miércoles, 31 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 5.1-14

1 Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada:
2 pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;
3 nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.
4 Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.
5 Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.
6 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,
7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;
9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.
10 Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
11 A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!
12 Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes.
13 Aquela que se encontra em Babilônia, também eleita, vos saúda, como igualmente meu filho Marcos.
14 Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz a todos vós que vos achais em Cristo.
"Apascenta os meus cordeiros... apascenta as minhas ovelhas", disse o Senhor a Pedro (João 21:15-17). Longe de assumir uma postura presunçosa em função dessas afirmações, Pedro foi superior a outros cristãos (uma posição que o cristianismo lhe atribuiu). O apóstolo, no entanto, se descreve simplesmente como um presbítero (ou supervisor) entre vários outros presbíteros, e os exorta a não se comportar como dominadores sobre o rebanho do bom Pastor, mas como exemplos (v. 3). As ovelhas não pertencem a eles; eles são responsáveis por elas perante o soberano Pastor. Isto não diminui a responsabilidade dos jovens em se submeter aos presbíteros nem a de todos em se revestir de humildade, a qual pode ser traduzida como "colocar o avental de servo" (v. 5; vide 3:8). A graça é dada ao humilde pelo "Deus de toda graça".

"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós", acrescenta o apóstolo (v. 7). Esta confiança e esta entrega a Deus, entretanto, não nos eximem de ser vigilantes. Satanás, nosso adversário implacável, está à espreita do menor deslize de nossa parte, e resistir a ele significa mais sofrimento (vv. 8-9). Finalmente, as Escrituras nos encorajam a suportar as aflições, seguindo o Exemplo divino, por mais um pouco, antes de experimentarmos a glória vindoura (v. 10; final do versículo 11 do capítulo 1).

martes, 30 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 4.12-19

12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;
13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.
14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.
15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.
17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?
18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?
19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.
No céu, não cansaremos de meditar nos sofrimentos do Senhor Jesus; eles serão o inesgotável tema de nossa canção. Contudo, a oportunidade de participar destes sofrimentos aqui na terra terá acabado. Sofrer com Cristo é uma experiência mais íntima e mais intensa do que sofrer por Ele. Participar de Suas dores, conhecer a ingratidão, o desprezo, a contradição, a injúria (v. 14), a ostensiva oposição que Ele encontrou, é realmente conhecê-LO em todos os sentimentos que teve. O desejo ardente de Paulo era "o conhecer... e a comunhão dos seus sofrimentos..." (Filipenses 3:10). Mas existe um tipo de aflição que Cristo não podia experimentar: a aflição dos que praticam o mal. Não podemos escapar das conseqüências de nossos erros. Um cristão desonesto colherá o que semeou e se ele se meter em negócio alheio poderá ser punido. A parte mais triste não é a confusão em que nos metemos, mas a desonra atribuída ao nome do Senhor. Por outro lado, sofrer como cristão, a saber, como Cristo sofreu, equivale a glorificar a Deus com esse nome maravilhoso (v. 16; Atos 4:17, 21).

lunes, 29 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 4.1-11

1 Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado,
2 para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
3 Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias.
4 Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão,
5 os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos;
6 pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus.
7 Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações.
8 Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.
9 Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.
10 Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
11 Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça -o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
O Senhor Jesus fatigou-se grandemente com o pecado que teve de enfrentar. Ele agora descansa após ter vencido o pecado por meio de Sua morte. Da mesma forma, o cristão deve acabar com as paixões dos homens. Queridos amigos, não nos basta o tempo precioso que desperdiçamos, antes de nossa conversão, no nadar insensato rumo à morte? Vivamos agora o resto de nossa vida "segundo a vontade de Deus". Nosso novo comportamento certamente contrastará com o do mundo ao nosso redor. O mundo estranhará a nossa abstenção dos prazeres corruptos. Sofreremos pressão, seremos motivos de chacota e dirão coisas horríveis a nosso respeito. Por quê? Porque o mundo se sente condenado pela nossa separação, visto que serão condenados pelo grande Juiz (v. 5). Justamente por causa da iminência deste julgamento é que devemos controlar nossa conduta, buscando a moderação, a vigilância, a oração e o amor fervoroso (final do versículo 22 do capítulo 1). O amor, por sua vez, é expresso de várias maneiras: buscando a restauração de nossos irmãos (final do v. 8), sendo hospitaleiros sem murmuração, usando os dons da multiforme graça de Deus para o benefício mútuo. É dessa forma que, no céu, o Senhor Jesus segue glorificando ao Pai aqui na Terra (este é o Seu maior desejo) por meio da vida dos Seus remidos (v. 11; João 17:4, 11 e 15:8).

domingo, 28 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 3.13-22

13 Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?
14 Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados;
15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
16 fazendo -o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo,
17 porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.
18 Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,
19 no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão,
20 os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água,
21 a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo;
22 o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes.
Cristo padeceu na cruz, o Justo pelos injustos (v. 18). Em retribuição, foi-nos dada a graça de padecer um pouco por Ele (Filipenses 1:29). Ao fazermos o bem, podemos padecer com Ele, assim como Ele padeceu (v. 14). Afinal, o Senhor se compadece de todos os nossos sofrimentos (v. 12).

O verso 14 declara que somos bem-aventurados se viermos a sofrer por causa da justiça (leia também Mateus 5:10). Que Deus nos guarde contra o temor dos homens e nos conceda o Seu temor juntamente com a mansidão para testemunharmos a todo tempo da esperança que temos... Mas será que você também tem esta esperança, caro leitor?

