miércoles, 8 de abril de 2009

Lição Bíblica




Marcos 13.1-13

1 Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos: Mestre! Que pedras, que construções!
2 Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada.
3 No monte das Oliveiras, defronte do templo, achava-se Jesus assentado, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular:
4 Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se.
5 Então, Jesus passou a dizer-lhes: Vede que ninguém vos engane.
6 Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos.
7 Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
8 Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.
9 Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho.
10 Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações.
11 Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
12 Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão.
13 Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.
Os discípulos estão impressionados pela grandeza e pela beleza exterior das construções do templo. Mas "o Senhor não vê como vê o homem" (1 Samuel 16:7; Isaías 11:3). Ele já tinha entrado neste templo e constatado a iniqüidade que tomava conta dele (11:11). Agora também olhava para adiante, para os acontecimentos que poucos anos depois de Sua rejeição trariam a ruína sobre a cidade culpada. A história nos ensina que, em 70 A.D., Jerusalém foi objeto de um terrível cerco e depois foi quase totalmente destruída pelo exército de Tito. Esse terrível castigo provou grandemente a fé dos crentes que eram tão apegados à cidade santa. Mas o Senhor Jesus os havia encorajado de antemão com as palavras que temos aqui (vv. 2,11,13). Quantos filhos de Deus, ao passar por perseguições, tiveram, por meio delas experiências maravilhosas! No momento de testemunhar, o Espírito Santo lhes dava o que eles tinham a dizer. Foi o que aconteceu com Pedro ao ser intimado a depor diante das autoridades, dos anciãos e dos escribas em Atos 4:8 e com Estêvão em Atos 7:55. Nós também podemos, de acordo com a nossa medida e segundo as nossas necessidades, experimentar esse poder do Espírito Santo quando O deixamos operar em nós.

martes, 7 de abril de 2009

Lição Bíblica




Marcos 12.35-44

35 Jesus, ensinando no templo, perguntou: Como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi?
36 O próprio Davi falou, pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.
37 O mesmo Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele seu filho? E a grande multidão o ouvia com prazer.
38 E, ao ensinar, dizia ele: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e das saudações nas praças;
39 e das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes;
40 os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo.
41 Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias.
42 Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante.
43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes.
44 Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.
Agora é a vez do Senhor Jesus deixar os seus críticos embaraçados com uma pergunta bastante delicada: como pode o Cristo ser ao mesmo tempo o Filho e o Senhor de Davi? (vide Salmo 89:3-4, 23 e 36). Eles não sabem como explicar isto e o orgulho deles impede-lhes de pedir a resposta... do próprio Cristo. É justamente por causa de Sua rejeição que o Filho de Davi ocuparia a posição celestial que Lhe é atribuída no Salmo 110.

A fim de colocar o povo em guarda contra esses líderes indignos, o Senhor então faz um triste retrato dos escribas vaidosos, avarentos e hipócritas. Infelizmente, esses traços têm, às vezes, caracterizado também outros "líderes espirituais" afora os de Israel! (vide 1 Timóteo 6:5).

No versículo 41, vemos o Senhor Jesus assentado em frente ao gazofilácio do templo. Com o Seu olhar penetrante, o qual já tínhamos visto contemplando a todos e a todas as coisas, Ele observa, não o quanto se dá (a única coisa que interessa aos homens), mas como cada um dá à causa de Deus. E eis aí essa pobre viúva com a sua tocante oferta: as duas pequenas moedas que lhe restavam para viver. Emocionado, o Senhor chama os Seus discípulos e comenta o que acaba de ver. Ah! essa oferta extraordinária - "tudo quanto possuía" - provou não somente a afeição desta mulher pelo Senhor e por Sua casa, mas também a total confiança que tinha em Deus para atender a suas necessidades (conforme 1 Reis 17:12-13).

lunes, 6 de abril de 2009

Lição Bíblica




Marcos 12.18-34

18 Então, os saduceus, que dizem não haver ressurreição, aproximaram-se dele e lhe perguntaram, dizendo:
19 Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar mulher sem filhos, seu irmão a tome como esposa e suscite descendência a seu irmão.
20 Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência;
21 o segundo desposou a viúva e morreu, também sem deixar descendência; e o terceiro, da mesma forma.
22 E, assim, os sete não deixaram descendência. Por fim, depois de todos, morreu também a mulher.
23 Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de qual deles será ela a esposa? Porque os sete a desposaram.
24 Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?
25 Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento; porém, são como os anjos nos céus.
26 Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido no Livro de Moisés, no trecho referente à sarça, como Deus lhe falou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?
27 Ora, ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Laborais em grande erro.
28 Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos?
29 Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.
31 O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
32 Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele,
33 e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.
34 Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo.
Agora chegam os saduceus para medir a sabedoria do Senhor Jesus. Na realidade, eles não acreditavam na ressurreição (vide Atos 23:8); mas é justamente acerca desse assunto que o Senhor os confronta e os faz silenciar (v. 26). A ressurreição é duplamente confirmada: pelas Escrituras e pelo poder de Deus que ressuscitou a Cristo dos mortos (v. 24). E, ainda assim, é provável que não haja nenhuma outra verdade mais combatida pela incredulidade dos homens (vide Atos 17:32 e 26:8). Paulo demonstra em 1 Coríntios 15 que a ressurreição é um dos fundamentos essenciais do Cristianismo, o qual não pode ser tocado sem com isso arruinar completamente a nossa fé.

Em contraste aos debatedores precedentes, o escriba mostra-se honesto e inteligente quando interroga o Senhor sobre o principal de todos os mandamentos. O amor, responde o Senhor Jesus, é o principal mandamento; amor a Deus e ao próximo, nisso se resume o cumprimento da lei (Romanos 13:10; Gálatas 5:14). Queridos amigos, não deveríamos nós amar mais do que os filhos de Israel, nós, que fomos procurados e que estávamos mais distanciados de Deus do que eles (nós, que procedemos das nações estranhas às alianças da promessa) e que pelo sangue de Cristo fomos aproximados a uma relação de filhos do Deus de amor? (Efésios 2:12-13).

domingo, 5 de abril de 2009

Lição Bíblica




Marcos 12.1-17

1 Depois, entrou Jesus a falar-lhes por parábola: Um homem plantou uma vinha, cercou -a de uma sebe, construiu um lagar, edificou uma torre, arrendou -a a uns lavradores e ausentou-se do país.
2 No tempo da colheita, enviou um servo aos lavradores para que recebesse deles dos frutos da vinha;
3 eles, porém, o agarraram, espancaram e o despacharam vazio.
4 De novo, lhes enviou outro servo, e eles o esbordoaram na cabeça e o insultaram.
5 Ainda outro lhes mandou, e a este mataram. Muitos outros lhes enviou, dos quais espancaram uns e mataram outros.
6 Restava-lhe ainda um, seu filho amado; a este lhes enviou, por fim, dizendo: Respeitarão a meu filho.
7 Mas os tais lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo, e a herança será nossa.
8 E, agarrando -o, mataram-no e o atiraram para fora da vinha.
9 Que fará, pois, o dono da vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros.
10 Ainda não lestes esta Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular;
11 isto procede do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos?
12 E procuravam prendê-lo, mas temiam o povo; porque compreenderam que contra eles proferira esta parábola. Então, desistindo, retiraram-se.
13 E enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra.
14 Chegando, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens; antes, segundo a verdade, ensinas o caminho de Deus; é lícito pagar tributo a César ou não? Devemos ou não devemos pagar?
15 Mas Jesus, percebendo-lhes a hipocrisia, respondeu: Por que me experimentais? Trazei-me um denário para que eu o veja.
16 E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes: De quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César.
17 Disse-lhes, então, Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele.
As autoridades do povo são forçadas a reconhecer-se na aterradora parábola dos lavradores maus.

