domingo, 31 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 20.1-18

1 Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos,
2 e o argüiram nestes termos: Dize-nos: com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu esta autoridade?
3 Respondeu-lhes: Também eu vos farei uma pergunta; dizei-me:
4 o batismo de João era dos céus ou dos homens?
5 Então, eles arrazoavam entre si: Se dissermos: do céu, ele dirá: Por que não acreditastes nele?
6 Mas, se dissermos: dos homens, o povo todo nos apedrejará; porque está convicto de ser João um profeta.
7 Por fim, responderam que não sabiam.
8 Então, Jesus lhes replicou: Pois nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
9 A seguir, passou Jesus a proferir ao povo esta parábola: Certo homem plantou uma vinha, arrendou -a a lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável.
10 No devido tempo, mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha; os lavradores, porém, depois de o espancarem, o despacharam vazio.
11 Em vista disso, enviou-lhes outro servo; mas eles também a este espancaram e, depois de o ultrajarem, o despacharam vazio.
12 Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de o ferirem, expulsaram.
13 Então, disse o dono da vinha: Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem.
14 Vendo -o, porém, os lavradores, arrazoavam entre si, dizendo: Este é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança venha a ser nossa.
15 E, lançando -o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o dono da vinha?
16 Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. Ao ouvirem isto, disseram: Tal não aconteça!
17 Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular?
18 Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
Se esses fariseus estivessem presentes quando João batizou o Senhor Jesus, não teriam necessidade de perguntar ao Senhor com que autoridade Ele fazia "estas cousas" (vide 7:30). Ali Deus solenemente declarou ser Jesus Seu Filho amado, e O revestiu com poder para realizar Seu ministério (3:22). Além disso, tudo o que o Senhor fazia e dizia não deixava evidente que era o Pai que Lhe havia enviado? (João 12:49-50).

O Senhor ainda dá a esses homens de má fé uma oportunidade de se reconhecerem na parábola dos lavradores maus. Recusando dar a Deus o fruto da obediência, Israel desprezou, maltratou e algumas vezes matou os Seus mensageiros e os Seus profetas (2 Crônicas 36:16). E quando em amor Deus lhes deu o Seu próprio Filho, não hesitaram em lançá-LO "fora da vinha" e matá-LO. Mas o Senhor enumera as terríveis conseqüências deste último crime: Deus fará este povo iníquo perecer. Confiará a outros (tomados de entre as nações) a responsabilidade de produzir fruto para Ele. Finalmente, se por um lado não iria restar pedra sobre pedra no templo terrestre (19:44; 21:5-6), pelo outro Cristo, "a pedra que os construtores rejeitaram", tornar-Se-ia, na Sua ressurreição, o precioso fundamento de uma casa espiritual e celestial, a qual é a Igreja (1 Pedro 2:4).

sábado, 30 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 19.29-48

29 Ora, aconteceu que, ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos,
30 dizendo-lhes: Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai -o e trazei -o.
31 Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele.
32 E, indo os que foram mandados, acharam segundo lhes dissera Jesus.
33 Quando eles estavam soltando o jumentinho, seus donos lhes disseram: Por que o soltais?
34 Responderam: Porque o Senhor precisa dele.
35 Então, o trouxeram e, pondo as suas vestes sobre ele, ajudaram Jesus a montar.
36 Indo ele, estendiam no caminho as suas vestes.
37 E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto,
38 dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas!
39 Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos!
40 Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.
41 Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42 e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
43 Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco;
44 e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação.
45 Depois, entrando no templo, expulsou os que ali vendiam,
46 dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores.
47 Diariamente, Jesus ensinava no templo; mas os principais sacerdotes, os escribas e os maiorais do povo procuravam eliminá-lo;
48 contudo, não atinavam em como fazê-lo, porque todo o povo, ao ouvi-lo, ficava dominado por ele.
A jornada do Senhor está se aproximando de seu fim: Jerusalém, a cidade à qual se dirigia com firme propósito, já desde o capítulo 9:51, sabendo o que Lhe esperava ali. No entanto, por um breve momento, os discípulos pensaram que o Seu reino estaria por começar (compare com v. 11). O Senhor Jesus mostra Sua soberania reivindicando o jumentinho (aliás, não há em nossas vidas muitas coisas a respeito das quais também poderia ser dito que "o Senhor precisa" delas? - v. 34). Aclamado pela multidão e por Seus discípulos, o Rei faz a Sua entrada triunfal na cidade - um cumprimento cabal de Zacarias 9:9. Mas, em contraste com esta alegria, os fariseus mostram a sua indiferença hostil (v. 39). Em figura, até se poderia dizer que as pedras seriam mais acessíveis à ação do poder de Deus do que o coração endurecido do desgraçado povo judeu. Ao ver a cidade, o Senhor Jesus chora sobre ela. Ele sabia quais seriam as trágicas conseqüências de sua cegueira. Ele antevê como as legiões de Tito, quarenta anos mais tarde, assediam a cidade culpada (Isaías 29:3-6). Cenas indescritíveis de massacre e destruição passam diante de Seus olhos!

Depois, entrando no templo, Ele considera com grande pesar o comércio que o enche, e, com santo zelo, o faz cessar (compare com Ezequiel 8:6).

viernes, 29 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 19.11-28

11 Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente.
12 Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar.
13 Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte.
14 Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.
15 Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido.
16 Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez.
17 Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.
18 Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco.
19 A este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades.
20 Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei embrulhada num lenço.
21 Pois tive medo de ti, que és homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.
22 Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei;
23 por que não puseste o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, o receberia com juros.
24 E disse aos que o assistiam: Tirai-lhe a mina e dai -a ao que tem as dez.
25 Eles ponderaram: Senhor, ele já tem dez.
26 Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe -á; mas ao que não tem, o que tem lhe será tirado.
27 Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença.
28 E, dito isto, prosseguia Jesus subindo para Jerusalém.
Esta parábola nos apresenta ao mesmo tempo a rejeição do Senhor Jesus como Rei (v. 14) e a responsabilidade dos Seus durante o tempo de Sua ausência. Na parábola dos "talentos", em Mateus 25, cada servo recebeu uma soma diferente segundo a soberana vontade de seu senhor, mas a recompensa pela fidelidade era a mesma. Nesta parábola, pelo contrário, foi confiada uma mina a cada servo enquanto que a recompensa é proporcional à sua atividade. A cada crente Deus dá a mesma salvação, a mesma Palavra, o mesmo Espírito, sem falar dos variados dons dispensados a cada um. Contudo, nem todos têm o mesmo zelo em aplicar essas bênçãos para a glória de seu Mestre ausente. Pois o segredo do serviço é o amor por Aquele a que servimos. Quanto maior o amor, maior será a dedicação. O terceiro servo considerava seu senhor rigoroso e injusto, por isso o odiava e não trabalhou para ele. Este servo representa todos os que apenas levam o nome de cristãos, dos quais Deus tirará aquilo que aparentam ter (v. 26).

Pode infelizmente ocorrer que até mesmo os verdadeiros filhos de Deus aceitem os dons e se neguem a se dedicar ao serviço. Frustram assim os desejos do Senhor e, por fim, privam-se a si mesmos do fruto que Ele gostaria de ter gozado junto com eles.

jueves, 28 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 18.35-43

35 Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas.
36 E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo.
37 Anunciaram-lhe que passava Jesus, o Nazareno.
38 Então, ele clamou: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
39 E os que iam na frente o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
40 Então, parou Jesus e mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe:
41 Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver.
42 Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou.
43 Imediatamente, tornou a ver e seguia -o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.

