lunes, 30 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 8.21-36

21 De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir.
22 Então, diziam os judeus: Terá ele, acaso, a intenção de suicidar-se? Porque diz: Para onde eu vou vós não podeis ir.
23 E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou.
24 Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados.
25 Então, lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito?
26 Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dele tenho ouvido, essas digo ao mundo.
27 Eles, porém, não atinaram que lhes falava do Pai.
28 Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.
29 E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
30 Ditas estas coisas, muitos creram nele.
31 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;
32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
33 Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?
34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.
35 O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre.
36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

Os judeus haviam declarado ao Senhor que o Seu testemunho não era verdadeiro (v. 13). Para que, então, perguntar-Lhe agora quem Ele é (v. 25)? Jesus só pode responder-lhes: "Que é que desde o princípio vos tenho dito?" As Suas palavras são a perfeita expressão do que Ele é (Salmo 17:3). Que contraste há entre o que dizemos ou mostramos aos demais e o que somos na realidade. Tudo o que o Senhor Jesus disse e fez estava em perfeita harmonia com o pensamento de Seu Pai. "Porque eu faço sempre o que Lhe agrada", pôde afirmar o Senhor. Modelo inimitável que, contudo, devemos almejar por imitar!

O Senhor Jesus promete plena libertação aos que nEle crêem. Porém os judeus presentes protestam: "Jamais fomos escravos de alguém" (v. 33). Devido a um estranho lapso de memória, ou melhor, por orgulho, eles apagaram de sua história Egito, Babilônia... e o presente domínio romano. Assim é o homem: não admite ser escravo do pecado e se imagina livre para fazer somente o que quer (2 Pedro 2:19).

Reconheçamos, queridos amigos, a terrível condição em que estávamos outrora; mas também demo-nos conta da verdadeira liberdade que o Filho de Deus nos tem colocado ao fazer que também sejamos filhos de Deus.

domingo, 29 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 8.1-20

1 Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras.
2 De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava.
3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo -a ficar de pé no meio de todos,
4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles tentando -o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.
12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.
13 Então, lhe objetaram os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; logo, o teu testemunho não é verdadeiro.
14 Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.
15 Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo.
16 Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.
17 Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.
18 Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim.
19 Então, eles lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.
20 Proferiu ele estas palavras no lugar do gazofilácio, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora.
Os escribas e os fariseus pensam que podem fazer o Senhor Jesus cair em uma armadilha particularmente sutil. Por meio dEle, a graça e a verdade vieram juntas (1:17). Se Ele condena esta mulher culpada, onde está a graça que todos eles conheciam (Lucas 4:22)? Se Ele a perdoa, não está isso em prejuízo da verdade e em contradição com a Lei? Em Sua sabedoria infalível, o Senhor Jesus lhes mostra que essa Lei alcança a todos. Isso tem sido comparado a uma espada sem o cabo que fere primeiro a pessoa que a usa.

Mas, ai! em lugar de confessar os pecados dos quais se deram conta, os acusadores se retiram, um após o outro, envergonhados (Jó 5:13). "A Luz do mundo" está diante deles (v. 12). Mas "os homens amaram mais as trevas do que a luz", tal como insetos que se escondem em outra parte quando é levantada a pedra que os abriga (cap. 3:19). Por fim, o Único que, não tendo pecado, teria todo o direito de ministrar o castigo, diz à mulher: "Nem eu tampouco te condeno". Ele acrescenta: "Vai, e não peques mais" (v. 11). Muitas pessoas se esforçam por merecer o perdão de Deus por uma boa conduta, enquanto a prioridade do Senhor começa por perdoar, vindo somente depois a ordem de não pecar mais (compare 5:14; Salmo 130:4; 1 João 3:9).

sábado, 28 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 7.37-53

37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
39 Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.
40 Então, os que dentre o povo tinham ouvido estas palavras diziam: Este é verdadeiramente o profeta;
41 outros diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: Porventura, o Cristo virá da Galiléia?
42 Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e da aldeia de Belém, donde era Davi?
43 Assim, houve uma dissensão entre o povo por causa dele;
44 alguns dentre eles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos.
45 Voltaram, pois, os guardas à presença dos principais sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes?
46 Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem.
47 Replicaram-lhes, pois, os fariseus: Será que também vós fostes enganados?
48 Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
49 Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita.
50 Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes:
51 Acaso, a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?
52 Responderam eles: Dar-se -á o caso de que também tu és da Galiléia? Examina e verás que da Galiléia não se levanta profeta.
53 E cada um foi para sua casa.
Esses capítulos 6 e 7 do Evangelho de João nos levam a pensar em Êxodo 16 e 17, respectivamente. No capítulo 6, o Senhor Jesus é apresentado como o verdadeiro pão vindo do céu, do qual o maná é apenas uma figura. Na passagem de hoje, Ele está diante de nós como a rocha de Êxodo 17, da qual a água da vida brota em abundância. No capítulo 55 de seu livro, Isaías anuncia o convite a todos "os sedentos", para que venham às águas da graça. Mas aqui é o próprio Salvador que exclama: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba" (v. 37). E o crente assim, cheio do Espírito Santo, vem a ser um canal de bênção para outros (v. 38).

Infelizmente a única resposta deles é mais argumentos. Isso é como que se pessoas sedentas, diante de uma fonte de água pura, discutissem a composição química da água ou a sua origem, em vez de bebê-la!

O final do capítulo ainda nos mostra dois testemunhos a favor do Senhor diante dos fariseus. Os guardas enviados para prendê-LO são obrigados a reconhecer que as Suas palavras não são humanas: "Jamais alguém falou como este homem". E depois disso Nicodemos timidamente intercede a favor dAquele com quem, no capítulo 3, teve uma conversa pessoal e inesquecível.

jueves, 26 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 7.25-36

25 Diziam alguns de Jerusalém: Não é este aquele a quem procuram matar?
26 Eis que ele fala abertamente, e nada lhe dizem. Porventura, reconhecem verdadeiramente as autoridades que este é, de fato, o Cristo?
27 Nós, todavia, sabemos donde este é; quando, porém, vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é.
28 Jesus, pois, enquanto ensinava no templo, clamou, dizendo: Vós não somente me conheceis, mas também sabeis donde eu sou; e não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro, aquele a quem vós não conheceis.
29 Eu o conheço, porque venho da parte dele e fui por ele enviado.
30 Então, procuravam prendê-lo; mas ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora.
31 E, contudo, muitos de entre a multidão creram nele e diziam: Quando vier o Cristo, fará, porventura, maiores sinais do que este homem tem feito?
32 Os fariseus, ouvindo a multidão murmurar estas coisas a respeito dele, juntamente com os principais sacerdotes enviaram guardas para o prenderem.
33 Disse-lhes Jesus: Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou.
34 Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir.
35 Disseram, pois, os judeus uns aos outros: Para onde irá este que não o possamos achar? Irá, porventura, para a Dispersão entre os gregos, com o fim de os ensinar?
36 Que significa, de fato, o que ele diz: Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir?
O versículo 25, comparado com o 20, prova a hipocrisia desses judeus. E tal como foi naquele tempo, o Senhor Jesus hoje ainda é alvo de vãs conclusões. Cada um dá o seu parecer; discute-se a opinião dos governantes. Em realidade, se a presença e as palavras do Senhor provocam tal agitação, é porque essa gente está perturbada interiormente por essa Voz que, embora não queiram admitir, sentem que é a de Deus (compare v. 28). Tratam de esquivar-se desta voz ao persuadirem-se a si mesmos de que este galileu não pode ser o Cristo porque conhecem a Sua família e o Seu lugar de origem. Jesus responde: "Vós conheceis-me" - aliás melhor do que pensam; é vossa consciência quem vos diz que sou, e vos acusa.