Observemos como é descrito (somente aqui em Marcos) o último enviado do Dono da vinha: "Restava-lhe ainda um, seu filho amado" (v. 6). Esta frase nos recorda as palavras que Deus disse a Abraão: "Toma teu filho, teu único filho... a quem amas" (Gênesis 22:2). Temos aí uma comovente indicação das afeições do Pai pelo Seu Filho amado, Que Ele sacrificou por nós!

Assim desmascarados, os fariseus e os herodianos buscam replicar. Com elogios de hipocrisia, que, apesar disso, testemunhavam do Senhor Jesus ("Sabemos que és verdadeiro e... segundo a verdade ensinas o caminho de Deus" - v. 14), eles tentam surpreendê-LO com uma das mais sutis perguntas. Se a Sua resposta fosse "sim", isso O teria desqualificado como Messias; se fosse "não", eles O acusariam aos romanos. Ele lhes responde da única maneira que não esperavam: dirigindo-Se à consciência deles. Que divina e admirável sabedoria! Ainda assim, quanto não teve de sofrer o Salvador, em Quem tudo era verdade e amor, por essa má fé, essa maldade, sim, por essa constante "oposição dos pecadores contra si mesmo" (vide Ezequiel 13:22).

sábado, 4 de abril de 2009

Lição Bíblica




Marcos 11.15-33

15 E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.
16 Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo;
17 também os ensinava e dizia: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores.
18 E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina.
19 Em vindo a tarde, saíram da cidade.
20 E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz.
21 Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou.
22 Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus;
23 porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.
24 Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.
25 E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.
26 Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.
27 Então, regressaram para Jerusalém. E, andando ele pelo templo, vieram ao seu encontro os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos
28 e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?
29 Jesus lhes respondeu: Eu vos farei uma pergunta; respondei-me, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.
30 O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei!
31 E eles discorriam entre si: Se dissermos: Do céu, dirá: Então, por que não acreditastes nele?
32 Se, porém, dissermos: dos homens, é de temer o povo. Porque todos consideravam a João como profeta.
33 Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E Jesus, por sua vez, lhes disse: Nem eu tampouco vos digo com que autoridade faço estas coisas.
O Senhor purifica o templo que Ele havia inspecionado no dia anterior. O zelo pela casa de Seu Deus consome o perfeito Servo (João 2:17).

"Em vindo a tarde", Ele deixa a cidade corrompida, porém retorna no dia seguinte, passando em frente da figueira ressecada. Ao responder à observação de Pedro, o Senhor Jesus não dá ênfase ao Seu próprio poder, antes dirige os pensamentos dos discípulos a Deus. É como se Ele lhes dissesse: "Aquele (Deus) que me respondeu está também disposto a atender às vossas orações e a remover todo obstáculo de vosso caminho, mesmo que este seja tão alto como uma montanha". Ter fé em Deus não significa esforçar-nos para crer na realização de nossos desejos; mas é simplesmente contar com Deus, com Aquele que conhecemos, que é fiel e que nos ama. Mas há uma situação na qual Deus certamente não poderá nos responder: É quando temos "alguma cousa contra alguém". Isto é uma intransponível montanha no caminho de nossas relações com Ele. É um empecilho que deve ser removido imediatamente, a fim de que a nossa relação com Deus e com nossos irmãos possa ser restabelecida, e para que os "caminhos" do coração voltem a ser "aplanados", como diz o Salmo 84:5.

Com o versículo 27, começam os últimos discursos do Senhor, no curso das quais Ele envergonha, um após o outro, a todos os Seus adversários.

viernes, 3 de abril de 2009

Alguém que eu não esqueço




Amigo. Esposa. Namorada. Pai. Mãe. Um chefe. Quando a gente não esquece é porque aquela presença valeu a pena, marcou, imprimiu conceito, cheiro, mensagem ou sentimento em nossa memória.
Alguém se torna inesquecível quando abraça nossa alma, quando envolve nossos sentidos, quando chega, senta, toma conta de nós. Quando nos mostra caminhos, aumenta o foco de nossa visão. Alguém que se torna inesquecível quando acrescenta, soma, dá. Isso pode acontecer numa história de amor, amizade, de trabalho.
Um amigo que se tornou fiel, torcedor, parceiro. Um amor que soube dividir ideal, projetos, sem anulação de nossa personalidade, fim de alguns sonhos. Um chefe ou um líder que soube passar conhecimento, despertar nossa vocação e comprometimento.
Tornar-se inesquecível é fazer parte da vida de outro, é ser muito mais do que importante. É construir um capítulo de vida. Relembrar a pessoa inesquecível faz com que viajemos no tempo, nos transportemos para um verdadeiro filme arquivado em nossa memória e, ainda, faz com que nossa sensibilidade experimente sentir novamente tudo o que sentimos à época lembrada. Relembrar a pessoa inesquecível nos traz aos sentidos o cheiro de um perfume, a imagem de um momento, a frase ouvida há tempos, a força recebida, o toque de mão, a sensação do desafio superado.
Alguém negativamente inesquecível passa a ser um fantasma, uma imagem que nos persegue, aprisiona e impede a liberdade. E é saudável, positivo, quando se posiciona como uma figura calma, segura, definida. Alguém que veio, ocupou o espaço importante e necessário e só nos impulsiona, alegra, cativa.
Tomara que você passe a ser inesquecível na vida de alguém. Marcando posição, dividindo sua energia, distribuindo amor, tocando o coração. Porque tornar-se inesquecível é deixar aparecer esse seu lado único e especial. É saber doar-se.
Pena que algumas pessoas não consigam se tornar especial na vida de alguém. Essas pessoas não são importantes nem para elas próprias. Não são fiéis, companheiras, atenciosas. Sugam o que você tem a dar-lhes, e depois, quando vê que não existe mais nada, afastam-se. Esse tipo de pessoa se torna inesquecível negativamente, pois, como os mais antigos dizem, as coisas boas não são lembradas, e sim as tristezas, as decepções, as sacanagens. Mas essa é a vida que nos foi dada. Nos resta deixar levar e aprender com as coisas boas e ruins que nos aconteceram.