Lucas 19.1-10

1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico,
3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.
5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.
6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria.
7 Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador.
8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
9 Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.
10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.
A visita do Senhor a Jericó foi provavelmente a única ocasião dada ao cego e a Zaqueu para encontrá-LO. Apesar dos obstáculos, não perderam a sua oportunidade (compare 16:16).

Consideremos um pouco este cego. Ele não podia ver o Salvador que passava, e, ademais, a multidão buscava fazê-lo calar; mas ele clamava ainda mais até que obteve uma resposta à sua fé.

Quanto a Zaqueu, foi a sua pequena estatura e a mesma multidão que se apertava em volta do Senhor Jesus que o impediam de vê-LO. Foi então que ele, correndo para adiantar-se, sobe a uma árvore sem se preocupar com o que as pessoas dirão. Ele é mais um que supera as suas dificuldades, e é ricamente recompensado! Imaginemos a sua surpresa e a sua alegria quando ouve chamar por seu nome, sendo convidado a descer depressa para receber o Senhor em sua própria casa.

Querido amigo, o Senhor Jesus está mais uma vez passando perto de você, oferecendo-lhe salvação (v. 9). Não se deixe deter por suas limitações, nem pelas formas de uma falsa religião que, como esta multidão, lhe impediria de ver "Jesus tal como é", nem tampouco por temer a opinião dos outros. O Mestre está lhe chamando pelo seu nome, "Pois me convém ficar hoje" em seu coração. Você irá deixá-LO passar?

miércoles, 27 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 18.18-34

18 Certo homem de posição perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
19 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus.
20 Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.
21 Replicou ele: Tudo isso tenho observado desde a minha juventude.
22 Ouvindo -o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá -o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.
23 Mas, ouvindo ele estas palavras, ficou muito triste, porque era riquíssimo.
24 E Jesus, vendo -o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
25 Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
26 E os que ouviram disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo?
27 Mas ele respondeu: Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus.
28 E disse Pedro: Eis que nós deixamos nossa casa e te seguimos.
29 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus,
30 que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna.
31 Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem;
32 pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido;
33 e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.
34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele dizia.
Na presença deste príncipe do povo, aparentemente dotado das mais nobres qualidades, qualquer outro a não ser o Senhor Jesus certamente teria dito: "Eis aqui alguém que me honrará, um discípulo bom, este vale a pena de ganhar ao meu lado". Mas o que Deus vê é o coração (1 Samuel 16:7), e o Senhor irá agora sondar o deste homem.

"Que farei?" foi a pergunta. Nesse sentido, o Senhor Jesus só pode recordá-lo da lei. Mas, que necessidade teria ele de roubar, se era rico? Por que teria matado ou dado falso testemunho, não queria ele manter uma boa reputação? Por que não ter honrado a seus pais? Não lhe haviam deixado uma ótima herança? Na verdade, ele infringiu o primeiro mandamento, visto que seu deus era a sua riqueza (Êxodo 20:3). A tristeza deste homem, que, humanamente falando, possuía tudo que é necessário para ser feliz - boa posição social, uma imensa fortuna e juventude para desfrutá-la - prova aos que invejam tais vantagens que nenhuma destas coisas pode proporcionar felicidade. Pelo contrário, se o coração se apega a essas coisas, elas se tornam obstáculos para obter a vida eterna e seguir o Senhor Jesus. O Senhor estava para cumprir a obra que nos deu a vida. Meditando em cada frase dos versículos 32-33, devemos considerar: "Jesus sofreu isso por mim".

martes, 26 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 18.1-17

1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:
2 Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum.
3 Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário.
4 Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum;
5 todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me.
6 Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo.
7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?
8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?
9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;
12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.
15 Traziam-lhe também as crianças, para que as tocasse; e os discípulos, vendo, os repreendiam.
16 Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
17 Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele.
A parábola da viúva e do juiz iníquo nos anima a orar com perseverança (Romanos 12:12; Colossenses 4:2). Se até mesmo um homem perverso acaba se comovendo, quanto mais razão não teria o Deus de amor para intervir libertando os "seus escolhidos". Às vezes Ele tarda em fazê-lo, porque o fruto que espera não está maduro; mas não nos esqueçamos de que Ele a Si mesmo Se obriga a usar de paciência, pois o Seu amor O levaria a agir mais depressa (v. 7). Virá um tempo, o da tribulação final, quando esta passagem terá sua plena aplicação nos escolhidos do povo judeu.

O fariseu que, cheio de si mesmo, apresenta a Deus a sua própria justiça, e o publicano, que mantém uma certa distância por ter profunda consciência de seus pecados, são, num sentido moral, os respectivos descendentes de Caim e Abel, com a diferença de que Abel tinha a ciência de ter sido justificado. O único título que nos dá o direito de nos aproximarmos de Deus é o de pecador. É humilhante para o homem ter que pôr de lado as suas obras (v. 11) e também seus raciocínios, sabedoria e experiência. Mas as verdades divinas do reino só podem ser apreendidas por uma simples fé, ilustrada de forma tocante na confiança de uma criancinha. Quando o Senhor vier, achará em nós uma fé assim? (v. 8).

lunes, 25 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 17.20-37

20 Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais;
24 porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem.
25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas e seja rejeitado por esta geração.
26 Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem:
27 comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos.
28 O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;
29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos.
30 Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar.
31 Naquele dia, quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa não desça para tirá-los; e de igual modo quem estiver no campo não volte para trás.
32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
33 Quem quiser preservar a sua vida perdê-la -á; e quem a perder de fato a salvará.
34 Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro;
35 duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra.
36 Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado.
37 Então, lhe perguntaram: Onde será isso, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres.
Contra toda lógica, os fariseus se preocupam com o tempo quando virá o reino de Deus... enquanto por outro lado se recusam a reconhecer e receber o Rei que está no meio deles (v. 21). O reino de Deus, freqüentemente mencionado no Evangelho de Lucas, é a esfera, o domínio onde os direitos de Deus são reconhecidos. Compreende primeiro o céu, e por esta razão encontramos também, especialmente em Mateus, a expressão "o reino dos céus".

Devia, porém, se estender também a Israel e à Terra. Foi quando o Rei, com o propósito de colocar os Seus súditos à prova, veio entre eles sob um humilde aspecto, a saber, sem chamar a atenção, (v. 20) e como tal foi rejeitado. Qual foi o resultado? O reino agora subsiste somente em sua forma celestial. É verdade que no dado momento ele será estabelecido sobre a Terra, mas por meio de juízos repentinos e terríveis. O dilúvio e a súbita destruição de Sodoma são solenes ilustrações para isso (quanto mais solenes são as dos v. 27-30 para a nossa época!). Porém já existe um domínio onde os direitos morais do Senhor são reconhecidos desde agora: nos corações dos que pertencem a Ele. Amigo, o seu coração é um "distrito" do reino de Deus?

domingo, 24 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 17.1-19

1 Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!
2 Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.
3 Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende -o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.
4 Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.
5 Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.
6 Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá.
7 Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa?
8 E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás?
9 Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado?
10 Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.
11 De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia.
12 Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos,
13 que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
14 Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.
15 Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz,
16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.
17 Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?
18 Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?
19 E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.
Não é de se admirar que o mundo, onde reina o mal, esteja cheio de escândalos e de armadilhas. Mas, o fato de um cristão ser uma pedra de tropeço aos mais fracos que ele é uma coisa indescritivelmente triste... é também muito solene para ele.

