jueves, 30 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 8.16-25

16 Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca -a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz.
17 Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado.
18 Vede, pois, como ouvis; porque ao que tiver, se lhe dará; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado.
19 Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por causa da concorrência de povo.
20 E lhe comunicaram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.
21 Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam.
22 Aconteceu que, num daqueles dias, entrou ele num barco em companhia dos seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra margem do lago; e partiram.
23 Enquanto navegavam, ele adormeceu. E sobreveio uma tempestade de vento no lago, correndo eles o perigo de soçobrar.
24 Chegando-se a ele, despertaram-no dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo! Despertando-se Jesus, repreendeu o vento e a fúria da água. Tudo cessou, e veio a bonança.
25 Então, lhes disse: Onde está a vossa fé? Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros: Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende, e lhe obedecem?
Ninguém pensaria, depois de acender uma candeia, em cobri-la com um vaso ou em pô-la debaixo duma cama. Assim também, como "filhos de luz", o nosso propósito de estar aqui neste mundo é fazer com que as virtudes d'Aquele que é a Luz resplandeçam com muita clareza nas trevas deste mundo (V. 16; Mateus 5:14; 1 Pedro 2:29).

Quando Sua mãe e Seus irmãos vêm a Ele, o Senhor aproveita a ocasião para falar uma vez mais daqueles que "ouvem a palavra de Deus e a praticam" (v. 21; 6:47). São estes os únicos que podem afirmar ter um relacionamento com Ele.

A cena do Senhor Jesus adormecido no barco no-LO apresenta como Homem, cansado depois de uma jornada de trabalho. Mas, alguns instantes mais tarde, a ordem que dá ao vento e às ondas revela-O como Deus soberano. Os discípulos, possuídos de temor e admiração, exclamam: "Quem é este...?" (v. 25). Várias vezes temos ouvido esta pergunta (V. 25; 5:21; 7:49). Em outros tempos, Agur a formulou: "Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa?" (Provérbios 30:4). Este que "até aos ventos e às ondas repreende" e que revela Seu poder aos discípulos de pequena fé é o Filho de Deus, o Criador. Seu poder hoje não mudou. Mas, e a nossa fé?

miércoles, 29 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 8.1-15

1 Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele,
2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens.
4 Afluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse Jesus por parábola:
5 Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
6 Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade.
7 Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram.
8 Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um. Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
9 E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta?
10 Respondeu-lhes Jesus: A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam; e, ouvindo, não entendam.
11 Este é o sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus.
12 A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos.
13 A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam.
14 A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.
15 A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança.

Junto aos discípulos havia algumas mulheres piedosas que seguiam o Senhor e "lhe prestavam assistência com os seus bens". O que elas fizeram por Jesus é mencionado em conseqüência daquilo que Ele antes havia feito por elas (v. 2).
Os versículos 4-15 contêm a parábola do semeador e sua explicação. Três coisas causam a esterilidade do solo: os pássaros, figura do diabo (v. 12); a pedra, figura aqui do coração árido, fechado para toda ação profunda e duradoura; por último os espinhos, que nos falam do mundo com seus cuidados, riquezas e deleites (v. 14). Contudo, até mesmo o melhor dos solos deve ser primeiramente preparado. Isto pode ser uma operação dolorosa para o solo que tem de ser lavrado, revolvido várias vezes, sulcado, antes de estar numa condição apropriada para a semente penetrar e germinar. É assim que Deus prepara a consciência daqueles que hão de receber a Sua Palavra (e isso freqüentemente se dá por meio de provações).
Mas esta preparação não ocorre nos três primeiros tipos de solo. É inútil lavrar um caminho continuamente pisoteado e impossível lavrar na pedra. Quanto aos espinhos, é necessário que se faça primeiramente uma limpeza, pois as raízes do mundo no coração são muitas vezes bastante profundas.
O que caracteriza todos os solos é que todos ouvem a Palavra. Mas reter a Palavra e frutificar com perseverança é próprio da boa terra (v. 15).

martes, 28 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 7.36-50

36 Convidou -o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa.
37 E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;
38 e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento.
39 Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora.
40 Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize -a, Mestre.
41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta.
42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?
43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.
44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.
45 Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés.
47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.
48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.
49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados?
50 Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
Completamente diferente do publicano Levi (Lucas 5:29), Simão, o fariseu, também convidou o Senhor para comer em sua casa. Talvez Simão esperasse receber alguma honra pelo seu gesto, mas ao invés disso o Senhor lhe ensina uma humilhante lição. Uma mulher, conhecida pela sua vida de pecado, entra na casa. Ela rega os pés do Senhor Jesus com abundantes lágrimas de arrependimento, e, ao ungir-Lhe os pés com ungüento, fez exalar o aroma agradável de sua homenagem. É esta pecadora, e não o fariseu Simão, que refresca e anima o coração do Salvador, pois ela tem consciência de sua grande dívida para com Deus e vem ao Senhor Jesus do único modo apropriado: com um coração quebrantado e arrependido (Salmo 51:17). Antes de dirigir a esta mulher a palavra de graça que ela espera d'Ele, o Senhor tem "uma cousa" a dizer para Simão, cujos pensamentos secretos Ele conhecia todos. Quantas vezes poderíamos ouvir os nossos nomes em lugar do de Simão! "Uma cousa tenho a dizer-te", disse o Mestre a Simão ou a qualquer um de nós: "Talvez você se compare a outros que não tiveram como você uma educação cristã, mas o que realmente Me importa é o seu amor por Mim e as provas desse amor".

Que possamos nos dar conta do quanto nos foi perdoado, para que assim amemos mais o nosso Salvador!

lunes, 27 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 7.18-35

18 Todas estas coisas foram referidas a João pelos seus discípulos. E João, chamando dois deles,
19 enviou-os ao Senhor para perguntar: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?
20 Quando os homens chegaram junto dele, disseram: João Batista enviou-nos para te perguntar: És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro?
21 Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.
22 Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho.
23 E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.
24 Tendo-se retirado os mensageiros, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?
25 Que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que se vestem bem e vivem no luxo assistem nos palácios dos reis.
26 Sim, que saístes a ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta.
27 Este é aquele de quem está escrito: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
28 E eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.
29 Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João;
30 mas os fariseus e os intérpretes da Lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele.
31 A que, pois, compararei os homens da presente geração, e a que são eles semelhantes?
32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes.
33 Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio!
34 Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!
35 Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.
Da prisão onde Herodes o havia encerrado (capítulo 3:20), João Batista envia dois de seus discípulos ao Senhor Jesus para inquirir acerca d'Ele. Sua pergunta manifesta suas dúvidas e desencorajamento. O que obteve? O cárcere em lugar do reino que havia anunciado. Seria possível, realmente, ser Jesus "aquele que estava para vir"?

Muitas pessoas, considerando o estado da Igreja atual, a perseguição dos crentes em muitos países e a indiferença do mundo pelo Evangelho, chegam a duvidar do poder do Senhor e de Seu reino. Mas este reino não será estabelecido antes de a Igreja ser arrebatada e do cumprimento dos eventos preditos em profecia.

As obras do Senhor Jesus se encarregam de responder à pergunta dos dois mensageiros.

