
40 O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
41 Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me.
44 E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?
45 Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.
46 E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.
O versículo 31 retoma o curso da profecia no mesmo estágio em que fora interrompido em Mateus 24:30-31, ou seja, quando da vinda do Senhor em glória para Seu povo terreno. Será o dia da recompensa ou do castigo para as pessoas dentre as "nações" (v. 32) que estarão vivendo aqui na terra. E o critério diferenciador será a maneira pela qual tiverem recebido os embaixadores do Rei (Seus irmãos - no caso aqui, os judeus - v. 40), quando lhes for anunciado o evangelho do reino (cap. 24:14).

Alguns querem usar esta parábola para justificar a doutrina da salvação pelas obras. Mas devemos esclarecer que este será um período posterior ao da Igreja e da fé cristã propriamente dita.

De qualquer modo, deixando de lado a questão da salvação, a declaração do Senhor está cheia de instrução para nós, cristãos. Se o Senhor Jesus estivesse aqui na Terra hoje, quanto empenho aplicaríamos para recebê-LO e servi-LO, em resumo, para satisfazer Seus menores desejos? Pois bem! Nós temos esta oportunidade todos os dias! Dons, hospitalidade, visitas. Tudo o que fazemos por amor a alguém deve ser feito em primeiro lugar para Ele (João 13:20; 1 Coríntios 12:12). Por outro lado, se recusarmos fazê-lo, estaremos sendo omissos em relação ao Senhor.

sábado, 17 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 25.14-30

14 Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
15 A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.
16 O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.
17 Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.
18 Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.
20 Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
21 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
23 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,
25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.
28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai -o ao que tem dez.
29 Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30 E o servo inútil, lançai -o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
A parábola das dez virgens refere-se ao esperar - ao velar - pela vinda do Senhor. A parábola dos talentos considera o aspecto do serviço. A vida do crente após a sua conversão compreende estes dois aspectos: "servir" o Deus vivo e verdadeiro e "esperar" dos céus a Seu Filho (1 Tessalonicenses 1:9-10). Mas esperar o Senhor não significa cruzar os braços até que Ele venha. Ao contrário, cada redimido tem o privilégio de trabalhar para Ele. E para isto, todos receberam certo número de talentos, com a responsabilidade de empregá-los e gerar frutos: uns receberam saúde; outros, discernimento e memória; outros ainda, tempo, bens materiais... mas, e sobretudo, todos têm a Palavra divina, a qual lhes confere um respectivo conhecimento (1 Coríntios 2:12). Mas, amigos leitores, mesmo sendo salvos, podemos assemelhar-nos de alguma maneira com o servo mau e negligente. Estamos seguros de não haver "escondido sob a terra", por egoísmo ou preguiça, desonestamente, um ou mais desses dons que pertencem ao Senhor? Que teremos para Lhe dar quando Ele vier? Poderá Ele fazer-nos entrar no Seu gozo? (Não é dito "entrar no céu", mas, no "Seu gozo") - o gozo da obra consumada e do amor satisfeito - gozo que fora a Sua motivação para a obra (Hebreus 12:2).

viernes, 16 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 25.1-13

1 Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.
2 Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes.
3 As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;
4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.
5 E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram.
6 Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!
7 Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas.
8 E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando.
9 Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai -o.
10 E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.
11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.
Segundo um costume oriental, um noivo chegando de noite para o ritual de suas bodas era iluminado em seu caminho e escoltado por virgens, amigas de sua noiva (as quais hoje chamaríamos de damas de honra; Salmo 45:9,14). O Senhor usa essa comovedora ilustração para mostrar de que maneira devemos esperar por Ele, o Noivo celeste. Porém, os cristãos, em sua maioria, têm-se cansado de esperar. O sono espiritual tomou conta deles por muitos séculos. Foi necessário que, num período recente da história da Igreja, apropriadamente chamado de "o despertamento", ressoasse o grito da meia-noite: "Eis o noivo!...". O Senhor está voltando! Em decorrência disso tornou-se manifesta uma diferença: as prudentes tinham azeite em suas lâmpadas; assim, os verdadeiros crentes estão preparados para a volta do Senhor, e a luz deles - a do Espírito Santo - pode brilhar na escura noite deste mundo. Outros, como as virgens néscias, apenas dizem que O estão esperando, sem, contudo, possuir a vida que procede dEle. É um triste erro levar o tão maravilhoso título de cristão sem o ser - é uma terrível ilusão, e será um não menos terrível despertar!