O Senhor, Aquele que perdoa (cap. 7:48), ensina aqui como devemos perdoar (v. 3-4). Os apóstolos no entanto, sentem que, para agir segundo esses princípios de graça, necessitam de mais fé e pedem ao Senhor por isso. Em Sua resposta, Ele indica que é necessário ainda uma outra virtude, a obediência, pois é somente conhecendo e cumprindo a vontade de Deus que podemos contar com Ele. Na verdade, não se pode separar a fé da obediência, nem esta da humildade. "Somos servos inúteis" - Esta é a opinião que devemos ter a respeito de nós mesmos, pois Deus pode trabalhar sem nós; e caso Ele nos use, é pura graça de Sua parte. Ainda que nós devamos pensar assim, não é dessa maneira que o Senhor pensa de nós, visto que nos considera Seus amigos (compare v. 7, 8; 12:37; João 15:15).

Dez leprosos encontram o Senhor Jesus, elevam as suas vozes a Ele e se vão purificados. Somente um, o samaritano, tem o desejo de agradecer a seu Salvador. Assim, na grande cristandade, em meio de todos os que são salvos, somente um pequeno número "volta" para glorificar a Deus e prestar culto ao Senhor. Você faz parte desse grupo?

sábado, 23 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 16.14-31

14 Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam.
15 Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus.
16 A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.
17 E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei.
18 Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.
19 Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20 Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21 e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22 Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26 E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27 Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.
O Senhor Jesus declara a estes fariseus avarentos que Deus conhece os seus corações e que julga de maneira diferente que os homens. O versículo 15 estampa a terrível sentença de Deus sobre os mais elevados projetos para esta Terra, também o sucesso e a ambição: são uma "abominação diante de Deus" (v. 15). Quão diferentes serão as coisas no além! O Senhor nos cita um comovente exemplo. Este homem rico era realmente um mordomo infiel. Enquanto o seu próximo jazia à sua porta, ele usava para si, em seu afã pelo luxo e em seu egoísmo, aquilo que Deus lhe havia confiado para administrar aqui na Terra.

Ao fim, contudo, o mesmo sucede ao homem rico como ao pobre: ambos morreram. Cedo ou tarde a morte sobrevém a todos. E esta parábola, contada por Aquele que não pode mentir, demonstra que a nossa história não termina na morte. Há ainda um capítulo final, do qual o Senhor, ao virar a página, permite-nos ler algumas linhas. O que é que descobrimos da vida após a morte, acerca da qual muitos homens temem questionar? Há um lugar de felicidade e um lugar de tormento! Quando se chega ali é impossível passar de um lugar para outro; será, então, muito tarde para crer e muito tarde para pregar o Evangelho. "Eis agora o dia da salvação"! (2 Coríntios 6:2).

viernes, 22 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 16.1-13

1 Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens.
2 Então, mandando -o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela.
3 Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois o meu senhor me tira a administração? Trabalhar na terra não posso; também de mendigar tenho vergonha.
4 Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas.
5 Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão?
6 Respondeu ele: Cem cados de azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinqüenta.
7 Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
8 E elogiou o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz.
9 E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.
10 Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.
11 Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?
12 Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?
13 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Quão estranho é este homem rico que aprova o seu administrador infiel! Quão estranha é também a conclusão do Senhor: "Das riquezas de origem iníqua fazei amigos" (v. 9)! Mas esta última palavra nos dá a chave da parábola. Nada aqui em baixo pertence ao homem. As riquezas que alega possuir são, na realidade, todas de Deus; elas são, pois, riquezas injustas. Posto sobre a Terra com a missão de administrá-la, o homem tem se comportado como um ladrão. Para satisfazer suas iniqüidades, o homem tem usado para seu próprio benefício aquilo que Deus lhe havia confiado com o fim de servi-LO. Mas, enquanto ainda tem em mãos os bens do divino Senhor, ele tem a oportunidade de se arrepender e, visando o futuro, empregá-los em benefício dos outros.

O mordomo do capítulo 12:42 era fiel e prudente; este aqui é infiel; não obstante, ele também age prudentemente. É esta a qualidade que seu senhor lhe reconhece. Se as pessoas do mundo mostram tal precaução nos seus negócios, não deveríamos nós, que somos "filhos da luz", mostrar ainda mais interesse pelas verdadeiras riquezas? (v. 11; 12:33).

O versículo 13 nos adverte que não temos dois corações: um coração para Cristo e outro para as riquezas e as coisas deste mundo. A quem queremos amar e a quem servir? (1 Reis 18:21).

jueves, 21 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 15.11-32

11 Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16 Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti -o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
25 Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26 Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
27 E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
28 Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo.
29 Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
30 vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
31 Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.
32 Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
A parábola do filho pródigo nos apresenta um rapaz que considera seu pai um empecilho à sua felicidade e que parte para longe de sua presença, a consumir dissolutamente tudo o que havia recebido dele. Logo o vemos numa terra distante reduzido à pior desgraça, à absoluta miséria. Cada um de nós já enxergou a sua própria história nesta parábola? Queira Deus que a nossa acabe da mesma maneira! Sob o peso de sua miséria, o pródigo cai em si, lembra-se dos recursos da casa paterna, levanta-se e toma o caminho de regresso ao lar... Na parte final, vemos o pai saindo apressadamente ao encontro do filho, seus braços abertos, seus beijos, a confissão do filho e o pleno perdão do pai, que troca os seus farrapos pela melhor roupa.

Querido amigo, se você reconhece a sua miséria moral, este quadro mostra o que o coração de Deus deseja fazer por você. Não tema ir a Ele. Você será recebido como o foi esse filho.

O pai infelizmente não pôde compartilhar o seu gozo com todos. O irmão mais velho, que não teria hesitado em fazer banquetes com seus amigos enquanto seu irmão se encontrava perdido, recusa tomar parte na festa. Esta é uma figura do povo judeu, arraigado em seu legalismo, mas também é figura de todos os que confiam em sua própria justiça e que fecham seu coração à graça de Deus.

miércoles, 20 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 15.1-10

1 Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
2 E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
3 Então, lhes propôs Jesus esta parábola:
4 Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 Achando -a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7 Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
9 E, tendo -a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.
10 Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
As três parábolas deste capítulo formam um conjunto maravilhoso. A condição do pecador nos é aqui apresentada sob três aspectos: O da ovelha, o da dracma e o do filho, todos os três perdidos. A salvação que o amor de Deus providenciou foi operada pelo Filho (o bom Pastor), pelo Espírito Santo (a mulher diligente) e pelo Pai.

O bom Pastor não somente busca a Sua ovelha "até encontrá-la" (v. 4; compare v. 8), mas logo também a põe sobre seus próprios ombros com o fim de levá-la para casa.

Semelhante à dracma (a qual traz a efígie do soberano - o governo que a emitiu), o homem é feito à imagem de Quem o criou. Mas tem algum valor estando perdida? Foi então que o Espírito Santo, acendendo "a candeia", coloca-se a procurá-la diligentemente até encontrá-la (do mesmo modo que a nós) no meio das trevas e do pó.

Cada parábola menciona a alegria do legítimo dono, uma alegria que deseja compartilhar com outros. O júbilo de Deus encontra seu eco nos anjos. Ouvimos a estes rejubilar no momento da criação (Jó 38:7) e depois louvar quando do nascimento do Salvador (2:13). Assim, de igual modo, sabemos que o júbilo enche o céu "por um pecador que se arrepende". Tão grande é o valor de uma alma aos olhos do Deus de amor!

martes, 19 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 14.15-35

15 Ora, ouvindo tais palavras, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus.
16 Ele, porém, respondeu: Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos.
17 À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado.
18 Não obstante, todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado.
19 Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado.
20 E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir.
21 Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
22 Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar.
23 Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa.
24 Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.
25 Grandes multidões o acompanhavam, e ele, voltando-se, lhes disse:
26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.
28 Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?
29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele,
30 dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar.
31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil?
32 Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.
33 Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
34 O sal é certamente bom; caso, porém, se torne insípido, como restaurar-lhe o sabor?
35 Nem presta para a terra, nem mesmo para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Quem, dentre os convidados à grande ceia, deu a desculpa mais esfarrapada? É costume vermos um campo somente depois de já termos fechado o negócio, ou compramos uma junta de bois sem experimentá-la primeiro? O homem que recém casou deveria também levar consigo a esposa à festa. Ao rejeitar o convite, eles não só perdem a festa, como também ofendem o anfitrião.

