miércoles, 30 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 17.14-27

14 E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse:
15 Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água.
16 Apresentei -o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.
17 Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino.
18 E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado.
19 Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?
20 E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.
21 Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.
22 Reunidos eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens;
23 e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente.
24 Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?
25 Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?
26 Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos.
27 Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira -o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma -o e entrega-lhes por mim e por ti.
A adoração do cristão tem por efeito transportá-lo em espírito "ao topo do monte" na companhia do Senhor glorificado. Que bom seria se pudéssemos gozar de tais momentos com muito mais freqüência! Porém, é necessário saber como voltar com Ele para as circunstâncias da vida neste mundo onde Satanás reina. É esta a experiência que os discípulos têm de enfrentar aqui. A cura do menino lunático é a oportunidade para que o Senhor Jesus enfatize o maravilhoso poder da fé.

A cena dos versículos 24 a 27 é ao mesmo tempo instrutiva e comovedora. Pedro, sempre agindo sem pensar e esquecendo a visão da glória e a voz do Pai, compromete-se a pagar o imposto do templo em nome do seu Mestre. O Senhor Jesus gentilmente pergunta-lhe se o filho de um rei paga impostos ao seu próprio pai. (Simão havia reconhecido pouco tempo atrás que Jesus era o Filho do Deus vivo!). Depois disso, o Senhor encarrega Pedro de pagar o imposto, apesar de não precisar fazê-lo. Mas ao mesmo tempo manifesta Seu poder: Ele é o que controla toda a criação, incluindo os peixes do mar (Salmo 8:6-8). E manifesta Seu amor associando-Se ao fraco discípulo e pagando por ele também.

martes, 29 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 17.1-13

1 Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte.
2 E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
4 Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias.
5 Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.
6 Ouvindo -a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo.
7 Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!
8 Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.
9 E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos.
10 Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?
11 Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas.
12 Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles.
13 Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.
O capítulo 16 termina com os pensamentos dos sofrimentos e da morte do Senhor Jesus. O capítulo 17 começa com a aparição de Cristo em glória, que responde a uma promessa feita aos discípulos: "Alguns aqui se encontram que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino" (cap. 16:28). Depois do menosprezo de Seu Filho por parte de Israel, e das distintas formas de incredulidade que encontrou, Deus quis dar a testemunhas escolhidas entre o povo uma antecipação da Sua majestade. Que cena espetacular! Mas as três testemunhas foram incapazes de suportá-la. O temor se apossou deles e logo veio o sono (Lucas 9:32). E ao final, Deus teve de falar para impedir que Seu Amado fosse confundido com os dois companheiros de Sua glória. Mais tarde, somente depois da ressurreição, é que os discípulos compreenderam a importância dessa magnífica visão, e foram autorizados a contá-la. É o que Pedro faz em sua segunda epístola (cap. 1:17-18). Porém agora, enquanto Moisés e Elias voltam ao seu descanso, o Filho de Deus novamente assume a humilde "forma de servo", que havia deixado por apenas um instante, e descendo do monte, empreende de novo o caminho solitário até a cruz.

lunes, 28 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 16.13-28

13 Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
14 E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.
15 Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.
20 Então, advertiu os discípulos de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo.
21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.
22 E Pedro, chamando -o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.
23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.
24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
25 Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la -á; e quem perder a vida por minha causa achá-la -á.
26 Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?
27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.
28 Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino.
A pergunta que Jesus faz a Seus discípulos nos mostra que as opiniões a Seu respeito estavam divididas, como ainda acontece hoje. Mas você, leitor, pode dizer quem Ele é ou o que Ele significa para você? O Pai inspira Simão a fazer sua maravilhosa confissão: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Este é o firme fundamento sobre o qual o Senhor edificará Sua Igreja, e da qual cada crente, como Simão, será uma pedra viva. E como as forças do mal poderão prevalecer contra o que pertence a Cristo, contra o que Ele mesmo edificou? E o Senhor honra o Seu discípulo com uma missão especial: a de abrir - através de suas pregações - as portas do reino aos gentios e aos judeus (Atos 2:36; 10:43).

"Desde esse tempo", o Senhor Jesus, referindo-Se à Igreja, deve falar do preço que será pago para adquiri-la: Seus sofrimentos e Sua morte. Porém, o pobre Pedro, que um momento antes falava como "os oráculos de Deus" (1 Pedro 4:11), tornou-se um instrumento de Satanás. Este último procura desviar Cristo do caminho da obediência, mas é imediatamente reconhecido e expulso.

O Senhor Jesus, que foi o primeiro a trilhar o caminho da completa auto-renúncia, não oculta o que significa ir após Ele (cap. 10:37-40). Será que estamos prontos a segui-LO, custe o que custar? (Filipenses 3:8).

sábado, 26 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 15.21-39

21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom.
22 E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.
23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede -a, pois vem clamando atrás de nós.
24 Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!
26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.
28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.
29 Partindo Jesus dali, foi para junto do mar da Galiléia; e, subindo ao monte, assentou-se ali.
30 E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou.
31 De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel.
32 E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho.
33 Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão?
34 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete e alguns peixinhos.
35 Então, tendo mandado o povo assentar-se no chão,
36 tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu, e deu aos discípulos, e estes, ao povo.
37 Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete cestos cheios.
38 Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças.
39 E, tendo despedido as multidões, entrou Jesus no barco e foi para o território de Magadã.
O Senhor Jesus visitava a região de Tiro e Sidom. Essas cidades pagãs, como Ele mesmo declarou, eram menos culpadas que as da Galiléia, onde Ele havia realizado a maioria de Seus milagres (11:21-22). Porém não tinham nenhuma parte nas bênçãos do "Filho de Davi" (v. 22); eram estranhas às alianças da promessa (Efésios 2:12). O Senhor, aparentemente com palavras severas, começa por enfatizar isso à pobre mulher cananéia que suplica por sua filha. Essa mulher reconhece sua própria indignidade. Quando tomamos o lugar apropriado perante Deus, a "graça" pode brilhar com todo o seu esplendor. De fato, se o homem tivesse o menor direito ou mérito, não seria graça, mas, sim, algo devido. Para avaliar ainda melhor a imensidão desta graça para conosco, não esqueçamos nunca nossa miséria e nossa indignidade diante de Deus.