Entretanto, se nos comportarmos indignadamente, nosso evangelismo incitará o desprezo dos homens, o qual nos é devido, contra o próprio Senhor. Que o Espírito de Cristo nos use para advertir nossos companheiros da mesma forma que Ele usou Noé, durante o tempo que construía a arca, para pregar aos descrentes de sua época (vv. 19. 20). O dilúvio é uma figura do julgamento que está prestes a recair sobre o mundo. Esta figura nos fala sobre morte e o salário do pecado. De forma figurativa, os crentes atravessam o dilúvio por meio do batismo e se refugiam na arca, que é Cristo. Foi ele quem padeceu a morte em nosso lugar e com Ele ressuscitamos para uma nova vida (vv. 21, 22).

sábado, 27 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 3.1-12

1 Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,
2 ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor.
3 Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário;
4 seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.
5 Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido,
6 como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.
7 Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai -a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.
8 Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes,
9 não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.
10 Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente;
11 aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la.
12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.
"Mulheres... (v. 1) Maridos... (v. 7) jovens: sede igualmente..." O motivo em todos os três casos é idêntico ao de 2:13: por amor ao Senhor. É isto o que rege o comportamento de cada um na família e na igreja. Uma mulher cristã revela onde estão suas afeições pela maneira que se adorna. Ela está preocupada com a beleza oculta do coração, a qual só o Senhor pode ver? Ela busca o que é precioso diante de Deus: um "espírito manso e tranqüilo" (v. 4)? Serão os adornos parte daquilo que é incorruptível, assim como a Palavra (1:23) e a herança celestial (1:4). Aos olhos de Deus, a moda não mudou desde o tempo de Sara.

Nosso título de herdeiros da graça da vida (v. 7) e da bênção (v. 9 final), juntamente com o exemplo que nos é dado por Aquele que é bom (v. 13; 2:21, 22), oferecem razões prementes para não pagarmos o mal com o mal.

A longa citação do Salmo 34 nos faz lembrar como funciona o governo de Deus. Se não refrearmos nossos lábios (v. 10) ou não nos apartamos do mal (v. 11), sofreremos conseqüências dolorosas aqui na terra, permitidas por Deus (v. 12). Por outro lado, o caminho do bem e da paz é o meio seguro de sermos abençoados. Além de uma vida abençoada, desejo legítimo de todos os homens, nós também desfrutaremos da comunhão com o Senhor.

viernes, 26 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 2.13-25

13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano,
14 quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.
15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos;
16 como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.
17 Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.
18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso;
19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.
20 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus.
21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,
22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;
23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,
24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.
25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.
Espera-se que todo cristão respeite a ordem estabelecida, não por medo da lei, mas pelo maior motivo que pode mover seu coração: o amor a Deus (v. 13; João 15:10). Nós somos servos somente do Senhor (v. 16), e é Ele quem dita como devemos agir com os outros. É fato que nem todo chefe é "bonzinho e gentil", e alguns chegam a ser bem irritantes. Contudo, nosso testemunho é muito mais significativo e expressivo quando enfrentamos dificuldades. As injustiças, os insultos e toda sorte de aflições oferecem aos filhos de Deus ótimas oportunidades para glorificá-LO. Lembrem-se de que Jesus, o Varão de dores, já trilhou este caminho antes de nós. Certamente Cristo nunca teve nem jamais terá imitadores à altura de Sua obra de redenção - "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (v. 24). Por outro lado, em nosso caminhar de justiça (e conseqüentemente de sofrimento), Ele é o nosso exemplo perfeito (1 João 2:6). A oposição e a perversidade dos homens apenas serviram para revelar Sua paciência, bondade, humildade, sabedoria e completa confiança em Deus... Benditos são os passos de quem devemos seguir. Desta forma cumpriremos o mandamento final do Senhor para Pedro: "Segue-me" (João 21:22).

jueves, 25 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 2.1-12

1 Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências,
2 desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação,
3 se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso.
4 Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
5 também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.
6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular
8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.
9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
10 vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.
11 Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma,
12 mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.
Logo ao nascer, um recém-nascido precisa ser alimentado. Semelhantemente, a Palavra de Deus, após gerar vida (1:23), também fornece o alimento necessário para nos manter vivos. É o alimento completo para a alma, "o leite espiritual" do qual Cristo é a substância. Depois de termos experimentado o quanto o Senhor é bom, não podemos viver mais sem este alimento divino (v. 3; Salmo 34:8).

Depois da semente viva (e da esperança viva do capítulo 1), encontramos aqui referência às pedras vivas. Juntas, elas são edificadas sobre Aquele que é a pedra angular, preciosa tanto para Deus quanto para nós que cremos (v. 7), a fim de formar um santuário espiritual (ver Efésios 2:20-22). O Senhor disse a Simão Barjonas que ele também era uma destas pedras (Mateus 16:18). Tais privilégios, contudo, também trazem consigo suas responsabilidades. Se somos sacerdócio real, é para que ofereçamos sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus. Se somos raça eleita (um povo que espera sua posse), devemos proclamar o Seu louvor (Isaías 43:21).

Tendo sido chamados "das trevas para sua maravilhosa luz", como podemos então permitir que as paixões carnais tenham lugar em nossa mente? No entanto, basta um olhar para atiçá-las e iniciar uma guerra na alma (v. 11).

miércoles, 24 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 1.13-25

13 Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.
14 Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância;
15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento,
16 porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,
18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,
19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós
21 que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.
22 Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,
23 pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
24 Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor;
25 a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.
A verdade, tal qual apresentada pelo apóstolo nestes versículos, não apenas nos diz respeito, mas também nos afeta. Ela é o cinto que firma e fortalece nosso entendimento e controla nossos pensamentos (v. 13; Efésios 6:14). Ela é também a verdade à qual devemos obediência (v. 22). Nós que outrora éramos "filhos da desobediência" (Colossenses 3:6-7) nos tornamos filhos obedientes (v. 14). Esta obediência não deve ser apenas a Cristo, mas também de Cristo (v. 2), ou seja, semelhante à Sua obediência, motivada pelo amor ao Pai (João 8:29; 14:31). Além disso, aqui tudo está em contraste com o Velho Testamento. Nem dinheiro nem ouro, nada pode redimir-nos (Êxodo 30:11-16; Número 31:50) a não ser o precioso sangue de Cristo. Ao contrário de um israelita, o nascimento natural não nos qualifica a herdar os direitos e privilégios do povo de Deus. Ninguém deve se considerar filho de Deus pelo fato de ser filho de pais cristãos! Nós nascemos de novo pela Palavra de Deus que é incorruptível, viva e eterna. A santidade que é necessária em nossa conduta é resultado de nossa nova natureza; nós chamamos o santo Deus de Pai (vv. 15-17). A santidade é também conseqüência do grande valor que Deus reconhece no sacrifício do Cordeiro perfeito.

martes, 23 de agosto de 2011

Lição Bíblica

1 Pedro 1.1-12

1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,
2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros
5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.
6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações,
7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;
8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória,
9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.
10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada,
11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam.
12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.
Mesmo antes de Pedro negá-LO, o Senhor já lhe havia dito: "Tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos" (Lucas 22:32). O apóstolo exerce esta tarefa nesta epístola. Ele nos faz lembrar de nossos inestimáveis privilégios: a salvação da alma (v. 9) e uma herança incorruptível no céu (v. 4). Deus não apenas guarda a herança para Seus herdeiros, mas também guarda os herdeiros para Sua herança. Os herdeiros já podem provar o gosto da herança mesmo agora no presente: "alegria indizível e cheia de glória". Esta herança tem como base a esperança viva que eles possuem na pessoa viva de Jesus Cristo, ressurreto dentre os mortos (v. 3); a fé (vv. 5, 7); o amor por Aquele que ainda não foi visto pelos remidos, mas que é bem conhecido no coração deles (v. 8). Quanto mais amarmos o Senhor, mais sentiremos que não O amamos suficientemente.