Para a grande ceia de Sua graça, Deus convidou primeiro o povo judeu e, depois que estes rejeitaram, convidou a todos os que não podem esconder o seu estado de pobreza, enfermidade e miséria. Tais são as criaturas que encherão o Seu céu (compare v. 21 com v. 13). E continua havendo lugares vazios - talvez o seu, caso você ainda não a tenha ocupado.

O ensino do versículo 26 é simplesmente que tudo que nos impede de nos tornarmos discípulos de Cristo, ainda que sejam os próprios pais, deve ser aborrecido. Primeiro devemos ir a Ele (v. 26); o segundo passo é ir após Ele (v. 27). Mas o inimigo é poderoso. Seria tolice optar por esse caminho sem antes calcular as despesas. Estas são altas, pois implicam em renunciar a tudo que se tem (v. 33). Quando se toma a cruz, não se pode levar outros fardos. Mas o ganho é incomparavelmente maior: É o próprio Cristo! (Filipenses 3:8).

lunes, 18 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 14.1-14

1 Aconteceu que, ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que o estavam observando.
2 Ora, diante dele se achava um homem hidrópico.
3 Então, Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus, perguntou-lhes: É ou não é lícito curar no sábado?
4 Eles, porém, nada disseram. E, tomando -o, o curou e o despediu.
5 A seguir, lhes perguntou: Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?
6 A isto nada puderam responder.
7 Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes uma parábola:
8 Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu,
9 vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então, irás, envergonhado, ocupar o último lugar.
10 Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te -á isto uma honra diante de todos os mais convivas.
11 Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado.
12 Disse também ao que o havia convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem vizinhos ricos; para não suceder que eles, por sua vez, te convidem e sejas recompensado.
13 Antes, ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos;
14 e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos.
Novamente encontramos o Senhor na casa de um fariseu. Desta vez a má fé deles é escancarada. Eles estavam de espreita (v. 1) com a intenção de pegá-LO nalguma falta sobre a questão do sábado. Mas o Senhor Jesus cura o homem hidrópico e, tal como no capítulo 13:15, fecha a boca de Seus adversários. Depois veio a Sua vez de observá-los (v. 7). Seus olhos, dos quais nada escapa, consideram os que buscam os melhores lugares na mesa. O mesmo se passa no mundo de hoje: o que vale é ganhar as maiores honras ou os melhores bocados. Mas para nós, os cristãos, o último lugar será sempre onde estaremos mais contentes - pois é aí onde iremos encontrar o Senhor Jesus! Não precisamos ter a curiosidade de saber que lugar o Senhor ocupou quando fez essas observações, pois parece que o fariseu não teve a intenção de oferecer-Lhe um lugar de distinção.

Se o Senhor Jesus tem uma lição para ensinar aos convidados, também tem uma para o dono da casa. Aos convidados Ele tinha ensinado qual o lugar que deveriam escolher; ao anfitrião ensina como escolher seus convidados. O Senhor quer que sempre examinemos a motivação que está por detrás de nossas ações. É a esperança de obter vantagens ou ser considerado por outros? Ou seria o amor que se satisfaz na devoção por Ele?

Espera-se, realmente, para ver um campo somente depois de tê-lo comprado?

domingo, 17 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 13.22-35

22 Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém.
23 E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos?
24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.
25 Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois.
26 Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas.
27 Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades.
28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora.
29 Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus.
30 Contudo, há últimos que virão a ser primeiros, e primeiros que serão últimos.
31 Naquela mesma hora, alguns fariseus vieram para dizer-lhe: Retira-te e vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te.
32 Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei.
33 Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã e depois, porque não se espera que um profeta morra fora de Jerusalém.
34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!
35 Eis que a vossa casa vos ficará deserta. E em verdade vos digo que não mais me vereis até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!
Nunca vemos o Senhor satisfazendo a curiosidade dos homens. Quando Lhe é perguntado se são poucos os escolhidos, Ele faz disso uma oportunidade para falar à consciência deles, como se dissesse a cada um: "Não se preocupe com os outros; trate que você seja contado entre os escolhidos". É verdade, a porta é estreita, mas o reino é grande o suficiente para acolher todos os que desejam entrar nele. E se você não quer valer-se dessa porta estreita (v. 24), mais tarde somente encontrará uma porta fechada (v. 25). Haverá uma advertência mais solene do que essas batidas numa porta fechada, os vão gritos e a terrível resposta: "Não sei donde sois"!? Alguns dirão: "Deve ter sido um engano. Os meus pais foram cristãos, fui regularmente às reuniões, e eu li a minha Bíblia e cantei os hinos". Mas o Senhor só receberá no céu os que aqui na Terra O tiverem acolhido no coração.

Essas severas palavras o Senhor Jesus dirigiu especialmente à nação de Israel. Enquanto Herodes, esta cruel e astuta "raposa", estava causando uma devastação no "ninho" de Israel, o verdadeiro Rei buscava ajuntá-los (v. 34). Mas eles não quiseram nada com Ele, nem com a Sua graça, e agora o Senhor da glória, abandonando a Sua casa, os Seus que não O receberam (v. 35; João 1:11), prossegue a Sua marcha até à cruz.

sábado, 16 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 13.6-21

6 Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou.
7 Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?
8 Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa -a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume.
9 Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.
10 Ora, ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas.
11 E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se.
12 Vendo -a Jesus, chamou -a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade;
13 e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.
14 O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado.
15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?
16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?
17 Tendo ele dito estas palavras, todos os seus adversários se envergonharam. Entretanto, o povo se alegrava por todos os gloriosos feitos que Jesus realizava.
18 E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?
19 É semelhante a um grão de mostarda que um homem plantou na sua horta; e cresceu e fez-se árvore; e as aves do céu aninharam-se nos seus ramos.
20 Disse mais: A que compararei o reino de Deus?
21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
A história de Israel, representada por esta figueira estéril, é também a mesma de toda a humanidade. Deus tentou todos os meios para conseguir algo bom de Sua criatura. Mas o homem na carne, a despeito de suas pretensões religiosas (a bela folhagem), é incapaz de trazer o menor fruto para Deus. Ele está ocupando inutilmente a Terra e deve ser julgado. O paciente trabalho de Cristo em meio de Seu povo era a tentativa suprema do divino "Viticultor" para obter o fruto.

O Senhor Jesus dá continuidade ao Seu ministério de graça e cura uma pobre mulher enferma. Ele sabia há quanto tempo ela vinha cativa por esta prova (v. 16). Este milagre, que de novo é realizado no dia de sábado, serve de pretexto para Seus adversários hipócritas. Mas Sua resposta envergonha-os a todos e lhes faz lembrar do amor que deviam a uma irmã, uma filha de Abraão.

As duas curtas parábolas que seguem então descrevem o desenvolvimento grandioso e visível que teria a cristandade aqui na Terra, sendo impregnada interiormente pelo fermento das falsas doutrinas e tomada por homens cheios de cobiça (as aves do céu são caracterizadas por sua voracidade). A grande árvore da cristandade terá, no fim, a mesma sorte que a figueira de Israel (v. 9).

viernes, 15 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 12.49-59

49 Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder.
50 Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e quanto me angustio até que o mesmo se realize!
51 Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão.
52 Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três.
53 Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra.
54 Disse também às multidões: Quando vedes aparecer uma nuvem no poente, logo dizeis que vem chuva, e assim acontece;
55 e, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece.
56 Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?
57 E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?
58 Quando fores com o teu adversário ao magistrado, esforça-te para te livrares desse adversário no caminho; para que não suceda que ele te arraste ao juiz, o juiz te entregue ao meirinho e o meirinho te recolha à prisão.
59 Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o último centavo.