Perguntemo-nos sinceramente enquanto ainda é tempo: "Há óleo em minha lâmpada?", "Estou preparado para Seu retorno?". (Na Bíblia, o óleo é uma figura do Espírito Santo - Romanos 8:9).

jueves, 15 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 24.32-51

32 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.
33 Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.
34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.
37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.
38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.
40 Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro;
41 duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
42 Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.
43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
44 Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?
46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens.
48 Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,
49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,
50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe

51 e castigá-lo -á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
O Senhor interrompe Sua exposição profética para exortar os Seus à vigilância e ao serviço (v. 32-44). O juízo cairá repentinamente sobre o mundo. Atingirá os incrédulos e zombadores. Alcançará igualmente os indiferentes, os indecisos e os filhos de crentes que não aceitaram a Jesus como seu Salvador pessoal. Será este último o seu caso? "Por isso estai vós apercebidos também", diz o Senhor (v. 44 - E.R.C.). E para estar preparado, devemos acolher o Senhor Jesus como Salvador pessoal. No versículo 45 é atribuído aos que nEle creram um maravilhoso serviço: o de distribuir no seu arredor o alimento, que é a Palavra (Atos 20:28; 1 Timóteo 1:12). Pois há dois requisitos: a fidelidade, para conhecer esta Palavra e não se apartar dela; e a sabedoria, para aplicá-la de acordo com as necessidades e circunstâncias. Porém, na grande cristandade também se encontram os servos maus. Eles têm exercido um duro domínio sobre as almas dos demais; têm-se embriagado com os prazeres do mundo (1 Tessalonicenses 5:7). Por quê? É que, bem no íntimo de seu coração, eles não crêem na volta do Mestre. O servo de Cristo só pode ser fiel e sábio se guardar um precioso segredo: esperar a cada dia pelo Senhor. Conforme exprime o Salmo 130: "A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã".

miércoles, 14 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 24.15-31

15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),
16 então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes;
17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa;
18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.
19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;
21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.
22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.
23 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis;
24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.
25 Vede que vo-lo tenho predito.
26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis.
27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.
28 Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.
30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.
31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
Os acontecimentos anunciados nestes versículos dizem respeito a Israel e somente ocorrerão após o arrebatamento da Igreja. Porém, para mostrar quais serão as conseqüências de Sua rejeição - descrita nos capítulos anteriores -, o Senhor dirige-se a Seus discípulos como se eles fossem a geração que iria passar por esse período tão terrível. Na verdade, os cristãos da dispensação (período) atual não estarão mais neste mundo quando chegar o dia em que o Anticristo seduzir as nações, profanar o templo (v. 15) e perseguir os fiéis. Por isso, as advertências e exortações dadas aqui não concernem diretamente a nós. Mas o Senhor Jesus manifesta grande interesse pelas coisas que sucederão antes da Sua vinda em glória (v. 30). Pensa com grande simpatia nos fiéis que sofrerão naqueles tempos. Supõe também que aqueles a quem chama de amigos devem compartilhar esse interesse e simpatia (João 15:15). Falar-nos dessas coisas por antecipação (v. 25) é uma grande prova de amor e de confiança de Sua parte (Gênesis 18:17). Isso só não é razão suficiente para buscarmos compreender essas verdades proféticas? Além do mais, elas são uma fonte de exortação proveitosa em todas as épocas e para todas as testemunhas do Senhor - exortações como: perseverar (v. 13); orar (v. 20); vigiar (v. 42).