É muito solene ouvir o Senhor levantar a Sua voz a essa multidão (v. 28, 37; compare com Provérbios 8:1 e 9:3). Tampouco hoje, ninguém poderá dizer que não tem ouvido.

"Também onde eu estou, vós não podeis ir", declara o Senhor a todos aqueles incrédulos (v. 34). Porém os Seus, em troca, possuem a Sua promessa, infinitamente preciosa: "Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (João 14:3). Querido leitor, qual dessas duas sentenças o Senhor pode dirigir a você? Onde você passará a eternidade?

Lição Bíblica

João 7.1-24

1 Passadas estas coisas, Jesus andava pela Galiléia, porque não desejava percorrer a Judéia, visto que os judeus procuravam matá-lo.
2 Ora, a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima.
3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa este lugar e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
4 Porque ninguém há que procure ser conhecido em público e, contudo, realize os seus feitos em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo.
5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.
6 Disse-lhes, pois, Jesus: O meu tempo ainda não chegou, mas o vosso sempre está presente.
7 Não pode o mundo odiar-vos, mas a mim me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más.
8 Subi vós outros à festa; eu, por enquanto, não subo, porque o meu tempo ainda não está cumprido.
9 Disse-lhes Jesus estas coisas e continuou na Galiléia.
10 Mas, depois que seus irmãos subiram para a festa, então, subiu ele também, não publicamente, mas em oculto.
11 Ora, os judeus o procuravam na festa e perguntavam: Onde estará ele?
12 E havia grande murmuração a seu respeito entre as multidões. Uns diziam: Ele é bom. E outros: Não, antes, engana o povo.
13 Entretanto, ninguém falava dele abertamente, por ter medo dos judeus.
14 Corria já em meio a festa, e Jesus subiu ao templo e ensinava.
15 Então, os judeus se maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter estudado?
16 Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou.
17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.
18 Quem fala por si mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há injustiça.
19 Não vos deu Moisés a lei? Contudo, ninguém dentre vós a observa. Por que procurais matar-me?
20 Respondeu a multidão: Tens demônio. Quem é que procura matar-te?
21 Replicou-lhes Jesus: Um só feito realizei, e todos vos admirais.
22 Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas), no sábado circuncidais um homem.
23 E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem?
24 Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.
Os irmãos do Senhor Jesus faziam parte daqueles que não criam nEle, porque buscavam a glória que vem dos homens (v. 4 e 5; compare com 5:44). Eles esperavam que a Sua popularidade fosse estendida a sua família, enquanto que, se tivessem crido que Ele era o Filho de Deus, dar-se-iam conta da distância que os separava dEle (leia Lucas 8:21; 2 Coríntios 5:16). Mais tarde os irmãos do Senhor creram nEle e foram contados entre os Seus discípulos (Atos 1:14).

O princípio deles aqui é o mesmo que norteia todos os homens: fazer valer os seus dons e as suas capacidades para sua própria vantagem, a fim de serem conhecidos e honrados (v. 4). Por outro lado, o Senhor nunca deixou de "procurar a glória de Quem O enviou" (v. 18). Ele somente vai à festa no momento que Deus determina. Quão longe estamos desse perfeito Exemplo! Muitas de nossas dificuldades decorrem tanto de nossa precipitação em fazer alguma coisa como de nosso atraso em obedecer às ordens de Deus. O versículo 17 nos lembra também de que a submissão à vontade de Deus é o meio para cada um de nós conhecer a verdade.

Em Jerusalém o Senhor Jesus encontra estes judeus que estão cheios de ódio contra Ele, e que desde a cura do paralítico em Betesda, num sábado, procuram matá-LO (v. 1; 5:16).

martes, 24 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 6.37-50

37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
41 Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
42 E diziam: Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu?
43 Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós.
44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.
46 Não que alguém tenha visto o Pai, salvo aquele que vem de Deus; este o tem visto.
47 Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.
48 Eu sou o pão da vida.
49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.
50 Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça.
O Salvador que nos ama promete: "O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" (v. 37). Vá ao encontro do Senhor caso você ainda não o fez; saiba que Ele nunca o recusará.

Mas, para vir ao Senhor Jesus, é necessário que o Espírito de Deus opere no coração. O homem não pode dar um passo em direção a Deus sem que Ele o traga; é o que o Senhor afirma no verso 44. Alguém dirá, talvez: - Não é minha culpa, pois, se não sou convertido. Pelo contrário, você é plenamente responsável por deixar que essa obra divina se realize em seu coração. Neste mesmo instante, Deus está lhe atraindo para Si. Não Lhe resista por mais tempo.

A graça que o Senhor Jesus demonstra ao pecador é a expressão de Seu próprio amor. Porém esta também é parte da vontade de Deus, cuja meta é dar vida à Sua criatura (v. 40). E o Senhor Jesus veio para cumprir essa vontade e nada mais fazer, como já havia profetizado o salmista. O apóstolo repete esta profecia: "Eis que estou para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hebreus 10:9; Salmo 40:7-8).

O homem tem um corpo e uma alma. Eis o porquê ele não pode viver só de pão, o qual somente alimenta o seu corpo. A sua alma também necessita de alimento e este só é encontrado na Palavra divina, o Pão celestial, Cristo mesmo (Lucas 4:4).

Licão Bíblica

João 6.51-71

51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
53 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos.
54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.
56 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.
57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá.
58 Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente.
59 Estas coisas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
60 Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
61 Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isto vos escandaliza?
62 Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?
63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.
64 Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair.
65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.
66 À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.
67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna;
69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.
70 Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo.
71 Referia-se ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-lo, sendo um dos doze.
Apesar da promessa que Deus lhes havia feito quando estavam no deserto, encontrando o maná, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros: "Que é isto?" (Êxodo 16:15). A mesma incredulidade se manifesta em seus descendentes. Discutem entre si acerca da estranha comida da qual lhes falou o Senhor Jesus: Sua carne e Seu sangue; em outras palavras, a Sua morte. Um Cristo vivo aqui na Terra não basta para dar vida às nossas almas. Temos que nos apropriar de Sua morte para ter a vida eterna (o que é, em sentido figurado, comer Sua carne e beber Seu sangue). Logo, temos que diariamente nos identificar com Ele em Sua morte. Estamos mortos com Ele em relação ao Mundo e ao pecado. O homem natural não pode entender isso. Deseja ter um modelo a seguir, mas lhe é muito difícil reconhecer o seu próprio estado de condenação - do qual fala a morte de Cristo.