Lucas 13.1-5

1 Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam.
2 Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas?
3 Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.
4 Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
5 Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.
Até o batismo de Sua morte, o Senhor Jesus está angustiado. A cruz é necessária para expressar plenamente Seu amor e para que esse amor possa tocar os corações dos homens.

Sua vinda requer das pessoas uma decisão. No seio das famílias - cujos membros se achavam unidos na impiedade - Ele será recebido por alguns, contudo rejeitado por outros. Quantos lares são semelhantes ao mencionado aqui! (v. 52-53).

Depois, o Senhor se dirige uma vez mais aos judeus "hipócritas"... em verdadeiro amor pelas almas deles (v. 56). Não estranhemos a dureza com que Suas palavras às vezes se revestem. Está em concordância com a própria dureza do coração do homem. É necessário um martelo de ferro para quebrar a pedra (Jeremias 23:29).

Israel havia atraído sobre si a ira de Deus, O qual veio a se tornar seu "adversário" (v. 58). Mas Deus agora estava em Cristo, oferecendo reconciliação a Seu povo; porém este se recusou a aceitá-la e a discernir os sinais anunciadores do juízo (v. 56). Deus ainda hoje oferece a reconciliação a todo homem, antes que chegue o momento em que Ele somente poderá agir como implacável Juiz (2 Coríntios 5:19).

No capítulo 13:1-5, o Senhor Jesus menciona dois recentes e solenes acontecimentos e Se serve deles para exortar os Seus ouvintes ao arrependimento. Que nós também estejamos prontos para aproveitar as oportunidades que se dão para admoestar os que se encontram em nossa volta: "Reconciliai-vos com Deus"! (2 Coríntios 5:20b).

miércoles, 13 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 12.13-31

13 Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança.
14 Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?
15 Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.
16 E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.
19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.
22 A seguir, dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.
23 Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes.
24 Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves!
25 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
26 Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?
27 Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
28 Ora, se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé!
29 Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações.
30 Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas.
31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.

 O Senhor é indagado por alguém da multidão acerca da divisão de uma herança. Ele aproveita a questão para demonstrar a raiz de todas estas disputas: a avareza. "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males" (1 Timóteo 6:10). A parábola do homem rico e seus celeiros, sempre muito pequenos para ele, ilustra a paixão de amontoar os bens materiais. O afã de encher os bolsos, armazenar, calcular e fazer projetos antecipados, pode levar o nome de providência. Pois bem, mas tal atitude, pelo contrário, revela uma extrema falta de providência, pois significa descuidar e perder o que temos de mais precioso: ... a nossa alma! O homem rico, em sua loucura, cria que estava satisfazendo a sua alma ao oferecer a si mesmo "muitos bens" (v. 19). Mas a alma imortal necessita de um outro tipo de alimento. Sim, "insensato" é o nome que Deus atribui a esse homem; "e no seu fim será insensato" (Jeremias 17:11b). Sobre quantos túmulos se poderia escrever um tal epitáfio? (Salmo 52:7).

Em contrapartida, o Senhor Jesus ensina aos Seus que a verdadeira provisão consiste em colocar sua confiança em Deus. Toda ansiedade quanto a nossas necessidades diárias sucumbe quando se leva em conta esta verdade: "Vosso Pai sabe que necessitais delas" (v. 30). Se buscamos primeiro o Seu reino e os Seus interesses, Ele se encarregará inteiramente dos nossos. (Provérbios 23:4)

martes, 12 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 12.1-12

1 Posto que miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
2 Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido.
3 Porque tudo o que dissestes às escuras será ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa será proclamado dos eirados.
4 Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer.
5 Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer.
6 Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus.
7 Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais.
8 Digo-vos ainda: todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus;
9 mas o que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.
10 Todo aquele que proferir uma palavra contra o Filho do Homem, isso lhe será perdoado; mas, para o que blasfemar contra o Espírito Santo, não haverá perdão.
11 Quando vos levarem às sinagogas e perante os governadores e as autoridades, não vos preocupeis quanto ao modo por que respondereis, nem quanto às coisas que tiverdes de falar.
12 Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.

Ainda havia uma outra forma em que a hipocrisia que caracterizava os fariseus podia se constituir num perigo para os discípulos: que os seguidores do Senhor Jesus escondam aos olhos do mundo sua relação com Ele. Eis por que o Senhor, na presença do povo, anima os Seus a confessá-LO abertamente diante dos homens sem temer as conseqüências. Sabemos que, de fato, terríveis perseguições esperavam os discípulos e os cristãos dos primeiros séculos. Com ternura o Senhor prepara os Seus amigos (v. 4) para esses dias difíceis e direciona os Seus pensamentos ao Pai celestial. Deus, que Se preocupa com um pardal de ínfimo valor, não teria cuidado de Seus filhos que passam por tribulação? E, ademais, quando eles fossem chamados a testificar, não deveriam se preocupar, porque o Espírito Santo lhes ensinaria as coisas que deveriam dizer.

Em nossos dias, na maioria dos países ocidentais, os crentes não são maltratados nem perseguidos até a morte. Mas, se são fiéis, serão, sim, odiados e menosprezados pelo mundo, algo que é sempre duro de suportar. Por isso estas exortações e as promessas que as acompanham também valem para nós. Peçamos ao Senhor que nos dê mais coragem para confessar o Seu precioso nome.

lunes, 11 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 11.37-54

37 Ao falar Jesus estas palavras, um fariseu o convidou para ir comer com ele; então, entrando, tomou lugar à mesa.
38 O fariseu, porém, admirou-se ao ver que Jesus não se lavara primeiro, antes de comer.
39 O Senhor, porém, lhe disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.
40 Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior?
41 Antes, dai esmola do que tiverdes, e tudo vos será limpo.
42 Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.
43 Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudações nas praças.
44 Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber!
45 Então, respondendo um dos intérpretes da Lei, disse a Jesus: Mestre, dizendo estas coisas, também nos ofendes a nós outros!
46 Mas ele respondeu: Ai de vós também, intérpretes da Lei! Porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos nem com um dedo os tocais.
47 Ai de vós! Porque edificais os túmulos dos profetas que vossos pais assassinaram.
48 Assim, sois testemunhas e aprovais com cumplicidade as obras dos vossos pais; porque eles mataram os profetas, e vós lhes edificais os túmulos.
49 Por isso, também disse a sabedoria de Deus: Enviar-lhes-ei profetas e apóstolos, e a alguns deles matarão e a outros perseguirão,
50 para que desta geração se peçam contas do sangue dos profetas, derramado desde a fundação do mundo;
51 desde o sangue de Abel até ao de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e a casa de Deus. Sim, eu vos afirmo, contas serão pedidas a esta geração.
52 Ai de vós, intérpretes da Lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando.
53 Saindo Jesus dali, passaram os escribas e fariseus a argüi-lo com veemência, procurando confundi-lo a respeito de muitos assuntos,
54 com o intuito de tirar das suas próprias palavras motivos para o acusar.
Pela segunda vez, o Senhor Jesus é convidado a comer com um fariseu (compare capítulo 7:36). Desta vez o Seu anfitrião até ousa criticá-LO. Então, num discurso veemente, Aquele que conhece os corações dos homens denuncia a maldade e a hipocrisia desta classe que tinha responsabilidade diante do povo. Dando uma piedosa aparência aos olhos dos homens, esses escribas e fariseus escondiam um estado interior de corrupção e de morte, tal como os sepulcros sobre os quais as pessoas pisam sem dar-se conta.