Justamente por causa do grande valor que Deus dá à fé, é que Ele nos purifica por meio da efervescência de várias provações. Todavia, temos a segurança de que Ele só faz assim "se necessário".

Esta é, caros amigos, a abençoada realidade que nos foi proposta, a respeito da qual os profetas indagaram e inquiriram e que os anjos anelam perscrutar. Seremos pois os únicos a não nos interessar por ela?

lunes, 22 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 5.7-20

7 Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas.
8 Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima.
9 Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas.
10 Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor.
11 Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.
12 Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo.
13 Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores.
14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo -o com óleo, em nome do Senhor.
15 E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.
17 Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.
18 E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.
19 Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter,
20 sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.
O outono é a estação de trabalho árduo. São necessários de oito a dez meses de frio e calor, chuva e sol alternados até que chegue a hora da nova colheita. Isto exige muita paciência do agricultor. Assim como o agricultor, nós também precisamos ser pacientes, "pois a vinda do Senhor está próxima". Precisamos fazer uso dos recursos que estão à nossa disposição: em tempo de alegria, cânticos; em tempo de tribulações (assim como em todas as situações), a oração fervorosa da fé. Será que já descobrimos as grandes coisas que a oração pode operar? ("a oração do justo pode muito" - veja final do versículo 31 de João 9). Os versículos 14 a 16, usados para justificar todo tipo de prática errada no cristianismo, são verdadeiros apenas se as condições mencionadas forem mantidas. Todavia, um cristão dependente de Deus nem sempre se achará na liberdade de pedir cura; pelo contrário, este orará com outros irmãos para aceitar a vontade de Deus em paz.

O final da epístola enfatiza o cuidado fraterno em amor: a confissão de pecados uns aos outros (não de um crente para um sacerdote), a oração uns pelos outros, o cuidado com os necessitados. Há pouco espaço para doutrina nesta epístola. Por outro lado, há grande ênfase à prática da vida cristã. Que Deus não permita que nem um de nós seja "ouvinte negligente, mas operoso praticante" (1:25).

domingo, 21 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 4.13-17

13 Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros.
14 Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.
15 Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.
16 Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna.
17 Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.

Tiago 5.1-6
13 Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros.
14 Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.
15 Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.
16 Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna.
17 Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.
1 Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão.
2 As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça;
3 o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias.
4 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.
5 Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança;
6 tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência.
As mesmas pessoas que fazem planos egoístas (vv. 13-15; Isaías 56:12) freqüentemente também procuram (Lucas 12:18, 19) amealhar riquezas terrenas (5:16). Elas desconhecem a vida de fé. Planejar o futuro independentemente é substituir a vontade de Deus por sua própria. Esta é uma atitude própria da incredulidade - uma demonstração de que não cremos no retorno eminente do Senhor. É tolice colocar a confiança em riquezas nestes "últimos dias". Os riscos inerentes às fortunas: perda, roubo, desvalorização... servem para nos mostrar que são riquezas corruptíveis, ouro e prata corrompidos (ver Salmo 52:7). Por isso, o Senhor ordena: "fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome" (Lucas 12:33). O apego aos bens materiais pode contribuir para o endurecimento do coração - primeiramente com Deus, pois daí perdemos o senso de dependência dEle e o senso das verdadeiras necessidades da alma (Apocalipse 3:17); em seguida, com o próximo, tornando-se mais difícil nos colocar no lugar daqueles que sofrem necessidade (Provérbios 18:23).

sábado, 20 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 4.1-12

1 De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?
2 Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis;
3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz.
12 Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?
As disputas entre os filhos de Deus revelam de forma evidente os desejos carnais de ambas as partes. O Senhor nos ensina que isto é, na verdade, um obstáculo para que nossas orações sejam respondidas (leia Marcos 11:25). Existem duas razões para não obtermos resposta: a primeira é porque não pedimos, "pois o que pede, recebe" (Mateus 7:8); a segunda razão é porque pedimos mal. Isto não se refere, contudo, à forma desajeitada de proferir nossas orações (de qualquer modo, "não sabemos o que havemos de pedir como convém" - Romanos 8:26), mas sim a finalidade destas orações. Oramos para glorificar o Senhor ou para satisfazer nossos próprios desejos? Estes são princípios conflitantes. Amar o mundo é trair a causa de nosso Deus, pois o mundo declarou guerra contra Ele ao crucificar Seu Filho; não há espaço para a neutralidade (Mateus 12:30).

A inveja e a luxúria são os ímãs com os quais o mundo nos atrai. Todavia, aos que Lhe pertencem, Deus dá graça infinitamente maior do que o mundo pode oferecer (v. 6; Mateus 13:12). Dela desfrutam os que aprenderam a ser mansos e humildes com o Salvador (Mateus 11:29). Mas, para provar as virtudes da graça devemos primeiramente reconhecer nossa própria miséria (vv. 8-9; veja também Joel 2:12-13).

viernes, 19 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 3.1-18

1 Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo.
2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.
3 Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro.
4 Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro.
5 Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!
6 Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.
7 Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano;
8 a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.
9 Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
10 De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim.
11 Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?
12 Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.
13 Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras.
14 Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade.
15 Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca.
16 Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins.
17 A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.
18 Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.
Do mesmo modo que a fé, quando verdadeira, se manifesta através de obras, assim também a impureza do coração, cedo ou tarde, se manifesta através de palavras. Cada locomotiva possui uma válvula de escape por meio da qual libera o excesso de pressão interna. Se deixarmos esta pressão crescer dentro de nós sem tratá-la, ela invariavelmente nos trairá em palavras que não conseguiremos refrear. Portanto, o Senhor nos chama a atenção para a impureza de nossos lábios (Isaías 6:5) e nos mostra que ela procede da abundância do nosso coração (Mateus 12:34; 15:19; Provérbios 10:20). Todavia, Ele nos convida a refletir e a separar "o precioso do vil", de forma que possamos ser como Sua boca (Jeremias 15:19).