João havia testificado acerca do Senhor. Agora é o Senhor que testifica à mesma multidão acerca de João. E com tristeza demonstra qual foi a recepção que esta privilegiada geração (v. 31) deu ao ministério de seu precursor e ao Seu próprio ministério. Nem as chamadas ao arrependimento de João nem as boas novas do Salvador, cujo resultado seria alegria e louvor, tocaram os corações da maioria desse povo e de seus líderes.

domingo, 26 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 7.1-17

1 Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum.
2 E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte.
3 Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.
4 Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto;
5 porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga.
6 Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa.
7 Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.
8 Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.
9 Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta.
10 E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo.
11 Em dia subseqüente, dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão.
12 Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela.
13 Vendo -a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!
14 Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te!
15 Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe.
16 Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o seu povo.
17 Esta notícia a respeito dele divulgou-se por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança.
Que nobres sentimentos encontramos no centurião de Cafarnaum! Que grande afeto por um simples servo, que benevolência para com Israel, que humildade ("não sou digno..." declara ele; compare v. 4), que compreensão do que é autoridade e senso de dever, adquirido na sua vida militar (v. 8)! Mas o que o Senhor admira não são as elevadas qualidades morais e, sim, a fé deste estrangeiro. O Senhor Jesus menciona essa fé dele como um exemplo a todos. A fé somente existe graças ao objeto sobre o qual se apóia. Aqui é a onipotência do Senhor. Quanto mais se conhece o objeto em sua grandeza, maior será a fé. Que Cristo, então, seja grande ao nosso coração!

Aproximando-se de Naim, o Senhor e a multidão que O acompanhava se deparam com um outro grupo. É um cortejo fúnebre, semelhante aos que vemos em nossas ruas (Eclesiástes 12:5b: Terrível advertência de que o salário do pecado é a morte). Mas este é particularmente triste, pois se trata do filho único de uma viúva. Movido por compaixão, o Senhor Jesus começa por consolar a pobre mulher. Depois toca o esquife (da mesma maneira que Ele tocou o leproso em Lucas 5:13 sem ser contaminado; compare com Números 19:11). E, de repente, este morto senta-se e começa a falar, o que é uma evidência de vida.

Não esqueçamos, então, que a confissão da boca é uma evidência necessária da vida que está em nós (Romanos 10:9).

sábado, 25 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 6.39-49

39 Propôs-lhes também uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?
40 O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre.
41 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
42 Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
43 Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto.
44 Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.
45 O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.
46 Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?
47 Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
48 É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.
49 Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.
Se uma pequena partícula de poeira se deposita na lente de um microscópio, já não se vê mais nada através dela. O que é curioso, é que para nós é o oposto! Quanto maior a trave em nosso olho, mais apurada é nossa capacidade para distinguirmos o argueiro no olho de nosso irmão.

No versículo 46, o Senhor Jesus faz uma pergunta que deve nos fazer parar e refletir: "Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" Não acontece às vezes que tomamos leviana e inconseqüentemente o nome do Senhor Jesus quando oramos? Não temos direito de chamá-LO Senhor se não estamos dispostos a fazer em todas as coisas a Sua vontade (1 João 2:4). Muitos filhos de pais cristãos têm aceitado, pela graça, o Senhor Jesus como seu Salvador; mas, pode-se afirmar que realmente se renderam a Ele enquanto não reconhecem a Sua autoridade de Senhor? O verdadeiro Cristianismo consiste em não mais viver para si mesmo, mas para Aquele que morreu por nós, para O servir e esperar por Ele (1 Tessalonicenses 1:9-10; 2 Coríntios 5:15).

Edificar nossas esperanças "sobre a terra" sem alicerces é seguir rumo a uma grande ruína (v. 49). Por isso, vamos ao Senhor Jesus, escutemos as Suas palavras e ponhamo-las em prática (v. 47).

viernes, 24 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 6.20-38

20 Então, olhando ele para os seus discípulos, disse-lhes: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
21 Bem-aventurados vós, os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis de rir.
22 Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem e quando vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem.
23 Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu; pois dessa forma procederam seus pais com os profetas.
24 Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes a vossa consolação.
25 Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar.
26 Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.
27 Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;
28 bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.
29 Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa -o levar também a túnica;
30 dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.
31 Como quereis que os homens vos façam, assim fazei -o vós também a eles.
32 Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam.
33 Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso.
34 E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.
35 Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.
36 Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.
37 Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;
38 dai, e dar-se-vos -á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.
Como falam a nós estes ensinamentos do Mestre! Deixemo-los penetrar profundamente em nossos corações e, sobretudo, vivamo-los! A maioria desses ensinamentos se encontram em Mateus 5-7; mas aqui a mensagem é mais pessoal. Não é dito aqui "Bem-aventurados os que...", mas "Bem-aventurados vós..."

O versículo 31 resume as exortações dirigidas a "vós outros que me ouvis" (v. 27): "Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles" (v. 31). Os nossos semelhantes seriam melhor tratados se obedecêssemos a esta exortação!

Todos estes traços de caráter são estranhos à nossa natureza orgulhosa, egoísta e impaciente. O Senhor enfatiza que essas são as características de Deus mesmo, e por elas seremos conhecidos na Terra como filhos do Pai celestial (v. 35-36). Não teremos oportunidade de manifestá-las no céu, visto que ali não haverá inimigos para amar, nem injustos para suportar, nem miseráveis que consolar. A nossa responsabilidade e privilégio são de sermos semelhantes ao Senhor Jesus aqui na Terra, de refletir a mansidão, o amor, a humildade e paciência de nosso perfeito Exemplo, "pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado, não fazia ameaças..." (1 Pedro 2:21-23).

jueves, 23 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 6.1-19

1 Aconteceu que, num sábado, passando Jesus pelas searas, os seus discípulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mãos.
2 E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos sábados?
3 Respondeu-lhes Jesus: Nem ao menos tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros?
4 Como entrou na casa de Deus, tomou, e comeu os pães da proposição, e os deu aos que com ele estavam, pães que não lhes era lícito comer, mas exclusivamente aos sacerdotes?
5 E acrescentou-lhes: O Filho do Homem é senhor do sábado.
6 Sucedeu que, em outro sábado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali um homem cuja mão direita estava ressequida.
7 Os escribas e os fariseus observavam-no, procurando ver se ele faria uma cura no sábado, a fim de acharem de que o acusar.
8 Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem da mão ressequida: Levanta-te e vem para o meio; e ele, levantando-se, permaneceu de pé.
9 Então, disse Jesus a eles: Que vos parece? É lícito, no sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer?
10 E, fitando todos ao redor, disse ao homem: Estende a mão. Ele assim o fez, e a mão lhe foi restaurada.
11 Mas eles se encheram de furor e discutiam entre si quanto ao que fariam a Jesus.
12 Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.
13 E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos:
14 Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;
15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote;
16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor.
17 E, descendo com eles, parou numa planura onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom,
18 que vieram para o ouvirem e serem curados de suas enfermidades; também os atormentados por espíritos imundos eram curados.
19 E todos da multidão procuravam tocá-lo, porque dele saía poder; e curava todos.
O Senhor Jesus tinha vindo para introduzir uma nova ordem de coisas. Mas Israel considerava melhor o antigo sistema da lei (compare 5:39). O homem é assim: prefere ordenanças, porque lhe dá oportunidade de gloriar-se no seu cumprimento, ainda que somente as cumpra de maneira precária. Por outro lado, a graça o humilha, porque lhe exige que se considere perdido. Foi por esta razão que os judeus se aferravam fortemente ao sábado. Mas o Senhor tem duas lições a lhes ensinar: uma tirada das Escrituras e em particular da história de Israel (v. 3-4); a outra, de Seu próprio exemplo de amor (v. 9-10). E qual o único efeito disto sobre seus corações? Secretamente conspiram livrar-se d'Ele.

Depois, o Mestre designa os Seus apóstolos; mas, antes de fazer isso, passa uma noite inteira em oração. Quão importante era esta escolha para a obra que haveria de ser cumprida depois! O Senhor Jesus conhecia as características naturais de todos os Seus discípulos, o que cada um teria que adquirir ou abrir mão. Ele os conhecia, mas também os amava, tal como conhece e ama você (João 10:14, 27).