Em vez de interrogar o Senhor, muitos que professavam ser Seus discípulos O abandonaram ofendidos por causa de Suas palavras. Ele não busca retê-los suavizando a verdade. Porém prova o coração dos que ficaram: "Porventura quereis também vós outros retirar-vos?" A bonita resposta de Pedro é: "Senhor, para quem iremos?". Que essa também possa ser a nossa! (v. 68-69; leia Hebreus 10:38-39).

lunes, 23 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 6.22-36

22 No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do mar notou que ali não havia senão um pequeno barco e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos, tendo estes partido sós.
23 Entretanto, outros barquinhos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, tendo o Senhor dado graças.
24 Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura.
25 E, tendo -o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?
26 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.
27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
28 Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus?
29 Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.
30 Então, lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos?
31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.
32 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá.
33 Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.
34 Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
35 Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
36 Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes.
O Senhor não se deixa enganar. As multidões seguem-NO com um motivo muito material: eles esperam que Ele continue lhes dando pão. E é por isso que procura estimulá-los a trabalhar pelo céu (v. 27). Deveríamos nos perguntar a nós mesmos se o nosso trabalho tem como prioridade as coisas do alto que alimentam a nossa alma e que permanecem, ou as coisas do Mundo que estão destinadas a perecer.

Quer isso dizer que devemos ter obras para sermos salvos? Muitas pessoas na cristandade de hoje ainda crêem assim (compare v. 28). Mas a Palavra declara: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé... não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9). Deus só reconhece uma obra - e é Ele quem opera esta obra em nós: a de crer no Salvador que Ele nos tem dado (v. 29). Todas as coisas provêm dEle: a água viva (o Espírito Santo; 4:10) e o pão da vida (Cristo mesmo; v. 37). Por que, então, não estão nossas almas continuamente satisfeitas? Quebrou o Senhor as Suas promessas? (v. 35; 4:14). Certamente que não! Porém, por nossa parte, nem sempre cumprimos as condições: o Senhor Jesus diz "o que crê em mim, jamais terá sede". Necessitamos da fé para ser salvos, mas também dela necessitamos cada dia para que possamos nos satisfazer em toda a Sua plenitude.

domingo, 22 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 6.1-21

1 Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.
2 Seguia -o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos.
3 Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.
5 Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer?
6 Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer.
7 Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço.
8 Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus:
9 Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?
10 Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam.
12 E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13 Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido.
14 Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo.
15 Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.
16 Ao descambar o dia, os seus discípulos desceram para o mar.
17 E, tomando um barco, passaram para o outro lado, rumo a Cafarnaum. Já se fazia escuro, e Jesus ainda não viera ter com eles.
18 E o mar começava a empolar-se, agitado por vento rijo que soprava.
19 Tendo navegado uns vinte e cinco a trinta estádios, eis que viram Jesus andando por sobre o mar, aproximando-se do barco; e ficaram possuídos de temor.
20 Mas Jesus lhes disse: Sou eu. Não temais!
21 Então, eles, de bom grado, o receberam, e logo o barco chegou ao seu destino.
As multidões têm seguido o Senhor Jesus. Mas, como muitos na cristandade, são mais atraídos por Seu poder que por Sua graça e perfeições morais; porém, uma coisa não pode ser separada da outra. Nesta cena da multiplicação dos pães, o Senhor uma vez mais manifesta essas virtudes juntas. O rapaz mencionado no v. 9 nos lembra que, por mais jovem que possamos ser, podemos fazer alguma coisa para o Senhor e para o bem dos outros. Parece ter sido o único a pensar em trazer alguma coisa para comer. Ao colocar o pouco que tinha à disposição do Senhor, ele veio a ser o meio para prover as necessidades de cinco mil homens. Quando o Senhor quer servir-Se de nós, nunca nos desculpemos dizendo que somos jovens demais, ou que não temos recursos suficientes; Ele mesmo saberá como servir-Se deles (Jeremias 1:6-7).

Depois desse milagre, o povo queria tomar o Senhor Jesus "para o proclamarem rei". Contudo, Ele não pode receber o reino das mãos dos homens (5:41), nem tampouco das mãos de Satanás (Mateus 4:8-10). É Deus somente que O fará rei (Salmo 2:6).

Finalmente ainda vemos outro em outra cena, também iluminada pelo Seu poder e graça. Vemo-LO ir ao encontro de Seus discípulos sobre o mar agitado e dissipar os seus temores.

sábado, 21 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 5.31-47

31 Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
32 Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que ele dá de mim.
33 Mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
34 Eu, porém, não aceito humano testemunho; digo-vos, entretanto, estas coisas para que sejais salvos.
35 Ele era a lâmpada que ardia e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo, alegrar-vos com a sua luz.
36 Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou.
37 O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.
38 Também não tendes a sua palavra permanente em vós, porque não credes naquele a quem ele enviou.
39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.
40 Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.
41 Eu não aceito glória que vem dos homens;
42 sei, entretanto, que não tendes em vós o amor de Deus.
43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis.
44 Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?
45 Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança.
46 Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito.
47 Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?

O Senhor Jesus contesta a incredulidade dos judeus ao invocar quatro testemunhos a Seu favor: o de João (v. 32-35), o de Suas próprias obras (v. 36); o de Seu Pai que, no rio Jordão, chamou atenção para Seu Filho amado (v. 37) e, finalmente, o das Escrituras (v. 39). Existem muitas referências ao Messias no livros de Moisés (v. 46; vide, por exemplo, Gênesis 49:10, 25; Números 24:17). Embora pretendessem reverenciar Moisés, os judeus não criam em suas palavras, já que recusavam Aquele a quem ele profetizou (v. 46; Deuteronômio 18:15). Em contraste, estão dispostos a, no futuro, receber o Anticristo (v. 43).

"Examinais as Escrituras", recomenda o Senhor Jesus. É através delas que podemos melhorar o nosso conhecimento de Sua infinita Pessoa.

Receber a glória dos homens e buscar a sua aprovação é uma forma de incredulidade (v. 44). Pois Deus declara que não somos nada (Gálatas 6:3) e que não há nada em nós de que possamos nos gloriar (2 Coríntios 10:17). Porém, ao invés de crer nEle, muitas vezes preferimos nos comprazer no bem que os demais podem pensar de nós! O Senhor Jesus não buscava nenhuma glória da parte dos homens (v. 41; compare Paulo em 1 Tessalonicenses 2:6). E nós deveríamos ser capazes de imitá-LO, se tivermos em nós o amor de Deus e o desejo de agradá-LO (compare v. 42).

viernes, 20 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 5.15-30

15 O homem retirou-se e disse aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
16 E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado.
17 Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.
20 Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis.
21 Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.
22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,
23 a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
26 Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.
27 E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.
28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:
29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
30 Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.
O ódio dos judeus dá ao Senhor Jesus uma oportunidade de manifestar ainda mais algumas de Suas glórias:

(1) Sua obra de amor para tirar o pecado do Mundo (v. 17; 1:29). Confrontado pela ruína de Sua criação, o Filho, como o Pai, não poderia descansar.

(2)A infinita afeição do Pai para com Seu Filho, com o Qual compartilha todos os Seus conselhos (v. 20; 3:25).