Existem muitos tipos de sabedoria. A verdadeira sabedoria, que vem do alto, como toda boa dádiva, descende do Pai da luzes (1:17). Nós a reconhecemos por seus motivos, que são sempre puros, benignos e livres de egoísmo.

Devemos reler estes versículos todas as vezes que estivermos prestes a fazer mau uso de nossa língua: brigando, mentindo (v. 14), maldizendo outros (4:11), vangloriando-nos (4:16), resmungando (5:9), falando obscenidades ou tolices (5:12; Efésios 4:29; 5:4). Infelizmente, isto significa repetir esta leitura várias vezes por dia!

jueves, 18 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 2.14-26

14 Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?
15 Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano,
16 e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?
17 Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.
18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.
19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.
20 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante?
21 Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?
22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou,
23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus.
24 Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente.
25 De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho?
26 Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.
Algumas pessoas acreditam haver uma contradição entre o ensino de Tiago e o de Paulo (Romanos 4). Na verdade, cada ensino apresenta um aspecto distinto da verdade. Paulo demonstra que a fé é suficiente para sermos justificados diante de Deus. Tiago explica que, para sermos justificados ante os olhos dos homens, as obras são necessárias (v. 24; 1 João 3:10). Não é a raiz, mas sim o fruto que comprova a qualidade de uma árvore (Lucas 6:43, 44). A fé interior não pode ser manifestada para outros a não ser por meio das obras. Não podemos ver a eletricidade, mas o funcionamento de uma lâmpada ou de um motor nos confirma a presença de corrente no fio elétrico. A fé é um princípio ativo (v. 22), uma energia interior que coloca as engrenagens do coração em movimento. Paulo e Tiago ilustram seus ensinamentos usando o mesmo exemplo de Abraão, ao qual comparamos também com o exemplo de Raabe. Pela moral humana, o primeiro foi um pai criminoso e a segunda foi uma mulher de má reputação que traiu seu povo. As ações de ambos demonstraram claramente o resultado da fé deles, a qual os levou a fazer os maiores sacrifícios por Deus.

Amigo, talvez algum dia você já tenha dito que tem fé. Mas será que você já demonstrou sua fé também?

miércoles, 17 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 2.1-13

1 Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2 Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso,
3 e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés,
4 não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos?
5 Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?
6 Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais?
7 Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado?
8 Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem;
9 se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores.
10 Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.
11 Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei.
12 Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.
13 Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.
Somos influenciados pelos valores mundanos, por exemplo: dinheiro, condição social etc., muito mais que imaginamos. Até mesmo Samuel precisou ser advertido disto: "O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração". (1 Samuel 16:7). Você sabe o que a "acepção de pessoas" levou o mundo a fazer? A desprezar e rejeitar o Filho de Deus, porque Ele veio à terra como um homem pobre (2 Coríntios 8:9). Hoje o gracioso nome de Cristo, invocado pelos cristãos, ainda é objeto de zombaria e blasfêmia. Entretanto, aqueles que levam Seu nome, os pobres que o mundo despreza, são chamados herdeiros do reino pelo Senhor (v. 5; Mateus 5:3). A eles é imposta "a lei régia", que é a lei do rei (v. 8). Quebrar o mandamento do amor é transgredir toda a lei, assim como quebrar um elo em uma corrente é suficiente para rompê-la por inteiro. De modo que éramos todos culpados, condenados pelo pecado. Mas Deus achou maior glória na misericórdia do que no julgamento. Esta misericórdia nos colocou sob uma "lei" bem diferente, a lei da liberdade - a liberdade de uma nova natureza que encontra seu prazer na obediência a Deus (1 Pedro 2:16).

martes, 16 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 1.13-27

13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.
14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.
15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
16 Não vos enganeis, meus amados irmãos.
17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.
18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.
19 Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.
20 Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.
21 Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.
22 Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.
23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural;
24 pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.
25 Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.
26 Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.
27 A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
Nos versículos 2 e 12, a palavra tentação significa uma prova externa, a qual Deus permite acontecer para nosso bem e, ao final, para nosso gozo. No versículo 13, ser tentado possui um significado diferente: a palavra supõe o mal. Interiormente, somos atraídos às tentações por nossa própria concupiscência. Como poderia Deus ser a causa disto? Não há trevas no "Pai das luzes" (vide 1 João 1:5). Aquele que nos enviou Seu próprio Filho nos dá juntamente com Ele "toda boa dádiva" (Romanos 8:32). A fonte do mal se encontra em nós mesmos: pensamentos malignos que dão origem a palavras e ações más. Todavia, não basta apenas ter consciência disto, caso contrário, seremos semelhantes àquele que vê sua face suja em um espelho mas não a lava logo. A palavra de Deus é o espelho. Ela mostra o homem tal como ele é; ela o ensina a fazer o bem (4:17) - mas não pode fazê-lo em seu lugar.

Em que consiste a "pura religião" reconhecida por Deus, o Pai? Não são os cerimoniais vazios aos quais o homem chama de "religião". Ela nasce de duas posições que o Senhor deixou a Seu povo: no mundo - para manifestar o Seu amor; não do mundo - preservando-se puro de sua influência (v. 27; João 17:11, 14, 16).

lunes, 15 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Tiago 1.1-12
1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações.
2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.
5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça -a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe -á concedida.
6 Peça -a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.
7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa;
8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.
9 O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade,
10 e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva.
11 Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos.
12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.
Nesta epístola, Tiago se dirige aos seus irmãos cristãos que saíram do judaísmo, mas que não tinham ainda abandonado todos os seus vínculos. Ele os convida a suportar provações com "toda alegria", dois estados que estão em aparente conflito. Entretanto, alguns dos cristãos hebreus já haviam vivido tal situação. Suas experiências endossavam a declaração de Paulo: "Mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz [cultiva] a perseverança," (Romanos 5:3; vide também Colossenses 1:11). Outra aparente contradição encontra-se no fato de que a perseverança implica aguardar por algo que ainda não temos; contudo, Tiago acrescenta, "para que não sejais... em nada deficientes". O que verdadeiramente nos faz falta não são os bens do mundo, mas a sabedoria. Logo, peçamos ao Senhor sabedoria conforme exemplo do jovem Salomão (1 Reis 3:9).