Quem jamais ousaria falar desse modo com aquele que O convidou? Mas, o Senhor Jesus, segundo o testemunho dos próprios fariseus, era verdadeiro e não se importava com quem quer que fosse, porque não olhava a aparência dos homens (Mateus 22:16). Que exemplo para nós que sabemos cuidar tão bem de nossa reputação aplicando palavras amáveis (embora sempre sejam sinceras!). Esta pretensa cortesia, que no fundo é uma prova de falsidade e de formalismo, é o que o Senhor Jesus condenava nos fariseus.

Por não terem podido contradizer o Senhor, Seus adversários buscam surpreendê-LO nalguma falta. Algumas expressões do Salmo 119 nos dão a conhecer as Suas orações enquanto sofria tal oposição (Salmo 119:98, 110, 150...).

domingo, 10 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 11.21-36

21 Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens.
22 Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele, vence -o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos.
23 Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.
24 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí.
25 E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada.
26 Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro.
27 Ora, aconteceu que, ao dizer Jesus estas palavras, uma mulher, que estava entre a multidão, exclamou e disse-lhe: Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram!
28 Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!
29 Como afluíssem as multidões, passou Jesus a dizer: Esta é geração perversa! Pede sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas.
30 Porque, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, o Filho do Homem o será para esta geração.
31 A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com os homens desta geração e os condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão.
32 Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas.
33 Ninguém, depois de acender uma candeia, a põe em lugar escondido, nem debaixo do alqueire, mas no velador, a fim de que os que entram vejam a luz.
34 São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.
35 Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas.
36 Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz.

Somente o poder do Senhor Jesus, aquele que venceu o "valente", pode nos livrar do mal que está em nós. Do contrário uma paixão desalojada será fatalmente substituída por outra. A casa do versículo 25 é um quadro de nosso coração. De nada adianta varrê-la e adorná-la enquanto um novo hóspede - o Senhor Jesus - não vier primeiro habitá-la e governá-la.

O Senhor mais uma vez afirma que a bem-aventurança (a bênção) não depende de laços familiares (V. 27, 28; compare 8:21) nem dos privilégios de uma geração. Ela é prometida aos que ouvem e guardam a Palavra de Deus.

O versículo 33 repete o ensinamento do capítulo 8:16. O alqueire, uma unidade de medida, é o símbolo do comércio e dos negócios; a cama é o símbolo do sono e da preguiça. São duas coisas aparentemente opostas, mas ambas capazes de apagar a pequena chama de nosso testemunho. Em Mateus 5:15, a lâmpada devia alumiar "a todos que se encontram na casa". Aqui ela é acesa "a fim de que os que entram - as visitas - vejam a luz".

O olho mau (v. 34) é o que permite penetrarem em nosso interior as trevas do pecado. Tenhamos cuidado com o rumo que algumas vezes toma o nosso olhar (Jó 31:1) e também com certas leituras que mancham o nosso coração e seduzem a nossa imaginação! Purifiquemo-nos de toda impureza! (2 Coríntios 7:1).

sábado, 9 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 11.1-20

1 De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos.
2 Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;
3 o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia;
4 perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação.
5 Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães,
6 pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer.
7 E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar;
8 digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.
9 Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos -á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos -á.
10 Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe -á.
11 Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?
12 Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?
13 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
14 De outra feita, estava Jesus expelindo um demônio que era mudo. E aconteceu que, ao sair o demônio, o mudo passou a falar; e as multidões se admiravam.
15 Mas alguns dentre eles diziam: Ora, ele expele os demônios pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios.
16 E outros, tentando -o, pediam dele um sinal do céu.
17 E, sabendo ele o que se lhes passava pelo espírito, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e casa sobre casa cairá.
18 Se também Satanás estiver dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Isto, porque dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.
19 E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
20 Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós.
Os discípulos estão impressionados pelo lugar que a oração ocupa na vida de seu Mestre. Façamos como eles: Peçamos ao Senhor que nos ensine a orar. Trata-se de recitar algumas frases decoradas? Pelo contrário, a parábola dos dois amigos nos ensina a expressar cada necessidade de maneira simples e sobretudo precisa: "Amigo, empresta-me três pães..." (v. 5). Talvez seja uma necessidade espiritual que sentimos e que, por assim dizer, bate à porta de nosso coração? Cuidemos para não rejeitá-la; pelo contrário, vamos considerá-la como a "um amigo de viagem" (v. 6). E se não tivermos nada a oferecer-lhe? Então vamos ao Amigo celestial, não precisamos ter medo de perturbá-LO. Deus, em Seu amor, tem prazer em atender a Seus filhos e jamais irá decepcioná-los. Pelo contrário, se em nossa ignorância e falta de sabedoria lhe tivermos pedido "uma pedra", Ele sabe como transformar a nossa petição em "boas dádivas" (v. 13).

Até que tenha encontrado o Senhor Jesus, o homem é tão mudo para Deus como o endemoniado do versículo 14. Salvo por Cristo, tendo recebido o dom do Espírito Santo (compare v. 13), pode, então, elevar livremente sua voz em louvor e em oração. Façamos uso deste privilégio imenso!

jueves, 7 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 10.10-24

10 Quando, porém, entrardes numa cidade e não vos receberem, saí pelas ruas e clamai:
11 Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós outros. Não obstante, sabei que está próximo o reino de Deus.
12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma do que para aquela cidade.
13 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza.
14 Contudo, no Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras.
15 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno.
16 Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou.
17 Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!
18 Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago.
19 Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.
20 Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.
21 Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
22 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
23 E, voltando-se para os seus discípulos, disse-lhes particularmente: Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vós vedes.
24 Pois eu vos afirmo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram.
O Senhor Jesus agora Se dirige solenemente às cidades onde Ele havia ensinado e realizado tantos milagres. E enfatiza a grande responsabilidade dos seus habitantes. O que Ele hoje teria a dizer de tantos jovens criados em famílias cristãs, muito mais privilegiados, e por isso também mais responsáveis que muitos outros?

Os setenta retornam possuídos de alegria. O fato de os demônios haverem se submetido a eles dirige os pensamentos do Senhor ao momento em que o próprio diabo será atirado do céu para a terra (Apocalipse 12:9). Mas o Senhor Jesus convida Seus discípulos a se alegrarem por outro motivo: seus nomes agora já estão arrolados nos céus.

O céu, uma vez purificado da presença de Satanás, se tornará a morada deles. Por Sua vez, o Senhor exulta com grande alegria, não pelo poder que tenha sido manifestado, mas pelos desígnios do Deus de amor. Agradou ao Pai dar-Se a conhecer por meio de Seu Filho. E a quem foi feito tal revelação? Em contraste ao que geralmente dizemos às crianças - "Quando você crescer, vai entender isto ou aquilo" -, ela justamente foi feita aos pequeninos, aos que como crianças têm simplicidade de fé e humildade. Preenchemos essas condições?

miércoles, 6 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lição Bíblica

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Lucas 9:57-62 e 10:1-9

57 E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor,
seguir-te-ei para onde quer que fores.

58 E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos,
mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

59 E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: SENHOR, deixa que
primeiro eu vá a enterrar meu pai.

60 Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus
mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.

61 Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir
primeiro dos que estão em minha casa.

62 E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para
trás, é apto para o reino de Deus.

1 E DEPOIS disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os
adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares
aonde ele havia de ir.

2 E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são
poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua
seara.

3 Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.

4 Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis
pelo caminho.