Ademais, para Aquele que sabia de todas as coisas, tal eleição implicava levar Consigo o traidor, Judas! Porém uma vez mais triunfa a Sua perfeita submissão. O Senhor Jesus tinha vindo para cumprir as Escrituras.

miércoles, 22 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 5.27-39

27 Passadas estas coisas, saindo, viu um publicano, chamado Levi, assentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me!
28 Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu.
29 Então, lhe ofereceu Levi um grande banquete em sua casa; e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa.
30 Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?
31 Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.
32 Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.
33 Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os dos fariseus freqüentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem.
34 Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo?
35 Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão.
36 Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha.
37 E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se -á o vinho, e os odres se estragarão.
38 Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam.
39 E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente.
Levi (ou Mateus - Mateus 9:9) estava no trabalho quando o Senhor Jesus o chamou. Ele deixou tudo, se levantou e O seguiu. Depois recebeu o Senhor em sua casa juntamente com os seus antigos colegas, dando-lhes uma oportunidade de se encontrar com o Seu novo Mestre. (Que também seja este o motivo quando convidamos alguém à nossa casa!) Esses publicanos (coletores de impostos) eram odiados pelos outros judeus porque se enriqueciam à custa deles e tiravam proveito pessoal do jugo romano. Eis o porquê da indignação dos fariseus e dos escribas quando viram o Senhor Jesus e os Seus discípulos comendo com publicanos e pecadores. Quantas pessoas estão mais inclinadas a se apartarem dos pecadores que do pecado! Em resposta a estas suas murmurações, o Senhor Jesus Se faz conhecer como o grande Médico das almas. Assim como o doutor não se ocupa com os pacientes sadios (ou os que pensam que estão bem), o Senhor só pode ocupar-se dos que reconhecem seu estado pecaminoso.

Depois os escribas e fariseus perguntam acerca do jejum. O Senhor lhes responde que este sinal de tristeza não era oportuno enquanto Ele, o Esposo, estivesse no meio deles. Ademais, a servidão da lei e das ordenanças não é coerente com a liberdade e a alegria que a graça proporciona (v. 36-37).

martes, 21 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 5.12-26

12 Aconteceu que, estando ele numa das cidades, veio à sua presença um homem coberto de lepra; ao ver a Jesus, prostrando-se com o rosto em terra, suplicou-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E, no mesmo instante, lhe desapareceu a lepra.
14 Ordenou-lhe Jesus que a ninguém o dissesse, mas vai, disse, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o sacrifício que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo.
15 Porém o que se dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava, e grandes multidões afluíam para o ouvirem e serem curadas de suas enfermidades.
16 Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.
17 Ora, aconteceu que, num daqueles dias, estava ele ensinando, e achavam-se ali assentados fariseus e mestres da Lei, vindos de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. E o poder do Senhor estava com ele para curar.
18 Vieram, então, uns homens trazendo em um leito um paralítico; e procuravam introduzi-lo e pô-lo diante de Jesus.
19 E, não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão, subindo ao eirado, o desceram no leito, por entre os ladrilhos, para o meio, diante de Jesus.
20 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os teus pecados.
21 E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
22 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Que arrazoais em vosso coração?
23 Qual é mais fácil, dizer: Estão perdoados os teus pecados ou: Levanta-te e anda?
24 Mas, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados--disse ao paralítico: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa.
25 Imediatamente, se levantou diante deles e, tomando o leito em que permanecera deitado, voltou para casa, glorificando a Deus.
26 Todos ficaram atônitos, davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: Hoje, vimos prodígios.
Um homem cheio de lepra vem ao Senhor Jesus porque reconhece o Seu poder. Este é curado pela vontade de Seu amor.

O versículo 16 novamente nos revela o segredo deste Homem perfeito: Sua vida de oração. A perfeição de um homem está em pôr em prática uma completa dependência de Deus; esta dependência é expressa pela oração. Por isso Lucas tão freqüentemente nos apresenta o nosso incomparável Modelo nesta atitude bendita (cap. 3:21; 5:16; 6:12; 9:18, 29; 11:1; 22:32, 44).

Na seqüência testemunhamos o considerável esforço de quatro homens para colocar um pobre paralítico em contato com o Senhor Jesus (Marcos 2:3). Que o zelo e a persistência da fé deles nos encoraje! Nós também podemos levar ao Senhor, em oração, aqueles que desejamos ver convertidos. Talvez até mesmo possamos convidá-los a vir conosco ao lugar onde Ele tem prometido estar presente: à reunião dos crentes.

Nestes capítulos 4 e 5, o pecado nos é apresentado sob diferentes aspectos: como o poder de Satanás na vida dos endemoniados (cap. 4:33, 41); sob a forma de mancha no leproso e, finalmente, como um estado de inércia devido à culpa e à ofensa diante de Deus (como é o caso do homem paralítico). O Senhor Jesus veio para dar resposta a estas três diferentes condições; Ele é Aquele que liberta, que purifica e que perdoa .

lunes, 20 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 5.1-11

1 Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré;
2 e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes.
3 Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões.
4 Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.
5 Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.
6 Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes.
7 Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique.
8 Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.
9 Pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros,
10 bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens.
11 E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram.
Temos aqui o conhecidíssimo relato da pesca milagrosa... e de um acontecimento ainda mais maravilhoso: A conversão de Simão. O que ele fazia enquanto o divino Mestre ensinava às multidões? Lavava as redes sujas do infrutífero trabalho da noite anterior. O Senhor vai obrigá-lo a ouvir. O Senhor pede a Pedro que O "afaste um pouco da praia e, assentando-se, ensina do barco as multidões" reunidas na orla... e, ao mesmo tempo, ao homem que está ao Seu lado. Depois o Senhor ainda fala noutra maneira a Simão e a seus companheiros. Enche suas redes, revelando-Se assim como o Mestre do universo, Aquele que, segundo o Salmo 8:6 e 8, tem domínio sobre os peixes do mar e que tudo pode em situações onde o homem nada pode fazer. Cheio de temor e convencido, pela presença do Senhor, de ser um pecador, Simão prostra-se aos pés de Jesus, dizendo: "Retira-te de mim..." Mas, é possível que o Senhor, cheio de amor, busque o pecador para logo se apartar dele?

Lucas é o único a nos contar este encontro decisivo do Senhor com seu discípulo Pedro. No livro de Atos, ele nos mostra como Pedro se tornou um pescador de homens, sendo ele o instrumento para uma milagrosa "pesca" de quase três mil almas (Atos 2:41).

domingo, 19 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 4.31-44

31 E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava no sábado.
32 E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade.
33 Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo, e bradou em alta voz:
34 Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!
35 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai deste homem. O demônio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer mal.
36 Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e eles saem?
37 E a sua fama corria por todos os lugares da circunvizinhança.
38 Deixando ele a sinagoga, foi para a casa de Simão. Ora, a sogra de Simão achava-se enferma, com febre muito alta; e rogaram-lhe por ela.
39 Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou; e logo se levantou, passando a servi-los.
40 Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um.
41 Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus! Ele, porém, os repreendia para que não falassem, pois sabiam ser ele o Cristo.
42 Sendo dia, saiu e foi para um lugar deserto; as multidões o procuravam, e foram até junto dele, e instavam para que não os deixasse.
43 Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.
44 E pregava nas sinagogas da Judéia.
Expulso de Nazaré, o Senhor Jesus continua o Seu ministério em Cafarnaum. Ele ensina e cura com uma autoridade que não teria admirado os homens, (v. 32 e 36) caso quisessem reconhecer nEle o Filho de Deus. Por outro lado, os demônios não se equivocavam. Tiago 2:19 nos diz que eles crêem... e tremem. Enquanto o Senhor Jesus esteve aqui na Terra, a atividade demoníaca aumentou numa tentativa de pôr obstáculos a Sua atividade. Jesus encontrava com espíritos imundos até nas sinagogas, mas Ele não permitia que Lhe dessem testemunho.