O cristão, mesmo pobre, não é em nada deficiente porque este já tem o Senhor Jesus. Por outro lado, o rico também pode gozar, com humildade, da comunhão com Aquele que a si mesmo se esvaziou e se humilhou, tornando-se obediente até a morte de cruz. Invejaremos, pois, aqueles que passarão como a flor do campo? Tenhamos em vista a coroa da vida. Ela será a recompensa daqueles que suportarem tribulações com paciência, ou seja, será daqueles que amam ao Senhor (final do versículo 12).

domingo, 14 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 13.17-25

17 Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.
18 Orai por nós, pois estamos persuadidos de termos boa consciência, desejando em todas as coisas viver condignamente.
19 Rogo-vos, com muito empenho, que assim façais, a fim de que eu vos seja restituído mais depressa.
20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança,
21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!
22 Rogo-vos ainda, irmãos, que suporteis a presente palavra de exortação; tanto mais quanto vos escrevi resumidamente.
23 Notifico-vos que o irmão Timóteo foi posto em liberdade; com ele, caso venha logo, vos verei.
24 Saudai todos os vossos guias, bem como todos os santos. Os da Itália vos saúdam.
25 A graça seja com todos vós.
Tivemos líderes fiéis, portanto respeitemos a memória deles, imitando sua fé - e lendo seus escritos (v. 7). Hoje também Deus coloca líderes sobre nós (vv. 17, 24). Qual é o nosso dever para com eles? Obedecer-lhes, orar por eles (v. 8) e atuar de modo que eles possam cumprir o serviço com alegria, uma vez que velam por nossa alma. Devemos também aceitar as palavras de exortação que eles nos dirigem (v. 12). Acima de tudo, não permitamos que o comportamento do obreiro do Senhor faça com que percamos de vista o "grande Pastor das ovelhas". Somente Ele deu Sua vida por elas e agora as conduz para fora do acampamento da religião humana. A partir desse momento, todos os cristãos formam um único rebanho que tem por cabeça um único Pastor (João 10:4, 16).

Neste capítulo, os elementos do judaísmo são eliminados um por um e substituídos pelas gloriosas verdades cristãs, resumidas em Cristo Jesus. Finalmente, esta é a obra que Deus está realizando em nós (v. 21): Ele quebra todos os vínculos do passado, e despoja-nos de todo formalismo a fim de que possamos nos apegar a Seu Filho ressurreto e glorificado. Enquanto esperamos Sua vinda iminente, que esta epístola nos ensine agora a fixar nossos olhos nEle pela fé (12:2).

sábado, 13 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 13.1-16

1 Seja constante o amor fraternal.
2 Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando -a, sem o saber acolheram anjos.
3 Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados.
4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.
5 Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.
6 Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?
7 Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.
8 Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.
9 Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça e não com alimentos, pois nunca tiveram proveito os que com isto se preocuparam.
10 Possuímos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo.
11 Pois aqueles animais cujo sangue é trazido para dentro do Santo dos Santos, pelo sumo sacerdote, como oblação pelo pecado, têm o corpo queimado fora do acampamento.
12 Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta.
13 Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério.
14 Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.
15 Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.
16 Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz.
O amor fraternal pode ser exercido de várias formas: a hospitalidade que abençoa quem a pratica (v. 2); a empatia que se identifica com os que sofrem (v. 3; 10:34); a beneficência na qual Deus tem prazer (v. 16).

Infelizmente, a avareza tem muitas faces. Podemos amar não somente o dinheiro que possuímos, mas aquele que esperamos possuir. Aprendamos a estar contentes com o que temos agora. E para as necessidades e os perigos de amanhã, apoiemo-nos "confiadamente" na fidelidade do Senhor (v. 6; Mateus 6:31-34). Ele, que é nosso Ajudador, não muda. "Tu, porém, és o mesmo" (1:12). O versículo 8 do capítulo 13 conclui com uma afirmação de insondável alcance: "Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre". Se Ele é suficiente para nós, as "doutrinas várias e estranhas" do versículo 9 não nos enredarão. Estejamos prontos a abandonar o acampamento da mera formalidade religiosa (Êxodo 33:7) e ir até o Senhor Jesus somente, ao lugar onde Sua presença está prometida. Ele ofereceu o supremo sacrifício. Nosso privilégio, em troca, é oferecer a Deus, não apenas aos sábados, mas continuamente, um sacrifício de louvor, o fruto de nossos lábios que primeiro amadurece em nosso coração (Salmo 45:1).

viernes, 12 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 12.18-29

18 Ora, não tendes chegado ao fogo palpável e ardente, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade,
19 e ao clangor da trombeta, e ao som de palavras tais, que quantos o ouviram suplicaram que não se lhes falasse mais,
20 pois já não suportavam o que lhes era ordenado: Até um animal, se tocar o monte, será apedrejado.
21 Na verdade, de tal modo era horrível o espetáculo, que Moisés disse: Sinto-me aterrado e trêmulo!
22 Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia
23 e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados,
24 e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.
25 Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem, divinamente, os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte,
26 aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu.
27 Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam.
28 Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor;
29 porque o nosso Deus é fogo consumidor.
Novamente aqui é ressaltada a diferença entre o que a lei oferecia e o que o cristão possui em Cristo. Em vez do terrível Sinai, a graça que Deus manifestará em Sião no reino vindouro do Messias (Salmo 2:6). Mas os filhos de Deus são conduzidos a uma classe mais elevada de bênçãos. Eles são convidados a escalar a montanha da graça, a entrar pela fé na "cidade do Deus vivo", a Jerusalém celestial, e a saudar seus habitantes. Ali encontrarão muitos milhares de anjos, depois a "congregação dos primogênitos", ou seja, a Igreja. Ao final, o próprio Deus, o "Juiz de todos", os receberá como redimidos por Seu Filho. Voltando à base da montanha, aos fundamentos de toda essa glória, encontrarão os espíritos dos que foram "aperfeiçoados" (capítulo 11), e o Senhor Jesus, "o Mediador da nova aliança" selada com Seu próprio sangue.