martes, 13 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 24.1-14

1 Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.
2 Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.
4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane.
5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.
6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares;
8 porém tudo isto é o princípio das dores.
9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.
10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;
11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.
13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.
14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.
Depois de pronunciar os sete "ais" sobre os guias cegos de Israel, o Senhor deixa o templo. Vai-se retirando quando os discípulos orgulhosamente apontam para a beleza do edifício. Precisam ouvir que este logo seria destruído; eles demonstram ainda não estar preparados para abandonar o título de filhos de Abraão. Por isso o Senhor Jesus leva-os à parte, para o Monte das Oliveiras, e expõe-lhes a sucessão de acontecimentos proféticos relatados nos capítulos 24 e 25. Começa por falar à consciência deles (v. 4) antes de responder, uma após a outra, às três perguntas formuladas no versículo 3 ("Quando sucederão estas cousas?" - v. 15-28; "Que sinal haverá da tua vinda?" - v. 29-31; "Qual o sinal da consumação do século?" - v. 32-51). É que uma verdade deve operar sempre um efeito moral: por exemplo, aumentar o temor de Deus ou o amor pelo Senhor. Sem isso, a verdade serve apenas para satisfazer a curiosidade, e a consciência se endurece. Aqui os discípulos têm de tomar cuidado para não se deixar enganar. Eles ainda são "filhinhos" na fé. Conhecem o Pai que Jesus lhes tem revelado (cap. 11:27). Porém ainda não estão preparados contra o que o apóstolo João chama de "muitos anticristos" (1 João 2:18), ou, em outras palavras, os que ensinam vários erros e, portanto, precisam prevenir-se (2 Pedro 3:17). Satanás tentará seduzi-los com "todo poder, e sinais e prodígios da mentira" (2 Tessalonicenses 2:9-10).

Filhos de Deus, não nos deixemos turbar por tudo o que ouvirmos! (v. 6). E, acima de tudo, cuidemos para que o nosso amor por Deus e pelos irmãos não esfrie.

lunes, 12 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 23.23-39

23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!
24 Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos

30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas!
31 Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
34 Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade;
35 para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar.
36 Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre a presente geração.
37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!
38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.
39 Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!
Com essas veementes palavras, o Senhor condena solenemente aqueles que podemos designar como o "clero" de Israel. Esses guias cegos eram duplamente culpados, pois não entravam no reino dos céus e também abusavam da sua autoridade para impedir que outros entrassem (v. 13). Escrupulosos em extremo por pequenas coisas, negligenciavam as mais importantes: a justiça, a misericórdia e a fé (v. 23). Além disso, a sua máscara hipócrita enganava as pessoas simples que neles depositam sua confiança. Muito indignado, o Senhor Jesus revela-lhes a sua verdadeira face: são sepulcros caiados (mortos interiormente), são "serpentes", assassinos e filhos de assassinos.

Antes de sair do templo, esta casa onde Deus já não mais tinha Seu lugar (deixando-a assim deserta - sem a presença divina), Jesus expressa em termos muito tocantes o juízo que iria recair sobre Jerusalém. Creio que podemos compreender um pouco o que foi para Seu coração divinamente sensível o desprezo à graça que Ele oferecia. "Mas estes não quiseram!" (cap. 22:3; Oséias 11:7). Catastróficas palavras! Quem dentre os que as ouvirão um dia poderá reclamar de Deus a culpa por sua aflição eterna? A salvação em Cristo foi e ainda está sendo oferecida. Mas muitos não querem aceitá-la.

domingo, 11 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 23.1-22

1 Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos:
2 Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus.
3 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem.
4 Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
5 Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas.
6 Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens.
8 Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
9 A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10 Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.
11 Mas o maior dentre vós será vosso servo.
12 Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.
13 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
14 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!
15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!
16 Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!
17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
18 E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou.
19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está.
21 Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado.
O Senhor Jesus, que descobriu todas as armadilhas dos chefes religiosos do povo, alerta Seus discípulos e a multidão contra tais homens. O que eles falavam era de modo geral excelente, mas o que faziam era muito diferente do que falavam (cap. 21:30). Nós, que conhecemos tantas verdades bíblicas e sempre as citamos aos outros, estamos mesmo colocando-as em prática? (João 13:17; Romanos 2:17).

