viernes, 16 de abril de 2004

A ORIGEM DA PÁSCOA

A sua origem está na festa judaica do mesmo nome.

A palavra "Páscoa" vem da palavra hebraica "Pessach", que
significa: "passagem". Era uma comemoração em que os judeus
festejavam a saída do Egito, tendo como ponto culminante, a
travessia do mar Vermelho. Todos os anos os hebreus lembravam este
acontecimento, agradecendo a Deus por esta estrondosa vitória sobre
o povo egípcio.

Na verdade, a páscoa dos judeus foi instituída por Deus em Êxodo
12.1-28. Neste texto Deus declara uma série de ordenanças ao seu
povo, para ser lembrada à posteridade e cumprida; logo, a páscoa foi
instituída por Deus e exclusivamente para os israelitas.

A páscoa era uma festa judaica em comemoração à saída e à libertação
dos israelitas do Egito, também conhecida pelo nome "Festas dos pães
ázimos"; leia em Lc.22.1 "Aproximava-se a festa dos pães ázimos, que
se chama a páscoa".

Os judeus se reuniam anualmente, em Jerusalém para esta festa que
tinha início no dia 14 do mês primeiro, chamado Abib, e que
corresponde ao nosso mês de abril. Esta festa possuía os seguintes
ingredientes: um cordeiro ou um cabrito, pães ázimos (sem fermento)
e ervas amargas.

O cordeiro servia para recordação do sacrifício.

O pão sem fermento, simbolizava a pureza.

As ervas amargas, simbolizavam as amarguras do cativeiro no Egito.

Esta celebração foi praticada ao longo da história dos judeus, mas
lamentavelmente, ganhou dimensões pagãs ao longo desta mesma
história e com o decorrer dos tempos.

O significado da páscoa era basicamente o da libertação dos
israelitas, do jugo dos egípcios.

Ex.12.42 "Esta é uma noite que se deve guardar ao Senhor, porque os
tirou da terra do Egito..."

Tornou-se então, comum entre os judeus, o costume de soltar-se
alguém que estivesse preso, por ocasião da páscoa; vamos ver isto em
João 18.39 "Tendes, porém, por costume que eu vos solte alguém por
ocasião páscoa: quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?".

Observe que o sentido da páscoa era bem diferente das práticas que
presenciamos atualmente.

A páscoa comemorada hodiernamente não se assemelha àquela
apresentada na Bíblia e destinada unicamente aos israelitas. crenças
pagãs em questões religiosas, o que é extremamente esquisito e em
nada recomendável.Inegavelmente, a páscoa de hoje, se volta para uma
violenta onda de consumismo com a intromissão de

O paganismo na páscoa se evidencia a partir dos seguintes elementos
usados como símbolos.

O OVO: Crença de origem egípcia; significava fertilidade e vida. O
ovo passou a ser o símbolo de vida. Para os povos antigos (romanos,
gauleses, chineses e egípcios) o ovo representava a forma do
universo; eles pintavam os ovos para serem posteriormente
reverenciados nas suas festas pagãs.

Entre os egípcios e chineses surgiu o costume de se presentearem
entre si, com ovos coloridos de galinha.

O ovo entrou na comemoração da páscoa a partir do século XII.
Inicialmente, se presenteava ovos de verdade; depois passou-se a
usar ovos de porcelana, vidro, pedra, madeira, e até de prata e
ouro.

O CHOCOLATE: Inicialmente, os ovos não eram comestíveis, até por que
não eram ovos de verdade, mas a partir do momento em que se teve a
idéia de fabricar ovos de chocolate, no século XVIII, foi que
começou a ser difundida esta prática. Coube aos alemães, levarem
este costume para os EUA, naturalmente impulsionados por algum
fabricante interessado nos lucros, mediante a venda dos mesmos; eles
passaram a ser consumidos em larga escala, dando uma ênfase maior à
idéia de vida, e de rejuvenescimento.

