viernes, 13 de febrero de 2009

Lição Bíblica




Mateus 21.1-17
1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:2 Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendei -a e trazei-mos.3 E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará.4 Ora, isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta:5 Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga.6 Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara,7 trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou.8 E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada.9 E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este?11 E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia!12 Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.14 Vieram a ele, no templo, cegos e coxos, e ele os curou.15 Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se e perguntaram-lhe:16 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?17 E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde pernoitou.

Em cada um dos três primeiros evangelhos, a entrada em Jerusalém marca o princípio da última parte da jornada do nosso Salvador neste mundo. O cumprimento da profecia de Zacarias (cap. 9:9) era a prova cabal para Israel de que o Messias veio visitá-lo. Era impossível confundi-lo com outro: "Justo e salvador, humilde, montado em jumento...". Esperava-se um altivo e grande rei, entrando na cidade montado em seu cavalo de guerra, à frente de seus exércitos. Mas um rei humilde e manso - isso é quase inaceitável para os pensamentos humanos.
A graça e a bondade do Senhor Jesus não O impedem de agir com a maior severidade quando vê os direitos de Deus sendo pisados, como é o caso dos vendedores do templo (v. 12). Da mesma forma, os Seus discípulos têm de agir. A bondade que deve caracterizá-los não pode acabar com a firmeza (1 Coríntios 15:58). A presença de Jesus no templo teve muitas conseqüências: em primeiro lugar, uma imediata purificação; mas, ao mesmo tempo, a graciosa cura dos doentes que foram a Ele; depois, o louvor das criancinhas, e, por último, a indignação dos inimigos da verdade.

jueves, 12 de febrero de 2009

Lição Bíblica




Mateus 20.17-34
17 Estando Jesus para subir a Jerusalém, chamou à parte os doze e, em caminho, lhes disse:18 Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte.19 E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá.20 Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando -o, pediu-lhe um favor.21 Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda.22 Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos.23 Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai.24 Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.25 Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles.26 Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;27 e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo;28 tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.29 Saindo eles de Jericó, uma grande multidão o acompanhava.30 E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho, tendo ouvido que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós!31 Mas a multidão os repreendia para que se calassem; eles, porém, gritavam cada vez mais: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!32 Então, parando Jesus, chamou-os e perguntou: Que quereis que eu vos faça?33 Responderam: Senhor, que se nos abram os olhos.34 Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista e o foram seguindo.

O Senhor Jesus busca a compreensão de Seus discípulos sobre um tema particularmente íntimo e solene: os sofrimentos e a morte que O esperam em Jerusalém. E é justamente esse momento que a mãe de Tiago e João escolhe para fazer-Lhe um pedido egoísta. Ficaria orgulhosa de ver os seus filhos ocupando uma posição de honra no reino do Messias. Os outros dez discípulos indignaram-se. Sem dúvida, não porque a pergunta fosse inoportuna e egoísta, mas, sim, porque todos eles secretamente almejavam esse posto. Depois de tudo o que o Senhor havia dito, depois de o Senhor ter colocado um menino no meio deles, será que eles não tinham aprendido nada? Não devemos julgá-los! Que dificuldade temos em aprender as nossas próprias lições, as mesmas lições! Quanto nos parecemos com eles!
Então, sem nenhuma reprovação e com uma infinita paciência, Jesus prossegue com os Seus ensinos. E, desta vez, Ele os demonstra com Seu próprio exemplo no versículo 28, o motivo de eterna adoração para os redimidos.
Seguindo com Sua missão de servo, o Senhor Jesus cura dois cegos em Jericó. Aprendamos com a persistência da fé desses cegos e com a infinita compaixão do Senhor.

miércoles, 11 de febrero de 2009

Apresentação Biriva - CTG Rancho da Saudade - Cachoeirinha - 2004


























































































































































Danças Birivas






No decorrer das viagens dos tropeiros, durante as longas noites a beira de um fogo,eles procuravam se descontrair esquecendo a dura lida de viagem e dos sofrimentos que passavam. Nessa descontração ao som de violas ou meia-violas surgiram certas cantigas e danças que eram praticadas somente por homens, ( pois não existia mulheres nas viagens) eles então mostravam toda a habilidade e criatividade em um prazeroso divertimento. Dentre essas danças, foram encontradas e pesquisadas( por João Carlos Paixão Côrtes) apenas quatro, as quais hoje são reconstituídas e praticadas por grandes grupos de dança em vários festivais de dança pelo país.


As danças são:


CHULA – Dança somente masculina ( principal característica das danças birivas) na qual os dançarinos se confrontavam, cada qual desejando mostrar suas habilidades coreográficas através de movimentos e sapateios, de um e de outro lado de uma haste de madeira, posta devidamente no chão.A haste, no chão, nunca teve historicamente a obrigatoriedade de ser “ uma lança”. A dança não está diretamente ligada a uma idéia revolucionária ou guerreira. Quanto a sua origem, a chula nunca foi utilizada em disputas, ainda mais por prendas como muitos erradamente acreditam.











DANÇA DOS FACÕES – Dança onde os bailarinos, cada um deles com dois facões, cadenciam a música com precisas batidas esgrimadas, exigindo muita habilidade, destreza e precisão, a fim de evitar cortes ou eventuais acidentes entre os participantes.Erroneamente temos visto grupos fazendo deste tema um motivo coreográfico barbaresco, de infundada violência e de medíocre expressão artística, fugindo de uma arte folclórica autêntica.


















CHICO DO PORRETE - Motivo campesino onde, através do movimento de passar um bastão por entre as pernas, por uma mão e outra, e sapateios, traduz habilidade vigor físico do dançante, “baile biriva”, do ciclo antigo do tropeirismo de mula, interligando o Rio Grande do Sul a áreas rurais do centro do Brasil.












FANDANGO SAPATEADO – Herança do colonizador lusitano. Dança onde cada cavalheiro, depois de bailar em círculo e em conjunto, procura exibir sua capacidade de teatralidade, com exuberantes “ figuras-solo” sapateadas, ao som do rosetear de nazarenas, das quais muitas delas lembravam e imitavam lidas e motivos de campo e de sua origem.Motivo oriundo do século XVIII quando do nascimento do “gaúcho-do-campo”, em sua atividade birivista tropeira.Este tema – que é nosso mais antigo tema coreográfico – deu origem à formação do “ciclo do fandanguismo” primitivo rio-grandense, onde aparece posteriormente a dama, formando par.








Retirado de Danças Birivas do Tropeirismo Gaúcho, J.C. Paixão Côrtes

martes, 10 de febrero de 2009

Lição Bíblica

Mateus 19.27-30
27 Então, lhe falou Pedro: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós?28 Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.29 E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe ou mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.30 Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.
Mateus 20.1-16
1 Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha.2 E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha.3 Saindo pela terceira hora, viu, na praça, outros que estavam desocupados
4 e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo. Eles foram.5 Tendo saído outra vez, perto da hora sexta e da nona, procedeu da mesma forma,6 e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo?7 Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então, lhes disse ele: Ide também vós para a vinha.8 Ao cair da tarde, disse o senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros.9 Vindo os da hora undécima, recebeu cada um deles um denário.10 Ao chegarem os primeiros, pensaram que receberiam mais; porém também estes receberam um denário cada um.11 Mas, tendo -o recebido, murmuravam contra o dono da casa,12 dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora; contudo, os igualaste a nós, que suportamos a fadiga e o calor do dia.13 Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário?14 Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti.15 Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?16 Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
A questão que preocupava tanto os discípulos, ou seja, conhecer quem seria o maior e o menor no reino dos céus, é ilustrada com uma nova parábola. Poderíamos fazer parte daqueles trabalhadores insatisfeitos e achar injusto o modo de agir desse proprietário. Porém, analisemos esta história mais cuidadosamente. Os trabalhadores da manhã haviam combinado com o proprietário da vinha que receberiam um denário por dia de trabalho. Eles estabeleceram um preço pelo seu trabalho. Ao contrário, os que foram contratados mais tarde confiaram no que o dono da vinha dissera: "Vos darei o que for justo" (v. 4). Eles não tinham razão para reclamar. No reino dos céus, a recompensa nunca é um direito. Todos são servos inúteis, segundo Lucas 17:10, e ninguém merece nada. Tudo depende da soberana graça de Deus. De outro ponto de vista, não são os trabalhadores da undécima hora os menos favorecidos? Eles perderam a oportunidade e o prazer de servir o bom mestre a maior parte do dia. O Senhor Jesus é o melhor Mestre. Que possamos servi-LO desde a nossa infância.
Na história dos caminhos de Deus, os primeiros trabalhadores, que tinham um acordo com o dono da vinha, representam o povo de Israel sob a aliança da promessa; aqueles da undécima hora representam os gentios, objetos da graça de Deus.