(3) O poder da vida que está nEle (vs. 21, 26), através do qual dá agora vida eterna aos que crêem em Seu nome (v. 24). Ele exercitará esse poder num tempo ainda futuro, para ressuscitar aos mortos (vs. 28, 29).

(4)O juízo que Lhe tem sido dado na Sua qualidade de Filho do homem (vs. 22, 27).

 Finalmente, nos versículos 19 e 30, a Sua perfeita obediência! Que valor tem essa obediência quando realizada precisamente por Aquele que tem o direito à obediência de toda criatura! (v. 23). Se o Senhor fala de Suas próprias glórias, é porque elas estão estreitamente ligadas com as de Seu Pai. Não honrar o Filho é uma ofensa para com Aquele que O enviou (v. 23; vide 1 João 2:23).

Diante de todas as perfeições de nosso Salvador, não nos resta mais, queridos amigos, que nos maravilharmos (final do v. 20) e adorá-LO.

jueves, 19 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 5.1-14

1 Passadas estas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém.
2 Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões.
3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos
4 esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando -a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Jesus, vendo -o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?
7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8 Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9 Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.
10 Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.
11 Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda.
12 Perguntaram-lhe eles: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?
13 Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, por haver muita gente naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.
O tanque de Betesda (que significa casa da misericórdia) era uma figura da antiga aliança de Deus com o povo de Israel. Os enfermos deveriam ter força para atirar-se na água curadora, e, a fim de terem essa força, eles teriam que já estar curados! Igualmente a Lei só pode dar vida à pessoa que pode cumprir as suas demandas e ninguém é capaz disso. Alguém pode perguntar por quê, entre essa multidão de inválidos, de cegos e de coxos, o Senhor Jesus parece estar interessado somente nesse paralítico. Isso é porque, para beneficiar-se de Sua graça, duas condições são necessárias: a pessoa deve experimentar tanto o desejo como a necessidade. Estes dois sentimentos são ressaltados pela pergunta do Senhor: "Queres ser curado?" e a resposta do infortunado: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque". Alguém sempre descia antes dele; toda a sua miserável vida tem sido uma decepção após outra decepção. Sem dúvida que ele havia alguma vez contado com a sua família ou com os seus amigos para ajudá-lo, mas isso foi há muito tempo atrás. Depois de trinta e oito anos, ele perdeu suas últimas ilusões. Agora que não tem ninguém para ajudá-lo, ele pode contar com o Senhor Jesus. Meu amigo, se você ainda não se converteu, não espere mais tempo para compreender que só o Senhor Jesus pode te salvar. Mas, você realmente deseja ser salvo?

miércoles, 18 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 4.39-54

39 Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito.
40 Vindo, pois, os samaritanos ter com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois dias.
41 Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra,
42 e diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.
43 Passados dois dias, partiu dali para a Galiléia.
44 Porque o mesmo Jesus testemunhou que um profeta não tem honras na sua própria terra.
45 Assim, quando chegou à Galiléia, os galileus o receberam, porque viram todas as coisas que ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, à qual eles também tinham comparecido.
46 Dirigiu-se, de novo, a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum.
47 Tendo ouvido dizer que Jesus viera da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e lhe rogou que descesse para curar seu filho, que estava à morte.
48 Então, Jesus lhe disse: Se, porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis.
49 Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
50 Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus e partiu.
51 Já ele descia, quando os seus servos lhe vieram ao encontro, anunciando-lhe que o seu filho vivia.
52 Então, indagou deles a que hora o seu filho se sentira melhor. Informaram: Ontem, à hora sétima a febre o deixou.
53 Com isto, reconheceu o pai ser aquela precisamente a hora em que Jesus lhe dissera: Teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa.
54 Foi este o segundo sinal que fez Jesus, depois de vir da Judéia para a Galiléia.
Jesus permanece dois dias com esses samaritanos que, como Ele mesmo, eram desprezados pelos judeus (vide cap. 8:48). E esse povo creu nele, não apenas por causa do testemunho da mulher, senão como um resultado do contato pessoal que tiveram com "o Salvador do mundo" (v. 42; 1 João 4:14). Querido amigo, não se contente em conhecer o Senhor através da experiência que os outros têm dEle. Assegure-se ter com Ele um encontro pessoal e decisivo.

Em seguida o Senhor Jesus vai à Galiléia. Encontra ali um oficial do rei que, afligido porque o seu filho está gravemente enfermo, insiste em que o Mestre vá curá-lo. Esse homem está longe de ter a grande fé do centurião romano daquela mesma cidade de Cafarnaum, que não se considerava digno da visita do Senhor e se contentava com apenas uma palavra para curar o seu servo (Lucas 7:7). O Senhor Jesus começa por dizer a esse preocupado pai que a fé consiste simplesmente em crer na Sua palavra, e não tem necessidade de ver qualquer coisa (v. 48; compare cap. 2:23). Assim, é para provar a esse homem que o Senhor não desce à sua casa. E o poder da morte é derrotado pelo poder da vida que veio do alto (1 João 5:12).

martes, 17 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 4.19-38

19 Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta.
20 Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
21 Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22 Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.
23 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
24 Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
25 Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas.
26 Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo.
27 Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
28 Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens:
29 Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!
30 Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele.
31 Nesse ínterim, os discípulos lhe rogavam, dizendo: Mestre, come!
32 Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.
33 Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer?
34 Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.
35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.
36 O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro.
37 Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um é o semeador, e outro é o ceifeiro.
38 Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.

É uma coisa notável que o primeiro ensino do Senhor a esta pobre mulher samaritana não diz respeito ao seu comportamento, mas sim à adoração, a qual é o serviço maravilhoso de todos os crentes.

Onde, quando e como deve o louvor ser ministrado ao Senhor? A religião de formas e cerimônias tem sido colocada de lado; a hora é chegada - e é agora - de adorar em espírito e em verdade. A quem e por quem deve a adoração ser rendida? Não mais a Jeová, o Deus de Israel, mas ao Pai, em conformidade com uma relação completamente nova entre Deus e homem. Daqui por diante compete-lhes apresentar esse louvor. Eles são chamados verdadeiros adoradores. Você que tem sido procurado por Deus com esse propósito em vista, negará agora o fruto do trabalho do Senhor?

Assim que ela ouviu isso, abandona o seu cântaro e se apressa a dizer a todos na cidade sobre a Pessoa que conheceu. No tocante aos discípulos, eles se mostram incapazes de entrar nos pensamentos do Mestre. O Senhor Jesus extrai a Sua força e o gozo da comunhão com o Seu Pai (v. 34) e das perspectivas que estiveram diante dEle. Ele já estava discernindo a colheita futura: a multidão dos que Ele ia redimir (v. 35; compare Salmo 126:6).

lunes, 16 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 4.1-18

1 Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João
2 (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos),
3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia.
4 E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria.
5 Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José.
6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.
7 Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8 Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos.
9 Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?
10 Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11 Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
12 És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?
13 Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede;
14 aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.
16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá;
17 ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido;
18 porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.