Que contraste entre esses líderes e Cristo, o único Guia verdadeiro! (v. 8,10). Eles recomendavam a lei; Ele a cumpria (cap. 5:17). Eles amarravam "fardos pesados [e difíceis de carregar]" nos ombros dos outros (v. 4); Ele chamava aos cansados e sobrecarregados para lhes dar descanso (v. 11:28). Eles escolhiam os primeiros lugares; Ele, desde a manjedoura até a cruz, tomou constantemente o último lugar. Foi Servo antes de ser Líder (v. 11). Ninguém será mais exaltado, porque ninguém se humilhou mais profundamente que Ele. Porém, para esses escribas e fariseus que tanto perseguiram a própria glória, estão reservadas as trevas, onde há "choro e ranger de dentes" (cap. 22:13). Em vez das bem-aventuranças pronunciadas no início de Seu ministério, o Senhor sete vezes diz: "Ai de vós, escribas e fariseus!" contra aqueles homens que tinham tão grande responsabilidade.

sábado, 10 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 22.23-46

23 Naquele dia, aproximaram-se dele alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, e lhe perguntaram:
24 Mestre, Moisés disse: Se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva e suscitará descendência ao falecido.
25 Ora, havia entre nós sete irmãos. O primeiro, tendo casado, morreu e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão;
26 o mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo;
27 depois de todos eles, morreu também a mulher.
28 Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram.
29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.
30 Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu.
31 E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou:
32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos.
33 Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina.
34 Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho.
35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando -o, lhe perguntou:
36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
38 Este é o grande e primeiro mandamento.
39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.
41 Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus:
42 Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi.
43 Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo:
44 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés?
45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?
46 E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas.
Outros contraditores, os saduceus, foram a Jesus com uma pergunta trivial. Eles pensavam que através de sua história poderiam provar que a doutrina da ressurreição era absurda. Antes de demonstrá-la pelas Escrituras, Jesus fala à consciência desses homens e mostra que eles discutem sem o conhecimento da Escritura, sobre a incerta e equivocada base de seus próprios pensamentos. Isso é o que fazem hoje muitas pessoas, especialmente as que pertencem às seitas que ensinam doutrinas falsas e perniciosas.

Derrotados pelas Escrituras, os inimigos da verdade voltam ao ataque (v. 34-40). Recebem como resposta um maravilhoso resumo de toda a lei - que os condena sem apelação. Então, por sua vez, o Senhor Jesus faz uma pergunta aos fariseus que os silencia. Desprezado, Ele que era ao mesmo tempo o Filho e o Senhor de Davi, ocupará uma gloriosa posição. E aqueles que, de toda maneira, escolheram ser Seus inimigos, achariam também o lugar que lhes estava reservado (v. 44). É muito triste ver pessoas que obstinadamente escolhem permanecer em seus próprios caminhos, recusando submeter-se a esses tão claros ensinamentos bíblicos (2 Timóteo 3:8).

viernes, 9 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 22.1-22

1 De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes:
2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
3 Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir.
4 Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas.
5 Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
6 e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram.
7 O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade.
8 Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos.
9 Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes.
10 E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados.
11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial

12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai -o de pés e mãos e lançai -o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
15 Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra.
16 E enviaram-lhe discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens.
17 Dize-nos, pois: que te parece? É lícito pagar tributo a César ou não?
18 Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas?
19 Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-lhe um denário.
20 E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição?
21 Responderam: De César. Então, lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
22 Ouvindo isto, se admiraram e, deixando -o, foram-se.
A parábola das bodas do filho do rei completa a dos lavradores maus. Ela mostra o que acontecerá depois da rejeição do Herdeiro. Os judeus, que eram os primeiros a serem convidados, recusaram a mensagem da graça pregada pelos apóstolos (os servos do v. 3). Então estes se voltaram aos gentios (Atos 13:46).