lunes, 9 de febrero de 2009

Lição Bíblica

Mateus 19.1-26
1 E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, deixou a Galiléia e foi para o território da Judéia, além do Jordão.2 Seguiram-no muitas multidões, e curou-as ali.3 Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher
5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.9 Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.10 Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.11 Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.12 Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita.13 Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam.14 Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.15 E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.16 E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?17 Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.18 E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho;19 honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo.20 Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.22 Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.23 Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.24 E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.25 Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo?26 Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.
No começo deste capítulo, o Senhor Jesus responde a uma pergunta dos fariseus condenando formalmente o divórcio (cap. 5:31-32).
Depois abençoa as crianças que Lhe são trazidas e repreende os discípulos que queriam impedi-las de aproximar-se.
No versículo 16, vemos um jovem vir a Jesus com um excelente desejo: obter a vida eterna. Que o Senhor coloque este mesmo desejo no coração de todos os jovens! Porém a pergunta estava mal formulada e o Senhor faz com que Seu visitante entenda isso: "Você quer fazer o bem? Então guarde os mandamentos". A resposta do jovem mostra que ele não conhecia a sua condição de pecador perdido e a sua incapacidade de fazer algo bom para Deus. Jesus, então, revela que havia um ídolo em seu coração. Eram as riquezas, um obstáculo que impede muitas pessoas de virem a Cristo e de O seguirem. Não, a vida eterna não é ganha através de boas ações, sejam elas quais forem. Nem as maiores caridades, nem os mais louváveis atos, nada há que se possa fazer para merecê-la. Ela é um dom (presente) que o Senhor Jesus dá aos que O seguem (João 10:28).

domingo, 8 de febrero de 2009

Lição Bíblica

Mateus 18.15-35
15 Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.17 E, se ele não os atender, dize -o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera -o como gentio e publicano.18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.19 Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes -á concedida por meu Pai, que está nos céus.20 Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.26 Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou -o embora e perdoou-lhe a dívida.28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando -o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.29 Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.30 Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.31 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera.32 Então, o seu senhor, chamando -o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?34 E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
Jesus explica como as questões entre os irmãos devem ser resolvidas (v. 15-17). E podemos relacionar isso com Seu maravilhoso ensino sobre o perdão (Efésios 4:32; Colossenses 3:13). Todavia, esta também é uma oportunidade para voltar ao assunto da Igreja, dando-nos essa promessa de vital importância: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (v. 20). Desta presença procede tudo de que até a menor reunião dos crentes congregados no nome do Senhor Jesus necessita. Poderia faltar a bênção quando Ele, que é a fonte de todas as bênçãos, está ali, no meio dos que se reúnem em Seu nome? Aqui, essa promessa está conectada à autoridade conferida à Igreja (ligar e desligar) e à oração de dois ou três irmãos que pedirem qualquer coisa com a certeza de que lhes será concedido. Porém, quantos cristãos se esquecem da importância das reuniões de oração!
A parábola do servo que devia dez mil talentos (uma quantia enorme) nos faz recordar a dívida incalculável que Deus nos perdoou em Cristo (Esdras 9:6). Que são, em comparação a ela, as pequenas injustiças que temos de suportar? O divino perdão, do qual temos sido objetos, torna-nos responsável por praticar a misericórdia em todas as situações.

sábado, 7 de febrero de 2009

Enciende una luz




Saudade... o que será saudade?
Dizem ser a presença da ausência,
Ou a ausência do presente...
Alguém que a nosso lado queremos,
Mas tê-lo não podemos...
Pode ser uma saudade boa,
Com doces lembranças...
Tornando como que presente,
Quem está ausente...
Sente-se presente quem está ausente,
Sentindo a tal da saudade...
Parece maldade...
Mas não é...
Basta uma música ouvir,
Para algo sentir...
Uma paisagem... um céu estrelado...
Talvez uma imagem do passado...
Uma crônica... um poema...
Algo que lhe causa um dilema...
Sentir a saudade, ou esquecer...
Se não lhe fizer sofrer...
E você sentir uma estranha felicidade...
Aproveite... curta a saudade...
Que, afinal, é uma doce lembrança...
Que nossa alma balança...
Saudade... nos faz viver
Deixar saudade... nos faz reviver...
De ti, lembrarei sempre o sorriso,
O nunca se abater por nada,
De sempre ser responsável, e ao mesmo tempo uma criança,

De sempre ajudar os amigos.


Adeus, amigo, Deus guie teu caminho para onde te levaste.
Amém

Tropeirismo




A palavra "tropeiro" deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadoria no Brasil Colônia. O termo tem sido usado para designar principalmente o transporte de gado da região do Rio Grande do Sul até os mercados de Minas Gerais, posteriormente São Paulo e Rio de Janeiro, porém há quem use o termo em momentos anteriores da vida colonial, como no "ciclo do açúcar" entre os séculos XVI e XVII, quando várias regiões do interior nordestino se dedicaram a criação de animais para comercialização com os senhores de engenho.Tropeiros eram condutores de tropas de reses, eqüinos, mulares, suínos e aves de cargueiro de um lugar até outro. Eles eram os responsáveis por vender e comprar tropas. Essa profissão é, sem dúvida, a mais antiga do Rio Grande do Sul. No século XVI os tropeiros já começaram a descobrir e desvendar o nosso estado.

viernes, 6 de febrero de 2009

Lição Bíblica




Mateus 18.1-14
1 Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?2 E Jesus, chamando uma criança, colocou -a no meio deles.3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.7 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta -o e lança -o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.9 Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca -o e lança -o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.10 Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.11 Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.12 Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou?13 E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa desta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.14 Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.
O mundo se compraz naquilo que é grande. Os discípulos não estavam livres desse espírito. Eles querem saber quem será o maior no reino dos céus. O Senhor, contudo, responde que o mais importante é entrar, e para entrar é preciso ser pequeno. Com o objetivo de gravar no espírito deles esse ensinamento, o Senhor chama um menino e o coloca no meio deles. Talvez tenhamos crianças ao nosso redor. Elas também estão em nosso meio como exemplo de confiança e simplicidade. Tenhamos o máximo cuidado de não depreciá-las por causa de sua fraqueza, ignorância ou ingenuidade. E mais ainda, cuidemos para não escandalizá-las. O mau exemplo de um irmão mais velho é um dos piores obstáculos no caminho dos jovens cristãos. Jesus repete aqui o que havia dito a respeito da questão dos escândalos (cap. 5:29-30).
Em vez de desdenhar, Deus cuida dos pequenos de uma forma especial. Os anjos estão encarregados de zelar por eles. E não nos esqueçamos de que Jesus veio também para salvá-los (v. 11). A parábola da ovelha perdida mostra-nos que valor tem um só cordeirinho para Seu coração.