Deus não enviou o Seu Filho unigênito somente para gente respeitável como Nicodemos. Esse maravilhoso "dom de Deus" (v. 10) tem sido feito disponível gratuitamente para o mais miserável pecador. Que quadro temos aqui! Em Sua incompreensível humilhação, o Filho de Deus está sentado junto ao poço, verdadeiramente homem, que sente cansaço e sede; e, contudo, só pensa na salvação do ser que Ele criou. Uma mulher se aproxima dEle; veja como o Senhor Jesus trata de ganhar a sua confiança. Pede-lhe um favor e coloca-Se a seu nível, abordando assuntos que são do conhecimento dela. Desesperada por encontrar felicidade, essa mulher tinha bebido das muitas águas enganosas deste Mundo. Havia buscado a felicidade com cinco maridos, e sempre havia voltado a ter sede. Mas o Salvador chama a sua atenção para a "água viva", da qual Ele mesmo é a fonte (vs. 10, 13, 14; compare com Jeremias 2:13, 18; 17:13). Ela não entendeu a natureza disso; mas essa samaritana foi movida a perguntar-Lhe como ela poderia receber esse maravilhoso dom. Antes, é necessário que o Senhor ponha o dedo sobre o que não está certo na vida dessa mulher (v. 16-18), pois nenhum homem pode ser feliz a menos que a luz de Deus tenha penetrado na sua consciência. No Senhor Jesus, a graça é inseparável da verdade, (v. 17).

domingo, 15 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 3.22-36

22 Depois disto, foi Jesus com seus discípulos para a terra da Judéia; ali permaneceu com eles e batizava.
23 Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo e era batizado.
24 Pois João ainda não tinha sido encarcerado.
25 Ora, entre os discípulos de João e um judeu suscitou-se uma contenda com respeito à purificação.
26 E foram ter com João e lhe disseram: Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, está batizando, e todos lhe saem ao encontro.
27 Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada.
28 Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor.
29 O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim.
30 Convém que ele cresça e que eu diminua.
31 Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos
32 e testifica o que tem visto e ouvido; contudo, ninguém aceita o seu testemunho.
33 Quem, todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez, certifica que Deus é verdadeiro.
34 Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida.
35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos.
36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.

Os discípulos de João sentem um pouco de ciúmes ao ver que seu mestre perde sua importância e uma outra pessoa vem a ser mais importante (v. 26; 4:1). Com exceção de dois deles (uma era André), que deixaram João e seguiram o Senhor Jesus (1:37), esses homens não haviam entendido o que exatamente era a missão do precursor. Ele era o amigo do Esposo - aquilo que provocava descontentamento a seus discípulos, pelo contrário, o enchia de gozo (v. 29). Tinha gozo em sair de cena em benefício do Senhor. A sua maravilhosa resposta deveria ser um lema bem gravado também em cada um de nossos corações: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (v. 30). Estas palavras dão a João a oportunidade de exaltar o Senhor Jesus: Ele está acima de todos os homens, não por causa da autoridade que a multidão nEle reconheceu, mas sim porque "vem das alturas" (v. 31). E não vem do alto como um anjo, mas como sendo o objeto de toda a afeição do Pai, o Seu herdeiro (Hebreus 1:2).

Tal visita pôs toda a raça humana à prova e a dividiu em dois grupos: primeiro, aqueles que crêem no Filho - esses têm vida eterna. Por último, aqueles que não crêem - que terrível pensamento! -, a ira de Deus permanece sobre eles. Em qual grupo você se encontra? (vide cap. 20:31).

sábado, 14 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 3.1-21

1 Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?
5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.
9 Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus:
10 Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho.
12 Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu.
14 E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.
20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras.
21 Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.

Temeroso, contudo impulsionado pelas necessidades de sua alma, Nicodemos vai ao encontro dAquele que é a vida e a luz (1:4, 5). Esse principal dos judeus, esse eminente mestre em Israel, aprende do divino Mestre uma verdade tão estranha como humilhante para ele. Nem as suas qualificações, nem os seus conhecimentos, nem alguma de suas aptidões humanas lhe dão qualquer direito ao reino de Deus. Porque da mesma maneira que entramos no Mundo dos homens pelo nascimento natural, é necessário um outro nascimento para entrar nesse reino espiritual.

A resposta do Senhor apresenta dois requisitos, dois imperativos - "importa". Um aplica-se ao homem: "Importa-vos nascer de novo". O outro, a terrível contraparte disso, diz respeito ao nosso maravilhoso Salvador: "Assim importa que o Filho do homem seja levantado". Jesus Cristo sendo levantado na cruz, visto por mim com os olhos da fé, salva-me da perdição eterna (v. 14-15; compare com Números 21:8-9). Ao contemplá-LO, aprendo a conhecer o amor de Deus pelo Mundo (como para mim pessoalmente) e a suprema prova que Ele nos tem dado de Seu amor. O Mundo não será julgado sem antes ter sido amado. A totalidade do Evangelho está contida nesse maravilhoso versículo 16 - o meio de salvação para inumeráveis pecadores, um versículo que nunca deve cessar de nos maravilhar.

viernes, 13 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 2.1-12

1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus.
2 Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.
3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.
4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5 Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.
6 Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas.
7 Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.
8 Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.
9 Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo
10 e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.
11 Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
12 Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.

O Senhor Jesus foi convidado para um casamento. Porém, observem que esta cena tem lugar fora da sala onde aconteceu a festa e nada nos é dito a respeito dos que casaram. Tudo que sabemos sobre eles é que tiveram a feliz idéia de convidar Jesus e Seus discípulos para as bodas. Queridos amigos, estamos aptos a incluir o Senhor em todas as nossas atividades? Estaria Ele sempre livre para associar-se às nossas celebrações familiares e às nossas diversões? Ele é o único que pode nos assegurar o verdadeiro gozo, do qual o vinho é uma figura na Palavra de Deus. Contudo, é a água destinada à purificação que produz esse vinho de gozo. Esse será o caso com Israel nos tempos da restauração, como é o caso da Igreja também. Apenas experimentamos o gozo espiritual conforme a medida em que primeiro praticamos o auto-juízo.

A atitude do homem é servir "primeiro o bom vinho" (v. 10). Desde a sua juventude o homem se apressa a gozar de tudo que a vida pode lhe oferecer, porque, com os anos, pouco a pouco virão as preocupações, as penas, o declínio e a morte; por isso o bom vinho é apresentado primeiro. O Senhor Jesus age diferente. Ele tem reservado para os Seus eterno gozo, o qual não se compara de nenhum modo com as vãs felicidades desta Terra. Não desejemos qualquer outra coisa que isso.

jueves, 12 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 2.1-12

1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe
de Jesus.
2 Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.
3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.
4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha
hora.
5 Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.
6 Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e
cada uma levava duas ou três metretas.
7 Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.
8 Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.
9 Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde
viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o
noivo
10 e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam
fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.
11 Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a
sua glória, e os seus discípulos creram nele.
12 Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus
discípulos; e ficaram ali não muitos dias.