Certo cântico diz que "o céu é nossa casa". Se todas as coisas terrenas são mutáveis e passageiras, o cristão recebe um reino inabalável; tem o nome escrito nos céus (Lucas 10:20). E a mesma graça que nos dá acesso a tudo isso, também nos permite servir ao Deus santo - não da maneira que é aceitável a nós, mas a Ele. A reverência e o temor de desagradar ao Senhor nos manterão no caminho de Sua vontade.

jueves, 11 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 12.4-17

4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue
5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado;
6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.
7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?
8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.
9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?
10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
12 Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos;
13 e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado.
14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
15 atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados;
16 nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura.
17 Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
No seio familiar, a criança está sujeita à disciplina paterna que pode causar-lhe algumas lágrimas, mas quando for adulta certamente agradecerá a seus pais por tal correção. Se somos filhas e filhos de Deus, é impossível não experimentarmos Sua disciplina (v. 8), pois o Deus santo deseja que Seus filhos correspondam à Sua própria imagem (v. 10).

Contudo, esta disciplina poderia levar-nos a duas reações opostas: primeiramente, poderíamos desprezá-la e não lhe dar o devido valor. Porém, temos de ser "exercitados" nela ; ou seja, temos de nos julgar diante de Deus, indagando o motivo pelo qual o Senhor permitiu tal provação (Jó 5:17). A outra reação perigosa é o desânimo (v. 5; Efésios 3:13). Se este for o caso, lembremo-nos como o crente sob disciplina é chamado: "porque o Senhor corrige a quem ama" (v. 6). Sigamos "a paz com todos", desde que não tenhamos de abrir mão da santidade (v. 14). Não esqueçamos que nós mesmos somos objeto da graça e arranquemos definitivamente de nosso coração as raízes de amargura (literalmente "germes de veneno"). A princípio ocultas, elas mais cedo ou mais tarde se manifestarão se não forem julgadas imediatamente (Deuteronômio 29:18).

Esaú, que não pôde ter seu nome junto ao de outros membros de sua família no capítulo anterior, é mencionado aqui para vergonha eterna. Que nenhum de nós seja igual a ele!

miércoles, 10 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 11.32-40

32 E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas,
33 os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões,
34 extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.
35 Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição;
36 outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões.
37 Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados
38 (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.
39 Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa,
40 por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.

Hebreus 12.1-3
1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.
A partir do versículo 32, estamos na terra de Canaã. Ali encontramos juízes, reis, profetas, enfim, uma grande nuvem de testemunhas nos cerca, as quais nos precederam e esperam que sejamos habilitados a tomar posse das promessas (vv. 39 e 40). Durante os tempos tenebrosos, a tocha da fé passou de mão em mão sem jamais se apagar. Somente Deus conhece a lista desses mártires e a mantém atualizada. Cada crente tem sua própria página no livro da fidelidade. O exército conta com batedores (capítulo 11) e com um maravilhoso Capitão; nós somos a retaguarda. Atualmente, é a nossa vez de estar nesta "corrida de revezamento". O que devemos fazer para correr bem? Não podemos estar sobrecarregados nem engodados. Comecemos por jogar fora qualquer peso e bagagem inútil. Afastemo-nos do pecado, essa rede que nos faz tropeçar tão facilmente! Mas isso não é tudo! Precisamos de um objetivo que, semelhante a um forte ímã, nos atraia. Fixemos nossos olhos no Senhor Jesus, o Guia e Exemplo de uma vida de fé, seu Autor e Consumador. Ele também tinha um objetivo diante de Si, mais poderoso que a cruz, a vergonha e o sofrimento: era a "plenitude de alegria" que deveria coroar a vida daquele que tem fé, segundo o Salmo 16:11.

martes, 9 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 11.17-31

17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas,
18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência;
19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou.
20 Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, acerca de coisas que ainda estavam para vir.
21 Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou.
22 Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos.
23 Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei.
24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado;
26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.
27 Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível.
28 Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas.
29 Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando -o os egípcios, foram tragados de todo.
30 Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias.
31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias.
O sacrifício de Isaque provou que Abraão cria na ressurreição (Romanos 4:17) e que ele amava mais a Deus do que a seu único filho. A longa história de Jacó é contada pelo seu bordão, que era um instrumento de pastor, o apoio do peregrino e do coxo e, finalmente, do adorador (v. 21). Poderia-se pensar que o discernimento de Isaque foi muito tardio e que haveria outro fato mais memorável acerca de José que a simples recomendação que ele fez a respeito de seus ossos. Mas cada um desses patriarcas proclama, à sua maneira, a esperança inabalável nas coisas futuras. Moisés recusou... preferiu... considerou... pois seus olhos contemplavam o galardão (10:35). Ele abandonou... não temeu... permaneceu firme... porque viu Aquele que é invisível.

A fé é o único instrumento que nos permite medir o real valor e a duração relativa de todas as coisas. Ao mesmo tempo, a fé é a energia interior que nos dá a habilidade de triunfar tanto sobre os obstáculos - a ira do Faraó, o mar Vermelho, Jericó -, como sobre os desejos egoístas: os prazeres do pecado e as riquezas do Egito. Sim, a fé é dinâmica e duradoura. E se o exemplo de Moisés parecer muito elevado, encorajemo-nos com o de Raabe. Sejam quais forem as circunstâncias, Deus procura pelos frutos visíveis da nossa fé.

lunes, 8 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 11.8-16

8 Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.
9 Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa;
10 porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador.
11 Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa.
12 Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar.
13 Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
14 Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria.
15 E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.
16 Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.
Mais uma vez na Bíblia, Abraão e sua família são escolhidos por Deus, desta vez para nos ensinar o que é a fé. "Abraão, quando chamado, obedeceu." Obedecer a alguém sem conhecer suas intenções é prova de inteira confiança. Quando é Deus que manda, a fé é capaz de "ir" (v. 8), mas também de ficar (v. 9).