Os versículos 38 e 39 nos falam da cura da sogra de Simão. O Senhor Jesus se inclina afetuosamente sobre a mulher doente, pois não é apenas a distância que Ele se ocupa com as nossas enfermidades. E como esta mulher emprega a saúde que acaba de recuperar? De uma maneira que fala a todos nós: "E logo se levantou, passando a servi-los".

Ainda que fosse um estrangeiro aqui, o Senhor Jesus não estava alheio às dificuldades e misérias deste mundo. Assim vemos que a noite não interrompe Sua maravilhosa atividade e cedo pela manhã já está pronto a retomá-la, porque passou algum tempo em separado, para estar a sós com Deus. E sendo assim dependente, não se deixa deter pelas multidões que Lhe instavam para ficar ali.

sábado, 18 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 4.16-30

16 Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
17 Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito:
18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.
20 Tendo fechado o livro, devolveu -o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.
21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.
22 Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José?
23 Disse-lhes Jesus: Sem dúvida, citar-me-eis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum, faze -o também aqui na tua terra.
24 E prosseguiu: De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra.
25 Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra;
26 e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom.
27 Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.
28 Todos na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira.
29 E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo.
30 Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se.
Vemos que o relato do ministério do Senhor começa por Nazaré, onde foi criado. Nosso testemunho deve começar em casa, entre nossos conhecidos. Temos mais coragem de ir pregar o Evangelho aos pagãos que para testemunhar perante os que nos conhecem?

Na sinagoga, o Mestre divino lê a passagem de Isaías que O aponta como Mensageiro da graça. Ele proclama libertação aos cativos (vide Isaías 42:7 e 61:1). Imaginemos que hoje fosse proclamado que os prisioneiros seriam perdoados e libertados. Poderíamos imaginar que alguns prefeririam permanecer em prisão; que outros se atrevessem a reclamar sua inocência para ser libertados por via legal; ou que, pelo contrário, muitos dissessem: "Oh, não! isto não é para mim; sou muito culpado"; ou que outros, finalmente, recusassem crer nesta mensagem de graça? Atitudes insensatas e bastante improváveis também... mas, não obstante, muito comuns entre os que rejeitam a salvação. Contudo, muitos cativos de Satanás aceitam alegremente a liberdade oferecida. A que classe de prisioneiros você pertence? O triste fim deste episódio nos mostra como os habitantes de Nazaré receberam as "Boas Novas", um quadro em miniatura da atitude de toda a nação.

viernes, 17 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 4.1-15

1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto,
2 durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.
3 Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão.
4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem.
5 E, elevando -o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo.
6 Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.
7 Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.
8 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto.
9 Então, o levou a Jerusalém, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse: Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo;
10 porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem;
11 e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
12 Respondeu-lhe Jesus: Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
13 Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno.
14 Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança.
15 E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos.

A tentação do Senhor acontece no deserto, o lugar onde Israel havia multiplicado suas murmurações e a cobiça (Salmo 106:14). O primeiro ataque do diabo dá ao Senhor Jesus a oportunidade para nos chamar para uma verdade fundamental: O homem tem uma alma que necessita de alimento, o qual é a Palavra de Deus e que deve ser saboreado em obediência. A este Homem perfeitamente dependente, Satanás oferece todos os reinos do mundo e sua glória (quantas pessoas têm vendido suas almas por infinitamente menos!). O mundo na realidade forma parte da herança destinada ao Senhor Jesus; mas, fosse toda a Terra ou um simples pedaço de pão, Cristo não quereria receber nada que não viesse das mãos de Seu Pai (Salmo 2:8).

Então Satanás insinua pela segunda vez: "Se és Filho de Deus..." (v. 3 e 9), como se tal condição necessitasse ser provada! Isso era por em dúvida o que o Pai solenemente acabara de proclamar (cap. 3:22); era, noutras palavras, tentar a Deus.

O Senhor Jesus não teria sido um exemplo para nós se tivesse vencido o diabo em virtude de Seu poder divino; porém triunfou usando as mesmas armas que estão à disposição do homem: Uma completa dependência de Deus, uma absoluta obediência à Sua Palavra e uma confiança inabalável em Suas promessas.

jueves, 16 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 3.15-18

15 Estando o povo na expectativa, e discorrendo todos no seu íntimo a respeito de João, se não seria ele, porventura, o próprio Cristo,
16 disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
17 A sua pá, ele a tem na mão, para limpar completamente a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; porém queimará a palha em fogo inextinguível.
18 Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao povo;
19 mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito,
20 acrescentou ainda sobre todas a de lançar João no cárcere.
21 E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu,
22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.
23 Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Eli;
24 Eli, filho de Matate, Matate, filho de Levi, Levi, filho de Melqui, este, filho de Janai, filho de José;
25 José, filho de Matatias, Matatias, filho de Amós, Amós, filho de Naum, este, filho de Esli, filho de Nagai;
26 Nagai, filho de Maate, Maate, filho de Matatias, Matatias, filho de Semei, este, filho de José, filho de Jodá;
27 Jodá, filho de Joanã, Joanã, filho de Resa, Resa, filho de Zorobabel, este, de Salatiel, filho de Neri;
28 Neri, filho de Melqui, Melqui, filho de Adi, Adi, filho de Cosã, este, de Elmadã, filho de Er;
29 Er, filho de Josué, Josué, filho de Eliézer, Eliézer, filho de Jorim, este, de Matate, filho de Levi;
30 Levi, filho de Simeão, Simeão, filho de Judá, Judá, filho de José, este, filho de Jonã, filho de Eliaquim;
31 Eliaquim, filho de Meleá, Meleá, filho de Mená, Mená, filho de Matatá, este, filho de Natã, filho de Davi;
32 Davi, filho de Jessé, Jessé, filho de Obede, Obede, filho de Boaz, este, filho de Salá, filho de Naassom;
33 Naassom, filho de Aminadabe, Aminadabe, filho de Admim, Admim, filho de Arni, Arni, filho de Esrom, este, filho de Perez, filho de Judá;
34 Judá, filho de Jacó, Jacó, filho de Isaque, Isaque, filho de Abraão, este, filho de Tera, filho de Naor;
35 Naor, filho de Serugue, Serugue, filho de Ragaú, Ragaú, filho de Faleque, este, filho de Éber, filho de Salá;
36 Salá, filho de Cainã, Cainã, filho de Arfaxade, Arfaxade, filho de Sem, este, filho de Noé, filho de Lameque;
37 Lameque, filho de Metusalém, Metusalém, filho de Enoque, Enoque, filho de Jarede, este, filho de Maalalel, filho de Cainã;
38 Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus.
João exortou o povo e lhe anunciou a Boa Nova (v. 18). Como um fiel mensageiro, ele falou de Cristo e de Seu poder; mas depois de cumprida essa sua tarefa, se aparta.

Que belo exemplo para nós, os que desejamos servir ao Senhor! Não está ao nosso alcance o converter alguém; mas nossa vida e nossas palavras devem preparar aqueles que nos conhecem para receber o Senhor Jesus. Não é suficiente exortar as pessoas ao arrependimento; temos que lhes apresentar o Salvador.

Temos então a aparição do Senhor Jesus. Em graça Ele compartilha com os de seu povo que deram os primeiros passos no bom caminho. Ele é batizado, (Lucas é o único que menciona isso) e, em resposta divina, o Espírito Santo desce sobre Ele. Simultaneamente, a voz do Pai é-Lhe dirigida pessoalmente (em Mateus 3:17 a voz é para os que assistiam): "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo". Que nós também possamos encontrar o nosso deleite n'Ele!