Logo depois, o Senhor se volta a Seu povo. Conforme o Salmo 132:15, Ele abençoa abundantemente o seu mantimento e farta os pobres de pão. E o que o impele a agir, tanto no segundo milagre como no primeiro, é a compaixão (v. 32; cap. 14:14).

viernes, 25 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 15.1-20

1 Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram:
2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem.
3 Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?
4 Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.
5 Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim;
6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição.
7 Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
8 Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
9 E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.
10 E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei:
11 não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.
12 Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram?
13 Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.
14 Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.
15 Então, lhe disse Pedro: Explica-nos a parábola.
16 Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda?
17 Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso?
18 Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem.
19 Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.
20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.
O zelo religioso dos fariseus se limitava apenas a observar estritamente certo número de formas exteriores e tradições. E, sob uma capa de aparência religiosa (que pode enganar os homens, mas não Deus), eles seguiam as inclinações do seu coração. Por avareza, chegaram até mesmo a negar-se a cumprir os mais elementares deveres, como o de prover sustento às necessidades dos pais (v. 5; Provérbios 28: 24). Os fariseus, por suas tradições, anulavam os mandamentos de Deus. Então Jesus, para quem esses mesmos mandamentos eram delícias, confunde os hipócritas por suas próprias escrituras. Depois disso, dirigindo-Se a Seus discípulos que também estavam desconcertados com Suas palavras, expõe a maldade do coração humano e a sua total ruína. Sim, as mãos podem estar impecavelmente lavadas, enquanto o coração está cheio de sujeiras.

Reconheçamos quão horrível é o conteúdo do coração humano, de nosso próprio coração, mesmo que o ocultemos sob uma aparência respeitável e agradável.

jueves, 24 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 14.22-36

22 Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.
24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.
25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar.
26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram.
27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!
28 Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.
29 E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.
30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!
31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou -o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?
32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento.
33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!
34 Então, estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré.
35 Reconhecendo -o os homens daquela terra, mandaram avisar a toda a circunvizinhança e trouxeram-lhe todos os enfermos;
36 e lhe rogavam que ao menos pudessem tocar na orla da sua veste. E todos os que tocaram ficaram sãos.
A cena do barco no meio da tempestade é a imagem da posição atual dos redimidos do Senhor. Enquanto Ele está no céu orando e intercedendo, eles têm de atravessar penosamente o agitado mar deste mundo. Moralmente, é noite: o Inimigo, incitando a oposição dos homens, atua como o vento e as ondas que anulavam os esforços dos remadores. Porém Jesus vem ao encontro dos Seus. Sua voz familiar tranqüiliza os pobres discípulos. E a fé, apoiando-se sobre a palavra "Vem!", conduz Pedro Àquele que ele ama. Repentinamente, porém, sua fé falha e ele começa a afundar. O que aconteceu? Pedro tirou seus olhos do Mestre e os fixou na altura das ondas e na violência do vento - como se fosse mais difícil caminhar com Deus em um mar agitado do que em águas tranqüilas! Então Pedro clamou ao Senhor, que o socorreu imediatamente.

Depois, o Senhor Jesus é recebido na comarca de Genesaré, de onde havia sido expulso quando curou os dois endemoniados (cap. 8:34). Essa é uma figura do momento em que Seu povo, que O desprezou, O reconhecerá e render-Lhe-á homenagem, e será liberto por Ele.

Lição Bíblica

Mateus 14.22-36

22 Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.
24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.
25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar.
26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram.
27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!
28 Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.
29 E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.
30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!
31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou -o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?
32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento.
33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!
34 Então, estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré.
35 Reconhecendo -o os homens daquela terra, mandaram avisar a toda a circunvizinhança e trouxeram-lhe todos os enfermos;
36 e lhe rogavam que ao menos pudessem tocar na orla da sua veste. E todos os que tocaram ficaram sãos.
A cena do barco no meio da tempestade é a imagem da posição atual dos redimidos do Senhor. Enquanto Ele está no céu orando e intercedendo, eles têm de atravessar penosamente o agitado mar deste mundo. Moralmente, é noite: o Inimigo, incitando a oposição dos homens, atua como o vento e as ondas que anulavam os esforços dos remadores. Porém Jesus vem ao encontro dos Seus. Sua voz familiar tranqüiliza os pobres discípulos. E a fé, apoiando-se sobre a palavra "Vem!", conduz Pedro Àquele que ele ama. Repentinamente, porém, sua fé falha e ele começa a afundar. O que aconteceu? Pedro tirou seus olhos do Mestre e os fixou na altura das ondas e na violência do vento - como se fosse mais difícil caminhar com Deus em um mar agitado do que em águas tranqüilas! Então Pedro clamou ao Senhor, que o socorreu imediatamente.