O Senhor Jesus foi convidado para um casamento. Porém, observem que esta cena
tem lugar fora da sala onde aconteceu a festa e nada nos é dito a respeito dos
que casaram. Tudo que sabemos sobre eles é que tiveram a feliz idéia de convidar
Jesus e Seus discípulos para as bodas. Queridos amigos, estamos aptos a incluir
o Senhor em todas as nossas atividades? Estaria Ele sempre livre para
associar-se às nossas celebrações familiares e às nossas diversões? Ele é o
único que pode nos assegurar o verdadeiro gozo, do qual o vinho é uma figura na
Palavra de Deus. Contudo, é a água destinada à purificação que produz esse vinho
de gozo. Esse será o caso com Israel nos tempos da restauração, como é o caso da
Igreja também. Apenas experimentamos o gozo espiritual conforme a medida em que
primeiro praticamos o auto-juízo.

A atitude do homem é servir "primeiro o bom vinho" (v. 10). Desde a sua
juventude o homem se apressa a gozar de tudo que a vida pode lhe oferecer,
porque, com os anos, pouco a pouco virão as preocupações, as penas, o declínio e
a morte; por isso o bom vinho é apresentado primeiro. O Senhor Jesus age
diferente. Ele tem reservado para os Seus eterno gozo, o qual não se compara de
nenhum modo com as vãs felicidades desta Terra. Não desejemos qualquer outra
coisa que isso.

miércoles, 11 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 1.35-51

35 No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos
36 e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
37 Os dois discípulos, ouvindo -o dizer isto, seguiram Jesus.
38 E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes?
39 Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima.
40 Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.
41 Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
42 e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
43 No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galiléia e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-me.
44 Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
45 Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José.
46 Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.
47 Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!
48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
49 Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!
50 Ao que Jesus lhe respondeu: Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois maiores coisas do que estas verás.
51 E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

O que preenche o coração de João com gozo e convicção é o procedimento do Senhor Jesus (e não apenas o sinal do alto: v. 32-33). Este sentimento é contagiante e fala a outros também. Os dois discípulos de João ouvem o que ele diz e se ajuntam ao Senhor Jesus. Eles O seguiram e se alegraram em Sua presença, tal como hoje, segundo a Sua promessa, também podemos fazer (Mateus 18:20). André nos dá ainda outro exemplo. Ele leva o "seu próprio irmão, Simão", ao Senhor Jesus. Antes de pensarmos em qualquer tipo de atividade para o Senhor, recordemos os nossos próprios parentes que ainda não conhecem Jesus. André é um discreto discípulo. Mas o seu serviço naquele dia veio ter grandes conseqüências, já que Simão veio a ser o apóstolo Pedro. Filipe ouve o chamado do Senhor e logo fala a Natanael sobre esse Nazareno que é o Messias prometido. Mas nenhum argumento tem o peso desse simples convite: "Vem, e vê".

Nesse capítulo vemos alguns dos magníficos nomes e títulos que exaltam as glórias eternas do Senhor Jesus Cristo: Verbo, Vida, o Deus unigênito no seio do Pai, o Cordeiro de Deus, Mestre, Messias ou Cristo, Nazareno, Filho de Deus, Rei de Israel e Filho do homem.

martes, 10 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 1.19-34

19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?
20 Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
21 Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não.
22 Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?
23 Então, ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
24 Ora, os que haviam sido enviados eram de entre os fariseus.
25 E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
26 Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis,
27 o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias.
28 Estas coisas se passaram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
30 É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim.
31 Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água.
32 E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele.
33 Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
34 Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.

Não foi o peso de seus pecados que conduziu os sacerdotes e os levitas a João Batista, mas antes a curiosidade e o desejo de formar uma opinião; talvez eles também sentissem alguma ansiedade. Contudo, suas perguntas dão a João a oportunidade de entregar a sua mensagem (Cf. 1 Pedro 3:15). Mas, não é acerca de si mesmo que ele tem alguma coisa a dizer (v. 22); ele é somente uma voz. Ele era "um homem enviado por Deus... para que testificasse a respeito da Luz" (v. 6-8). Não nos esqueçamos de que todos os redimidos são chamados a dar testemunho da luz, sobretudo ao andar "como filhos da luz" (Efésios 5:8). Em si mesmos não são nada, apenas instrumentos através dos quais Cristo, a Luz moral do Mundo, deve ser manifestado.

Deus disse de antemão a Seu servo como reconhecer Aquele que ele era responsável por anunciar. "Eis o Cordeiro de Deus", clamou João quando viu o Senhor Jesus. Deus providenciou para Si mesmo uma santa Vítima para tirar o pecado do Mundo. Vítima esperada desde a queda do homem e anunciada pelos profetas tanto quanto tipificada no Antigo Testamento (Isaías 53; Êxodo 12:3). Que Vítima! O Cordeiro de Deus não é outro senão o próprio Filho de Deus (v. 34).

lunes, 9 de abril de 2012

Lição Bíblica

João 1.1-18

1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
6 Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João.
7 Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.
8 Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz,
9 a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem.
10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
15 João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim.
16 Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.
17 Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

"O Deus unigênito", dando a conhecer o Pai - tal é o sumário deste Evangelho (v. 18; vide 1 João 4:9). Já o primeiro versículo, no qual cada palavra é importante, no-LO apresenta como o Verbo (ou a Palavra), uma Pessoa eterna, distinta de Deus e, contudo, ao mesmo tempo, Deus. Tão longe quanto possamos imaginar regressar ao tempo, o Verbo já existia (Salmo 90:2). Mas essa Palavra criadora, única fonte de vida e de luz, não se dirigiu a nós desde as alturas celestiais, senão que veio ao Mundo (v. 9), sujeitando-Se aos nossos limites no tempo e no espaço. É um mistério insondável: o Verbo se fez carne (v. 14; 1 Timóteo 3:16). O verbo não veio como um mensageiro repentino que retorna imediatamente Àquele que O enviou. Ele habitou (literalmente levantou a sua tenda) entre nós, contudo sem jamais deixar de estar "no seio do Pai" (v. 18). Tudo o que Deus é em Sua natureza veio a nós e brilhou nesta maravilhosa Pessoa: amor e luz (graça para o coração e verdade para a consciência do pecador). Porém as trevas morais do homem não entenderam a verdadeira Luz (v. 5). O Mundo não conheceu o seu Criador e o Seu próprio povo não receberam o seu Messias (v. 11). E você, leitor, O tem recebido? Em caso afirmativo, você é então um filho de Deus (v. 12; Gálatas 3:26).

domingo, 8 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 24.36-53

36 Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco!
37 Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito.
38 Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?
39 Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
40 Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
41 E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer?
42 Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel.
43 E ele comeu na presença deles.
44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
45 Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;
46 e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia
47 e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.
48 Vós sois testemunhas destas coisas.
49 Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.
50 Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou.
51 Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu.
52 Então, eles, adorando -o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo;
53 e estavam sempre no templo, louvando a Deus.

O Senhor poderia ter subido ao céu no momento de Sua ressurreição. Mas Ele desejava encontrar os seus queridos discípulos novamente (João 16:22); queria dar-lhes prova de que não só estava vivo, mas que permanecia Homem para sempre, o homem Jesus Cristo, o mesmo que eles haviam conhecido, seguido e servido aqui na Terra. Queridos amigos crentes, Aquele que nós veremos no céu não é somente um "espírito", nem tampouco um estranho para os nossos corações. Ele é o Senhor Jesus dos Evangelhos, o Filho do homem, o qual Lucas nos tem apresentado, o terno Salvador que aqui na Terra temos aprendido a conhecer e amar.