Ao convidar os homens, Deus os honra e lhes mostra Sua graça. Você também tem em suas mãos um convite! Mas desprezo e oposição são as duas respostas mais comuns a um tão maravilhoso convite (Hebreus 2:3). Não basta apenas ser convidado (v. 3); nós devemos aceitar e comparecer da forma ordenada por Deus, ou seja, vestidos da justiça que procede do próprio Rei (Filipenses 3:9). O homem do versículo 11 pensou que sua roupa estava adequada. Ele representa os que pensam que podem entrar no céu através de sua justiça própria; eles freqüentam a Igreja sem, porém, ter recebido Cristo como seu Salvador pessoal (cap. 5:20; Romanos 10:3-4). Que confusão os espera e quão terrível será seu destino final!

Os fariseus e herodianos, surdos a esses ensinamentos, aproximam-se com uma pergunta feita para "surpreender Jesus em alguma palavra": "É lícito pagar tributo a César, ou não?". Porém, o Senhor discerne a armadilha oculta sob as palavras lisonjeiras. E, respondendo de forma inesperada, o Senhor devolve a flecha aos que a haviam atirado, ao dizer: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

jueves, 8 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 21.33-46

33 Atentai noutra parábola. Havia um homem, dono de casa, que plantou uma vinha. Cercou -a de uma sebe, construiu nela um lagar, edificou-lhe uma torre e arrendou -a a uns lavradores. Depois, se ausentou do país.
34 Ao tempo da colheita, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os frutos que lhe tocavam.
35 E os lavradores, agarrando os servos, espancaram a um, mataram a outro e a outro apedrejaram.
36 Enviou ainda outros servos em maior número; e trataram-nos da mesma sorte.
37 E, por último, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: A meu filho respeitarão.
38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança.
39 E, agarrando -o, lançaram-no fora da vinha e o mataram.
40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?
41 Responderam-lhe: Fará perecer horrivelmente a estes malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos.
42 Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?
43 Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
44 Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
45 Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas parábolas, entenderam que era a respeito deles que Jesus falava;
46 e, conquanto buscassem prendê-lo, temeram as multidões, porque estas o consideravam como profeta.

A parábola dos lavradores maus ilustra a terrível condição do povo e de seus líderes. Deus esperava fruto de Sua vinha, Israel. "Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre, e também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas" (Isaías 5:2). Os judeus (e toda a humanidade em geral) têm demonstrado não somente incapacidade em produzir "uvas boas", mas também ódio e revolta contra o Dono de todas as coisas. Eles têm desprezado e rejeitado Seus servos, os profetas, e agora se preparam para expulsar - e de que maneira terrível - o próprio Herdeiro, com o propósito de se apossarem da herança, ou seja, o mundo (1 Tessalonicenses 2:15).

O Senhor os levou a pronunciar sua própria condenação, quando responderam à pergunta: "Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?". Depois, Jesus lhes mostra que Ele mesmo é a "pedra preciosa, angular", que Deus estabeleceu em Israel (Isaías 28:16). Os edificadores (os líderes do povo) A rejeitaram (Salmo 118:22-23). Porém, Ele veio a ser a pedra angular de uma "casa espiritual", a Igreja, e "pedra de tropeço e rocha de ofensa" para os desobedientes (1 Pedro 2:4-8).

miércoles, 7 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 21.18-32

18 Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome;
19 e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.
20 Vendo isto os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!
21 Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá;
22 e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.
23 Tendo Jesus chegado ao templo, estando já ensinando, acercaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, perguntando: Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu essa autoridade?
24 E Jesus lhes respondeu: Eu também vos farei uma pergunta; se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.
25 Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele?
26 E, se dissermos: dos homens, é para temer o povo, porque todos consideram João como profeta.
27 Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E ele, por sua vez: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
28 E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha.
29 Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi.
30 Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.
32 Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.
A caminho para Jerusalém, o Senhor realiza um milagre que, excepcionalmente, não é um milagre de amor, mas um sinal de juízo. Consideremos esta figueira: apenas folhas e nada mais! Tinha uma bonita aparência, mas nenhum fruto sequer! Esta era a condição de Israel... e de muitos que se dizem cristãos! Este milagre foi a oportunidade para que Jesus recordasse a Seus discípulos o poder da oração da fé.