O patriarca decidiu "habitar em Harã" (Atos 7:4) quando deveria ter ido para Canaã; decidiu descer ao Egito quando deveria ficar na terra onde morava (Gênesis 12:10). Mas Deus preferiu não levar em conta estes erros, da mesma maneira que preferiu permanecer em silêncio sobre o riso de Sara, sobre o triste fim da história de Isaque e sobre a triste partida de Jacó. Da vida de Seu povo, Ele lembra somente o que pode glorificá-lo, e isto apenas a fé pode fazer.

É impossível ter duas pátrias ao mesmo tempo. Por isso, a promessa de uma cidade celestial fez de Abraão e de sua família estrangeiros neste mundo. Eles não temeram confessar tal coisa (v. 13; Gênesis 23:4), mostrando claramente esse fato ao habitarem em tendas (2 Coríntios 4:18; 5:1). Não tiveram vergonha de seu Deus, razão pela qual Deus não teve vergonha deles. Ele identifica-se como o "Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó" (Êxodo 3:6; Marcos 12:26). Querido leitor, você tem o direito de chamá-lo de "meu Deus"?

domingo, 7 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 10.32-39

32 Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos;
33 ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.
34 Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável.
35 Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
36 Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
37 Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará;
38 todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma.
39 Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.

Hebreus 11.1-7
1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.
2 Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho.
3 Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.
4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala.
5 Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus.
6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.
7 Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.
Os hebreus cristãos haviam aceitado - alegremente - a perda de seus bens terrenos (Mateus 5:12). Qual era o segredo deles? A fé que se apropriava de bens mais excelentes, os quais estavam fora do alcance dos perseguidores. Mas a fé não é apenas necessária nos dias maus ou para a conversão; é o princípio vivo e vital do justo. Ela faz o futuro ser presente e o invisível visível. Aqueles que não têm fé não são capazes de perseverar. Eles retrocedem e Deus não se agrada dos tais (v. 38; 4:2; 1 Coríntios 10:5). Sem fé - repete o versículo 6 do capítulo 11 - é impossível agradar a Deus. Ele agora nos mostrará algumas pessoas nas quais tem muito prazer (Salmo 16:3).

O capítulo 11 ilustra diferentes aspectos da fé na vida de várias testemunhas do Antigo Testamento. Em Abel, vemos a fé se apropriar da redenção ao oferecer a Deus um sacrifício aceitável. Em Enoque, ela caminha em direção ao alvo celestial. Em Noé, ela condena o mundo e prega a justiça divina.

A fé caracteriza toda a vida cristã. E quando se chega aos últimos passos deste andar pela fé, não é tempo de perder a confiança. "Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá" (v. 37). Esta afirmação é suficiente. O Senhor Jesus é aquele que vem; nós somos os que o aguardam (9:28).

sábado, 6 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 10.19-31

19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus,
20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,
21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus,
22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.
23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.
24 Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;
27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.
29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?
30 Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
31 Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
A obra da graça findou-se. Aquele que a cumpriu foi feito "mais alto do que os céus" (7:26). Seguindo Seus passos, somos convidados a entrar pelo novo e vivo caminho, aberto definitivamente para o adorador. O sangue do Senhor Jesus, o véu rasgado, a intercessão do Sumo sacerdote por nós, tudo oferece total segurança à nossa fé. Aproximemo-nos, irmãos, com plena liberdade. Que nada nos impeça de entrar no Santo dos Santos... nem de comparecer às reuniões dos filhos de Deus (v. 25). Não nos convertemos para viver isolados, como egoístas. Encorajemos uns aos outros ao amor e à devoção.

O final do capítulo é particularmente solene. Pecar voluntariamente era, para os judeus que professavam o cristianismo, voltar à lei, pisotear o Santo Filho de Deus, envilecer Seu precioso sangue e desprezar Sua graça. Isso pode ser aplicado à vida dos filhos de pais cristãos que rejeitam as instruções recebidas na infância e deliberadamente escolhem os caminhos do mundo. Amigos jovens que possuem tais privilégios, o caminho do céu não estará sempre aberto para vocês. Aproximem-se dele agora (João 6:37)!

viernes, 5 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 10.1-18

1 Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.
2 Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados?
3 Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos,
4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.
5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste;
6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado.
7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.
8 Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (coisas que se oferecem segundo a lei),
9 então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo.
10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.
11 Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados;
12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,
13 aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés.
14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.
15 E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito:
16 Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei,
17 acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre.
18 Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado.
A repetição infindável dos sacrifícios da antiga aliança demonstrava que eles eram ineficientes. Na verdade, eram apenas recordações dos pecados (v. 3). A justiça divina não estava satisfeita e, além disso, Deus não se agradava deles. Então Alguém se apresentou para liquidar esta questão. O Pai agradava-se somente do Senhor Jesus, portanto só Ele poderia ser o sacrifício aceitável, a Vítima santa oferecida para sempre. Enquanto os sacerdotes se mantinham de pé, pois o serviço deles nunca cessava, Cristo assentou-se à destra de Deus, prova cabal de que Sua obra estava terminada. E o que se assentou para sempre nos aperfeiçoou para sempre. Sim, perfeitos, pois é assim que Deus nos vê quando nossos pecados estão remidos. E não se trata de algo futuro: esta já é uma questão resolvida e definitiva.

Mas não esqueçamos que obra feita por nós é acompanhada por uma obra feita em nós. O Senhor deseja colocar Seu amor e Seus mandamentos em nosso coração (v. 16; 8:10). Jesus disse ao Pai, quando estava prestes a entrar no mundo: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei" (v. 7, 9; Salmo 40:6-8). E esta é a vontade que o Senhor Jesus anseia que também esteja na vida de cada um de Seus redimidos.

jueves, 4 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 9.16-28

16 Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador;
17 pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador.
18 Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue;
19 porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo,
20 dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros.
21 Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado.
22 Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.
23 Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores.
24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;
25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.
26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.
27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,
28 assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.
"Sem derramamento de sangue, não há remissão" (v. 22; Levítico 17:11). O que cada sacrifício da antiga aliança proclamava, e que Abel já havia entendido pela fé (11:4), é confirmado aqui categoricamente. "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23) e o sangue derramado na terra é a prova cabal de que a dívida fora paga (Deuteronômio 12:23-24). O sangue de Cristo foi "derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mateus 26:28). Quem são estes muitos? Todos os que crêem! O precioso sangue de Jesus, eternamente contemplado por Deus, os protege da ira divina, pois "aos homens está ordenado morrerem uma só vez...". A reencarnação não é possível.