Lição Bíblica




Marcos 11.1-14

1 Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois dos seus discípulos
2 e disse-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e, logo ao entrar, achareis preso um jumentinho, o qual ainda ninguém montou; desprendei -o e trazei -o.
3 Se alguém vos perguntar: Por que fazeis isso? Respondei: O Senhor precisa dele e logo o mandará de volta para aqui.
4 Então, foram e acharam o jumentinho preso, junto ao portão, do lado de fora, na rua, e o desprenderam.
5 Alguns dos que ali estavam reclamaram: Que fazeis, soltando o jumentinho?
6 Eles, porém, responderam conforme as instruções de Jesus; então, os deixaram ir.
7 Levaram o jumentinho, sobre o qual puseram as suas vestes, e Jesus o montou.
8 E muitos estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam cortado dos campos.
9 Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!
10 Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas!
11 E, quando entrou em Jerusalém, no templo, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.
12 No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
13 E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos.
14 Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto.
O caminho do Senhor está chegando a seu fim. Ele faz a Sua entrada triunfal em Jerusalém e vai ao templo, onde começa por observar em Sua volta todas as coisas (v. 11), como se perguntasse: "Estou em casa aqui?" Esse detalhe, próprio do Evangelho de Marcos, mostra-nos que Deus nunca julga e condena precipitadamente um estado de coisas (compare Gênesis 18:21). Mas quais devem ter sido os sentimentos do Senhor ao ver que esta casa de oração estava tão profanada?

Ele deixa este lugar manchado e retira-Se a Betânia para passar a noite com o pequeno número dos que O reconhecem e O amam. Betânia significa tanto "casa do necessitado" como também "casa de figos" . É como se Ele, o pobre (Salmo 40:17), só em Betânia tivesse achado algum fruto para Deus ("figos muito bons", conforme Jeremias 24:2). Isso foi um consolo ao Seu coração, e até mesmo uma amostra prévia do fruto decorrente do "penoso trabalho de sua alma" na cruz.

"No dia seguinte, quando saíram de Betânia" (v. 12), o Senhor Jesus amaldiçoa a figueira estéril, a qual representa Israel na condição como o Senhor a encontrou e, de maneira geral, o homem natural, do qual Deus não pôde tirar nenhum fruto para Si, apesar de suas aparências religiosas (as folhas), as quais Ele definitivamente condenou: "Eu os consumirei de todo, diz o Senhor; não haverá uvas na vide, nem figos na figueira, e a folha já está murcha; e já lhes designei os que passarão sobre eles" (Jeremias 8:13).

jueves, 2 de abril de 2009

Calzón




Pantalón de tela ordinaria, ajustado en las caderas y muslos, sin bolsillos y sin pretina en la cintura.
El largo de las piernas llegaba justo al borde inferior de la rodilla. A los costados tenían un corte que se podía cerrar con botones pero que el hombre de campo siempre usó abierto, por donde salía el calzoncillo. Este corte y el borde inferior, a veces llevaban bordados.
Los calzones de los uniformes de oficiales, se ajustaba en el borde inferior con una cinta de plata u oro, y una hebilla llamada charretera o jarretera..

Los calzones fueron usados por los hombres de campo y como uniformes militares en el Siglo XVIII.

Lição Bíblica




Marcos 10.35-52

35 Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir.
36 E ele lhes perguntou: Que quereis que vos faça?
37 Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda.
38 Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado?
39 Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o batismo com que eu sou batizado;
40 quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado.
41 Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João.
42 Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.
43 Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;
44 e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos.
45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
47 e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
49 Parou Jesus e disse: Chamai -o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50 Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
51 Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.
52 Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.
Observemos a fé de Tiago e João. Eles sabiam que o seu Mestre era o Messias, o Herdeiro do reino e que eles teriam parte com Ele ali. Porém o pedido que eles fazem ao Senhor denuncia a ignorância e a vaidade de seus corações naturais. Cheio de graça, o Senhor reúne os Seus discípulos ao Seu redor e faz uso desta infeliz atitude dos dois irmãos para instruí-los (e isto serve também para nós). Não compreendiam que tinham diante de si o maior Exemplo de humildade? Aquele que tinha todos os direitos de ser servido quis voluntariamente fazer-Se servo para libertar a Sua criatura e pagar com a própria vida o resgate exigido pelo soberano Juiz. O maravilhoso versículo 45 poderia ser chamado de o versículo-chave do Evangelho, pois o resume muito bem.

O Espírito Santo nos mostra nesse capítulo três atitudes completamente distintas: o jovem rico que o Senhor convida a segui-LO, o qual Lhe dá as costas (vv. 21, 22); os discípulos, que também foram chamados, e que O seguem tomados de apreensões (v. 32) embora se vangloriando de sua renúncia (v. 28); e finalmente, este pobre cego, a quem o Senhor Jesus nada pede após curá-lo, mas que, sem dizer uma palavra e lançando de si a capa que podia detê-lo em sua marcha, segue-O "estrada fora" V. 52).

miércoles, 1 de abril de 2009

Calzoncillo cribado




En el sur de la América meridional, el "calzoncillo cribado" constituía parte del atuendo típico de los gauchos del siglo XIX, moda que deviene de una herencia provinciana española.

Eran en definitiva, unas bragas criollas bien ornamentadas y que constituían una prenda de orgulloso lucimiento para el gaucho ya que, un poco más o menos largas, eran siempre visibles sobresaliendo por debajo del "chiripá", especie de lienzo que se pasaba por entre las piernas y encima de las bragas y que se sostenía en la cintura con una faja o cinturón.

Hoy en día, en España y en algunos otros países de habla hispana, el término "bragas" es usado solamente para denominar a una prenda interior usada por las mujeres y los niños pequeños, pero de antiguo, la palabra "bragas" venía a definir una prenda íntima masculina, que de allí deriva aquello de "un hombre bien bragado", para indicarlo corajudo, en clara referencia a lo que las bragas cubren y aun en la actualidad en el persistente derivado "bragueta", aplicado a una parte de los pantalones masculinos.

Lo cierto es que nuestro gaucho usaba este tipo de bragas desde el siglo XVIII, primero por debajo del "calzón" típico español o pantalón sastreado, reemplazado en los albores de la independencia por el chiripá, y que vino a denominarse "calzoncillo", que bien podía ser sencillito tanto como "cribado" según la jerarquía y posición del portador.

Confeccionados en hilo de algodón hilado a mano, de fabricación criolla, tejido en los obrajes de la zona litoraleña, "pohobi", en Tucumán, Mendoza e incluso tela traída de Quito y Cochabamba, o de lino, de la cintura hacia abajo su largo fue variable según las épocas, bien hasta la pantorrilla o cubriendo los tobillos (siglo XIX), con o sin calados o cribos y con flecos en los bajos.

Pero lo distintivo del "calzoncillo cribado" era, precisamente, el trabajo de bordadura ornamental, trabajo que respondía a una tradición de artesanías femeninas de la península y que era en un todo similar al que se realizaba en camisas (de varón y de mujer), en la ropa blanca de la casa, en sábanas y toallas.