Logo depois, Ele entra no templo, onde os principais sacerdotes e anciãos do povo desafiam Sua autoridade. Através de uma pergunta, o Senhor dá-lhes a entender que são incapazes de reconhecer essa autoridade se não reconhecerem primeiro a de João Batista. Como o segundo filho da parábola (v. 28-30), os líderes do povo diziam-se cumpridores da vontade de Deus. Mas, de fato, era para eles letra morta (Tito 1:16). Ao contrário, outros que eram anteriormente rebeldes, pecadores notórios, arrependeram-se após terem ouvido a voz de João, e fizeram a vontade de Deus. Os filhos de pais crentes correm o risco de serem precedidos no céu por muitas pessoas às quais hoje menosprezam ou são condescendentes (cap. 20:16). Pensemos todos em nossa grande responsabilidade!

martes, 6 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 21.1-17

1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:
2 Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendei -a e trazei-mos.
3 E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará.
4 Ora, isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta:
5 Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga.
6 Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara,
7 trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou.
8 E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada.
9 E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!
10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este?
11 E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia!
12 Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.
13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.
14 Vieram a ele, no templo, cegos e coxos, e ele os curou.
15 Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se e perguntaram-lhe:
16 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?
17 E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde pernoitou.

Em cada um dos três primeiros evangelhos, a entrada em Jerusalém marca o princípio da última parte da jornada do nosso Salvador neste mundo. O cumprimento da profecia de Zacarias (cap. 9:9) era a prova cabal para Israel de que o Messias veio visitá-lo. Era impossível confundi-lo com outro: "Justo e salvador, humilde, montado em jumento...". Esperava-se um altivo e grande rei, entrando na cidade montado em seu cavalo de guerra, à frente de seus exércitos. Mas um rei humilde e manso - isso é quase inaceitável para os pensamentos humanos.

A graça e a bondade do Senhor Jesus não O impedem de agir com a maior severidade quando vê os direitos de Deus sendo pisados, como é o caso dos vendedores do templo (v. 12). Da mesma forma, os Seus discípulos têm de agir. A bondade que deve caracterizá-los não pode acabar com a firmeza (1 Coríntios 15:58). A presença de Jesus no templo teve muitas conseqüências: em primeiro lugar, uma imediata purificação; mas, ao mesmo tempo, a graciosa cura dos doentes que foram a Ele; depois, o louvor das criancinhas, e, por último, a indignação dos inimigos da verdade.

lunes, 5 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 20.17-34

17 Estando Jesus para subir a Jerusalém, chamou à parte os doze e, em caminho, lhes disse:
18 Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte.
19 E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá.
20 Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando -o, pediu-lhe um favor.
21 Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda.
22 Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos.
23 Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai.
24 Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.
25 Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles.
26 Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;
27 e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo;
28 tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
29 Saindo eles de Jericó, uma grande multidão o acompanhava.
30 E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho, tendo ouvido que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós!
31 Mas a multidão os repreendia para que se calassem; eles, porém, gritavam cada vez mais: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!
32 Então, parando Jesus, chamou-os e perguntou: Que quereis que eu vos faça?
33 Responderam: Senhor, que se nos abram os olhos.
34 Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista e o foram seguindo.