Depois, o Senhor Jesus é recebido na comarca de Genesaré, de onde havia sido expulso quando curou os dois endemoniados (cap. 8:34). Essa é uma figura do momento em que Seu povo, que O desprezou, O reconhecerá e render-Lhe-á homenagem, e será liberto por Ele.

miércoles, 23 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 14.1-21

1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus

2 e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas.
3 Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão;
4 pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la.
5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta.
6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes.
7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse.
8 Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista.
9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem;
10 e deu ordens e decapitou a João no cárcere.
11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe.
12 Então, vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus.
13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo -o as multidões, vieram das cidades seguindo -o por terra.
14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.
15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer.
16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer.
17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
18 Então, ele disse: Trazei-mos.
19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões.
20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios.
21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
O capítulo 11 nos mostrou João Batista na prisão. Aprendemos que ele foi jogado na prisão por Herodes (filho do rei de que fala o capítulo 2). E por que motivo? João não teve medo de repreendê-lo porque ele se havia casado com a mulher que seu irmão repudiou. Agora a fiel testemunha paga com sua vida pela coragem de ter dito a verdade para o rei. Sua morte ocorre em meio aos divertimentos e festas da corte real; é o terrível salário do prazer oferecido ao cruel monarca (Tiago 5:5-6). Herodes até poderia estar entristecido naquele momento, mas já há muito tempo ele queria a morte de João Batista (v. 5), pois o ódio à verdade e àqueles que a proferem estão sempre juntos. Humanamente falando, o fim de João Batista é trágico e até horrível, porém, aos olhos de Deus, era o cumprimento triunfante da sua "carreira" (Atos 13:25).

Podemos até imaginar o que a notícia da morte de Seu precursor causou em Jesus. Não era o anúncio de Seu próprio desprezo e de Sua cruz? Parece que Sua tristeza fez com que sentisse a necessidade de estar só (v. 13). Porém a multidão O alcança de novo, e Seu coração, que sempre pensava nos outros, compadece-se dela. Ele realiza em favor da multidão o grande milagre da primeira multiplicação dos pães.

martes, 22 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 13.44-58

44 O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo -o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
45 O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas;
46 e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.
47 O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.
48 E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora.
49 Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,
50 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
51 Entendestes todas estas coisas? Responderam-lhe: Sim!
52 Então, lhes disse: Por isso, todo escriba versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.
53 Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali.
54 E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?
55 Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?
57 E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.
58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
Mateus 13:44-58

As breves parábolas do tesouro e da pérola enfatizam duas verdades maravilhosas: a primeira, o grande valor que a Igreja tem para Cristo, pois Ele vendeu tudo o que tinha para adquiri-la - desistindo até mesmo da Sua própria vida. Em segundo lugar, vemos o gozo que Ele tem nela. No versículo 47, a rede do Evangelho é lançada no mar das nações. O Senhor disse a Seus discípulos que faria deles pescadores de homens. Eis aqui, pois, os servos trabalhando. Mas nem todos os peixes são bons... nem todos os que se dizem cristãos são verdadeiros cristãos! É a Palavra que permite distingui-los: o bom peixe se reconhece pelas suas escamas e por suas barbatanas (Levítico 11:9-11), e o verdadeiro crente por sua armadura moral, pela sua capacidade de resistir à penetração do mal e a ser levado pela corrente deste mundo.

Da mesma forma que o Senhor encontra um tesouro nos Seus (v. 44), o versículo 52 nos mostra o tesouro que o discípulo encontra em Sua Palavra. Você considera a Bíblia um tesouro de onde se podem tirar "cousas novas e velhas"?

Este capítulo termina tristemente com a incredulidade das multidões. O povo via em Jesus apenas o "filho do carpinteiro", de maneira que Sua graça não pôde ser mostrada a eles.

lunes, 21 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 13.31-43

31 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo;
32 o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos.
33 Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
34 Todas estas coisas disse Jesus às multidões por parábolas e sem parábolas nada lhes dizia;
35 para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo .
36 Então, despedindo as multidões, foi Jesus para casa. E, chegando-se a ele os seus discípulos, disseram: Explica-nos a parábola do joio do campo.
37 E ele respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno;
39 o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são os anjos.
40 Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século.
41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade

42 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
43 Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Nas seis "parábolas do reino" que se seguem à do semeador, o Senhor expõe qual será o resultado da Sua semeadura neste mundo. A parábola do grão de mostarda que se torna uma grande árvore descreve a forma exterior que o reino dos céus tomou depois da rejeição do Rei, enquanto a parábola do fermento escondido na massa enfatiza a obra secreta que enfraquece as características do reino. É o tempo da Igreja responsável. Depois de um pequeno começo (alguns discípulos), o Cristianismo teve o desenvolvimento que conhecemos. Porém, seu êxito e expansão pelo mundo não são de modo algum a prova da aprovação e da bênção de Deus. Isto porque, ao mesmo tempo em que se expandia, era invadido pelo mal (os pássaros - v. 4 e 19 - e o fermento).