5 E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta
casa.

6 E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa
paz; e, se não, voltará para vós.

7 E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois
digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa.

8 E, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do
que vos for oferecido.

9 E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós
o reino de Deus.


É fácil dizer: "Seguir-te-ei para onde quer que fores" (v. 57). Mas o Senhor
Jesus não ocultou o que se requer daqueles que querem segui-LO (vide v. 23). Os
maiores obstáculos não se encontram no caminho, porém em nossos corações; e,
para nos ajudar a descobri-los, o Senhor lança luz sobre as verdadeiras
motivações do coração do homem. O pendor ao conforto (v. 58), isso ou aquilo a
que nos apegamos, costumes e hábitos (v. 59, 61) podem facilmente tomar o lugar
da obediência que devemos a Cristo. Essas coisas podem facilmente nos levar a
lamentar, a olhar para trás e, talvez o que seria vergonhoso, a desistir de
tudo.

No capítulo 10 o Senhor Jesus separa 70 obreiros, e Ele mesmo os envia à seara.
Dão-lhes instruções e lhes envia "como cordeiros para o meio de lobos" (v. 3),
pois devem evidenciar a humildade e a brandura d'Aquele que em meio desses
mesmos lobos foi o Cordeiro.

Hoje, como antes, há poucos obreiros. Supliquemos, pois, com veemência ao Senhor
da grande seara (2 Tessalonicenses 3:1). Ele é Aquele encarregado de designar,
de formar e de enviar novos obreiros. Contudo, para poder orar com fervor e
sinceramente por essa questão, precisamos nós mesmos estar dispostos a ser
enviados, acatando a designação divina.

martes, 5 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 9.37-56

37 No dia seguinte, ao descerem eles do monte, veio ao encontro de Jesus grande multidão.
38 E eis que, dentre a multidão, surgiu um homem, dizendo em alta voz: Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único;
39 um espírito se apodera dele, e, de repente, o menino grita, e o espírito o atira por terra, convulsiona -o até espumar; e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado.
40 Roguei aos teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam.
41 Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho.
42 Quando se ia aproximando, o demônio o atirou no chão e o convulsionou; mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou a seu pai.
43 E todos ficaram maravilhados ante a majestade de Deus. Como todos se maravilhassem de quanto Jesus fazia, disse aos seus discípulos:
44 Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras: o Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens.
45 Eles, porém, não entendiam isto, e foi-lhes encoberto para que o não compreendessem; e temiam interrogá-lo a este respeito.
46 Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.
47 Mas Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração, tomou uma criança, colocou -a junto a si
48 e lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande.
49 Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco.
50 Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós.
51 E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém
52 e enviou mensageiros que o antecedessem. Indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe preparar pousada.
53 Mas não o receberam, porque o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém.
54 Vendo isto, os discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?
55 Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.
56 Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E seguiram para outra aldeia.

Depois da cena da glória, na qual Ele tinha sido o centro, o Senhor Jesus agora se depara com uma terrível situação: o poder de Satanás sobre um garoto e a angústia de seu pai. O livramento que Ele realiza exalta a grandeza de Deus (v. 43).
Que inconsistência encontramos então nos discípulos! Seguem Aquele cuja humilhação voluntária O conduz à cruz. Mas ao mesmo tempo se ocupam em saber qual deles será o maior! (v. 46). Eles mesmos expulsaram os demônios em nome do Senhor, ainda que nem sempre tivessem êxito (v. 40). Mas proibiram um outro de fazê-lo (V. 49; compare Números 11:26-29). Finalmente, enquanto seu Mestre se dispõe a cumprir a obra da salvação dos homens (e a deles mesmos!), Tiago e João querem mandar descer do céu fogo de juízo sobre aqueles samaritanos por se recusarem a recebê-LO. Egoísmo, ciúme, falta de generosidade,, rancor e projetos de vingança, nisto reconhecemos o triste espírito que se aninha freqüentemente em nossos corações (v. 55).
O Senhor Jesus agora empreende Sua última viagem para Jerusalém em pleno conhecimento daquilo que Lhe espera ali, mas a faz com santa determinação. Ele "manifestou no semblante a intrépida resolução de ir para Jerusalém" (v. 51). O nosso amado Salvador não se deixa desviar do alvo que Seu amor Lhe tem proposto.

lunes, 4 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 9.18-36

18 Estando ele orando à parte, achavam-se presentes os discípulos, a quem perguntou: Quem dizem as multidões que sou eu?
19 Responderam eles: João Batista, mas outros, Elias; e ainda outros dizem que ressurgiu um dos antigos profetas.
20 Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou? Então, falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus.
21 Ele, porém, advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa,
22 dizendo: É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite.
23 Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.
24 Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la -á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.
25 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?
26 Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos.
27 Verdadeiramente, vos digo: alguns há dos que aqui se encontram que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam o reino de Deus.
28 Cerca de oito dias depois de proferidas estas palavras, tomando consigo a Pedro, João e Tiago, subiu ao monte com o propósito de orar.
29 E aconteceu que, enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura.
30 Eis que dois varões falavam com ele: Moisés e Elias,
31 os quais apareceram em glória e falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém.
32 Pedro e seus companheiros achavam-se premidos de sono; mas, conservando-se acordados, viram a sua glória e os dois varões que com ele estavam.
33 Ao se retirarem estes de Jesus, disse-lhe Pedro: Mestre, bom é estarmos aqui; então, façamos três tendas: uma será tua, outra, de Moisés, e outra, de Elias, não sabendo, porém, o que dizia.
34 Enquanto assim falava, veio uma nuvem e os envolveu; e encheram-se de medo ao entrarem na nuvem.
35 E dela veio uma voz, dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi.
36 Depois daquela voz, achou-se Jesus sozinho. Eles calaram-se e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto.
As multidões consideravam o Senhor Jesus como um profeta e não como Cristo, o Filho de Deus (v. 19). Isso leva o Senhor a falar de Seu caminho de rejeição e sofrimento, no qual convida os Seus a segui-LO. Este caminho não requer apenas que se abra mão de certas coisas, mas a negação de si mesmo e de sua própria vontade. Os cristãos estão mortos para o mundo e suas paixões (Gálatas 6:14), mas estão vivos para Deus e para o céu. Por outro lado, os que querem viver suas vidas aqui na Terra têm perante si a morte eterna. O que está em voga nesta escolha tão decisiva é a nossa alma, e ela é mais valiosa que o mundo inteiro!

Ao mesmo tempo em que revela este difícil caminho da cruz, o Senhor, para animar os Seus, deseja mostrar-lhes onde ele termina: na glória com Ele. Qual será o grande tema de conversação lá no monte da transfiguração? A morte do Senhor Jesus. Ele fala acerca dela com Moisés e Elias, visto não poder fazê-lo com os Seus discípulos (V. 22; Mateus 16:21-22). Mas, por maiores que sejam estas testemunhas do Antigo Testamento, devem desaparecer diante da glória do "Filho amado". A lei e os profetas chegaram ao seu fim; de agora em diante Deus fala através de Seu Filho. Escutemo-LO! (V. 35; Hebreus 1:2).