Pero era en la cuestión del ornato en donde estribaba lo sustancial del asunto pues, de acuerdo con su complejidad, se marcaban las diferencias. A unos diez o doce centímetros por debajo del borde del calzoncillo aparecía una franja, que solía ser también de ancho variable, en la que se desplegaba el lujo sea con bordaduras o "cribos", flecos y "vainillas" de distinto ancho y con trabajos diversos. Y así nos lo consigna Auguste de Saint-Hilaire, en Voyage à Rio Grande do Sul (1816-22, Orleans, 1887) cuando dice: "Tienen anchos pantalones (calzoncillos) de una tela de algodón casero y el extremo de cada pierna se termina con cribos o puntillas, por encima de cuyos deshilados hay, muchas veces, un trabajo de bordado".

Con el nombre general de "cribos" se distinguen dos adornos diferentes, a saber: el "cribado" o calado, trabajado sobre la misma tela y también llamado "añasgado" o "añejado". Estos son dibujos realizados con aguja directamente deshilando la tela y las "puntillas", como ser bolillos y randas de punta, que se trabajan aparte de la tela. La randa es una malla de ojo rectangular con dibujos geométricos superpuestos. El tercer tipo de adorno es el fleco.

Por lo general no se usaban más de dos hileras de "cribos" como máximo y, entre ellas, se realizaban los bordados y vainillados artesanales con diferentes motivos, desde flores pequeñas y discretas, hasta inscripciones, como en la época de Rosas con consignas tales como "Viva el Restaurador", o bien con las iniciales de su dueño, cosa de impedir toda sospecha de que prenda tan preciada fuera producto de robo.

El calzoncillo cribado contaba también, por delante y arriba, con una pretina con tres o cuatro botones y, por detrás, con una doble presilla, para regular el ancho de la cintura. Otra presilla, en el centro y borde inferior de la camisa, permitía la unión de ésta con el calzoncillo, debajo del cual se metían los faldones de la camisa. Raras veces, y sólo por necesidad, sea para realizar ciertas faenas o sea para preservar la prenda de la suciedad, se metía la parte inferior del calzoncillo dentro de la bota de potro, estirando bien hacia arriba la caña del calzado.

Muy en boga hasta el último cuarto del siglo XIX, el calzoncillo cribado era uno de los lujos que el gaucho podía darse y cuanto más calada y compleja la bordadura, mayor era su orgullo de ostentarlo, pero esta moda, por ser artículo costoso en virtud de lo que la encarecía el bordado artesanal, a poco se fue extinguiendo: el chiripá se alarga, cosa de tapar la mengua de ornamentos y finalmente, los predecibles cambios a los que obligó el progreso, terminaron por destronar al chiripá y al calzoncillo cribado a favor de la bombacha de campo.

Lição Bíblica




Marcos 10.23-34

23 Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
24 Os discípulos estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão difícil é para os que confiam nas riquezas entrar no reino de Deus!
25 É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
26 Eles ficaram sobremodo maravilhados, dizendo entre si: Então, quem pode ser salvo?
27 Jesus, porém, fitando neles o olhar, disse: Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.
28 Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos.
29 Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho,
30 que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.
31 Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.
32 Estavam de caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus ia adiante dos seus discípulos. Estes se admiravam e o seguiam tomados de apreensões. E Jesus, tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir, dizendo:
33 Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios;
34 hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará.
No Antigo Testamento as bênçãos eram terrenas e as riquezas eram consideradas como uma prova do favor de Deus (vide Deuteronômio 8:18). Eis aqui o motivo do assombro dos discípulos. Eles acabavam de ver um homem próspero, aparentemente abençoado por Deus, amável, de conduta irrepreensível, disposto a fazer muitas coisas boas. E o Senhor o deixou partir. Que coisa! Se tais vantagens não davam acesso ao reino de Deis, quem então podia ser salvo? O Senhor Jesus lhes responde que a salvação realmente é algo impossível para o homem realizar. Só Deus pode salvar.

Note que o Senhor não condena aqui os ricos, mas "os que confiam nas riquezas". Ademais, seguir a Jesus implica inevitavelmente na renúncia de algumas coisas, o que para certas pessoas pode ser algo muito doloroso (v. 29). Mas se elas renunciam por amor ao Senhor e ao Evangelho, isto ao mesmo tempo será para elas uma fonte de incomparáveis alegrias, sendo que a primeira delas será a consciência da aprovação do Senhor. Sim, o penetrante olhar do Senhor (v. 21,23,27) lê os nossos corações para ver se a motivação pela qual agimos é boa - se há uma verdadeira resposta ao amor d'Aquele que tudo deixou por nós (vide Zacarias 7:5).

Neste capítulo encontramos várias características da carne: é atrativa (vv. 17-22); é presunçosa (v. 28); é temerosa (v. 32); e, finalmente, é egoísta (vv. 35-40).

martes, 31 de marzo de 2009

El Mate




El Mate: Si deberiamos mencionar un elemento que caracterize al gaucho, sin lugar a dudas diriamos que es el MATE.
Esta infusion cuyo nombre proviene del quichua "mati", calabacita, es una de las bebidas predominantes en la dieta del gaucho y que ha trascendido hasta nuestros dias siendo utilizado como desayuno, mereinda o tan solo como compania, ya sea para pasar el tiempo o para invitar a las visitas.
El mate, propiamente dicho, está compuesto por varios elementos a saber:

La calabaza, tambien llamada "mate", es un recipiente que sirve de contencion del liquido que se suministra (agua) para obtener la infusion.

La yerba mate: Es una planta cultivada en las zonas mas tropicales de nuestro pais, y tambien en el brasil y Uruguay, posee una hoja de bordes dentados y es secada, triturada, y tratada para el consumo.

La bombilla: Es una varilla ahuecada en cuyo extremo que va dentro de la calabaza posee una "rejilla" que permite el filtrado de la yerba mate y logra que solo ingrese el liquido a la boca.

La preparacion del mate es muy variada, y para mucha gente es un ritual que se prepara con mucho cuidado.
Antes de explicar el metodo basico de la preparacion del mate, tenga en cuenta los siguientes pasos.
Lo primero que va a necesitar para preparar un mate es, principalmente, un "mate", estos son de distinta forma, tamaño y composicion, los hay de calabazas, madera, plastico y metal, pero yo recomiendo el de calabaza, ya que le da un sabor particular, tambien son de recomendar los que estan hechos de palo de yerba mate, palo santo, quebracho colorado o alguna madera dura y estacionada, no asi los de pino, alamo o alguna otra madera que pueda dar gusto feo o quebrarse. Junto con el mate necesitará una bombilla, la cual generalmente es de metal, aunque las hay de caña y de plastico. Tambien necesitará una pava con agua caliente. Se aconseja que el agua esté entre los 80 y 90º de temperatura, que NUNCA hierva, ya que se quema la yerba. El ultimo elemento que necesitará es la yerba, existen muchas marcas en el mercado, pero lo principal es elegir entre los dos tipos principales: Con palo y sin palo; En Argentina, sobre todo desde la provincia de Buenos Aires hacia abajo, se toma mate con yerba con palo. Ya subiendo, mas que nada en el limite con el brasil se suele tomar mate con yerba sin palo. Actualmente se venden algunas yerbas que contienen cascarillas de limon, naranja, pomelo o café, que sirven de saborizante.
Una vez conseguidos estos cuatro elementos (contando el agua) debemos proceder a la preparacion.