O COELHO: No Egito antigo, era símbolo de fertilidade, por se tratar
de um animal capaz de se reproduzir muito rapidamente; representava
a fecundidade e a reprodução constante da vida; os egípcios passaram
a usá-lo como símbolo da páscoa. Foram os imigrantes alemães que
trouxeram para o Brasil entre os anos de 1913 e 1920 o costume de
se usar a figura do coelho simbolizando fertilidade; daí então
passou-se a usar até a expressão "o coelhinho da páscoa". Coube
imediatamente à igreja católica romana, sempre conivente com o
poderio mercantilista, a incorporação de mais este paganismo,
insinuando a idéia de significado de capacidade para produzir
sempre muitos discípulos.

É aliás, muito interessante constatarmos que o coelho (lebre) era
considerado um animal imundo para os judeus, Dt.14.7 "Porém, dos
animais que ruminam, ou que têm a unha fendida, não podereis comer
os seguintes: o camelo, a lebre..." Veja a que ponto se chegou na
ânsia de se vender um produto.

A VERDADEIRA PÁSCOA:

A páscoa judaica, há muito tempo deixou de ser bíblica por não fazer
mais sentido algum, uma vez que a verdadeira páscoa, que é o Senhor
Jesus Cristo já foi consumada na cruz do Calvário, há nada menos de
dois mil anos. Consequentemente, não tem mais nenhum sentido para
nós evangélicos a comemoração pascal, visto que não representa
sequer a ressurreição de Cristo Jesus, mas sim a revitalização de
uma festa milenar e pagã da fertilidade.

Observe o que diz a Palavra de Deus sobre este assunto:

Jo. 1.29 "No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e
disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

O Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, o Cordeiro pascal, que passou a
ser nosso, por que o Pai no-lo deu, já veio ao mundo e já foi
sacrificado para nos garantir a libertação total de nossas almas.

Jo. 13.1: "Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a
sua hora ..."

Jo.2.13: "Estando próxima a páscoa dos judeus, Jesus subiu a
Jerusalém".

Mt.26.1-2: "E havendo Jesus concluído todas estas palavras, disse
aos seus discípulos: Sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o
Filho do homem será entregue para ser crucificado".

Lemos que Jesus celebrou a última páscoa em Lc.22.15-16 "E disse-lhe
Jesus: tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa, antes
da minha paixão. Pois vos digo que não a comereis mais até que ela
se cumpra no reino de Deus".

Agora, preste bem atenção para o que vamos ler em I Co.
5.7 "Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim
como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi
sacrificado".

O Senhor Jesus Cristo celebrou portanto a última páscoa conforme a
orientação de Deus e deu início à celebração da Ceia do Senhor; foi
Ele quem a instituiu; veja-se em Mt.26.17-30. E não fez isto por
causa da sua ressurreição, mas sim por causa da sua morte vicária. A
Ceia do Senhor foi instituída para ficar em memória a Jesus Cristo.

Observe o que o apóstolo Paulo ensinou em I Co.11.26 "Porque todas
as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis
anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha".

A Ceia do Senhor não pode ser o equivalente à páscoa; ela não foi
instituída para ser celebrada apenas anualmente, com ovos de
chocolate e coelhinho; mas para ser observada sempre e com os
elementos pão e vinho que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo
Jesus.

Consequentemente, a Ceia do Senhor, tendo como ingredientes: pão e
vinho, (não só o pão) jamais traduzirá a idéia vendável de
rejuvenescimento e de fertilidade que presenciamos hoje.

A Ceia do Senhor se constitui numa ordenança divina a ser usada
pelos seguidores de Cristo Jesus, em memória à sua morte e
anunciando a sua volta até que Ele venha para arrebatar a sua igreja
aos céus.

Portanto, a expressão FELIZ PÁSCOA! se constitui numa triste
incongruência.

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