A mistura que caracteriza a Cristandade professa é ilustrada de outra maneira pela parábola do joio no campo, que o Senhor explica aqui. Sabe-se que hoje em dia o nome de cristão é assumido por todos os que são batizados, sejam eles verdadeiros filhos de Deus ou não. O Senhor suportará essa situação até que venha o dia da ceifa (Apocalipse 14:15-16). Então, nesse dia, Ele mostrará o destino final do trigo e do joio e o que Ele pensa de cada um de nós.

domingo, 20 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 13.18-30

18 Atendei vós, pois, à parábola do semeador.
19 A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.
20 O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria;
21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.
22 O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.
23 Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.
24 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo;
25 mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.
26 E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio.
27 Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?
28 Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio?
29 Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo.
30 Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai -o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei -o no meu celeiro.
Em Seu perfeito conhecimento do coração humano, o Senhor distingue quatro classes de pessoas entre os que ouvem Sua Palavra. A primeira é comparada ao solo da beira do caminho, endurecido por ser tão pisoteado pelos que passam por ele. Será que nosso coração se parece com este solo sobre o qual o mundo passa e torna a passar, de forma que a Palavra de Deus não pode penetrar?

Outros, como os "solos rochosos", são as personalidades superficiais. Sua consciência não foi profundamente lavrada pela convicção de pecado. Por isso, a emoção passageira experimentada ao ouvir o Evangelho não é mais que meramente uma aparência de fé.

A verdadeira fé tem, necessariamente, raízes invisíveis, mas pelos seus frutos visíveis é que ela é reconhecida. Sem obras, a fé está morta, sufocada como sementes em meio aos espinhos (Tiago 2:17).

Mas a semente caiu também em boa terra, onde as espigas podem amadurecer no devido tempo.

A parábola do joio nos ensina que o inimigo não somente arrebatou a boa semente (v. 19), mas também semeou a má semente enquanto os homens dormiam. Dormir no sentido espiritual nos coloca à mercê de toda má influência, e é por esse motivo que somos continuamente exortados a vigiar (Marcos 13:37; 1 Pedro 5:8 etc).

sábado, 19 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 13.1-17

1 Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar;
2 e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.
3 E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear.
4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram.
5 Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra.
6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se.
7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.
8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um.
9 Quem tem ouvidos para ouvir , ouça.
10 Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas?
11 Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido.
12 Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
13 Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem.
14 De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis.
15 Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.
16 Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17 Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram.
O coração do povo judeu estava "endurecido". Eles haviam voluntariamente fechado seus olhos e tapado seus ouvidos (v. 15). Por esta razão, de agora em diante, o Senhor falará de forma oculta, por parábolas. Seus ensinamentos estarão reservados apenas para Seus discípulos. Os versículos 18, 36 e 37 mostram que o Senhor sempre está disposto a explicar aos Seus o que eles desejam compreender. A Bíblia contém muitas coisas difíceis e obscuras para nossa mente limitada (Deuteronômio 29:29). Mas a explicação será dada no momento certo, se nós realmente a quisermos (Provérbios 28:5). Não nos deixemos desencorajar por passagens e expressões que não pudermos entender imediatamente. Peçamos ao Senhor que nos explique a Sua Palavra.

A rejeição do Messias por Israel tem ainda outra conseqüência: não tendo achado frutos para colher em meio a Seu povo, o Senhor irá agora semear o mundo com a palavra do Evangelho. Em Tiago 1:21 é chamada de "a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas". Mas se existe somente um único tipo de semente, isto significa que nem todos recebem a Palavra da mesma forma. Como você a recebeu?

jueves, 17 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 12.22-37

22 Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver.
23 E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi?
24 Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios.
25 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.
26 Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino?
27 E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
28 Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.
29 Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa.
30 Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.
31 Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
32 Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe -á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.
33 Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
34 Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.
35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;
37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.
Os fariseus odiavam o Senhor Jesus porque tinham inveja de Seu poder e de Sua autoridade sobre as multidões. Eles contestam a origem desse poder, pois os milagres, que eram evidentes, não podiam ser refutados. Como já fizeram antes (cap. 9:34; 10:25), eles agora atribuem ao príncipe dos demônios o poder do Espírito Santo que Deus deu a Seu Amado (v. 18; compare Marcos 3:29-30). Esta foi blasfêmia contra o Espírito Santo, um pecado que não pode ser perdoado. Não, pelo contrário, a obra do Senhor era justamente a prova de Sua vitória sobre Satanás, o "valente". Valendo-Se da Palavra de Deus, Ele já o havia "amarrado" lá no deserto (ler cap. 4:3-10), e agora lhe tirava os prisioneiros que mantinha cativos (Isaías 49:24-25). Depois o Senhor mostra aos fariseus que eles mesmos estavam sob o domínio de Satanás: eram árvores más produzindo frutos maus.

"Porque a boca fala do que está cheio o coração" (v. 34). Se for Cristo Quem preenche o nosso coração, é impossível para nós não falarmos dEle (Salmo 45:1). De maneira inversa, os maus pensamentos, ocultos no interior de nosso ser, chegarão mais cedo ou mais tarde a nossos lábios. E o nosso trecho termina recordando que de toda a palavra, mesmo da mais insignificante, teremos de prestar contas um dia.