1) Se recomienda empezar a calentar el agua mientras se prepara el resto del mate (solo para ahorrar tiempo).

2)Una vez que pusimos a calentar el agua, tomamos la calabaza (o el recipiente elegido), y lo llenamos hasta un tercio de la capacidad total con la yerba elegida (no se recomienda poner mas cantidad ya que la yerba se "hincha" y el mate queda "corto", o sea, con poca cantidad de agua).

3) La colocacion de la bombilla es un asunto que ha llegado muchas veces a un tema de discusion y debates caseros. Algunos sostienen que ésta debe colocarse tapando el orificio superior, cuando todavia no se le ha agregado el agua, mientras que otros prefieren primero colocar un poco de agua tibia (de la misma pava cuyo agua aun no se calentó) dejar de uno a un minuto y medio en reposo y luego colocar de la manera ya mencionada. Otras personas prefieren poner la bombilla y luego agregar la yerba (metodo que no es muy conveniente ya que es preferible agitar primero un poco el mate para que el polvillo se asiente). pero en fin... es cuestion de experiencia y de acuerdo a los resultados se logra el metodo mas conveniente.

4) Una vez calentada el agua se procede a "cebar" el mate. En este procediminento debemos colocar un chorro fino y constante de agua a la altura de la bombilla y desde una altura de mas o menos 10 o 15 cm. es importante e que la altura sea la estimada ya que es necesario que el agua penetre hasta el fondo y permita que levante la yerba.

Nota: Al primer mate es necesario dejarlo reposar un minuto mas o menos para que la yerba se humecte bien.

Una vez que la yerba ya no tiene gusto es necesario cambiarla, reptiendo los pasos ya mencionados.

Como curar el mate segun www.fotoargentina.com.ar

¿Cómo curar el mate?: el curado del mate es muy importante porque elimina los pigmentos que tienen algunas maderas y que dan mal sabor al mate y sella lo poros para evitar que se generen malos olores y/o sabores. Lo primero es darle una buena lavada. Después tenés que llenarlo con agua caliente, dejarlo reposar 1 o 2 minutos y luego tirar el agua. Repetir esta última operación hasta que el agua que sale esté limpia, sin ningún tipo de color. El paso siguiente es llenar el mate de yerba casi hasta arriba y ponerle agua caliente hasta el tope. Esto lo hacés a la noche y lo dejás así hasta el día siguiente. Al otro día le sacás esa yerba, lo enjuagás y lo ponés boca abajo para que se oreé durante el día. Repetir esta operación tres o cuatro días. Ya está listo para cebar.

Lição Bíblica




Marcos 10.1-22

1 Levantando-se Jesus, foi dali para o território da Judéia, além do Jordão. E outra vez as multidões se reuniram junto a ele, e, de novo, ele as ensinava, segundo o seu costume.
2 E, aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher?
3 Ele lhes respondeu: Que vos ordenou Moisés?
4 Tornaram eles: Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar.
5 Mas Jesus lhes disse: Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento;
6 porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe e unir-se -á a sua mulher,
8 e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.
9 Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
10 Em casa, voltaram os discípulos a interrogá-lo sobre este assunto.
11 E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela.
12 E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.
13 Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
14 Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
15 Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
16 Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.
17 E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
18 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.
19 Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe.
20 Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude.
21 E Jesus, fitando -o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá -o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.
22 Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.
Os fariseus procuram fazer com que o Senhor Jesus contradiga a Moisés na questão do divórcio. Mas Ele os silencia ao recordar-lhes a ordem das coisas tal como Deus havia criado no princípio (ocasião, portanto, anterior à lei dada por Moisés). O mundo tem corrompido e estragado tudo o que Deus havia estabelecido em Sua bela criação e em particular a instituição do matrimônio.

A dureza de coração e o egoísmo têm conduzido os homens a menosprezar e a perverter tudo que diz respeito ao matrimônio; essa condição também se manifesta na falta de consideração pelas criancinhas. Até mesmo os discípulos deixam-se contagiar por este espírito. Os versículos 13 a 16 nos dão, em relação ao relato de Mateus, alguns detalhes suplementares que são comovedores: o Senhor começa por indignar-Se com a atitude dos discípulos. Daí toma carinhosamente essas crianças nos Seus braços, onde se acham em perfeita segurança. Por fim, é dito expressamente que Ele as abençoa (conforme Mateus 19:13-14).

No incidente que se segue, Marcos é novamente o único a mencionar um ponto de muita importância: o amor do Senhor por um jovem que veio ao Seu encontro. Mas este jovem permanece insensível e se vai, talvez para sempre, preferindo as suas vãs riquezas à companhia presente e eterna d'Aquele que o havia amado.

lunes, 30 de marzo de 2009

Sedimentos de un mundo de trabajo ya extinguido




La bruma del tiempo suele ser más cerrada y oscura que su propia apariencia. Ni la historia ni la memoria pueden contar con todas las herramientas para destejer o retejer el mundo que encerraba cada oficio de la ruralidad argentina.

Es que los oficios de entonces fueron producto de lentas y azarosas construcciones culturales. Debieron pasar siglos hasta que comenzara a aparecer la máquina -rudimentaria, elemental-, en un proceso del que no se percibía, ni se soñaba siquiera, que alcanzaría estadios de evolución tan vertiginosa. Más impensable aún que comenzara a socavar las bases materiales del trabajo personal hasta desplazar su manualidad.

Lo cierto es que la fuerza de trabajo fue perdiendo protagonismo hasta desembocar en la instauración del imperio de la tecnología y la informática. Sus impactos en la actualidad no dejan de sorprendernos, al tiempo que crece la alarma por la sustitución de mano de obra, y su devastador efecto, el desempleo.

En el propio ámbito rural, en el que ya no se siembra y se cosecha el trigo, sino que "se fabrica" a partir de una agricultura industrializada, se utilizan máquinas programadas a control remoto y satelital, reduciendo la empleabilidad a porcentuales insignificantes respecto de la demanda de mano de obra que se ocupaba en la agricultura aún mecanizada.
Transmisión de saberes

Volviendo a entonces, un mundo de estabilidad y certezas garantizaba la permanencia de las costumbres y las cosas. En ese acaecer inconmovible, los oficios, especialmente los campesinos, se hicieron sedentarios y fueron creando, por acumulación, en cada comunidad, un mundo cultural de grueso espesor que les daba sustento y envolvía una infinita variedad de prácticas y saberes concretos, sin cuyo conocimiento y dominio, el hombre no lograba insertarse.

Si algo ha distinguido a la cultura campesina ha sido precisamente la transmisión de esos saberes sobre la manera de hacer las cosas, de vivir y sobrevivir, de relacionarse, de preservar y de valerse de la naturaleza. Ese traditio , aquel tradere eran básicamente orales, o sea, la manera no letrada en que se transferían las experiencias de abuelos a padres, de padres a hijos y de diestros a principiantes.