jueves, 5 de febrero de 2009

Lição Bíblica




Mateus 17.14-27
14 E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse:15 Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água.16 Apresentei -o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.17 Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino.18 E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado.19 Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?20 E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.21 Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.22 Reunidos eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens;23 e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente.24 Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?25 Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?26 Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos.27 Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira -o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma -o e entrega-lhes por mim e por ti.
A adoração do cristão tem por efeito transportá-lo em espírito "ao topo do monte" na companhia do Senhor glorificado. Que bom seria se pudéssemos gozar de tais momentos com muito mais freqüência! Porém, é necessário saber como voltar com Ele para as circunstâncias da vida neste mundo onde Satanás reina. É esta a experiência que os discípulos têm de enfrentar aqui. A cura do menino lunático é a oportunidade para que o Senhor Jesus enfatize o maravilhoso poder da fé.
A cena dos versículos 24 a 27 é ao mesmo tempo instrutiva e comovedora. Pedro, sempre agindo sem pensar e esquecendo a visão da glória e a voz do Pai, compromete-se a pagar o imposto do templo em nome do seu Mestre. O Senhor Jesus gentilmente pergunta-lhe se o filho de um rei paga impostos ao seu próprio pai. (Simão havia reconhecido pouco tempo atrás que Jesus era o Filho do Deus vivo!). Depois disso, o Senhor encarrega Pedro de pagar o imposto, apesar de não precisar fazê-lo. Mas ao mesmo tempo manifesta Seu poder: Ele é o que controla toda a criação, incluindo os peixes do mar (Salmo 8:6-8). E manifesta Seu amor associando-Se ao fraco discípulo e pagando por ele também.

miércoles, 28 de enero de 2009

Lição Bíblica

Mateus 14.22-36

22 Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passaradiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho.Em caindo a tarde, lá estava ele, só.24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra,açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando porsobre o mar.26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaramaterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram.27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Nãotemais!28 Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir tercontigo, por sobre as águas.29 E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre aságuas e foi ter com Jesus.30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando asubmergir, gritou: Salva-me, Senhor!31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou -o e lhe disse:Homem de pequena fé, por que duvidaste?32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento.33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente ésFilho de Deus!34 Então, estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré.35 Reconhecendo -o os homens daquela terra, mandaram avisar a toda acircunvizinhança e trouxeram-lhe todos os enfermos;36 e lhe rogavam que ao menos pudessem tocar na orla da sua veste. Etodos os que tocaram ficaram sãos.

A cena do barco no meio da tempestade é a imagem da posição atual dosredimidos do Senhor. Enquanto Ele está no céu orando e intercedendo,eles têm de atravessar penosamente o agitado mar deste mundo.Moralmente, é noite: o Inimigo, incitando a oposição dos homens, atuacomo o vento e as ondas que anulavam os esforços dos remadores. PorémJesus vem ao encontro dos Seus. Sua voz familiar tranqüiliza ospobres discípulos. E a fé, apoiando-se sobre a palavra "Vem!", conduzPedro Àquele que ele ama. Repentinamente, porém, sua fé falha e elecomeça a afundar. O que aconteceu? Pedro tirou seus olhos do Mestre eos fixou na altura das ondas e na violência do vento - como se fossemais difícil caminhar com Deus em um mar agitado do que em águastranqüilas! Então Pedro clamou ao Senhor, que o socorreuimediatamente.Depois, o Senhor Jesus é recebido na comarca de Genesaré, de ondehavia sido expulso quando curou os dois endemoniados (cap. 8:34).Essa é uma figura do momento em que Seu povo, que O desprezou, Oreconhecerá e render-Lhe-á homenagem, e será liberto por Ele.

Lição Bíblica

Mateus 14.1-21

1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus2 e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dosmortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas.3 Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera nocárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão;4 pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la.5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta.6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha deHerodias diante de todos e agradou a Herodes.7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse.8 Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, acabeça de João Batista.9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavamcom ele à mesa, determinou que lha dessem;10 e deu ordens e decapitou a João no cárcere.11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a suamãe.12 Então, vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram;depois, foram e o anunciaram a Jesus.13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugardeserto, à parte; sabendo -o as multidões, vieram das cidadesseguindo -o por terra.14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela ecurou os seus enfermos.15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: Olugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidõespara que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer.16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vósmesmos, de comer.17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e doispeixes.18 Então, ele disse: Trazei-mos.19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva,tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, osabençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões.20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaramrecolheram ainda doze cestos cheios.21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulherese crianças.

O capítulo 11 nos mostrou João Batista na prisão. Aprendemos que ele foi jogado na prisão por Herodes (filho do rei de que fala o capítulo2). E por que motivo? João não teve medo de repreendê-lo porque elese havia casado com a mulher que seu irmão repudiou. Agora a fieltestemunha paga com sua vida pela coragem de ter dito a verdade parao rei. Sua morte ocorre em meio aos divertimentos e festas da cortereal; é o terrível salário do prazer oferecido ao cruel monarca(Tiago 5:5-6). Herodes até poderia estar entristecido naquelemomento, mas já há muito tempo ele queria a morte de João Batista (v.5), pois o ódio à verdade e àqueles que a proferem estão semprejuntos. Humanamente falando, o fim de João Batista é trágico e atéhorrível, porém, aos olhos de Deus, era o cumprimento triunfante dasua "carreira" (Atos 13:25).Podemos até imaginar o que a notícia da morte de Seu precursor causouem Jesus. Não era o anúncio de Seu próprio desprezo e de Sua cruz?Parece que Sua tristeza fez com que sentisse a necessidade de estarsó (v. 13). Porém a multidão O alcança de novo, e Seu coração, quesempre pensava nos outros, compadece-se dela. Ele realiza em favor damultidão o grande milagre da primeira multiplicação dos pães.

Lição Bíblica

Mateus 13.44-58
44 O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qualcerto homem, tendo -o achado, escondeu. E, transbordante de alegria,vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.45 O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procuraboas pérolas;46 e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o quepossui e a compra.47 O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada aomar, recolhe peixes de toda espécie.48 E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e,assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora.49 Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarãoos maus dentre os justos,50 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger dedentes.51 Entendestes todas estas coisas? Responderam-lhe: Sim!52 Então, lhes disse: Por isso, todo escriba versado no reino doscéus é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisasnovas e coisas velhas.53 Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali.54 E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte quese maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estespoderes miraculosos?55 Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, eseus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudoisto?57 E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profetasem honra, senão na sua terra e na sua casa.58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

As breves parábolas do tesouro e da pérola enfatizam duas verdadesmaravilhosas: a primeira, o grande valor que a Igreja tem paraCristo, pois Ele vendeu tudo o que tinha para adquiri-la - desistindoaté mesmo da Sua própria vida. Em segundo lugar, vemos o gozo que Eletem nela. No versículo 47, a rede do Evangelho é lançada no mar dasnações. O Senhor disse a Seus discípulos que faria deles pescadoresde homens. Eis aqui, pois, os servos trabalhando. Mas nem todos ospeixes são bons... nem todos os que se dizem cristãos são verdadeiroscristãos! É a Palavra que permite distingui-los: o bom peixe sereconhece pelas suas escamas e por suas barbatanas (Levítico 11:9-11), e o verdadeiro crente por sua armadura moral, pela suacapacidade de resistir à penetração do mal e a ser levado pelacorrente deste mundo.Da mesma forma que o Senhor encontra um tesouro nos Seus (v. 44), oversículo 52 nos mostra o tesouro que o discípulo encontra em SuaPalavra. Você considera a Bíblia um tesouro de onde se podemtirar "cousas novas e velhas"?Este capítulo termina tristemente com a incredulidade das multidões.O povo via em Jesus apenas o "filho do carpinteiro", de maneira queSua graça não pôde ser mostrada a eles.

miércoles, 21 de enero de 2009

Lição Bíblica

Mateus 12.1-21
1 Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer.