domingo, 3 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 9.1-17

1 Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas.
2 Também os enviou a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos.
3 E disse-lhes: Nada leveis para o caminho: nem bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem deveis ter duas túnicas.
4 Na casa em que entrardes, ali permanecei e dali saireis.
5 E onde quer que não vos receberem, ao sairdes daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra eles.
6 Então, saindo, percorriam todas as aldeias, anunciando o evangelho e efetuando curas por toda parte.
7 Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que se passava e ficou perplexo, porque alguns diziam: João ressuscitou dentre os mortos;
8 outros: Elias apareceu; e outros: Ressurgiu um dos antigos profetas.
9 Herodes, porém, disse: Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas? E se esforçava por vê-lo.
10 Ao regressarem, os apóstolos relataram a Jesus tudo o que tinham feito. E, levando-os consigo, retirou-se à parte para uma cidade chamada Betsaida.
11 Mas as multidões, ao saberem, seguiram-no. Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura.
12 Mas o dia começava a declinar. Então, se aproximaram os doze e lhe disseram: Despede a multidão, para que, indo às aldeias e campos circunvizinhos, se hospedem e achem alimento; pois estamos aqui em lugar deserto.
13 Ele, porém, lhes disse: Dai-lhes vós mesmos de comer. Responderam eles: Não temos mais que cinco pães e dois peixes, salvo se nós mesmos formos comprar comida para todo este povo.
14 Porque estavam ali cerca de cinco mil homens. Então, disse aos seus discípulos: Fazei-os sentar-se em grupos de cinqüenta.
15 Eles atenderam, acomodando a todos.
16 E, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou, partiu e deu aos discípulos para que os distribuíssem entre o povo.
17 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que ainda sobejaram foram recolhidos doze cestos.
O Senhor envia os Seus apóstolos. O poder e a autoridade que Ele lhes dá é tudo que precisam para o caminho (v. 3). Quando regressam, os doze se apressam a relatar tudo que eles fizeram (v. 10; compare Atos 14:27, onde Paulo e Barnabé "relataram quantas cousas fizera Deus com eles"; veja também Atos 21:19; 1 Coríntios 15:10). Então o Senhor retirou-Se, levando-os Consigo à parte, no silêncio de algum refúgio; mas as multidões não demoraram em descobri-LO; de modo que Ele, então, sem a menor impaciência ou má vontade, prossegue novamente o Seu ministério. Ele os recebe, lhes fala e cura.

Os discípulos, por sua vez - talvez mais preocupados com o seu próprio descanso do que com os que ali estavam reunidos - queriam despedir as multidões (v. 12). Seu Mestre, no entanto, se ocupa com a multidão, tendo também preparado uma lição para os Seus. Depois de fazê-los constatar a insuficiência de seus recursos para alimentar esta multidão, o Senhor Jesus provê-lhes alimento por Seu próprio poder. Ele poderia ter feito isto sem os cinco pães e os dois peixes. Mas, em Sua graça, toma o pouco que colocamos à Sua disposição e o transforma em grande quantidade. Seu poder sempre se aperfeiçoa na fraqueza de Seus servos (2 Coríntios 12:9).

sábado, 2 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 8.40-56

40 Ao regressar Jesus, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando.
41 Eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, lhe suplicou que chegasse até a sua casa.
42 Pois tinha uma filha única de uns doze anos, que estava à morte. Enquanto ele ia, as multidões o apertavam.
43 Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres,
44 veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia.
45 Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro com seus companheiros disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem e dizes: Quem me tocou?.
46 Contudo, Jesus insistiu: Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder.
47 Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe havia tocado e como imediatamente fora curada.
48 Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.
49 Falava ele ainda, quando veio uma pessoa da casa do chefe da sinagoga, dizendo: Tua filha já está morta, não incomodes mais o Mestre.
50 Mas Jesus, ouvindo isto, lhe disse: Não temas, crê somente, e ela será salva.
51 Tendo chegado à casa, a ninguém permitiu que entrasse com ele, senão Pedro, João, Tiago e bem assim o pai e a mãe da menina.
52 E todos choravam e a pranteavam. Mas ele disse: Não choreis; ela não está morta, mas dorme.
53 E riam-se dele, porque sabiam que ela estava morta.
54 Entretanto, ele, tomando -a pela mão, disse-lhe, em voz alta: Menina, levanta-te!
55 Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.
56 Seus pais ficaram maravilhados, mas ele lhes advertiu que a ninguém contassem o que havia acontecido.
Jairo, este chefe da sinagoga cuja única filha estava a ponto de morrer, suplica ao Senhor Jesus para que venha à sua casa. Ele não tem tanta fé quanto o centurião do capítulo 7; o centurião sabia que uma palavra do Senhor era suficiente para que o seu servo fosse curado, mesmo a distância. Estando a caminho, o Senhor Jesus é secretamente tocado por uma mulher que tinha gastado tudo que possuía consultando um bom número de médicos. Porém, além da cura, o Senhor também quer lhe dar a certeza da paz; eis o porquê Ele a encoraja a que se manifeste publicamente.

Seguindo o Seu caminho com o pai angustiado, o Senhor Jesus tem "a língua de erudito", para lhe dizer uma palavra de conforto (V. 50; capítulo 7:13; Isaías 50:4). Então acontece uma coisa extraordinária: mediante o chamado do "Autor da vida" (Atos 3:25), a menina levantou-se imediatamente. Mas o Senhor Jesus sabe que ela agora precisa de alimento e, em sua terna solicitude, assegura-Se de que ela receba o que necessita. Nessas duas circunstâncias, vemos como o amor do Senhor ainda se manifesta mesmo depois do livramento. À mulher, a fim de estabelecê-la em uma relação pessoal Consigo e para que O confesse publicamente; à esta menina, visando nutri-la e fortalecê-la.

viernes, 1 de octubre de 2010

Lição Bíblica

Lucas 8.26-39

26 Então, rumaram para a terra dos gerasenos, fronteira da Galiléia.
27 Logo ao desembarcar, veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos sepulcros.
28 E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.
29 Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se apoderara dele. E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e grilhões, tudo despedaçava e era impelido pelo demônio para o deserto.
30 Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião, porque tinham entrado nele muitos demônios.
31 Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo.
32 Ora, andava ali, pastando no monte, uma grande manada de porcos; rogaram-lhe que lhes permitisse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu.
33 Tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do lago, e se afogou.
34 Os porqueiros, vendo o que acontecera, fugiram e foram anunciá-lo na cidade e pelos campos.
35 Então, saiu o povo para ver o que se passara, e foram ter com Jesus. De fato, acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus; e ficaram dominados de terror.
36 E algumas pessoas que tinham presenciado os fatos contaram-lhes também como fora salvo o endemoninhado.
37 Todo o povo da circunvizinhança dos gerasenos rogou-lhe que se retirasse deles, pois estavam possuídos de grande medo. E Jesus, tomando de novo o barco, voltou.
38 O homem de quem tinham saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; Jesus, porém, o despediu, dizendo:
39 Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito.
O poder divino, do qual o Senhor Jesus deu uma mostra ao acalmar a tempestade, se defronta agora com outro tipo de violência muito mais terrível: a de Satanás. Uma legião de demônios havia se apoderado completamente deste pobre geraseno. Antes já haviam tentado, sem sucesso, dominá-lo com cadeias e grilhões, figura dos vãos esforços da sociedade para controlar as paixões humanas. O endemoniado vivia nos sepulcros e já estava moralmente morto. Estava nu, a saber, exatamente como Adão, incapacitado de ocultar o seu estado de Deus. Que quadro da decadência moral do homem! Mas também, que mudança quando o Senhor intervém e o liberta! (leia Efésios 2: 1-6). O povo daquela cidade pôde constatar o que ocorreu, pois encontraram este homem "vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus" (v. 35). Sim, o redimido finalmente encontra paz e descanso no Salvador; Deus o veste com justiça e lhe concede a compreensão necessária para ele conhecê-LO.

Mas, vejam só, a presença de Deus inquieta e perturba o mundo mais do que o domínio de Satanás.

O endemoniado, são, deseja agora acompanhar o Senhor Jesus (compare Filipenses 1:23). Mas o Senhor lhe mostra qual seria o seu campo de ação: sua própria casa e cidade. Ele então volta para lá e conta tudo o que Jesus lhe tinha feito (Salmo 66:16).