Sin conversación no habría habido vida; en ella la memoria y los saberes bajan sus equipajes. Hablaban de las noches de luna con anillos y sus pronósticos; del celo, la preñez, las pariciones y las fases de la luna; del cuarto creciente y la siembra; de los presagios de las puestas ardorosas o empañadas y de los augurios del rosicler del alba. Del viento. Del viento sur y de los malos vientos. De la baquía en los quehaceres; de las peripecias del tambo y de la mala paga; de la furia y los bríos salvajes de toros y potros, de los mansos fornidos para acollarar ariscos. De la importancia de las manos en los caballos de montar y de la fuerza en las patas en los de tiro. Del no andar en yegua por menosprecio; y del señorío dominante que da al hombre andar montado. De estaquear un cuero fresco así nomás para que lo desgrasen las calandrias. De que hay cosas para gringos y hay cosas para criollos. De las prendas que no se "empriestan " y de los préstamos que no se reclaman.

Conversar sobre el carácter de los irascibles y de la mansedumbre de los hombres mansos; para saber del genio y figura de cada quien, su historia reciente y la que intentaba abrir o cerrar, en una comunidad rural de tanto italiano, vasco, turco y gallego recién venido, al lado de los hijos de la tierra y de los criollos, todos queriendo al fin, terminar siendo paisanos.

Un culto de la conversación y una escuela de la cultura paisana: en los galpones, en los fogones y materas, en los corrales y la manga, en los molinos y las aguadas, durante el ordeño y en las plataformas donde los tamberos lavaban los tachos; en el boliche, el almacén de ramos generales, en cualquier cruce de huella, esquinero o tranquera y, sobre todo, en la mesa familiar.

Claro que, en ese contexto, la gran madre y maestra del hombre de campo ha sido, por encima de todo, la naturaleza. Y por eso, el campesino la respeta y le dedica largas horas a contemplarla e interpretarla.
Compromiso con el medio

La vida del campesino estaba hecha de esperas, prudencia y vigilia. Por eso, la observación detenida, el interrogante y la interpelación, la perseverancia y, por fin, la paciencia para aguardar que las cosas sean -desde la lluvia al tiempo de la siembra y de la trilla; desde el celo y la preñez a la parición y la crianza, entre tantas cosas que hay que esperar en el campo- condiciones imprescindibles.

Y en esa relación de naturaleza y vida, tiempo y paciencia, el campesino construye su compromiso con el entorno. Con sus actos de entrega y en permanente estado de recato y humildad frente a ese reino de la diversidad, el hombre termina edificando en su fuero íntimo, su devoción y sus ritos, y, con sus fatigas y desvelos, concluye sintiéndose parte indisoluble del paisaje.

Hombre y naturaleza viven en diálogo permanente. Es un lenguaje de un rico entendimiento, tan lleno de sorpresas como de gratificaciones y reciprocidades. El hombre interviene, ayuda y protege dentro de límites que, ya sabe, son sagrados. La naturaleza, por su lado, no tan pasiva, le responde de uno u otro modo.

Cuando el hombre está aprendiendo o haciendo algo "debe poner el pensamiento en lo que se está haciendo", le decía Cochengo Miranda a sus hijos o discípulos. Y esa concentración penetrante para saber el qué, el cómo, el cuándo, el porqué y el para qué de cada oficio, es muy importante para adquirir las pericias y destrezas hasta hacerse listo y habilidoso. Una manualidad competente, una baquía adquirida en esas condiciones tenía supremacía sobre la idea misma del trabajo. En esto radicaba, básicamente, el secreto del saber hacer de las cosas, tanto desde lo individual como desde la comunidad vinculada en torno de un trabajo.

Claro que cada hombre, según sus dotes e inteligencia, su intuición, su capacidad de observar, su vocación y, sobre todo, gracias a la suerte que tuviera para encontrarse con un buen maestro, terminaba adquiriendo una reputación a su medida, en el ambiente de trabajo, la comarca y la región.

Los trabajadores rurales se desenvolvían en un universo simbólico, cargado de valores y significaciones, regido por los sentidos contemporáneos del deber ser, de la palabra y el ejemplo, seguidos de aquellas cualidades morales que tanta vigencia tenían como el honor, el servicio, la cooperación y la solidaridad.

La cerrada y oscura bruma del tiempo ha sepultado aquellos antiguos oficios de puestero, mensual, boyero, arriero, tambero, carrero, labrador, bolsero, pocero, molinero, caminero, hachero, pero los rescatan vívidamente los afectos y la memoria de quien fue protagonista de muchos de ellos hasta bien avanzada su juventud.

Por Angel Cirilo Aimetta

Lição Bíblica




Marcos 9.33-50

33 Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De que é que discorríeis pelo caminho?
34 Mas eles guardaram silêncio; porque, pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior.
35 E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos.
36 Trazendo uma criança, colocou -a no meio deles e, tomando -a nos braços, disse-lhes:
37 Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou.
38 Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco.
39 Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim.
40 Pois quem não é contra nós é por nós.
41 Porquanto, aquele que vos der de beber um copo de água, em meu nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.
42 E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar.
43 E, se tua mão te faz tropeçar, corta -a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível
44 onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga.
45 E, se teu pé te faz tropeçar, corta -o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno
46 onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga.
47 E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca -o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno,
48 onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga.
49 Porque cada um será salgado com fogo.
50 Bom é o sal; mas, se o sal vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros.
Pobres discípulos! Enquanto o Mestre lhes fala de Seus sofrimentos e de Sua morte, a única coisa que lhes interessa, a ponto de provocar uma disputa entre eles, é a de saber qual entre eles era o maior. Por meio de Sua pergunta o Senhor os sonda (v. 33), para então, com graça e paciência, lhes ensinar o que é humildade.

Esta lição é seguida por outra. Os discípulos tinham pensado que deviam impedir alguém de realizar milagres no nome do Senhor Jesus. Ele "não nos segue", é o pretexto que João apresenta. Mas o Senhor lhes mostra que também nessa questão eles estavam mesmo ocupados consigo mesmo e não com Ele. Vigiemos para não termos um espírito sectário! Muitos cristãos, embora não andem conosco, seguem fielmente e bem de perto ao Senhor no caminho da abnegação e da cruz (capítulo 8:34).

Encontramos em Mateus 5:29 e 18:8 o que corresponde aqui aos versículos 42 a 48. Mas, de uma maneira geral, notamos que no Evangelho de Marcos os ensinamentos do Senhor ocupam menos espaço em comparação com as Suas atividades. Por exemplo, não temos aqui o Sermão do Monte. Poucas palavras, mas muita devoção e abnegação, tal é o caráter do Servo fiel.

domingo, 29 de marzo de 2009

Lição Bíblica




Marcos 9.14-32

14 Quando eles se aproximaram dos discípulos, viram numerosa multidão ao redor e que os escribas discutiam com eles.
15 E logo toda a multidão, ao ver Jesus, tomada de surpresa, correu para ele e o saudava.
16 Então, ele interpelou os escribas: Que é que discutíeis com eles?
17 E um, dentre a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um espírito mudo;
18 e este, onde quer que o apanha, lança -o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando. Roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam.
19 Então, Jesus lhes disse: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-mo.
20 E trouxeram-lho; quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se espumando.
21 Perguntou Jesus ao pai do menino: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância, respondeu;
22 e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
23 Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê.
24 E imediatamente o pai do menino exclamou com lágrimas: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!
25 Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele.
26 E ele, clamando e agitando -o muito, saiu, deixando -o como se estivesse morto, a ponto de muitos dizerem: Morreu.
27 Mas Jesus, tomando -o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
28 Quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não pudemos nós expulsá-lo?
29 Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum.
30 E, tendo partido dali, passavam pela Galiléia, e não queria que ninguém o soubesse;
31 porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará.
32 Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo.