miércoles, 16 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 12.1-21

1 Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer.
2 Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado.
3 Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome?
4 Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes?
5 Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo:
6 aqui está quem é maior que o templo.
7 Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes.
8 Porque o Filho do Homem é senhor do sábado.
9 Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles.
10 Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado?
11 Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando -a dali?
12 Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.
13 Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu -a, e ela ficou sã como a outra.
14 Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida.
15 Mas Jesus, sabendo disto, afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou,
16 advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade,
17 para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta Isaías:
18 Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios.
19 Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz.
20 Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo.
21 E, no seu nome, esperarão os gentios.
Depois de ter oferecido o descanso da alma (cap. 11:28-29), o Senhor Jesus mostra que o descanso do sábado - uma prescrição legal do Velho Testamento - não tem mais razão de existir. Sobre esta questão do sábado, os fariseus procuram encontrar algum erro nos discípulos (v. 2) e depois no próprio Senhor (v. 10). Mas quando isto acontece, Ele tem a oportunidade de explicar-lhes que, com a Sua vinda em graça, todo o sistema baseado na lei e nos sacrifícios foi posto de lado, e para isso cita pela segunda vez o profeta Oséias: "Misericórdia quero, e não holocaustos" (v. 7; ver cap. 9:13 e Oséias 6:6-8). De que servia a observância do quarto mandamento da lei, quando todos os outros eram violados? A misericórdia - outro atributo de Deus - também reclamava os seus direitos. E que presunção impor o respeito ao sábado Àquele que o havia instituído! De fato, enquanto reinava o pecado, ninguém podia descansar. Nem o homem, carregado com seus pecados; nem o Pai nem o Filho, que trabalhavam juntos para remover a raiz do mal bem como as suas conseqüências (João 5:16-17). Assim, sem se deixar deter pelos conselhos dos homens maus, o perfeito Servo prossegue com Sua obra. Ele a cumpre com um espírito de humildade, graça e de bondade que, segundo o profeta Isaías, deveria ter permitido que o povo de Israel O reconhecesse como o Messias prometido (Isaías 42:1-4). Aliás, o coração de Deus sempre teve bastante apreço por este tipo de espírito (veja 1 Pedro 3:4).

lunes, 14 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 11.1-19

1 Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
2 Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe:
3 És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?
4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo:
5 os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.
6 E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.
7 Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?
8 Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais.
9 Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta.
10 Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
11 Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele.
12 Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.
13 Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João.
14 E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir.
15 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
16 Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros:
17 Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes.
18 Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio!
19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras.
O Senhor não se dá por satisfeito em somente enviar discípulos; e assim segue também com o Seu próprio ministério. Em contrapartida o ministério de João Batista termina quando é preso por Herodes (cap. 4:12). A pergunta que manda fazer por meio de seus discípulos nos mostra seu desalento e sua perplexidade. Aquele de Quem ele tinha sido o fervoroso precursor não estabelecia Seu reino, nem se empenhava na libertação de Seu arauto. Não era Ele o Messias prometido? O Senhor lhe responde com uma mensagem que gentilmente lhe repreende a falta de confiança (v. 6). Porém, diante da multidão, Jesus não faz reserva para testemunhar daquele que foi o maior de todos os profetas (v. 7-15).

Quando se trata de entrar no reino, o esforço torna-se uma virtude, uma qualidade indispensável (v. 12). Deus nos abre o Seu tesouro, contanto que haja de nossa parte um ardente desejo de possuir tudo o que Ele nos oferece; e, no aspecto da fé, um santo empenho para se apoderar ousadamente de todas as promessas divinas. Ah! quantos jovens pararam atrás da porta por falta de determinação e força de vontade, ou por temer as lutas e a necessidade de renunciar aos prazeres carnais desse mundo! Não esqueçamos que os covardes estarão em companhia dos incrédulos, dos homicidas e de todos os demais pecadores sem arrependimento (Apocalipse 21:8).

domingo, 13 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 10.24-42

24 O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor.
25 Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?
26 Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido.
27 O que vos digo às escuras, dizei -o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai -o dos eirados.
28 Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
29 Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai.
30 E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados.
31 Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.
32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;
33 mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.
34 Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
35 Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra.
36 Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa.
37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim;
38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.
39 Quem acha a sua vida perdê-la -á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la -á.
40 Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.
41 Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo.
42 E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.

"O discípulo não está acima do seu mestre" (v. 24); e, por isso, não deve esperar que o tratem melhor que seu Senhor. Seja o cristão nos dias de hoje ou o judeu no tempo da grande tribulação vindoura, o verdadeiro discípulo deve contar que da parte de um mundo injusto e cruel virá uma oposição semelhante à que Jesus encontrou (v. 17-18). Mas esta é a oportunidade ideal para experimentar todos os recursos da graça, essa maravilhosa graça que conhece e cuida de todo redimido, a ponto de até mesmo contar todos os cabelos da cabeça (v. 30; 2 Coríntios 12:9).

Não é somente o ódio do mundo que atinge o crente fiel, mas muitas vezes ele tem de enfrentar também a hostilidade de sua própria família (v. 36). Ele não deve desanimar, porém. O Senhor disse claramente que isso aconteceria, no entanto prometeu a ajuda necessária.

Tomar a sua cruz é levar sobre si o sinal distintivo dos condenados à morte. Em outras palavras, é demonstrar o abandono dos prazeres do mundo e da própria vontade. Do ponto de vista humano, isto significa perder sua vida. "Não", declara o Mestre, pelo contrário, "essa é a única maneira de ganhá-la". Mas o Senhor Jesus ainda enfatiza que o motivo deve ser "por amor a mim" (2 Coríntios 5:14-15).

sábado, 12 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 10.1-23

1 Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4 Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.
5 A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos;
6 mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus.
8 Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9 Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos;
10 nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.
11 E, em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes.
12 Ao entrardes na casa, saudai -a;
13 se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz.
14 Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade.
16 Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.
17 E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas;
18 por minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
19 E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer,
20 visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.
21 Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão.
22 Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.
23 Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem.