2 Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado.
3 Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome?
4 Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes?
5 Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo:
6 aqui está quem é maior que o templo.
7 Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes.
8 Porque o Filho do Homem é senhor do sábado.
9 Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles.
10 Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado?
11 Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando -a dali?
12 Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.
13 Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu -a, e ela ficou sã como a outra.
14 Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida.
15 Mas Jesus, sabendo disto, afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou,
16 advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade,
17 para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta Isaías:
18 Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios.
19 Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz.
20 Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo.
21 E, no seu nome, esperarão os gentios.


Depois de ter oferecido o descanso da alma (cap. 11:28-29), o Senhor Jesus mostra que o descanso do sábado - uma prescrição legal do Velho Testamento - não tem mais razão de existir. Sobre esta questão do sábado, os fariseus procuram encontrar algum erro nos discípulos e depois no próprio Senhor. Mas quando isto acontece, Ele tem a oportunidade de explicar-lhes que, com a Sua vinda em graça, todo o sistema baseado na lei e nos sacrifícios foi posto de lado, e para isso cita pela segunda vez o profeta Oséias: "Misericórdia quero, e não holocaustos" (v. 7; ver cap. 9:13 e Oséias 6:6-8). De que servia a observância do quarto mandamento da lei, quando todos os outros eram violados? A misericórdia - outro atributo de Deus - também reclamava os seus direitos. E que presunção impor o respeito ao sábado Àquele que o havia instituído! De fato, enquanto reinava o pecado, ninguém podia descansar. Nem o homem, carregado com seus pecados; nem o Pai nem o Filho, que trabalhavam juntos para remover a raiz do mal bem como as suas conseqüências (João 5:16-17). Assim, sem se deixar deter pelos conselhos dos homens maus, o perfeito Servo prossegue com Sua obra. Ele a cumpre com um espírito de humildade, graça e de bondade que, segundo o profeta Isaías, deveria ter permitido que o povo de Israel O reconhecesse como o Messias prometido (Isaías 42:1-4). Aliás, o coração de Deus sempre teve bastante apreço por este tipo de espírito (veja 1 Pedro 3:4).

Graça e Paz

viernes, 16 de enero de 2009

Rugendas e Debret

A fotografia jornalística, as imagens que documentam o homem e o seu cotidiano, a cidade e o campo, a paisagem e os fatos gerados por ela, é hoje uma realidade corriqueira, que pode ser exercida por qualquer um, desde que se tenha uma objetiva na mão e observe o mundo ao seu redor. Nem sempre dispositivos como uma câmera digital, estiveram à disposição. Cabia no passado, aos desenhistas e pintores retratarem o cotidiano do mundo em que viviam, através de litografias que registravam o seu tempo e a sua época.

O Brasil colonial foi fartamente retratado por grandes pintores e desenhistas, como o francês Jean-Baptiste Debret e o alemão Johann Moritz Rugendas. Pintores e desenhistas das cenas brasileiras da primeira metade do século XIX, eles trazem a paisagem humana viva de uma colônia que elevada à categoria de reino unido, ainda não rompera com as amarras econômicas que se sustentava pela escravidão tanto dos negros africanos quanto dos indígenas nativos. Do homem à botânica, das etnias que construíam a Colônia aos animais que habitavam as suas florestas, tudo foi retratado por estes grandes desenhistas.

Aqui fazemos uma viagem ao Brasil colônia do século XIX, com Debret e Rugendas (autor da gravura acima, “Missa de Nossa Senhora da Candelária em Pernambuco”, da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”), mergulhando em um passado que não mais existe, mas mesmo distante, deixou suas marcas indeléveis na paisagem humana e nos costumes da nação que se construiu a partir desta época.


Jean-Baptiste Debret e a Missão Artística Francesa


Jean-Baptiste Debret (1768-1848), pintor e desenhista nascido em Paris, integrou a Missão Artística Francesa, chegando ao Brasil em 1816, ao lado do arquiteto Grandjean de Montigny. A missão aconteceu por solicitação de dom João VI, sendo planejada por António Araújo e Azevedo, o conde da Barca. O objetivo da missão era, entre outros, organizar a criação da Academia de Belas Artes.

Durante a época que esteve no Brasil, de 1816 a 1931, Debret, com os seus traços do neoclassicismo, retratou com detalhes históricos únicos o Brasil de então. Da corte portuguesa no país à corte instalada pelo proclamador da independência, dom Pedro I, nada passou despercebido na obra de Debret. Quando retornou à França, publicou, entre 1834 e 1839, “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil” (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), que documentava os aspectos do homem, da natureza e da sociedade brasileira.


O Brasil de Debret


As gravuras aqui mostradas têm textos do próprio Jean-Baptiste Debret, extraídos de “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”.


Charruas Civilizados – Jean-Baptiste Debret – Da obra “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”. – “Em uma das províncias meridionais do Brasil… existe uma nação de indígenas completamente selvagens denominados Charruas, que ocupam uma vasta área de pântanos e bosques. Vivem em meio a manadas de cavalos selvagens, de que comem a carne, preferindo-a a qualquer alimento.

… É somente na província de São Pedro e de Espírito Santo que se encontra grande número de Charruas civilizados, a maior parte originários do Paraguai. Andam quase sempre a cavalo, envolvidos pelo poncho… e trazem sempre uma grande faca à cintura, ou simplesmente colocada em uma das botas. O comércio de animais é a sua principal ocupação; e freqüentemente, sob o nome de peões, servem de guias aos viajantes que percorrem estas províncias. Não menos intrépidos a pé que a cavalo, eles não temem atacar a onça, o braço esquerdo envolvido pelo poncho com toda precaução, e coberto por um pedaço de couro. Assim preparado ao combate, e tendo na mão direita a sua faca, ele vai ao encontro do animal e o desafia. O caçador avança o braço esquerdo, e quando a onça arremete, ele lhe mergulha a faca no peito e a mata de um só golpe. Este gênero de combate lhes é tão familiar que estão sempre dispostos a proporcionar soberbas peles de onça pela quantia de cinco francos (um patacão); é uma especulação que eles reservam para fazer frente às despesas com suas diversões, pouco variadas na verdade, pois consistem em passar grande parte de seu tempo nas tavernas fumando, bebendo aguardente e jogando cartas, prazer que termina quase sempre em golpes de faca. Embora naturalmente inclinados ao roubo e ao assassinato, eles são de uma fidelidade a toda prova, caso tenham sido contratados para a escolta de um viajante.”


Retour à la Ville de Nègres Chasseurs – Jean-Baptiste Debret – Da obra “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”. – “É sobretudo na roça que são criados os negros que se tornam caçadores de profissão. É lá que, devendo desde jovens acompanhar os comboios, ou em companhia somente de seu senhor, em longas e penosas viagens, eles vão sempre armados de um fuzil, tanto para sua segurança pessoal quanto para obter alimento… Este gênero de vida torna-se uma paixão a tal ponto dominante entre os negros da roça, que ele não aspira à liberdade senão para penetrar nas florestas como caçador profissional, e se dar sem reservas às atrações de uma inclinação que serve ao mesmo tempo a seus interesses. Então, livre, longe da opressão do chicote, o direito de pensar faz dele um fornecedor tão hábil quanto o homem branco, de quem conhece os gestos; e, perfeitamente a par do valor de uma peça fina que se encontra misturada à caça grossa que ele traz à cidade, ele vai oferecê-la de preferência ao cozinheiro de uma grande casa, que o paga de modo satisfatório; assim, aliando a inteligência ao esforço, freqüentemente ele torna sua profissão muito lucrativa.”