Tendo descido do monte, o Senhor retoma o Seu serviço de amor, do qual o apóstolo Pedro, testemunha de todas essas coisas, faria mais tarde um excelente resumo em Atos 10. "Jesus de Nazaré", diz ele, "andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele" (Atos 10:38). O Senhor encontra uma numerosa multidão falando e discutindo entre eles mesmos. O objeto de toda essa agitação é um pobre menino que, apesar de sua tenra idade, sofria de terríveis crises nervosas provocadas por um demônio. Em vão o pobre pai havia apresentado o caso de seu único filho aos discípulos, pois eles não puderam expulsar esse espírito imundo. Antes de o Senhor Jesus operar a libertação do garoto, Ele apresenta a razão do fracasso deles: incredulidade; porque "tudo é possível ao que crê". Então, com lágrimas, esse homem se entrega ao Senhor. Compreende que não se alcança a fé apenas com um esforço de vontade, e se reconhece incapaz. Precisamos da ajuda divina não somente para a libertação propriamente dita, mas até mesmo para pedir por ela.

No versículo 26, o poder demoníaco manifesta-se ainda uma vez, mas é apenas para que a vitória do Senhor seja evidente. "Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou" (v. 27).

sábado, 28 de marzo de 2009

De la bota de potro, típica del gaucho, a la alpargata del paisano




Se cree que la alpargata o esparteña, calzado de lona con suela de esparto, cáñamo o yute, tuvo su origen en la sandalia egipcia, en la que luego se inspiraron los romanos para elaborar una pantufla cubierta y proteger el pie del sol y del calor.

Introducida luego en España, las alpargatas han formado y forman parte del traje típico de muchas regiones, especialmente de los territorios que pertenecieron a la antigua Corona de Aragón (Aragón, Cataluña, Valencia e Islas Baleares) así como de Murcia y del ámbito cultural vasco (País Vasco, Navarra y País Vasco francés). Es tradicional también en Occitania (sur de Francia), teniendo un gran centro de producción en Mauleón, capital de la región francesa vascófona de Sola.

Si nos atenemos a documentación concreta, el origen de su forma actual parece ser pirenaico ya que se cuenta con una fuente escrita en catalán, datada en 1322, en la que se describen las "espardenyes" o "alpargatas". De ahí que parezca criterioso sostener que la alpargata ingresó en la zona del Río de la Plata de mano de los inmigrantes vascos, españoles o franceses, hacia la tercera década del siglo XIX, siendo pronto adoptada por los trabajadores rurales en sustitución de la bota de potro.

El proceso inmigratorio del pueblo vasco en la Argentina independiente se desarrolló en diversas etapas. La etapa temprana (1835-1853) estuvo conformada por vascos de Iparralde (pastores), que ingresaron a nuestro país por Entre Ríos. Una segunda ola (1853-1877) parece haber llevado a muchos vascos a la llamada pampa húmeda (provincias de Buenos Aires, Santa Fe, Entre Ríos, Córdoba y La Pampa). Más tarde se produjo una nueva corriente tras la aprobación de la Ley de Inmigración (1877-1914). La última fase (1936-1945) fue consecuencia de la Guerra Civil Española y de la miseria subsiguiente.
Afín a su naturaleza

Habituado a la rapidez del juego de la "pelota vasca", al baile ágil y saltarín y al terreno montañoso, resulta lógico que el vasco tuviera a la alpargata o "abarka" como parte fundamental de su indumentaria. Este calzado, que se confeccionaba con suela de cáñamo, llevaba, en su parte exterior de tela, unas cintas apropiadas para atárselas a los tobillos. Al parecer, fue la liviandad de la alpargata el motivo por el cual, en especial los "pelotaris" y los "danzaris" la tuvieran tan en cuenta para su atuendo.

Según la historia documentada, se usaban de color negro en la semana y las blancas se reservaban para los domingos y días festivos. Consta, además, que cuando se pasaba brea en las calles era común ver cómo las personas las untaban con un producto llamado "galipot" para luego impregnarlas con la brea en el intento de volverlas más resistentes, ya que su gran defecto era que, al mojarse, quedaban duras e inutilizables.

Hay quienes suponen que, imitando a los inmigrantes y, percatándose el gaucho de la comodidad de la alpargata, le sacó las cintas y la hizo suya como prenda de rigor.

Sin embargo, puede que la sustitución de la típica bota i potro , tan clásica del gauchaje, por la alpargata del paisano haya tenido causa en otras circunstancias. En sus principios, la bota i potro no se confeccionaba con cuero de potro sino con cuero de vaca. Al aumentar la demanda y el valor del cuero vacuno, el mismísimo Cabildo emitió una ley que prohibía el uso de botas de cuero de vaca y de ternero, intentando, de esta manera, reducir la matanza que se producía en ambas márgenes del Río de la Plata, con la consecuente merma de una riqueza que proveía preciados dividendos.

Los estancieros, tanto porteños como orientales, que habían propiciado esta medida, creyeron que de ese modo habían solucionado el inconveniente. Pero sucedió que los gauchos sustituyeron el cuero de vaca por el de potro, de tal forma que se mataba a un animal solamente para quitarle el pedacito de cuero de sus patas con el que se fabricaba esa prenda de excelencia, orgullo de todo gaucho.

"Me gusta la bota i potro / el calzoncillo criba o / el chiripá de merino/ pa lucir un zapatea o ", dice Julio Argentino Jerez en la chacarera "De mis pagos".

La modesta alpargata de lona y suela de cáñamo, esparto o yute, vino, bastante más tarde, a subsanar el problema y se convirtió en el calzado más popular. De diferentes colores, negro, azul o blanco, con o sin cordones, las alpargatas pasaron a ser parte constitutiva de la indumentaria del hombre de campo y del trabajador urbano para el trajinar diario y hasta para la diversión dominguera.

Todavía quedan quienes recuerdan al típico repartidor de leche recorriendo las calles porteñas a comienzos del siglo XX bien pertrechado con boina, bombachas de campo y alpargatas, clarísima herencia vasca.

" Otros limpian con esmero/ su cuchillo en la alpargata/ que es una prenda barata/ y a veces no hay más remedio/ que hacerle un tajo en el medio/ para que d entre la pata", advierte un decimista cuyo nombre no recuerdo.