Todavia, nem tudo acaba com a morte, e ela representa pouca coisa quando comparada ao que segue. O que há depois da morte? Uma palavra basta para revelar o mistério: "... depois disto, o juízo" (2 Timóteo 4:1; Apocalipse 20:12). A pessoa sem Deus tem diante de si duas terríveis realidades: morte e julgamento. Mas o redimido possui duas maravilhosas certezas: o perdão de todos os seus pecados e a volta do Senhor para a libertação final (v. 28). Que cada um de nossos leitores esteja entre os que "o aguardam para a salvação".

miércoles, 3 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 9.1-15

1 Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre.
2 Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar;
3 por trás do segundo véu, se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,
4 ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança;
5 e sobre ela, os querubins de glória, que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório. Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente.
6 Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados;
7 mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo,
8 querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido.
9 É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.
11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.
13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!
15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.
Os capítulos 35 a 40 de Êxodo relatam como o tabernáculo foi construído. O livro de Levítico dá instruções acerca dos sacrifícios (capítulos 1 a 7), e, portanto, aos sacerdotes (capítulos 8 a 12). Porém, todas estas ordenanças do culto terreno demonstram sua terrível ineficiência. O tabernáculo estava dividido por um véu intransponível. O sacerdote, pecador, era obrigado a oferecer um sacrifício por seus próprios pecados (v. 7; 5:3). Finalmente, os sacrifícios de bezerros e bodes eram "no tocante à consciência, ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto" (v. 9).

Deus, então, nos fala do "maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos" (v. 11; 8:2). Mas de que ele serviria se não houvesse um sacerdote capaz de ministrar? E de que nos serviria um sacerdote perfeito (capítulos 5 a 8) se o sacrifício fosse imperfeito? (capítulos 9 a 10). Para nossa completa segurança, o Senhor Jesus é, ao mesmo tempo, um e outro. Como sacrifício, Ele nos dá paz de consciência. Como sacerdote, Ele nos dá paz de coração e nos mantém em comunhão com Deus. Sob a antiga aliança, tudo era incerto e condicional. Agora tudo é eterno: tanto nossa redenção (v. 12; 5:9) quanto nossa herança (v. 15). Nada e ninguém pode tirá-las de nós e nem mesmo questioná-las.

martes, 2 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 8.1-13

1 Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,
2 como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem.
3 Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer tanto dons como sacrifícios; por isso, era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer.
4 Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei,
5 os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte.
6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.
7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.
8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá,
9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.
10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
12 Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.
13 Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.
A antiga aliança do Sinai fora quebrada pelo pecado de Israel. Uma nova aliança, predita em Jeremias 31:31, é feita com este povo. Provas cabais têm sido dadas de que o homem é incapaz de cumprir as promessas feitas a Deus, portanto, nesta nova aliança, não há mais condições que o homem tenha de satisfazer (Romanos 11:27). Ela é baseada unicamente no sangue de Cristo, também chamado de "o sangue da [nova] aliança" (Mateus 26:28). Quatro aspectos a caracterizam:

Os mandamentos do Senhor estarão escritos no coração dos homens - haverá um chamamento ao amor.

Israel voltará a seu relacionamento como povo do Senhor (v. 10; Zacarias 8:8).

O conhecimento do Senhor será comum a todos (v. 11; Isaías 54:13).

Deus não se lembrará mais nem dos pecados nem das iniqüidades (v. 12).

Os cristãos, por sua vez, não estão sob um pacto, pois que necessidade há de um pacto entre pai e filho? Mas eles desfrutam de todas as bênçãos prometidas a Israel, e de muito mais. A Palavra divina está implantada neles (2 Coríntios 3:3). Eles são filhos de Deus agora. Conhecem a Deus por meio do Espírito Santo que habita neles. Têm total segurança de que seus pecados foram apagados para sempre.

Querido leitor, esses privilégios também são seus?

lunes, 1 de agosto de 2011

Lição Bíblica

Hebreus 7.18-28

18 Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade
19 (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.
20 E, visto que não é sem prestar juramento (porque aqueles, sem juramento, são feitos sacerdotes,
21 mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre);
22 por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança.
23 Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar;
24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável.
25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
26 Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,
27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.
28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.
Até que fosse feito "mais alto do que os céus", Jesus não podia ser nosso Sumo Sacerdote. Para que fosse capaz de nos representar diante de Deus, era necessário que, em primeiro lugar, Ele oferecesse a si mesmo por nós. Acima de tudo, precisávamos de um Redentor. Mas agora o Salvador de nossa alma é também Aquele que nos salva perpetuamente, ou seja, o que cuida de nós até que entremos em Sua glória. E como vive para sempre, temos a plena segurança de que Ele nunca nos faltará. De fato, "nos convinha um sumo sacerdote com este". Sua perfeição moral, expressa de todas as formas, e Sua posição gloriosa diante de Deus nos levam a exclamar: "Olha, ó Deus... e contempla o rosto do teu ungido" (Salmo 84:9).

Em breve, não teremos mais necessidade de Sua intercessão. Ela cessará quando todos os redimidos chegarem ao final da peregrinação. Por que, então, repete-se a frase "Tu és sacerdote para sempre"? (5:6; 6:20; 7:17,21). Porque é o sacerdote que também conduz o louvor - um serviço eterno que nosso amado Salvador não exercerá mais sozinho. Ele será acompanhado daqueles que salvou inteiramente, e que permanecerão a Seu lado para sempre na glória (2:12). Até que fosse feito "mais alto do que os céus", Jesus não podia ser nosso Sumo Sacerdote. Para que fosse capaz de nos representar diante de Deus, era necessário que, em primeiro lugar, Ele oferecesse a si mesmo por nós. Acima de tudo, precisávamos de um Redentor. Mas agora o Salvador de nossa alma é também Aquele que nos salva perpetuamente, ou seja, o que cuida de nós até que entremos em Sua glória. E como vive para sempre, temos a plena segurança de que Ele nunca nos faltará. De fato, "nos convinha um sumo sacerdote com este". Sua perfeição moral, expressa de todas as formas, e Sua posição gloriosa diante de Deus nos levam a exclamar: "Olha, ó Deus... e contempla o rosto do teu ungido" (Salmo 84:9).