Selvagens Civilizados Soldados Índios da Província de Curitiba Conduzindo Prisioneiros Indígenas – Jean-Baptiste Debret – Da obra “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”. – “Observa-se na província de São Paulo, Comarca de Curitiba, as aldeias de Itapeva e Curros, cuja população inteira se compõe de caçadores indígenas, empregados pelo governo brasileiro para lutar contra os selvagens e os expulsar pouco a pouco dos locais próximos às terras por onde os cultivos começam a avançar…

Estes soldados aguerridos… dormem sem acender fogo na floresta, para que sua presença não seja percebida pelos selvagens que eles procuram surpreender… Cada ano, numa certa época, o governo lhes dá munições para a campanha; uma vez em marcha, eles não retornam antes de haver esgotado suas provisões de guerra; então, repousam até a campanha seguinte. Durante este intervalo eles cultivam suas terras e servem de guia aos viajantes estrangeiros… Sua tática é atacar os ranchos dos selvagens, matar os homens e trazer prisioneiras as mulheres e crianças. Selvagens até época recente, eles mostram-se mais aptos que os europeus a empregar as artimanhas necessárias a este gênero de expedições.”


Múmia de um Chefe Coroado – Jean-Baptiste Debret – Da obra “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”. – “Segundo a opinião de um escritor muito respeitado, os selvagens do Brasil chamados Coroados seriam os antigos Goitacazes. Este nome de Coroados lhes foi primitivamente dado pelos portugueses por causa do penteado de seus chefes, que efetivamente cortam o cabelo de modo a deixar uma espécie de coroa isolada no alto da cabeça; no entanto, muito deles trazem os cabelos caídos sob as espáduas…

Os Coroados tinham antigamente o costume de enterrar seus chefes de uma maneira particular: os restos mortais deste chefe reverenciado eram encerrados em um grande vaso denominado camucis, enterrado em seguida profundamente junto a uma grande árvore…

Estas múmias, revestidas de suas insígnias, estão perfeitamente intactas, e são sempre colocadas, em sua urna funerária, de modo a conservar a atitude de um homem sentado sob seus calcanhares, posição habitual do selvagem quando em repouso. Pretendiam, por este meio, fazer uma alusão à morte, este eterno repouso?”


Rugendas, Vindo com a Expedição do Barão de Langsdorff


O desenhista Johann Moritz Rugendas (1802-1858), nascido em Augsburg, chegou bem jovem ao Brasil, em 1921, vindo como membro da expedição do Barão de Langsdorff, cientista e diplomata russo.

No Brasil, Rugendas logo deixou a expedição e passou a viajar por sua própria conta, percorrendo de 1822 a 1825 várias partes do país, dedicando-se a retratar os mais variados aspectos da vida da nação que se formava depois da independência em relação a Portugal. Rugendas registra justamente o momento de transição entre o Brasil colônia e o Brasil nação independente.

Os registros de Rugendas do cotidiano brasileiro, formaram uma coletânea de cem trabalhos publicada em Paris, em 1835, sob o título de “Voyage Pittoresque au Brésil” (Viagem Pitoresca ao Brasil).


O Brasil de Rugendas


É da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”, que se extraiu os textos que ilustram as imagens aqui apresentadas, escritos por Koster, citados por Rugendas.


Nègres a Fond de Calle (Negros no Porão de Navio) – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”. – “Embarcam-se, anualmente, cerca de 120 000 negros na costa da África, unicamente para o Brasil, e é raro chegarem ao destino mais de 80 a 90 mil. Perde-se, portanto, cerca de um terço durante a travessia de dois meses e meio a três meses… Ao chegarem à fazenda, confia-se o escravo aos cuidados de um ou outro mais velho e já batizado. Este o recebe na sua cabana e procura fazê-lo, pouco a pouco, participar de suas ocupações domésticas; ensina-lhe também algumas palavras em português.

E somente quando o novo escravo se acha completamente refeito das conseqüências da travessia que se começa a fazê-lo tomar parte nos trabalhos agrícolas…”


Habitações de Negros – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”. – “Enviam-se os escravos logo ao nascer do sol… Às oito horas concede-se-lhes meia hora para almoçar e descansar. Em algumas fazendas fazem os escravos almoçarem antes de partirem para o trabalho, isto é, imediatamente depois do nascer do sol. Ao meio dia eles têm duas horas para o jantar e o repouso e, em seguida, trabalham até as seis horas.

As mulheres casam-se com catorze anos, os homens, com dezessete e dezoito; em geral incentivam-se esses casamentos. As jovens mulheres participam do trabalho do campo e aos recém-casados se dá um pedaço de terra para construir sua cabana e plantar, por conta própria, em certos dias… Nos domingos, ou dias de festa, tão numerosos que absorvem mais de cem dias por anos, os escravos são dispensados do trabalho por seus senhores e podem descansar ou trabalhar para si próprios… Assim, um dos mandamentos da Igreja Católica, tão amiúde censurado como abusivo e pernicioso, tornou-se um verdadeiro benefício para os escravos, e quando o Governo português achou que devia atender às necessidades do progresso, tomando medidas para diminuir o número de festas, a inovação não alcançou a aprovação dos homens mais esclarecidos do Brasil. Diziam estes, com razão, que o que podia ser benefício para Portugal não passava de crueldade para com os escravos. Que responder a isso, senão que essa contradição já constitui uma prova do absurdo de todo o sistema? Como quer que seja, as cabanas dos escravos contêm mais ou menos tudo que neste clima pode ser considerado necessário. Por outro lado, eles possuem galinhas, porcos, às vezes mesmo um cavalo ou uma besta, que alugam com vantagem porque a alimentação nada lhes custa.”


Guerrilhas – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”. – “Os relatórios dos mais antigos visitantes, como Jean Léry, Hans Staden, etc., demonstraram que, na época da conquista, os habitantes primitivos do Brasil estavam num estágio de civilização mais elevada que aquele em que os vemos hoje. A razão principal dessa decadência está, sem dúvida, nas relações com os portugueses… os índios não são homens em estado natural e não são selvagens, mas sim homens que retrocederam ao estado de selvageria, porque foram rechaçados violentamente do ponto a que haviam chegado…

…limita-se o governo a instalar, nos lugares mais expostos do país, ou naqueles em que a estrada atravessa a floresta, quartéis ou presídios; são geralmente simples postos, com alguns soldados, sob o comando de um suboficial…

Quando os índios praticam algum ato de hostilidade em determinado lugar, ou quando, como acontece, atacam de surpresa um desses postos, para puni-los e amedrontá-los faz-se uma entrada. Reúnem-se alguns postos, sob o comando do capitão do distrito e dá-se caça aos índios, atacando-os em toda parte onde se encontrem. Procura-se de preferência surpreendê-los nos acampamentos e, quando descobertos, são cercados durante a noite, e ao clarear do dia faz-se fogo, de todos os lados, contra os índios ainda adormecidos. Assim surpreendidos, os selvagens tentam escapar pela fuga. Em regra geral, os soldados massacram tudo que lhes cai nas mãos e só poupam as mulheres e crianças muito raramente, e assim mesmo quando cessa toda a resistência, a qual é, não raro, obstinada.“


Fête de Ste. Rosalie, Patrone dês Nègres” (Festa de Nossa Senhora do Rosário, Padroeira dos Negros) – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”. – “No mês de maio, os negros celebram a festa de Nossa Senhora do Rosário. É nesta ocasião que têm por costume eleger o Rei do Congo, o que acontece quando aquele que estava revestido dessa dignidade morreu durante o ano, quando um motivo qualquer o obrigou a demitir-se, ou ainda, o que ocorre às vezes, quando foi destronado pelos seus súditos. Permitem aos negros do Congo eleger um rei e uma rainha de sua nação, e essa escolha tanto pode recair num escravo como num negro livre. Este príncipe tem, sobre seus súditos, uma espécie de poder que os brancos ridicularizam e que se manifesta principalmente nas festas religiosas dos negros como, por exemplo, na de sua padroeira Nossa Senhora do Rosário…

… Às onze horas fui à igreja com o capelão e, não demorou muito, vimos chegar uma multidão de negros, ao som dos tambores. Homens e mulheres usavam vestimentas das mais vivas cores que haviam encontrado. Quando se aproximaram, distinguimos o Rei, a Rainha, o Ministro de Estado. Os primeiros usavam coroas de papelão, recobertas de papel dourado… As despesas da cerimônia deviam ser pagas pelos negros, por isso haviam colocado na igreja uma pequena mesa à qual estavam sentados o tesoureiro e outros membros da irmandade negra do Rosário, os quais recebiam os donativos dos assistentes dentro de uma espécie de cofre.”