A genealogia do Senhor através de Maria retorna a Adão, então a Deus, mostrando que Ele é Filho do homem e ao mesmo tempo Filho de Deus. Já a genealogia citada em Mateus 1:1-17 tem um foco distinto: é estabelecida em Seu título de Filho de Davi e de Abraão, e por isso herdeiro das promessas divinas para Israel.

miércoles, 15 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 3.1-14

1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes, tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Ituréia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene,
2 sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.
3 Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados,
4 conforme está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
5 Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; os caminhos tortuosos serão retificados, e os escabrosos, aplanados;
6 e toda carne verá a salvação de Deus.
7 Dizia ele, pois, às multidões que saíam para serem batizadas: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?
8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
10 Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos, pois, de fazer?
11 Respondeu-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo.
12 Foram também publicanos para serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos de fazer?
13 Respondeu-lhes: Não cobreis mais do que o estipulado.
14 Também soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso soldo.
As estradas da época eram em geral tão ruins que necessitavam ser reparadas e endireitadas cada vez que o cortejo de um alto personagem devia passar. Num sentido moral, esta é a missão de João Batista. Encarregado de preparar a vinda do Messias, advertiu aos judeus que sua qualidade de filhos de Abraão não era suficiente para abrigá-los da ira vindoura. O que Deus requeria deles era o arrependimento acompanhado de seus verdadeiros frutos. Sim, o arrependimento ou a ira, esta era a opção de Israel e a de todo homem.

Pessoas de diferentes classes sociais, uma após outra, vêm a João, e ele tem algo a dizer da parte de Deus a cada uma delas. Assim a Palavra tem uma resposta para cada estado de alma e para toda circunstância.

Por último, apresentam-se alguns soldados. Talvez eles esperassem ser alistados sob a bandeira do Messias para formar um exército que libertaria seu país do jugo romano. A resposta de João deve tê-los surpreendido (v. 14). Não pensemos que o Senhor necessita de nós para realizar grandes feitos. O que Deus espera de nós é um testemunho de honestidade, de mansidão e de contentamento em qualquer situação em que nos encontremos (1 Coríntios 7:24).

martes, 14 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 2.39-52

39 Cumpridas todas as ordenanças segundo a Lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, para a sua cidade de Nazaré.
40 Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
41 Ora, anualmente iam seus pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa.
42 Quando ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
43 Terminados os dias da festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem.
44 Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos;
45 e, não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura.
46 Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas.
48 Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura.
49 Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?
50 Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera.
51 E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.
52 E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.
Esta é uma passagem de particular importância; é a única que Deus tem julgado conveniente para que conheçamos algo sobre a infância e a juventude do Senhor Jesus. Desse modo temos aqui, especialmente para crianças e jovens, um Modelo mui excelente. Ele é perfeito em Suas relações com Seu Pai celestial, a cujos "negócios" é dada prioridade sobre tudo mais. Perfeito também em Seu contato com os doutores no templo, infinitamente mais sábio que todos eles. Ele não lhes ensina, mas lhes ouve e lhes faz perguntas; a única atitude conveniente à Sua idade. Perfeito também em Suas relações com Seus pais; e para que não venhamos imaginar que Ele havia escapado por insubordinação, temos no versículo 51 o esclarecimento: "era-lhes submisso". Aquele que era consciente de Sua soberania como Filho de Deus, já desde a mais tenra idade sujeitou-se à mais absoluta obediência na casa de Seus pais.

Gostaríamos, finalmente, de enfatizar o zelo do menino Jesus no templo e o Seu precoce interesse pelas verdades divinas. Na famosa cidade de Jerusalém, que provavelmente visitava pela primeira vez, era esse o Seu foco de atenção - nada mais. Que importância damos nós à presença do Senhor e aos Seus ensinamentos?

lunes, 13 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 2.21-38

21 Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de JESUS, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido.
22 Passados os dias da purificação deles segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor,
23 conforme o que está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito ao Senhor será consagrado;
24 e para oferecer um sacrifício, segundo o que está escrito na referida Lei: Um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
26 Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor.
27 Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava,
28 Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
29 Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
30 porque os meus olhos já viram a tua salvação,
31 a qual preparaste diante de todos os povos:
32 luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.
33 E estavam o pai e a mãe do menino admirados do que dele se dizia.
34 Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição
35 (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
36 Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara
37 e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.
38 E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Cumpriu-se, quanto ao menino, tudo o que ordenava a lei do Senhor. Este nome do Senhor é repetido quatro vezes nos versículos 22-24, como para confirmar os direitos divinos sobre este menino e o cumprimento da vontade de Deus já desde a tenra infância. O sacrifício oferecido no templo destaca a pobreza de José e Maria (leia Levítico 12:8). E, uma vez mais, não é aos príncipes do povo que o Libertador de Israel é apresentado, mas sim a anciãos humildes e piedosos: Simeão e Ana. Por que este privilégio é concedido a eles? Porque estavam esperando por Ele!

O Espírito conduz Simeão ao templo e lhe revela Aquele que é "a consolação de Israel" (v. 25), a salvação de Deus, a luz das nações e a glória do povo. Ele vê com seus próprios olhos e segura nos braços este menino, que significa tudo para sua fé. Ele louva a Deus e depois anuncia que o Senhor Jesus será a pedra de tropeço para manifestar o estado dos corações dos homens (Isaías 8:14). Hoje ainda Ele continua sendo isto.

Então chega Ana, mulher de oração e fiel testemunha. Vem e se une ao louvor; ao não deixar o templo, ela experimenta Salmo 84:4. Finalmente, na abundância de seu coração, fala a respeito dEle. Que grande exemplo para nós!

domingo, 12 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 2.1-20

1 Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.
2 Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.
3 Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
4 José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi,
5 a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
6 Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,
7 e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou -o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
8 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.
9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.
10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:
11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.
13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.
15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.
16 Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.
17 E, vendo -o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino.
18 Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores.
19 Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.
20 Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.
Sem que o saiba, o imperador Augusto se torna um dos instrumentos dos quais Deus se serve para cumprir seus maravilhosos desígnios. Desconhecidos de todos, José e Maria se dirigiram a Belém, e é ali onde acontece o nascimento do Senhor Jesus. Mas que entrada fez o Filho de Deus neste mundo! Veja-O deitado numa manjedoura porque não havia lugar para Ele na hospedaria. Sua vinda é um incômodo ao mundo. Quantos corações se assemelham a esta hospedaria; não há neles lugar para o Senhor Jesus.

Não é aos grandes homens, mas aos humildes pastores a quem é anunciada a boa nova: "Hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:11; Ele nasceu para eles e para nós. Se o mundo não se interessa pelo nascimento do Salvador, todo o céu celebra este incomparável mistério: "Aquele que foi manifestado na carne, foi... contemplado por anjos" (1 Timóteo 3:16). Estes dão glória a Deus em seu louvor magnífico, anunciando paz na Terra e boa vontade para com os homens (compare Provérbios 8:31). Graças ao sinal que lhes fora dado, os pastores encontraram a criança. Eles compartilham o que acabam de ver e ouvir e por sua vez glorificam a Deus (v. 20). O nosso desejo é unirmo-nos a eles em ações de graças e louvor.