Por quatro vezes neste capítulo insiste-se que todo o decreto de Deus havia de cumprir-se nos sofrimentos de Cristo, mas também em Suas glórias (v. 7,26,44,46).

O Senhor levou os Seus discípulos para Betânia, lugar que escolheu para despedir-Se dos Seus. Com isso, e visando o tempo de Sua ausência, ele figurativamente os estabeleceu sobre um novo terreno "fora" do sistema judaico, uma nova base, que é a vida nova e a comunhão (do que Betânia é figura: João 12:1-2).

A última palavra do Senhor é uma promessa (v. 49), Seu gesto, uma bênção (v. 50). Ele se foi, mas os corações de Seus discípulos transbordavam de alegria e louvor. Objetos do mesmo amor, celebremos nós também ao nosso Deus, ao nosso Pai, e regozijemo-nos em nosso perfeito Salvador.

sábado, 7 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 24.13-35

13 Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
14 E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas.
15 Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.
16 Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer.
17 Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos.
18 Um, porém, chamado Cleopas, respondeu, dizendo: És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?
19 Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo,
20 e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21 Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.
22 É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo;
23 e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive.
24 De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram.
25 Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?
27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
28 Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante.
29 Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles.
30 E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou -o e, tendo -o partido, lhes deu;
31 então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles.
32 E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
33 E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,
34 os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão!
35 Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão.

Dois discípulos caminham tristemente pela estrada que leva a Emaús. Havendo perdido suas esperanças terrenas de um Messias para Israel, estão agora de regresso para seus campos e negócios (Marcos 16:12). Mas o misterioso estrangeiro que se une a eles mudará completamente o curso de seus pensamentos. A primeira coisa que faz é admirar-Se da falta de entendimento e descrença deles (v. 25). Essas duas coisas freqüentemente vão juntas. Quão repetidas vezes a nossa ignorância é proveniente de nossa descrença! (Hebreus 11:3). Daí o Senhor abre as Escrituras a Seus dois companheiros de viagem e lhes faz descobrir "o que a seu respeito constava em todas" elas (v. 27). Não esqueçamos nunca que a chave para o Antigo Testamento, e especialmente para as profecias, consiste em buscar ali o Senhor Jesus.

Observemos como o Senhor Se deixa constranger por estes que d'Ele precisam: Ele "entrou para ficar" com os dois discípulos. Que nós também possamos ter esta experiência! Em particular, quando estamos desanimados e as circunstâncias têm tomado um rumo diferente daquele que esperávamos, aprendamos em Sua presença a aceitar as coisas como elas são. A "consolação das Escrituras" fará então que os nossos pensamentos sejam dirigidos a um Salvador vivo e o resultado é que os nossos corações arderão dentro de nós (leia Romanos 15:4).

viernes, 6 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 23.50-56

50 E eis que certo homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo
51 (que não tinha concordado com o desígnio e ação dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus, e que esperava o reino de Deus,
52 tendo procurado a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus,
53 e, tirando -o do madeiro, envolveu -o num lençol de linho, e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado.
54 Era o dia da preparação, e começava o sábado.
55 As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado.
56 Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.

Lucas 24.1-12

1 Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado.
2 E encontraram a pedra removida do sepulcro;
3 mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
4 Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes.
5 Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive?
6 Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia,
7 quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.
8 Então, se lembraram das suas palavras.
9 E, voltando do túmulo, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os mais que com eles estavam.
10 Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; também as demais que estavam com elas confirmaram estas coisas aos apóstolos.
11 Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas.
12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E, abaixando-se, nada mais viu, senão os lençóis de linho; e retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido.

A intervenção de José de Arimatéia mostra-nos que a graça havia alcançado este homem, um dos ricos dos quais repetidas vezes é feito menção no Evangelho de Lucas (18:24; Mateus 27:57) e que também era um dos principais do povo. Este discípulo fora especialmente preparado para o serviço que agora realiza: o de sepultar o corpo do Senhor, segundo Isaías 53:9. Em seguida, o Espírito apresenta-nos essas mulheres devotas e repete-nos que elas acompanharam o Senhor desde a Galiléia (v. 49, 55). Estiveram presentes no Calvário. Depois, com mais amor do que entendimento, prepararam aromas para ungir o corpo d'Ele. Por último, na manhã do primeiro dia da semana, vemo-las indo ao sepulcro, onde ocorre um maravilhoso encontro. Dois anjos estão ali para lhes anunciar que os preparativos são desnecessários: Aquele que elas buscam já não está mais no túmulo; Ele ressuscitou.

A experiência cristã de muitos filhos de Deus não vai além da cruz. A estranha pergunta do versículo 5 poderia ser feita a eles também: "Por que buscais entre os mortos ao que vive?" Queridos amigos, alegremo-nos! O Senhor Jesus não é somente um Salvador que morreu na cruz pelos nossos pecados. Ele está vivo para todo o sempre (Apocalipse 1:18), e nós vivemos com Ele (João 14:19).

jueves, 5 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 23.33-49

33 Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda.
34 Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes.
35 O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido.
36 Igualmente os soldados o escarneciam e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo:
37 Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.
38 Também sobre ele estava esta epígrafe em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
39 Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também.
40 Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu -o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?
41 Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.
42 E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.
43 Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
44 Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.
45 E rasgou-se pelo meio o véu do santuário.
46 Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.
47 Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo.
48 E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos.
49 Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas.

O Senhor Jesus é levado ao sinistro lugar chamado Caveira, onde é crucificado entre dois malfeitores. "Pai, perdoa-lhes...". Esta é a Sua sublime resposta a todo o mal que os homens Lhe fazem (compare com 6:27). Se eles se arrependessem, o seu crime - o maior da história da humanidade - seria expiado pela Sua própria morte.

Na cruz onde todos estão presentes, desde as autoridades (v. 35) até o malfeitor (v. 39), revela-se descaradamente toda a maldade do coração humano: olhares cínicos, provocações, injúrias, grosserias... mas é ali que surge um maravilho diálogo entre o Salvador crucificado e o outro malfeitor que está convencido de seu pecado (v. 41). Iluminado por Deus, ele discerne no Homem maltratado, coroado com espinhos, que vai morrer ao seu lado, uma vítima santa, um Rei glorioso (v. 42). E recebe uma promessa de valor inestimável (v. 43). Assim, na própria cruz, o Senhor já pôde gozar do primeiro fruto do terrível trabalho de Sua alma.