Chasse au Tigre (Caça à Onça) – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”. – “O arco e a flecha são as armas principais dos índios. São muito mais compridos do que as de outros selvagens, embora a maior parte dos índios da América Meridional use também arcos e flechas muito compridos. A lança e o laço se encontram apenas em algumas tribos que, depois do descobrimento, adotaram o cavalo para combater. E somente nessas tribos foram os arcos e as flechas encurtados. O arco dos brasileiros tem muitas vezes cinco, seis e mesmo sete pés de cumprimento…

Há três espécies de flecha. Uma de ponta larga, feita em geral de bambu tangaraçu; é dura e muito aguçada. Para aumentar ainda a força da penetração, a ponta é encerada e a taquara, também encerada ao fogo, torna-se tão dura quanto o chifre. Como na taquara a ponta é oca, os ferimentos que ela produz sangram fortemente. Por isso é empregada, principalmente, na guerra e na caça de grandes animais.”

sábado, 6 de diciembre de 2008

GOVERNANTES INVISIVEIS, A CONSPIRAÇÃO ILLUMINATI

Os Governantes Invisíveis
Os homens que se encontram no primeiro plano da vida política têm realmente o poder entre suas mãos? Para Serge Hutin, autor de Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas, o destino das nações depende, freqüentemente de grupos de homens que não estão investidos de cargos oficiais. Trata-se de sociedades secretas, verdadeiros governos ocultos que decidem o nosso destino sem o nosso conhecimento.
Pesquisa de Iliana Marina Pistone
Ao observarmos um formigueiro, as formigas parecem perambular a esmo, numa atividade febril e inútil, quando, de fato, todas as ações individuais têm como fim o mesmo alvo comum, cujas constantes são determinadas da forma mais categórica pela "alma coletiva" do formigueiro. Observando-se toda a seqüência da história, repleta de acontecimentos humanos, de contínuas reviravoltas que se manifestaram durante séculos, somos levados a perguntar se tudo isso tem algum sentido de coerência e se esse conjunto aparentemente caótico constituído pela humanidade pode ser comparado a um imenso formigueiro.
Essa é a questão principal levantada por Serge Hutin, na tentativa de explicar os grandes enigmas da história através da existência de governantes invisíveis e sociedades secretas, que regeriam o mundo. Examinando-se a história humana de um ponto de vista geral, notamos, de um lado, o equilíbrio, a ordem harmoniosa, a organização sintética. De outro lado, o caos completo, a desorganização, a desagregação. Hutin questiona se essa continuidade de eventos pertence ao acaso ou se até mesmo as forças caóticas não estariam obedecendo a diretrizes detalhadas, sob a orientação de governantes invisíveis.
Robert Payne, um autor inglês, publicou, em 1951, o livro intitulado Zero, The Story of Terrorism, no qual relata a existência de dirigentes ocultos que, à sombra de governos visíveis, manejavam essa terrível arma do terrorismo, sobrepujando até os poderosos grupos econômicos, cujo papel secundário limitava-se ao financiamento. Fatos estranhos passaram a acontecer após a publicação do livro, desde a compra de todos os estoques disponíveis por misteriosos emissários, até a quase falência da Wingate , uma das sólidas editoras no mercado londrino e, finalmente, a morte inexplicável do autor, alguns meses depois.
UMA PIRÂMIDE DE TRÊS DEGRAUS
Quanto a isso, Jacques Bergier, pesquisador dos enigmas da humanidade, revelou a existência de uma lista de assuntos proibidos para a imprensa, minuciosamente relatados em um caderno preto. Segundo ele, a proibição é de alcance mundial e universal, não levando em consideração o regime político dos vários países, e todo diretor de jornal importante tem uma cópia desse caderno, seja ele de tendências comunistas ou capitalistas.
Entende-se por sociedade secreta um grupo mais ou menos numeroso de pessoas, que se caracteriza por manter reuniões estritamente limitas a seus adeptos, e também por manter o mais absoluto sigilo a respeito das cerimônias e dos rituais onde se manifestam os símbolos que esta sociedade se atribui. As finalidades das sociedades secretas são as mais variadas: políticas, religiosas, espirituais, filosóficas e até criminosas.
Em 1945, em Paris, Raoul Husson (1901-67), fisiólogo e psicólogo, publicou um livro, sob o pseudônimo de Geoffroy de Charnay, nome de um dos grandes templários franceses, condenado à morte pelo fogo, em 1314, junto com o grande mestre Jacques de Molay. Nesse livro, Husson revelou que as sociedades secretas mundiais formavam uma pirâmide de três degraus. No primeiro degrau, de fácil acesso, encontram-se os homens considerados úteis. No segundo degrau, o acesso é mais selecionado e seus adeptos desempenham papéis importantes, influenciando no plano nacional e internacional. No cimo da pirâmide estariam as sociedades secretas superiores, que agem por trás dos bastidores. Todos os assuntos importantes da política internacional estariam nas mãos dessas sociedades.
CEMITÉRIOS REPLETOS DE GENTE INSUBSTITUÍVEL
Gurdjieff, o conhecido "mago" caucasiano, teria sido, no século 20, um destes personagens que chegaram ao ponto mais alto do domínio invisível dos assuntos humanos. De fato, Gurdjieff declarou: "Tive a possibilidade de me aproximar do sancta sanctorum de quase todas as organizações herméticas, ou seja, sociedades religiosas, ocultas, filosóficas, políticas ou místicas, e que são vedadas aos homens comuns".
Muito já foi dito da ação, freqüentemente ignorada, mas poderosa, das sociedades secretas que "dominam o mundo". Como exemplo, há a franco-maçonaria e seu desempenho marcante ao longo da Revolução Francesa. Outro grupo de ação notável foi o dos iluminados da Bavária, no século 18, cujo "poder oculto" teria levado Napoleão Bonaparte ao poder. Havia, entre os iluminados, Goethe, Herder, o alquimista rosacruciano Eckartshau-sem e muitas outras personalidades que não desconfiavam em absoluto dos verdadeiros objetivos políticos da seita.
Bonaparte teria alcançado o mais alto grau na Ordem dos Iluminados, além de Ter sido maçom e alto dignitário de outras ordens fraternais ; entre elas a Fraternidade Hermética, que ele conheceu na época da campanha egípcia.
Gérard Serbanesco, terceiro volume de sua obra Historie de la Franc-Maçonnerie Universelle, reproduz o relato de Napoleão sobre a cerimônia de sua iniciação.
Lamentavelmente, a partir do momento em que Napoleão se deixou dominar pela sua ambição pessoal, não sendo mais o executador de planos secretos, a boa sorte o abandonou e o seu destino mudou.
Outra personalidade que recebeu iniciação numa seita de filiação templária foi Cristóvão Colombo, que, contrariamente à teoria tradicional, não teria iniciado sua viagem às cegas. Em Les Mystéres Templiers, Louis Charpentier conta como Colombo recebeu, dos navegadores a serviço do Templo, o conhecimento de uma rota que levava ao novo mundo e a missão da descoberta. Charpentier reuniu, a esse propósito, provas realmente interessantes.
Questões podem ser igualmente levantadas quanto à fulminante carreira de Joana D'Arc. Numa época em que todas as mulheres eram categoricamente excluídas de qualquer atividade política, todas as portas, até as mais fechadas, abriram-se para ela. Apesar de ser mais fácil explicar a sua atuação através da santidade, pode-se também supor que a sua missão tenha sido apoiada, se não preparada, pela intervenção de uma poderosa sociedade secreta. A que estaria relacionado o grande segredo que ela só quis confiar ao futuro Carlos VII?