sábado, 11 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 1.57-80

57 A Isabel cumpriu-se o tempo de dar à luz, e teve um filho.
58 Ouviram os seus vizinhos e parentes que o Senhor usara de grande misericórdia para com ela e participaram do seu regozijo.
59 Sucedeu que, no oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.
60 De modo nenhum! Respondeu sua mãe. Pelo contrário, ele deve ser chamado João.
61 Disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que tenha este nome.
62 E perguntaram, por acenos, ao pai do menino que nome queria que lhe dessem.
63 Então, pedindo ele uma tabuinha, escreveu: João é o seu nome. E todos se admiraram.
64 Imediatamente, a boca se lhe abriu, e, desimpedida a língua, falava louvando a Deus.
65 Sucedeu que todos os seus vizinhos ficaram possuídos de temor, e por toda a região montanhosa da Judéia foram divulgadas estas coisas.
66 Todos os que as ouviram guardavam-nas no coração, dizendo: Que virá a ser, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele.
67 Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:
68 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo,
69 e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo,
70 como prometera, desde a antiguidade, por boca dos seus santos profetas,
71 para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam;
72 para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança
73 e do juramento que fez a Abraão, o nosso pai,
74 de conceder-nos que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor,
75 em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias.
76 Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos,
77 para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados,
78 graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas,
79 para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.
80 O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel.
Isabel traz ao mundo aquele que será o profeta do Altíssimo (v. 76). Vizinhos e parentes se alegram com ela. Observem o quanto o gozo preenche estes capítulos (1:14,44,47,58; 2:10). Zacarias tem agora a oportunidade de demonstrar sua fé, ao confirmar o belo nome deste menino (João significa favor de Jeová). Imediatamente lhe é devolvida a fala e suas primeiras palavras são para louvar e bendizer a Deus. Cheio do Espírito Santo, ele louva a Deus pela grande libertação que Ele empreenderá a favor de Seu povo. E nós que somos cristãos podemos fazer subir ainda mais alto o nosso canto! Através da vinda de Cristo e de Sua obra na cruz, Deus nos tem livrado, não de nossos inimigos terrenos, mas do poder de Satanás. Sendo assim libertos, não é o nosso privilégio servir ao Senhor "sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias" (vv. 74-75)?

Zacarias ainda fala da visita do "sol nascente das alturas". Desde os dias de Ezequiel, a glória tinha se afastado; mas eis que - mistério digno de admiração - esta glória divina volta para visitar um povo impotente e necessitado (v. 79); porém, desta vez, não é sob o aspecto de uma nuvem esplendorosa, mas sim sob a condição de uma humilde criancinha.

viernes, 10 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 1.39-56

39 Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá,
40 entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel.
41 Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo.
42 E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!
43 E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?
44 Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim.
45 Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.
46 Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47 e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,
48 porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,
49 porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.
50 A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
51 Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos.
52 Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.
53 Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
54 Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia
55 a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais.
56 Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa.
Desejosa de compartilhar a maravilhosa mensagem com Isabel, aquela acerca de quem o anjo lhe acaba de falar, Maria vai a casa desta sua parente. Que conversação deve ter havido entre estas duas mulheres! É uma ilustração de Malaquias 3:16: "Então os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros..." O que as ocupa é a glória de Deus, o cumprimento de Suas promessas, as bênçãos oferecidas à fé. Temos tais temas de conversação quando nos encontramos com outros filhos de Deus?

"Bem-aventurada a que creu..." exclama Isabel, e Maria responde: "O meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador..." (v. 47). Isso é o suficiente para demonstrar que Maria não foi salva de outra maneira que pela fé. Sendo uma pecadora, tinha necessidade, como todos os homens, do Salvador que ia nascer dela. Ela acrescenta: "Porque contemplou na humildade da sua serva" (v. 48). Apesar da excepcional honra que Deus lhe concede, Maria permanece diante d'Ele na posição que compete a ela: a de humildade. O que ela pensaria, então, da idolatria da qual se tornou objeto, na cristandade de hoje em dia?

Observemos a semelhança que há do lindo canto de Maria com o de Ana em 1 Samuel 2:1-10. Ambas falam de como Deus "exaltou os humildes... e despediu vazios os ricos". Deus despede vazios somente os que estão cheios de si mesmos.

jueves, 9 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 1.18-38

18 Então, perguntou Zacarias ao anjo: Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias.
19 Respondeu-lhe o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas-novas.
20 Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais, a seu tempo, se cumprirão.
21 O povo estava esperando a Zacarias e admirava-se de que tanto se demorasse no santuário.
22 Mas, saindo ele, não lhes podia falar; então, entenderam que tivera uma visão no santuário. E expressava-se por acenos e permanecia mudo.
23 Sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para casa.
24 Passados esses dias, Isabel, sua mulher, concebeu e ocultou-se por cinco meses, dizendo:
25 Assim me fez o Senhor, contemplando-me, para anular o meu opróbrio perante os homens.
26 No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria.
28 E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo.
29 Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação.
30 Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.
32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;
33 ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.
34 Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?
35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.
36 E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril.
37 Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.
38 Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.
Quando Zacarias se defrontou com "estas boas novas" (v. 19), seu coração não creu nelas. E, contudo, não eram a resposta a suas orações (v. 13)? Desgraçadamente acontece o mesmo conosco, pois não esperamos do Senhor a resposta de nossas orações. Em resposta à pergunta "Como saberei isto?", o mensageiro celeste revela o seu próprio nome: Gabriel, que significa Deus é poderoso. Sim, sua palavra se cumprirá apesar das dúvidas com que foi recebida. Zacarias fica mudo até o nascimento da criança, enquanto sua esposa Isabel, objeto da graça divina, se oculta modestamente a fim de não chamar a atenção.

Depois o anjo Gabriel é incumbido de uma missão mais extraordinária ainda: a de anunciar a Maria, a virgem de Israel, que será mãe do Salvador. Que maravilhoso acontecimento, quão infinitas suas conseqüências!

Podemos entender a confusão e a emoção que se apoderam desta jovem mulher. Mas, apesar da aparente impossibilidade que ela suscita, sua pergunta no versículo 34 não é semelhante à de Zacarias no versículo 18, quando ele pede um sinal (o qual denota incredulidade). Maria crê e se submete inteiramente à vontade divina: "Aqui está a serva do Senhor...". Não é esta a mesma resposta que espera de nós Aquele que nos redimiu?

miércoles, 8 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 1.1-17

1 Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram,
2 conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra,
3 igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem,
4 para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.
5 Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel.
6 Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor.
7 E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, sendo eles avançados em dias.
8 Ora, aconteceu que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte,
9 segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso;
10 e, durante esse tempo, toda a multidão do povo permanecia da parte de fora, orando.
11 E eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso.
12 Vendo -o, Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor.
13 Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João.
14 Em ti haverá prazer e alegria, e muitos se regozijarão com o seu nascimento.
15 Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.
16 E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
17 E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado.
 Dentre os Evangelhos, este é o que, por assim dizer, nos aproxima mais do Senhor Jesus, pois no-LO apresenta especialmente em Sua perfeita humanidade. Deus escolheu a Lucas, o médico amado e fiel companheiro de Paulo (Colossenses 4:14; 2 Timóteo 4:11), para nos fazer esta revelação. Ela é apresentada sob a forma de uma narração dirigida a um certo Teófilo (o qual significa "o que ama a Deus").

O tema leva o evangelista a descrever, com certo esmero, como Jesus assumiu a forma de homem e entrou no mundo. Ele bem poderia ter vindo ao mundo na idade adulta; porém, Lhe aprouve viver inteiramente nossa história desde o nascimento até a morte, para glorificar Deus, como de fato o fez.