Depois das três últimas horas de trevas impenetráveis, o Senhor Jesus reata com Deus a comunhão interrompida durante o abandono que acaba de atravessar. E em plena serenidade Ele entrega Seu espírito nas mãos de Seu Pai. A morte do Justo é para Deus a oportunidade de dar um último testemunho por meio do centurião romano (v. 47).

martes, 3 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 23.1-12

1 Levantando-se toda a assembléia, levaram Jesus a Pilatos.
2 E ali passaram a acusá-lo, dizendo: Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei.
3 Então, lhe perguntou Pilatos: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes.
4 Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não vejo neste homem crime algum.
5 Insistiam, porém, cada vez mais, dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.
6 Tendo Pilatos ouvido isto, perguntou se aquele homem era galileu.
7 Ao saber que era da jurisdição de Herodes, estando este, naqueles dias, em Jerusalém, lho remeteu.
8 Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também vê-lo fazer algum sinal.
9 E de muitos modos o interrogava; Jesus, porém, nada lhe respondia.
10 Os principais sacerdotes e os escribas ali presentes o acusavam com grande veemência.
11 Mas Herodes, juntamente com os da sua guarda, tratou -o com desprezo, e, escarnecendo dele, fê-lo vestir-se de um manto aparatoso, e o devolveu a Pilatos.
12 Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro.

Foi fácil manifestar oposição contra o Senhor Jesus. Os principais do povo levantaram-se unânimes para conduzi-LO a Pilatos, o único que tem o poder de condenar à morte. De que acusam o seu prisioneiro? De perverter a nação, de conduzi-la ao mal - Ele que só havia trabalhado para reconduzir o coração do povo a Deus. Acusam-No de proibir dar tributos a César, quando Ele na realidade lhes havia dito o contrário: "Dai, pois, a César o que é de César..." (20:25). Mas essas mentiras não têm sobre Pilatos o efeito que os judeus esperavam. Em seu embaraço, o governador busca um recurso para livrar-se de sua responsabilidade. Faz com que O levem a Herodes, que tem para com o Senhor uma mistura de temor (9:7), ódio (13:31) e curiosidade (v. 8). Mas como esta curiosidade não havia sido satisfeita, toda a baixeza moral deste homem que ocupa um importante cargo no governo vem à luz: se compraz em humilhar um prisioneiro indefeso, embora tivesse ouvido falar de Seus milagres de amor! Daí, decepcionado, envia-O de volta a Pilatos.

Ao contemplá-LO tão maltratado, vituperado e menosprezado, o nosso coração se regozija ao pensar no momento em que Ele aparecerá em Sua glória e quando cada um terá de reconhecer que Ele é Senhor, para a glória de Deus, o Pai (Isaías 53:3; Filipenses 2:11).

lunes, 2 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 22.54-71

54 Então, prendendo -o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe.
55 E, quando acenderam fogo no meio do pátio e juntos se assentaram, Pedro tomou lugar entre eles.
56 Entrementes, uma criada, vendo -o assentado perto do fogo, fitando -o, disse: Este também estava com ele.
57 Mas Pedro negava, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 Pouco depois, vendo -o outro, disse: Também tu és dos tais. Pedro, porém, protestava: Homem, não sou.
59 E, tendo passado cerca de uma hora, outro afirmava, dizendo: Também este, verdadeiramente, estava com ele, porque também é galileu.
60 Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
61 Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo.
62 Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente.
63 Os que detinham Jesus zombavam dele, davam-lhe pancadas e,
64 vendando-lhe os olhos, diziam: Profetiza-nos: quem é que te bateu?
65 E muitas outras coisas diziam contra ele, blasfemando.
66 Logo que amanheceu, reuniu-se a assembléia dos anciãos do povo, tanto os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziram ao Sinédrio, onde lhe disseram:
67 Se tu és o Cristo, dize-nos. Então, Jesus lhes respondeu: Se vo-lo disser, não o acreditareis;
68 também, se vos perguntar, de nenhum modo me respondereis.
69 Desde agora, estará sentado o Filho do Homem à direita do Todo-Poderoso Deus.
70 Então, disseram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? E ele lhes respondeu: Vós dizeis que eu sou.
71 Clamaram, pois: Que necessidade mais temos de testemunho? Porque nós mesmos o ouvimos da sua própria boca.

Pobre Pedro! Enquanto o Senhor Jesus orava, ele dormia; enquanto Ele permitia que O prendesse como um "manso cordeiro, que é levado ao matadouro" (Jeremias 11:19; Isaías 53:7), Pedro saca a espada ferindo o servo do sumo sacerdote (v. 50; João 18:10). Por fim, enquanto o Senhor testemunhava a verdade diante dos homens, ele por três vezes mentiu e O negou! Assentou-se no pátio entre os que acabavam de prender o seu Mestre e agora falavam contra Ele (Salmo 69:12; Salmo 1:1b). Como ele poderia testemunhar para o Senhor Jesus nesta condição?

Um simples olhar do Senhor quebra o coração do pobre discípulo e o atinge mais profundamente do que qualquer repreensão. Oh, que olhar! Penetra sua consciência e começa ali uma obra de restauração. Esta negação, tão dolorosa para o Senhor, vem somar-se a todos os escárnios que sofreu (v. 63-65).

Os homens perversos, diante dos quais Ele está agora, são obrigados a reconhecer por si mesmos, que "o Filho do homem" (v. 69) é ao mesmo tempo "o Filho de Deus" (v. 70). Eis por que o Senhor Jesus pôde responder-lhes: "Vós dizeis que eu sou". É por isso também que eles são infinitamente mais culpáveis por tê-LO condenado depois de tais palavras!

domingo, 1 de abril de 2012

Lição Bíblica

Lucas 22.39-53

39 E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam.
40 Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação.
41 Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava,
42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.
43 Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava.
44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.
45 Levantando-se da oração, foi ter com os discípulos, e os achou dormindo de tristeza,
46 e disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.
47 Falava ele ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, o chamado Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar.
48 Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?
49 Os que estavam ao redor dele, vendo o que ia suceder, perguntaram: Senhor, feriremos à espada?
50 Um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita.
51 Mas Jesus acudiu, dizendo: Deixai, basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
52 Então, dirigindo-se Jesus aos principais sacerdotes, capitães do templo e anciãos que vieram prendê-lo, disse: Saístes com espadas e porretes como para deter um salteador?
53 Diariamente, estando eu convosco no templo, não pusestes as mãos sobre mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas.

Este solene relato da cena no Getsêmani contém detalhes que só Lucas dá. Aqui nós vemos que o Senhor Jesus se ajoelha (v. 41); e que um anjo Lhe aparece do céu para fortalecê-LO (v. 43). A angústia deve-se ao cerrado combate em que estava engajado, e sabemos qual inimigo Ele haveria de enfrentar. O conflito é tão intenso que em certo momento Seu suor passa a ser como gotas de sangue! Mas até mesmo a angústia demonstra-nos a perfeição d'Ele, pois o mal muitas vezes nem impressiona os nossos endurecidos corações, enquanto, para este Homem perfeito, o pensamento de carregar o pecado Lhe enchia de horror e terror.

Depois o Senhor Jesus foi ter com os Seus discípulos, os quais acabaram dormindo. Tal como estavam carregados de sono no monte da transfiguração, na presença de Sua glória (9:32), assim também aqui diante de Seu sofrimento. Ele lhes havia ensinado a pedir: "Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal" (11:4; Mateus 6:13). Se ao menos tivessem orado assim nesta hora em que o inimigo se aproximava!

Agora Judas aparece com a multidão. É maravilhoso ver o Senhor Jesus, que momentos antes havia passado pelo mais terrível dos combates, mostrando agora paciência, graça e uma perfeita calma a esses homens.