Por outro lado, toda vez que algo ou alguém parece obstacular o determinismo cíclico da evolução do mundo, a ação dos governos invisíveis, que agem implacavelmente, faz-se presente. Desse forma, vários atentados políticos, atribuídos a fanáticos isolados, foram reconhecidos como execuções friamente decididas. Nesses casos, o assassino existe, mas ele é somente o agente que executa uma tarefa decidida por um poderoso grupo oculto.
O assassinato do presidente Kennedy permanece ainda hoje envolto em mistério, e a impressão que se tem é de que "alguém" não quer vê-lo esclarecido. Quanto a isso, Hutin menciona quatro pontos inquietantes:
1) "Por acaso", somente o prédio de onde saíram os tiros fatais não estava sendo vigiado pela polícia de Dallas.
2) Vários assassinos estavam em posições estratégicas, e suas atuações eram sincronizadas pelos gestos que um misterioso "diretor de orquestra" estava fazendo com seu guarda-chuva, sobre uma elevação (fotos que revelam isto foram publicadas por várias revistas, entre as quais a Paris Match); na eventualidade de Lee Oswald errar o alvo, um dos outros atiradores teriam entrado em ação.
3) Já preso, o sicário foi convenientemente liquidado por um "justiceiro", que, por sua vez, morreu convenientemente de "câncer generalizado".
4) Por uma série de estranhas coincidências, um número impressionante de testemunhas do crime desapareceu e, em todos os casos, foi por acidente.
Não seria interessante levarmos em conta a intervenção de estranhos "invisíveis" que seguram o fio da história?
Bastante elucidativa é a sentença que diz: "Os cemitérios estão repletos de gente in-substituível".
Os jovens políticos que conhecem as manobras complicadas que se passam por trás dos bastidores são muito raros, e, quando certas figuras começam a atrapalhar os planos secretos que estão sendo executados, quer tenham ou não consciência disso, são tomadas as medidas necessárias, que podem ser sumárias ou secretas, para eliminá-las. Via de regra, os atentados políticos da história se caracterizam pela presença de um assassino fanático, instrumento de um grupo poderoso e insuspeito que permanece fora de cena. Em seguida, esses fanáticos são eliminados depois do atentado (por policiais ou pelo próprio povo) ou, quando presos com vida, se há dúvidas quanto à garantia de seu silêncio, são eliminados de forma definitiva. Foi isso o que teria acontecido a Lee Oswald, o assassino de Kennedy.
Em 15 de setembro de 1912, Revue Internationale des Sociétés Secrètes relata uma sentença dita por uma personalidade importante, uma espécie de eminência parda da política européia, que se teria manifestado da seguinte forma, a respeito do arquiduque Francisco Fernando, da Áustria: "É um bom moço. É uma lástima que esteja condenado. Vai morrer nos degraus do trono". Esse tipo de declaração nos faz refletir: o destino do arquiduque Francisco Fernando, cujo assassinato em Serajevo daria ensejo à deflagração da Primeira Guerra Mundial, já estava decidido dois anos antes do fato. Quem teria tomado a decisão? Voltamos novamente aos governantes invisíveis.
Dessa forma, tudo leva a crer que a guerra de 1914 já estava sendo esperada, preparada e "programada", dois ou três anos antes do seu início. Muitos acontecimentos mostram o contínuo esforço, através de slogans e de imagens, para exacerbar o entusiasmo bélico das massas na investida contra o inimigo.
OPUS DEI LIGADA AOS GOVERNANTES SECRETOS
Observando-se os acontecimentos de nossos dias , os antagonismos, as desforras militares, políticas ou de espionagem, poderíamos encontrar a prova irrefutável, de que vários grupos "espirituais", alguns dos quais talvez ligados aos governantes secretos do mundo, têm realmente uma atividade temporal definida. Em 1969 vários dirigentes da Opus Dei entraram ativamente no governo franquista, apresentando, dessa forma, o problema da sua influência política concreta, não somente na Península Ibérica, com um movimento que já contava, há cinco anos, com mais ou menos 50 mil membros no mundo inteiro. Tal organização, fundada na Espanha em 1928, pelo reverendo pe. José Maria Escriva de Balaguere, não pode ser considerada uma sociedade secreta na acepção da palavra. A Opus Dei afirma: "Somos unicamente uma associação de fiéis, cujas finalidades são só religiosas e apostólicas", fazendo com que seus adeptos sigam normas de vida católica na sua totalidade, não apenas no que diz respeito à vida particular, mas também na integração dentro da profissão e da sociedade. Contudo, os altos dirigentes de tal instituição, apesar da vida asceta e altruísta, não deixaram de se utilizar das condições objetivas do mundo moderno, não se esquecendo das finanças e da atividade política. Muitas obras beneficentes e fundações altruístas surgiram: clínicas, escolas, centros culturais e casas para estudantes. Seria o caso de não excluirmos a eventualidade de contatos sigilosos entre essa organização e sociedades ou até remanescentes ocultos da Inquisição espanhola.
A SINARQUIA DO IMPÉRIO
Para se reconhecer, entre os personagens conhecidos ou desconhecidos da grande história, quais deles teriam recebido suas tarefas diretamente dos governantes invisíveis, é preciso distinguir duas categorias de personalidades: uma constituída por homens que tiveram papel de destaque no plano histórico e que estavam a par dos grandes segredos, tais como Richelieu, Benjamin Disraeli, o primeiro-ministro da rainha Vitória, e Lenin.
A segunda categoria compreenderia os personagens que não aparecem em nenhum livro de história: tiveram um papel ativo, apesar de secreto, influenciando a situação histórica e política.
Timothée-Ignatz Trebitsch, um aventureiro judeu, foi uma eminência parda, utilizado para facilitar o advento do nazismo na Alemanha. Outra personalidade que parece ter tido um papel importante no campo da política secreta é o "mago" inglês Aleister Crowley (1875-1947). Num passado mais remoto, vamos encontrar as enigmáticas figuras do conde de Saint-Germain e de Cagliostro.
O nome "sinarquia", pela sua etimologia grega, pressupõe a realização de uma ordem sagrada num equilíbrio perfeito, de uma harmonia complexa, que seria o reflexo das leis cósmicas. Está associado a uma das mais misteriosas sociedades secretas modernas de governantes invisíveis, tendo sido introduzido pelo grande esoterista Alexandre Sain-Yves, que viveu entre 1842 e 1909. Recebeu do papa o título de marquês de Alveydre e tornou-se conhecido como Saint-Yves d' Alveydre. Viu-se escolhido pelos governantes invisíveis do mundo para executar seus planos, tendo deixado um número de obras muito estranhas: Mission des Souverrains, Mission des Juifs, Mission de l'Inde, L'Archéomètre. Saint-Yves apregoava o ideal de uma sinarquia universal, a Sinarquia do Império, e não restam dúvidas de que manteve contato direto com os mais altos governantes secretos.
A Sinarquia do Império tinha uma estrutura hierárquica, essencial para o sistema, e que era resumida no seu símbolo: um triângulo em quatro níveis , mostrando, em seu interior, um olho, e cujo vértice coincidia com a extremidade de uma estrela de cinco pontas. Em todas as sociedades secretas realmente poderosas encontramos sempre esta estrutura hierárquica, cujos diferentes níveis de atividades são estritamente separados, de forma que cada grupo atue no seu nível e para que os chefes supremos possam agir sem nunca serem percebidos.
O GRANDE MONARCA, ANUNCIADO POR NOSTRADAMUS