A narração começa apresentando-nos Zacarias, um piedoso sacerdote, cumprindo o seu serviço no templo. Enquanto ele ministrava nesse lugar solene deu-se conta, repentinamente e com temor, de que não estava só. Um anjo estava ao lado do altar do incenso, portador de uma mensagem divina: um filho será dado a Zacarias e Isabel, sua mulher. Separado para Deus desde o seu nascimento, será um grande profeta, incumbido de preparar Israel para a vinda de Seu Messias, acerca do Qual mais tarde afirmou que "se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir" (Mateus 11:14; Compare v. 17 com Malaquías 4:5-6).

martes, 7 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 16.9-20

9 Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios.
10 E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam tristes e choravam.
11 Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram.
12 Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo.
13 E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito.
14 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado.
15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.
17 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;
18 pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.
19 De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus.
20 E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.
A declaração de Pedro no começo do livro de Atos é um excelente resumo do Evangelho segundo Marcos. O apóstolo recorda "todo o tempo que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós (ações características de serviço), começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas" (Atos 1:21-22). A primeira cena no Evangelho de Marcos foi quando o céu se abriu sobre o Senhor Jesus no rio Jordão e a última é quando o mesmo céu se abre para recebê-LO. Entre as duas cenas, está a Sua vida de serviço e dedicação. Aprovado por Deus em Sua vida e em Sua morte, ocupa daqui em diante à destra da Majestade nas alturas, o lugar de glória que Lhe corresponde. A Sua obra está consumada. Agora cabe aos discípulos realizar a obra deles, seguindo tanto as instruções dos versículos 15 a 18 como o grande Exemplo que tiveram diante de seus olhos. Porém, eles não são abandonados a fazê-lo por conta própria. O Senhor é visto nas alturas como Aquele que dirige a obra dos Seus. O serviço é um privilégio eterno que Ele empreende com amor. Servo para sempre (vide Êxodo 21:6; Deuteronômio 15:17 e Lucas 12:37), Ele coopera com os Seus discípulos e os acompanha com Seu poder (v. 20; Atos 14:3 e Hebreus 2:4). Nós, cristãos, somos convocados a seguir as Suas pegadas e a testemunhar desse mesmo Evangelho (v. 15); poderemos também contar com os mesmos cuidados de Seu amor se tivermos em nosso coração o desejo de servi-LO enquanto esperamos por Sua volta.

lunes, 6 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 15.42-47

42 Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado,
43 vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
44 Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera.
45 Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José.
46 Este, baixando o corpo da cruz, envolveu -o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo.
47 Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto.

Marcos 16.1-8

1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo.
2 E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo.
3 Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?
4 E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande.
5 Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas.
6 Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto.
7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse.
8 E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém.
Agora, passada a hora da cruz em que o Salvador ficou só, Deus se compraz em evidenciar a solicitude e a consideração de algumas pessoas devotas que honraram o Seu Filho. Em primeiro lugar é José de Arimatéia, quem pede a Pilatos o corpo do Senhor Jesus e se ocupa, reverente, do Seu sepultamento. Depois vemos três mulheres indo apressadamente ao túmulo logo ao amanhecer do dia da ressurreição. Elas eram daquelas que "o acompanhavam e serviam" antes de assistirem com grande tristeza à cena da cruz (15:40-41). Em seu desejo de realizar um último serviço Àquele que pensam ter perdido, levam aromas especiais para embalsamar o corpo dEle. Porém, elas têm de aprender que esses preparativos são desnecessários, pois um anjo lhes anuncia a gloriosa nova: "Ele ressuscitou". Contudo, havia uma outra mulher que não se encontrava no túmulo: a que no capítulo 14:3 havia ungido os pés do Senhor Jesus. Era por falta de afeição de sua parte? Não, ela havia dado prova do contrário - pois soube discernir o momento correto de derramar o seu perfume de nardo puro sobre o Senhor. Recordemos que a dedicação de nosso amor sempre é mais preciosa ao coração do Senhor quando acompanhada pelo discernimento de Sua vontade e pela obediência a Sua Palavra.

domingo, 5 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 15.22-41

22 E levaram Jesus para o Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira.
23 Deram-lhe a beber vinho com mirra; ele, porém, não tomou.
24 Então, o crucificaram e repartiram entre si as vestes dele, lançando-lhes sorte, para ver o que levaria cada um.
25 Era a hora terceira quando o crucificaram.
26 E, por cima, estava, em epígrafe, a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
27 Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda.
28 E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado .
29 Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas!
30 Salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!
31 De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se;
32 desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam.
33 Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.
34 À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
35 Alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Vede, chama por Elias!
36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo -a na ponta de um caniço, deu-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo!
37 Mas Jesus, dando um grande brado, expirou.
38 E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.
39 O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
40 Estavam também ali algumas mulheres, observando de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé;
41 as quais, quando Jesus estava na Galiléia, o acompanhavam e serviam; e, além destas, muitas outras que haviam subido com ele para Jerusalém.
O homem realiza o mais infame crime de todos os tempos: Ele crucifica o Filho de Deus e não Lhe poupa nenhuma forma de sofrimento e humilhação. O Salvador está pendurado no madeiro amaldiçoado (Gálatas 3:13), e o Seu amor pelo Pai e pelos homens ali O mantém. O Senhor Jesus sendo "contado com os transgressores", como haviam profetizado as Escrituras (v. 28; Isaías 53:12), padecendo ainda todo tipo de insultos e provocações nesta cruz. O mundo O rejeita (e dessa maneira condena-se a si mesmo), mas agora também o céu se fecha para Ele, e isso fica expresso em Seu grito de indizível angústia: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (v. 34; vide Amós 8:9-10). O céu está fechado para Ele a fim de que possa ser aberto para nós. Foi para conduzir "muitos filhos à glória" que o Autor de nossa salvação foi aperfeiçoado por meio de sofrimentos (Hebreus 2:10). Essa página da sagrada Escritura, sobre a qual a nossa fé repousa com adoração, constitui o incontestável documento que nos garante acesso à glória dos céus; e, como sinal de que esse acesso nos foi possibilitado, rasga-se o véu do santuário (v. 38) - que velava o lugar da habitação de Deus. O grito em alta voz do Salvador ao morrer é prova de que Ele mesmo deixou a Sua vida, voluntariamente, em plena posse de Sua força. É o último ato de obediência dAquele que havia vindo a Terra para servir, sofrer e morrer, entregando a Sua preciosa vida em resgate por muitos (10:45).

sábado, 4 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 15.1-21

1 Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.
2 Pilatos o interrogou: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes.
3 Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas.
4 Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem!
5 Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar.
6 Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, qualquer que eles pedissem.
7 Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio.
8 Vindo a multidão, começou a pedir que lhes fizesse como de costume.
9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?
10 Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado.
11 Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás.
12 Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus?
13 Eles, porém, clamavam: Crucifica -o!
14 Mas Pilatos lhes disse: Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica -o!
15 Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a Jesus, entregou -o para ser crucificado.
16 Então, os soldados o levaram para dentro do palácio, que é o pretório, e reuniram todo o destacamento.
17 Vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.
18 E o saudavam, dizendo: Salve, rei dos judeus!
19 Davam-lhe na cabeça com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam.
20 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com as suas próprias vestes. Então, conduziram Jesus para fora, com o fim de o crucificarem.
21 E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz.
Como é característico da narrativa deste evangelho, até mesmo a obra de morte deve ser realizada "logo" (v. 1). Agitados pela aproximação da Páscoa e em sua pressa por acabar com este prisioneiro que lhes enche de temor, as autoridades do povo não perdem tempo. Conduzem o Senhor Jesus perante Pilatos, não sem antes amarrar aquelas mãos que haviam curado tantas enfermidades e nunca haviam feito senão o bem. Diante do governador romano, o Salvador novamente guardou silêncio, do qual os Salmos 38:1-15; 39:9 e Lamentações 3:28 revelam os maravilhosos motivos. A Sua oração neste momento é: "Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor Deus meu"; "porque tu fizeste isto".

Pressionado pelos principais sacerdotes, todo o povo, em sua louca cegueira, reclama em coro a liberdade do assassino Barrabás e a crucificação de seu Rei. Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, liberta o criminoso e condena o Homem que sabe ser inocente. Veja até onde pode chegar o desejo de agradar aos homens! (João 19:12).