O Senhor Jesus busca a compreensão de Seus discípulos sobre um tema particularmente íntimo e solene: os sofrimentos e a morte que O esperam em Jerusalém. E é justamente esse momento que a mãe de Tiago e João escolhe para fazer-Lhe um pedido egoísta. Ficaria orgulhosa de ver os seus filhos ocupando uma posição de honra no reino do Messias. Os outros dez discípulos indignaram-se. Sem dúvida, não porque a pergunta fosse inoportuna e egoísta, mas, sim, porque todos eles secretamente almejavam esse posto. Depois de tudo o que o Senhor havia dito, depois de o Senhor ter colocado um menino no meio deles, será que eles não tinham aprendido nada? Não devemos julgá-los! Que dificuldade temos em aprender as nossas próprias lições, as mesmas lições! Quanto nos parecemos com eles!

Então, sem nenhuma reprovação e com uma infinita paciência, Jesus prossegue com os Seus ensinos. E, desta vez, Ele os demonstra com Seu próprio exemplo no versículo 28, o motivo de eterna adoração para os redimidos.

Seguindo com Sua missão de servo, o Senhor Jesus cura dois cegos em Jericó. Aprendamos com a persistência da fé desses cegos e com a infinita compaixão do Senhor.

domingo, 4 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 19.27-30

27 Então, lhe falou Pedro: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós?
28 Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
29 E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe ou mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.
30 Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.

Mateus 20.1-16

1 Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha.
2 E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha.
3 Saindo pela terceira hora, viu, na praça, outros que estavam desocupados

4 e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo. Eles foram.
5 Tendo saído outra vez, perto da hora sexta e da nona, procedeu da mesma forma,
6 e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo?
7 Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então, lhes disse ele: Ide também vós para a vinha.
8 Ao cair da tarde, disse o senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros.
9 Vindo os da hora undécima, recebeu cada um deles um denário.
10 Ao chegarem os primeiros, pensaram que receberiam mais; porém também estes receberam um denário cada um.
11 Mas, tendo -o recebido, murmuravam contra o dono da casa,
12 dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora; contudo, os igualaste a nós, que suportamos a fadiga e o calor do dia.
13 Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário?
14 Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti.
15 Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?
16 Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

A questão que preocupava tanto os discípulos, ou seja, conhecer quem seria o maior e o menor no reino dos céus, é ilustrada com uma nova parábola. Poderíamos fazer parte daqueles trabalhadores insatisfeitos e achar injusto o modo de agir desse proprietário. Porém, analisemos esta história mais cuidadosamente. Os trabalhadores da manhã haviam combinado com o proprietário da vinha que receberiam um denário por dia de trabalho. Eles estabeleceram um preço pelo seu trabalho. Ao contrário, os que foram contratados mais tarde confiaram no que o dono da vinha dissera: "Vos darei o que for justo" (v. 4). Eles não tinham razão para reclamar. No reino dos céus, a recompensa nunca é um direito. Todos são servos inúteis, segundo Lucas 17:10, e ninguém merece nada. Tudo depende da soberana graça de Deus. De outro ponto de vista, não são os trabalhadores da undécima hora os menos favorecidos? Eles perderam a oportunidade e o prazer de servir o bom mestre a maior parte do dia. O Senhor Jesus é o melhor Mestre. Que possamos servi-LO desde a nossa infância.

Na história dos caminhos de Deus, os primeiros trabalhadores, que tinham um acordo com o dono da vinha, representam o povo de Israel sob a aliança da promessa; aqueles da undécima hora representam os gentios, objetos da graça de Deus.

sábado, 3 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 19.1-26

1 E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, deixou a Galiléia e foi para o território da Judéia, além do Jordão.
2 Seguiram-no muitas multidões, e curou-as ali.
3 Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?
4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher

5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?
6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?
8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.
9 Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.
10 Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.
11 Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.
12 Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita.
13 Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam.
14 Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.
15 E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.
16 E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?
17 Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
18 E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho;
19 honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
20 Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?
21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.
22 Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.
23 Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.
24 E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
25 Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo?
26 Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.
No começo deste capítulo, o Senhor Jesus responde a uma pergunta dos fariseus condenando formalmente o divórcio (cap. 5:31-32).

Depois abençoa as crianças que Lhe são trazidas e repreende os discípulos que queriam impedi-las de aproximar-se.