Os doze discípulos agora se tornaram apóstolos (v. 2). Ao enumerá-los, Mateus, o publicano, recorda mais uma vez a sua própria origem (cap. 10:3; 9:9 e 21:31). Depois de instruídos pelas palavras e pelo exemplo do divino Mestre, chegou o momento de serem enviados (esse é o sentido da palavra "apóstolo") como obreiros à seara. Uma criança não vai para a escola por toda sua vida, é evidente, embora, em um certo sentido, o crente sempre estará na escola de Deus. No entanto, mais cedo ou mais tarde, teremos de aprender o básico de nossas lições, em particular a completa incapacidade de nosso estado natural em tudo o que se refere às coisas de Deus. Só então, o Senhor poderá usar-nos.

Notemos alguns pontos importantes: é o Senhor quem chama os Seus servos, os prepara, envia, dirige, sustenta, alimenta e recompensa. Nenhum deles vai por sua própria vontade nem é enviado pelos homens. Eles não esperam dos homens nenhum salário, porém dão de graça o que de graça têm recebido. Como a cristandade perdeu de vista essas simples verdades! Debaixo da estrutura de comitês, de hierarquias, de organizações diversas, as pessoas às vezes bem intencionadas se interpõem entre o Senhor e Seus obreiros, para grande prejuízo desses servos e sobre todo o trabalho que lhes foi confiado.

viernes, 11 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 9.18-38

18 Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá.
19 E Jesus, levantando-se, o seguia, e também os seus discípulos.
20 E eis que uma mulher, que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste;
21 porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste, ficarei curada.
22 E Jesus, voltando-se e vendo -a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã.
23 Tendo Jesus chegado à casa do chefe e vendo os tocadores de flauta e o povo em alvoroço, disse:
24 Retirai-vos, porque não está morta a menina, mas dorme. E riam-se dele.
25 Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou.
26 E a fama deste acontecimento correu por toda aquela terra.
27 Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi!
28 Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor!
29 Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé.
30 E abriram-se-lhes os olhos. Jesus, porém, os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba.
31 Saindo eles, porém, divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra.
32 Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo endemoninhado.
33 E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel!
34 Mas os fariseus murmuravam: Pelo maioral dos demônios é que expele os demônios.
35 E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
36 Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.
37 E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
João 21:25 nos diz que os Evangelhos estão longe de relatar todos os milagres feitos pelo Senhor Jesus. Deus incluiu em Sua Palavra somente os milagres que têm alguma ligação com o ensino que nos quer transmitir. Tal é o caso da ressurreição da filha desse chefe da sinagoga que, entre outras coisas, tem uma aplicação profética. Aqui o Senhor é visto a caminho para restaurar a vida ao Seu povo Israel - (um fato previsto na Palavra de Deus para um futuro próximo). Nesse tempo em que está a caminho (leia-se: o tempo presente), fica à disposição de todos os que se aproximam dEle por fé, como fez a mulher do versículo 20, que O tocou com a esperança de ser curada.

Havia poder suficiente em Jesus para curar "toda sorte de doenças e enfermidades" (v. 35). Havia amor suficiente em Seu coração para que, como o verdadeiro Pastor de Israel, tivesse compaixão de todo o Seu povo (v. 36). E se, de vez em quando, Ele encontrava fé como a dos dois cegos (v. 28-29), também enfrentava a mais terrível incredulidade (como a dos fariseus - v. 34).

Nós, que atravessamos este mesmo mundo e enfrentamos as mesmas necessidades (mas por vezes com o coração tão lamentavelmente endurecido - [Tiago 2:15-16]), peçamos a Deus uma ampla e clara visão da ceifa (João 4:35) e supliquemos ao Senhor que envie novos trabalhadores para a Sua seara.

jueves, 10 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 9.1-17

1 Entrando Jesus num barco, passou para o outro lado e foi para a sua própria cidade.
2 E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados.
3 Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema.
4 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que cogitais o mal no vosso coração?
5 Pois qual é mais fácil? Dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?
6 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados--disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.
7 E, levantando-se, partiu para sua casa.
8 Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens.
9 Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
10 E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos.
11 Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
12 Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.
13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento.
14 Vieram, depois, os discípulos de João e lhe perguntaram: Por que jejuamos nós, e os fariseus muitas vezes, e teus discípulos não jejuam?
15 Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar.
16 Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura.
17 Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.
As diferentes enfermidades que o Senhor encontra e cura mostram a triste condição na qual se encontram Suas criaturas. A lepra ressalta a corrupção do pecado; a febre, a incessante agitação do homem deste mundo. Há uns, como o endemoniado, que estão diretamente sob o poder de Satanás, enquanto outros, como o surdo, o mudo, e o cego (v. 27, 32; 11:5) têm os sentidos bloqueados para a chamada do Senhor, não sabendo como orar. Por último, temos o paralítico que foi trazido ao Senhor Jesus. Nele está demonstrada a total incapacidade do homem para aproximar-se de Deus (João 5:17). O enfermo nada diz... somente espera. Mas o divino Médico (v. 12) sabe que há outra enfermidade, muito mais grave, que está consumindo a alma desse paralítico, e por isso começa por curá-lo espiritualmente: "Estão perdoados os teus pecados". O que deveria preocupar-nos mais, quer seja em relação a nós, quer aos outros: a enfermidade ou o pecado?

Segue-se o chamado de Mateus, relato feito por ele mesmo. Ele era um desses pecadores para os quais Cristo tinha vindo.