Os cruéis soldados zombam dEle fingindo submeter-se Àquele que está em seu poder (porém Ele Se entregou voluntariamente). E o homem coroa o seu Criador com espinhos que a terra passou a produzir em conseqüência do pecado do homem (Gênesis 3:18).

viernes, 3 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 14.55-72

55 E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho contra Jesus para o condenar à morte e não achavam.
56 Pois muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os depoimentos não eram coerentes.
57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente, dizendo:
58 Nós o ouvimos declarar: Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas.
59 Nem assim o testemunho deles era coerente.
60 Levantando-se o sumo sacerdote, no meio, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti?
61 Ele, porém, guardou silêncio e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?
62 Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.
63 Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de testemunhas?
64 Ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o julgaram réu de morte.
65 Puseram-se alguns a cuspir nele, a cobrir-lhe o rosto, a dar-lhe murros e a dizer-lhe: Profetiza! E os guardas o tomaram a bofetadas.
66 Estando Pedro embaixo no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote
67 e, vendo a Pedro, que se aquentava, fixou -o e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
68 Mas ele o negou, dizendo: Não o conheço, nem compreendo o que dizes. E saiu para o alpendre. E o galo cantou.
69 E a criada, vendo -o, tornou a dizer aos circunstantes: Este é um deles.
70 Mas ele outra vez o negou. E, pouco depois, os que ali estavam disseram a Pedro: Verdadeiramente, és um deles, porque também tu és galileu.
71 Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais!
72 E logo cantou o galo pela segunda vez. Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. E, caindo em si, desatou a chorar.
No meio da noite, o palácio do sumo sacerdote está em grande agitação. O Senhor Jesus está perante Seus acusadores. Falsas testemunhas fazem declarações, mas estas são conflitantes. Contudo o Senhor não tira partido disto para Se defender. É condenado; golpeiam e esmurram-NO; alguém cospe-Lhe na face. O Salvador suporta todos esses ultrajes, os quais já tinham sido preditos pelo profeta Isaías (50:6).

Outra cena triste está ocorrendo no pátio do palácio. Pedro não crera no que lhe havia dito seu Mestre, e até Lhe assegurou: "De nenhum modo te negarei" (v. 31). Depois no Getsêmani, ele não deu ouvidos quando o Senhor lhe disse para vigiar e orar. Eis a razão de sua derrota. De mais a mais, o Salvador havia advertido os discípulos de que "a carne é fraca" (v. 38). Porém, esta era uma verdade que Pedro não estava disposto a aceitar, e por isso ele havia de passar por esta amarga experiência. O que nós não queremos aprender com o Senhor, acatando humildemente a Sua Palavra, teremos de aprender por meios muitas vezes dolorosos, enfrentando o Inimigo de nossas almas.

Para convencer com mais veemência de que ele não conhecia "este homem", Pedro passa a praguejar e a jurar. Não o julguemos; antes pensemos nas muitas maneiras pelas quais podemos negar o Senhor se não vigiarmos: com os nossos atos, com as nossas palavras ou... com o nosso silêncio (vide 1 Coríntios 10:12).

jueves, 2 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 14.32-54

32 Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar.
33 E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia.
34 E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai.
35 E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora.
36 E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.
37 Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora?
38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
39 Retirando-se de novo, orou repetindo as mesmas palavras.
40 Voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe responder.
41 E veio pela terceira vez e disse-lhes: Ainda dormis e repousais! Basta! Chegou a hora; o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.
42 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.
43 E logo, falava ele ainda, quando chegou Judas, um dos doze, e com ele, vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e anciãos, uma turba com espadas e porretes.
44 Ora, o traidor tinha-lhes dado esta senha: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei -o e levai -o com segurança.
45 E, logo que chegou, aproximando-se, disse-lhe: Mestre! E o beijou.
46 Então, lhe deitaram as mãos e o prenderam.
47 Nisto, um dos circunstantes, sacando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha.
48 Disse-lhes Jesus: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador?
49 Todos os dias eu estava convosco no templo, ensinando, e não me prendestes; contudo, é para que se cumpram as Escrituras.
50 Então, deixando -o, todos fugiram.
51 Seguia -o um jovem, coberto unicamente com um lençol, e lançaram-lhe a mão.
52 Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo.
53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e reuniram-se todos os principais sacerdotes, os anciãos e os escribas.
54 Pedro seguira -o de longe até ao interior do pátio do sumo sacerdote e estava assentado entre os serventuários, aquentando-se ao fogo.
Aquele que assumiu a forma de servo vai agora mostrar até onde irá a Sua obediência. E esta será até à morte... e morte de cruz! Satanás tenta tudo para fazer com que o Senhor Jesus se desvie do caminho de Sua perfeição. Nesta luta decisiva, a arma de Satanás é oprimir o coração do Senhor, que está ciente da dimensão do horror do cálice da ira de Deus contra o pecado. A arma do Senhor Jesus é a Sua dependência. Um termo que é usado uma única vez pelo Senhor e que se encontra aqui em Marcos expressa a mais profunda intimidade de um momento como esse: "Aba, Pai", disse Ele, na consciência de que esta perfeita comunhão com Deus terá de ser interrompida no momento em que estiver levando o pecado sobre Si, isto é, quando beber o cálice da ira de Deus. Mas é precisamente esse Seu amor sem reservas pelo Pai que O motiva a uma obediência sem reservas: "Não seja o que eu quero, e, sim, o que tu queres" (v. 36).

Ante tal conflito, quão imperdoável é o sono dos discípulos! Pouco tempo antes seu Mestre lhes havia exortado a vigiar e a orar (13:33). Ele lhes pede encarecidamente por três vezes... porém em vão! Mas Ele está preparado. O traidor está chegando acompanhado daqueles que vinham prendê-LO. Pois bem, agora todos O abandonam e fogem (v. 50), inclusive, finalmente, esse jovem coberto com um lençol, o qual representa a profissão cristã que não resiste à prova.

miércoles, 1 de setiembre de 2010

Lição Bíblica

Marcos 14.17-31

17 Ao cair da tarde, foi com os doze.
18 Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós, o que come comigo, me trairá.
19 E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe, um após outro: Porventura, sou eu?
20 Respondeu-lhes: É um dos doze, o que mete comigo a mão no prato.
21 Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!
22 E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando -o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo.
23 A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele.
24 Então, lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos.
25 Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus.
26 Tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
27 Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escandalizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas.
28 Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia.
29 Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais!
30 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes.
31 Mas ele insistia com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. Assim disseram todos.
É chegado o momento da última ceia. Nessa íntima ocasião de despedida, na qual o Senhor Jesus estava desejoso de falar francamente a Seus discípulos, algo angustiava Seu espírito (João 13:21). Não era a cruz que se aproximava, mas a indizível tristeza de saber que ali, entre os doze, havia um homem que decidira sua própria ruína. "Um dentre vós... me trairá." Por sua vez, os discípulos se entristecem e interrogam uns aos outros. Eles não têm aqui a mesma confiança em si mesmos que aparece nos versículos 29 e 31, quando de suas solenes afirmações de devoção, particularmente por parte de Pedro.

Após a saída do traidor (João 13:30), o Senhor institui a santa ceia como memorial. Ele abençoa, parte e distribui o pão aos Seus; a seguir, toma o cálice e, tendo dado graças, dá-lhes também a beber dele. Então lhes explica o significado desses símbolos que são simples e mesmo assim solenes, representando os grandes feitos dos quais trariam contínua recordação: Seu corpo entregue e Seu sangue derramado, os sólidos fundamentos de nossa fé. Leitor amigo, você não teria gostado de estar no cenáculo em volta do seu Salvador? Então, por que não se unir àqueles que, a cada primeiro dia da semana, fazem a vontade do Senhor celebrando a Sua ceia, enquanto esperam a Sua volta?

Após a ceia, o Senhor vai com os Seus onze discípulos para o Monte das Oliveiras.