No versículo 16, vemos um jovem vir a Jesus com um excelente desejo: obter a vida eterna. Que o Senhor coloque este mesmo desejo no coração de todos os jovens! Porém a pergunta estava mal formulada e o Senhor faz com que Seu visitante entenda isso: "Você quer fazer o bem? Então guarde os mandamentos". A resposta do jovem mostra que ele não conhecia a sua condição de pecador perdido e a sua incapacidade de fazer algo bom para Deus. Jesus, então, revela que havia um ídolo em seu coração. Eram as riquezas, um obstáculo que impede muitas pessoas de virem a Cristo e de O seguirem. Não, a vida eterna não é ganha através de boas ações, sejam elas quais forem. Nem as maiores caridades, nem os mais louváveis atos, nada há que se possa fazer para merecê-la. Ela é um dom (presente) que o Senhor Jesus dá aos que O seguem (João 10:28).

viernes, 2 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 18.15-35

15 Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.
16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.
17 E, se ele não os atender, dize -o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera -o como gentio e publicano.
18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.
19 Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes -á concedida por meu Pai, que está nos céus.
20 Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.
21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.
24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.
26 Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.
27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou -o embora e perdoou-lhe a dívida.
28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando -o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
29 Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.
30 Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.
31 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera.
32 Então, o seu senhor, chamando -o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;
33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?
34 E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.
35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
Jesus explica como as questões entre os irmãos devem ser resolvidas (v. 15-17). E podemos relacionar isso com Seu maravilhoso ensino sobre o perdão (Efésios 4:32; Colossenses 3:13). Todavia, esta também é uma oportunidade para voltar ao assunto da Igreja, dando-nos essa promessa de vital importância: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (v. 20). Desta presença procede tudo de que até a menor reunião dos crentes congregados no nome do Senhor Jesus necessita. Poderia faltar a bênção quando Ele, que é a fonte de todas as bênçãos, está ali, no meio dos que se reúnem em Seu nome? Aqui, essa promessa está conectada à autoridade conferida à Igreja (ligar e desligar) e à oração de dois ou três irmãos que pedirem qualquer coisa com a certeza de que lhes será concedido. Porém, quantos cristãos se esquecem da importância das reuniões de oração!

A parábola do servo que devia dez mil talentos (uma quantia enorme) nos faz recordar a dívida incalculável que Deus nos perdoou em Cristo (Esdras 9:6). Que são, em comparação a ela, as pequenas injustiças que temos de suportar? O divino perdão, do qual temos sido objetos, torna-nos responsável por praticar a misericórdia em todas as situações.

jueves, 1 de julio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 18.1-14

1 Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?
2 E Jesus, chamando uma criança, colocou -a no meio deles.
3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.
4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.
6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.
7 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!
8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta -o e lança -o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
9 Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca -o e lança -o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
10 Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.
11 Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.
12 Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou?
13 E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa desta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.
14 Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.
O mundo se compraz naquilo que é grande. Os discípulos não estavam livres desse espírito. Eles querem saber quem será o maior no reino dos céus. O Senhor, contudo, responde que o mais importante é entrar, e para entrar é preciso ser pequeno. Com o objetivo de gravar no espírito deles esse ensinamento, o Senhor chama um menino e o coloca no meio deles. Talvez tenhamos crianças ao nosso redor. Elas também estão em nosso meio como exemplo de confiança e simplicidade. Tenhamos o máximo cuidado de não depreciá-las por causa de sua fraqueza, ignorância ou ingenuidade. E mais ainda, cuidemos para não escandalizá-las. O mau exemplo de um irmão mais velho é um dos piores obstáculos no caminho dos jovens cristãos. Jesus repete aqui o que havia dito a respeito da questão dos escândalos (cap. 5:29-30).

Em vez de desdenhar, Deus cuida dos pequenos de uma forma especial. Os anjos estão encarregados de zelar por eles. E não nos esqueçamos de que Jesus veio também para salvá-los (v. 11). A parábola da ovelha perdida mostra-nos que valor tem um só cordeirinho para Seu coração.