Por fim, temos a pergunta dos discípulos de João, e esta dá ocasião a um novo ensinamento: os odres velhos da religião judaica já não serviam mais para conterem do vinho novo do Evangelho.

miércoles, 9 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 8.18-34

18 Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem.
19 Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
20 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
21 E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai.
22 Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.
23 Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
24 E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia.
25 Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos!
26 Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
27 E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?
28 Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho.
29 E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?
30 Ora, andava pastando, não longe deles, uma grande manada de porcos.
31 Então, os demônios lhe rogavam: Se nos expeles, manda-nos para a manada de porcos.
32 Pois ide, ordenou-lhes Jesus. E eles, saindo, passaram para os porcos; e eis que toda a manada se precipitou, despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, e nas águas pereceram.
33 Fugiram os porqueiros e, chegando à cidade, contaram todas estas coisas e o que acontecera aos endemoninhados.
34 Então, a cidade toda saiu para encontrar-se com Jesus; e, vendo -o, lhe rogaram que se retirasse da terra deles.
Ao escriba que deseja segui-LO por onde quer que fosse, o Senhor não omite que esse Seu caminho exige completa renúncia. Até as aves do céu, das quais o Pai celestial cuida (cap. 6:26), têm uma sorte melhor que a de seu Criador neste mundo. Que humilhação a Sua! Ele não tinha um lugar na Terra onde recostar Sua cabeça para descansar. Foi somente na cruz, depois que Sua obra havia sido completada, que Ele pôde finalmente repousar - inclinar - Sua cabeça (trata-se do mesmo verbo grego usado em João 19:30).

No versículo 21, outra pessoa responde ao Seu convite com uma desculpa aparentemente justificável. O que poderia ser mais legítimo do que comparecer ao enterro do seu pai? Contudo, por mais urgente que pareça ser o dever, nenhuma "prioridade" deve interpor-se ao que o Senhor ordenou que buscássemos em "primeiro lugar" (cap. 6:33). A Bíblia não nos diz qual acabou sendo a decisão desses homens. O importante é que saibamos se nós temos respondido ao chamado do Senhor Jesus.

A tão conhecida cena da travessia do mar durante a tempestade ilustra a viagem do crente neste mundo. Ele passa por várias tempestades, porém o seu Salvador, que é também o Senhor dos elementos da natureza, está com ele (Salmo 23:4). Ele comanda o mar e as ondas, a enfermidade e a morte, e até mesmo as potestades satânicas, como é demonstrado na libertação dos dois endemoniados na terra dos gadarenos.

martes, 8 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 8.1-17

1 Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram.
2 E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou -o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra.
4 Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo.
5 Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando:
6 Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente.
7 Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo.
8 Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.
9 Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.
10 Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.
11 Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.
12 Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.
14 Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre.
15 Mas Jesus tomou -a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo.
16 Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes;
17 para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.
Aos ensinos do Senhor segue-se agora o Seu serviço de amor e de justiça. Assistimos primeiramente a três curas. O leproso, no v. 2, conhece o poder de Jesus, porém duvida de Seu amor e diz: "Senhor, se quiseres, podes...". Jesus quer e o cura.

O centurião de Cafarnaum aproxima-se consciente da autoridade soberana do Senhor, mas, por outro lado, de sua própria indignidade. "Apenas manda com uma palavra..." Essa fé excepcional maravilhou e alegrou o Senhor Jesus. Ele a coloca como um exemplo aos que O seguem. (E não é assim que ela nos envergonha também?).

Finalmente, é necessário que o Mestre atue também na família dos Seus. Ele cura a sogra de Seu discípulo Pedro.

O Senhor Jesus não Se ocupa com os enfermos da mesma maneira que um médico, que examina o paciente, faz um diagnóstico, passa uma receita e vai embora. Ele não Se satisfez em curá-los apenas. Ele mesmo "tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores" voltando-Se para a fonte delas: o pecado. Sentiu todo o seu peso, toda a sua amargura, chorou diante da tumba de Lázaro (João 11:35). Tal empatia é muito mais preciosa que a cura em si mesma, conforme atesta a experiência de muitos cristãos enfermos.

lunes, 7 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 7.15-29

15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.
24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;
25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.
26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia;
27 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.
28 Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina;
29 porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
Desde que as boas árvores são reconhecidas pela produção de bons frutos, então o versículo 22 está falando sobre pessoas excelentes, não é? Elas se apresentam com as mãos cheias de obras aparentemente boas - profecias, milagres, expulsão de demônios - todas feitas com o nome do Senhor tomado em seus lábios. Mas o Senhor lhes responderá solenemente: "Nunca vos conheci" (v. 23). "Os vossos frutos não são decorrentes da obediência à vontade de Deus" (v. 21).

Todos esses ensinamentos não são difíceis de entender. O que nos falta não é a capacidade de compreendê-los, mas, sim, de colocá-los em prática. Por isso, no final de Seu discurso, o Senhor Jesus ilustra com uma breve parábola a diferença entre os que somente ouvem, e os que colocam em prática o que ouviram. São como duas casas de aparência similar, mas vejamos os seus fundamentos. Uma está fundada sobre a rocha da fé em Jesus Cristo (1 Coríntios 3:11); seu alicerce é profundo (Lucas 6:48). A outra repousa somente sobre a areia dos sentimentos humanos, que é movediça e instável. Até que venha a prova - o que é inevitável -, é impossível diferenciá-las. Mas então... olhem bem o que aconteceu com a segunda casa! Qual o nome que o Senhor dá aos dois construtores? Respectivamente: Prudente e Insensato. Qual deles se aplica à sua construção?