É muito interessante notar como o antagonismo entre o bem e o mal se faz presente em todos os campos. No fim do ciclo terrestre, a ação das forças demoníacas seria terrível, prega a tradição. A profecia revelada a Salete, na França, em 1846, com relação ao fim do mundo, é apavorante. Ainda segundo uma tradição francesa, espera-se a aparição, para depois dos acontecimentos apocalípticos, de um legítimo soberano, o grande monarca, anunciado por Nostradamus e aguardado com tanta ansiedade. São várias as versões quanto à identificação desse grande monarca.
O que se conclui é que os aspectos negativos no mundo, o lado demoníaco da continuidade histórica, enfim, o que se chama de mal, pode ser encarado como um aspecto decididamente lamentável, mas cosmicamente inevitável no desenvolvimento do ciclo terrestre. O próprio mal é uma necessidade metafísica a ser integrada no plano da Nova Ordem Mundial.
De acordo com uma tradição oral, as Sinarquias do Império usariam, também, como senha, o antigo símbolo chinês que indica a complementação indissolúvel e a ligação inexplicável entre os dois pólos cósmicos universais, positivo e negativo, ou masculino e feminino. Esse tradicional e significativo símbolo é formado por um círculo branco e preto. A parte branca e a preta estão separadas por uma linha em espiral; na parte preta encontra-se um ponto branco e na parte branca há um ponto preto. Isto quer dizer que, no apogeu da fase evolutiva do ciclo terrestre (o triunfo do branco), o preto nunca desaparece completa-mente, e sua presença está assinalada por aquele ponto e, inversamente, na fase involutiva do ciclo (triunfo do preto), o ponto branco sempre permanece. Nenhuma manifestação poderia ter acontecido nem acontecer sem essa complementação cósmicas dos dois contra-pontos. É comum encontrar-se em todas as tradições alusão à existência de governantes invisíveis secretos, personalidade misteriosas que controlam o desenvolvimento da história humana e modo minucioso. E o que se sabe dizer é que essas figuras misteriosas aparecem quando sua presença é muito necessária.
Na tradição dos rosacruzes existe uma hierarquia de mestres desconhecidos, um conselho constituído por doze homens, que supervisionam a evolução da humanidade. Acima deles existiria outra hierarquia de entidades que já superaram o nível mortal humano, conhecida como o invisível permanente.
Assim como existe a iniciação autêntica, que transporta a um estado supra-humano, há em contrapartida a "pseudo-iniciação", cuja finalidade é a divulgação da subversão e do caos, trabalhando para o "fim do mundo". Ao que parece, essas forças contrárias estão incluídas no plano da Nova Ordem Mundial.
Todo homem possui no seu íntimo a possibilidade de adquirir poderes para elevar-se a um nível superior, mas poucos são os que o conseguem, diz o ocultismo. Ouspensky, discípulo de Gurdji-eff, cita em Fragments d'un Enseignement Inconnu a seguinte observação feita por seu mestre: "Se dois ou três homens despertos se encontram no meio de uma multidão de adormecidos, eles se reconhecem imediatamente, enquanto os adormecidos não poderão vê-los... Se duzentos homens conscientes achassem necessária uma intervenção, poderiam mudar todas as condições de existência na Terra".
O domínio dos dirigentes ocultos dos grupos por eles supervisionados se faz também do uso sistemático da força psíquica dos símbolos. É fácil constatar, especialmente nas ideologias que exploram as massas, o uso e a eficácia dos símbolos, verdadeiras "armas" que ativam e despertam a energia que se encontra profundamente arraigada na psique humana, na parte que constitui o inconsciente coletivo da humanidade. Assim, vamos encontrar a cruz gamada ou suástica, um dos símbolos mais antigos e mais significativos da humanidade, encontrado no mundo inteiro, ao longo da história. Num primeiro tempo a suástica representou, simbolicamente, a rotação das sete estrelas da Ursa Maior em volta da estrela Polar. Em seguida, o seu significado ampliou-se e passou a ser o símbolo do movimento cósmico. Dependendo da direção em que se dobram os braços da cruz, a suástica chama-se direita, representando a fase evolutiva, ou, ao contrário, invertida, representando a fase regressiva de um ciclo terrestre no seu conjunto. Os chefes nazistas teriam escolhido a suástica invertida como símbolo da sua ideologia de maneira proposital, com o intuito de se valer das forças involutivas, caóticas e desintegrantes. No seu delírio, a ideologia nazista usou uma influência invertida do Antigo Testamento, no que diz respeito ao povo eleito, à raça eleita. É bem possível, portanto, que Hitler tentasse "ajudar" o ciclo terrestre, pensando que quanto mais apresentasse as catástrofes, mais rapidamente chegaria a Idade de Ouro, e todo o mal desapareceria!
O texto sânscrito Vishnu Purana descreve que a época de Kali, ou seja, da detruição, poderá ser identificada quando "a sociedade atingir um nível em que a propriedade outorgue categoria, a riqueza for a única fonte de virtude, a paixão constituir o único laço de união ente marido e mulher, a falsidade for a matriz do sucesso na vida, o sexo o único meio de prazer, e quando os ornamentos exteriores se confundirem com a religião interior".
Guénon, um espírito muito lúcido e sensível à percepção dos sinais apocalípticos do nosso tempo, é autor do livro A Era da Quantidade e o Sinal dos Tempos, escrito no período entre as duas guerras, onde preconiza a robotização das massas: "Os homens ficarão uns autômatos, animados artificial e momentaneamente por uma vontade infernal, e isto dará uma idéia nítida do que acontece à própria beira da dissolução final".
Hoje, o que podemos perceber é que as influências mágicas mudaram na sua forma, no seu ritual e na sua aparência, mas as técnicas de condicionamento mágico continuam existindo. Basta observarmos com que facilidade se lança uma moda. O que pode ser feito com a moda pode ser aplicado em muitos outros campos, porque o comprimento de uma saia e um slogan político, além do controle da informação, podem ser divulgados da mesma maneira, observou Robert Mercier.
Goebbels, o único ministro da propaganda nazista, sabia perfeitamente que as massas podem ser manobradas, porque prevalece a lei pela qual o comportamento de uma coletividade desorganizada é sempre caracterizado pelo nível intelectual mais baixo.
Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas, de Serge Hutin, publicado no Brasil pela editora Hemus, examina em profundidade uma tese defendida por muitos estudiosos ligados à corrente do realismo fantástico (entre os quais o falecido Jacques Bergier). Essa tese afirma que, desde os primórdios da história, o mundo é governado na realidade por homens ou grupos de homens só muito raramente conhecidos: os membros de sociedades supersecretas. Sua existência nunca é pressentida, até o momento em que um fato imprevisível os leva a manifestarem-se abertamente.
Esses homens, por sua vez, obedeceriam a determinações de poderosas inteligências ainda mais ocultas e de compreensão praticamente impossível para o comum dos homens. Como escreveu o autor americano Philip José Farmer, em seu livro O Universo às Avessas: "Poderes sobre-humanos dirigem, do vértice da pirâmide dos governantes visíveis e invisíveis, toda a evolução de todos os sistemas planetários e das galáxias, incluindo todos os homens e os seres que os habitam. Se isso for verdade, a limitada inteligência humana seria incapaz de configurar o conjunto dos ciclos dos planetas e das galáxias, da mesma forma que uma célula de nosso organismo não tem a capacidade de entender a estrutura do conjunto ao qual pertence".