domingo, 6 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 7.1-14

1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
6 Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.
7 Pedi, e dar-se-vos -á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos -á.
8 Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe -á.
9 Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra?
10 Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra?
11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?
12 Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei -o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.
13 Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela),
14 porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.
Os versículos 1 a 6 e o maravilhoso versículo 12 nos mostram os motivos que devem regular todas as nossas relações com os homens, com os nossos irmãos. Como resposta a esse problema, grandes pensadores de todas as civilizações têm lotado imensas bibliotecas com suas doutrinas sociais, políticas, morais... ou religiosas. Mas, para o Senhor, basta um pequeno versículo para expressar e conter Sua solução tão divinamente sábia, perfeita e definitiva. "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas" (ver Romanos 13:10). O dia-a-dia oferece-nos inúmeras oportunidades para praticar essa regra de ouro. Aprendamos, pois, a nos colocarmos sempre no lugar daqueles que nos rodeiam.

Os versículos 13 e 14 nos recordam que, se há dois senhores, também há dois caminhos, duas portas. A maioria dos homens está no caminho espaçoso. E isto apesar do terrível letreiro que indica: Este caminho "conduz para a perdição" (v. 13). Por outro lado, poucos são os que se encontram no caminho que conduz à vida (porque poucos são os que buscam - v. 7). "Estreita é a porta." Somente abandonando a bagagem da justiça própria é que se pode passar por ela. Amigo leitor, em qual caminho você está seguindo?

jueves, 3 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 5.31-48

31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;
35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;
36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;
40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.
41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?
48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
Não esqueçamos que é o Messias, o rei de Israel, quem está falando. Seus ensinamentos têm sido chamados de "carta magna do reino", pois mostram as regras às quais Seus súditos terão de se submeter. Porém, que diferença das constituições e dos códigos desse mundo, baseados nos direitos individuais e na regra egoísta do "cada um por si". Em contrapartida, os ensinamentos de Jesus não estabelecem apenas os princípios da não-violência, mas também o amor, a humildade e a renúncia, todos absolutamente estranhos ao espírito deste mundo. Algumas pessoas pensam que estes preceitos são inaplicáveis na Terra em que vivemos agora. Pois, não se tornariam vítimas indefesas de abusos os cristãos que praticassem literalmente tais coisas? Estejamos certos de que Deus saberia como protegê-los em tais circunstâncias. Além disso, uma atitude de amor, humildade e renúncia constitui poderoso testemunho capaz de confundir, e até mesmo converter, os que quisessem prejudicar ao crente.

Os versículos 38 a 48 nos humilham e nos repreendem. Quão longe estamos dAquele que "sofreu por nós, deixando-nos exemplo... pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pedro 2:21-24; Tiago 5:6; Isaías 50:6, e muitas outras passagens)!

miércoles, 2 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 5.17-30

17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.
22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.
27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.
28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.
29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca -o e lança -o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta -a e lança -a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.
Não se podem ler esses versículos sem que haja um sentimento de apreensão. O Senhor não somente declara que não veio para revogar a terrível lei de Deus que condenava a todos, como também formula uma interpretação muito mais severa para perfazer a vontade divina. Até então, um judeu piedoso talvez pensasse "merecer" a vida eterna se tivesse guardado (mais ou menos) a lei desde a sua juventude (ver Marcos 10:20). Agora, as palavras de Jesus não permitem essa ilusão. Se tais são as exigências da santidade de Deus, quem, pois, pode ser salvo? Sim, neste Homem incomparável estava a plena medida da justiça divina. Porém, a mesma Pessoa que veio para torná-la conhecida veio também para cumpri-la em nosso lugar (v. 17; Salmo 40:8-10).

O antigo judaísmo não se preocupava com a opinião de Deus sobre a ira ou os pensamentos impuros. Apenas seus frutos eram condenados: o homicídio e o adultério. Os mandamentos do Senhor, pelo contrário, vão à fonte desses atos merecedores de punição e nos fazem reconhecer que o nosso coração também é capaz de semelhantes coisas (cap. 15:19). É necessário, pois, entender o quanto necessitamos da graça de Deus antes de fazermos uso dela.

martes, 1 de junio de 2010

Lição Bíblica

Mateus 5.1-16

1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos;
2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.
13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Seguir a Jesus implica, primeiramente, em obedecer-Lhe (João 12:26). Assim sendo, podemos manifestar as mesmas características que Ele. O Senhor Jesus mostra essas características a seus discípulos, e a todos os que querem segui-LO, no incomparável Sermão do Monte. Bem-aventurados os que têm uma fé simples e não se apóiam em seu próprio entendimento; bem-aventurados os que se afligem pela maldade do mundo sem, contudo, parar de praticar o bem e demonstrar misericórdia; bem-aventurados os que, por causa do nome do Senhor, suportam as injustiças e perseguições... Note que esse não é o tipo de felicidade que os homens procuram - muito pelo contrário. Mas, para os crentes, a felicidade e a bem-aventurança são ter a aprovação do Senhor; sendo que as alegrias do Reino ainda lhes estão reservadas.

Os versículos 13 e 14 tratam da condição atual dos crentes. Guardando-se do mal, o cristão atua nessa Terra como "sal", que preserva da corrupção; tem sabor, e deve conferi-lo (ver Jó 6:6). Ele é também "luz", com a responsabilidade de fazer resplandecer as virtudes de Deus a todos os homens, principalmente "os que se encontram na casa": sua família, mas também os que estão na Igreja, a casa de Deus.