Lição Bíblica




Marcos 9.1-13

1 Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus.
2 Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e levou-os sós, à parte, a um alto monte. Foi transfigurado diante deles;
3 as suas vestes tornaram-se resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar.
4 Apareceu-lhes Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus.
5 Então, Pedro, tomando a palavra, disse: Mestre, bom é estarmos aqui e que façamos três tendas: uma será tua, outra, para Moisés, e outra, para Elias.
6 Pois não sabia o que dizer, por estarem eles aterrados.
7 A seguir, veio uma nuvem que os envolveu; e dela uma voz dizia: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi.
8 E, de relance, olhando ao redor, a ninguém mais viram com eles, senão Jesus.
9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos.
10 Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos.
11 E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?
12 Então, ele lhes disse: Elias, vindo primeiro, restaurará todas as coisas; como, pois, está escrito sobre o Filho do Homem que sofrerá muito e será aviltado?
13 Eu, porém, vos digo que Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como a seu respeito está escrito.
Segundo a promessa do versículo 1, três discípulos agora têm a oportunidade de contemplar por antecipação a chegada do "reino de Deus com poder". Este reino lhes é apresentado na pessoa do próprio Rei, o qual eles reconhecem como o Senhor Jesus, seu Mestre, revestido de majestade real e de resplandecente glória. Ele, que habitualmente ocultou a Sua glória encobrindo-a sob a humilde "forma de servo" (Filipenses 2:6-7), desvenda-a por um momento à vista dos Seus discípulos, que fica assombrados e maravilhados (Salmo 104:1). A seguir uma voz vem da nuvem, cujo apelo também se dirige a nós: "Este é o meu Filho amado: a ele ouvi". Quanto mais grandeza e dignidade tem uma pessoa, tanto mais importância têm as suas palavras. A pessoa que somos convidados a escutar não é outra senão o Filho amado de Deus. Prestemos, pois, às Suas palavras e ensinamentos, uma atenção tanto maior! (Hebreus 12:25).

Por mais que fosse bom estar no alto monte (v. 5), eles tinham que descer outra vez, e o Senhor faz os três discípulos compreender que o que eles viram somente se cumprirá mais tarde. Visto que nem João Batista (representado por Elias, v. 13) foi aceito como seu precursor nem Ele mesmo como Messias, faz-se necessário agora que Ele passe pela cruz e sofra muito antes de entrar em Sua glória (vv. 12-13).

viernes, 27 de marzo de 2009

Lição Bíblica




Marcos 8.22-38

22 Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse.
23 Jesus, tomando o cego pela mão, levou -o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa?
24 Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.
25 Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.
26 E mandou -o Jesus embora para casa, recomendando-lhe: Não entres na aldeia.
27 Então, Jesus e os seus discípulos partiram para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e, no caminho, perguntou-lhes: Quem dizem os homens que sou eu?
28 E responderam: João Batista; outros: Elias; mas outros: Algum dos profetas.
29 Então, lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.
30 Advertiu-os Jesus de que a ninguém dissessem tal coisa a seu respeito.
31 Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três dias, ressuscitasse.
32 E isto ele expunha claramente. Mas Pedro, chamando -o à parte, começou a reprová-lo.
33 Jesus, porém, voltou-se e, fitando os seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: Arreda, Satanás! Porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.
34 Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
35 Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la -á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la -á.
36 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
37 Que daria um homem em troca de sua alma?
38 Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.
Em Betsaida - essa cidade cuja incredulidade o Senhor condena (Mateus 11:21) -, Ele opera ainda um outro milagre em favor de um pobre cego. Foram necessárias duas intervenções do Senhor para curá-lo. Assim também ocorre que, às vezes, são necessários alguns passos até que cheguemos à luz de Deus (Filipenses 1:6).

Depois disso, o Senhor Jesus pergunta a Seus discípulos qual é a opinião das pessoas acerca dEle. A seguir dirige-lhes pessoalmente a questão fundamental: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Sim, sejam quais forem as opiniões que os demais possam ter acerca do Senhor Jesus, eu devo conhecê-LO pessoalmente. Porém, a estima de Sua pessoa é somente o ponto de partida no caminho em que Ele me convida a segui-LO: o caminho é de abnegação e da cruz onde eu morri juntamente com Ele. Algumas pessoas, quando provadas, falam com resignação da cruz que têm de carregar, ou do "Calvário" que devem aceitar. Mas isto não é o que o Senhor quer dizer aqui. Ele pede a cada crente que tome voluntariamente o fardo do desprezo e do sofrimento que o mundo sempre imporá ao crente que for fiel (Gálatas 6:14). "Por causa de mim", sublinha o Senhor, pois este é o grande segredo que permite ao cristão reconhecer-se como morto para o mundo e para os seus próprios interesses (v. 35; Romanos 8:36).

jueves, 26 de marzo de 2009

O Lenço Farroupilha

A indumentária gauchesca promana, como um todo complexo que é de tres fontes distintas facilmente identificáveis.
A primeira é logicamente ibérica - lusitana, no caso do gaúcho brasileiro. A segunda é indígena, americana, e a terceira é gauchesca, nascida no pampa, do própri gaúcho.
A primeira fonte, a ibérica, nos forneceu as botas fortes (como as russilhonas), as esporas (como as nazarenas), as ceroulas de crivo, os calções (bragas), o cinturão, a camisa, o jaleco, a jaqueta, o barrete, o chapéu de feltro ou de palha (este, o abeiro português).
Peças indígenas de nossa indumentária são o chiripá (o primitivo chiripá), a faixa, a guaiaca original, o pala, a vincha.
E, finalmente, peças de invenção gauchesca são vários tipos de esporas, as botas de garrão, o chiripá passado entre as pernas, o cinturão de guaiacas, o tirador, o pala de seda, o poncho-pala, o poncho de oleado.
Ficam à margem das tres fontes o poncho (possivelmente europeu) e as bombachas (turcas, ao que tudo indica), peças tão importates no complexo que merecem um estudo à parte.
E o lenço? Ah, o lenço!
Seguramente essa peça deve ser incluída entre aquelas que vieram da europa. Com écharpe, cache-col ou foulard vem desde a Idade Média e é feminino e masculino, alternadamente. Na França dos Luíses aparece com destaque, sempre de seda, sempre enrolado ao pescoço, muitas vezes apertando altos colarinhos, raramente esvoaçando aos ventos, com as pontas soltas. Os marinheiros finalmente o trouxeram para as Américas, como uma gola removível de suas blusas típicas.
No cone-sul americano, na bacia do Prata o traje gaúcho a rigor nunca dispençou o lenço de seda ao pescoço.
Saint-Hilaire que esteve no RGS e no Prata em 1820/1821 viu gaúchos argentinos de Entre-Rios em São Borja e descreveu-lhes a indumentária: "Trazem os cabelos trançados e um lenço ao redor da cabeça, um outro lenço, a que dão um nó muito solto, serve-lhes de gravata; como arma exibem uma grande faca à cinta." (Viagem ao Rio Grande do Sul, Universidade de São Paulo, 1974, p. 34.). Da mesma época, Nicolau Dreys, igualmente francês, também menciona o lenço dos gaúchos: "...um lenço, quase sempre amarrado na cabeça,..." (Notícia Descritiva da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1961, p. 163).
No Uruguai, Juan Manuel Blanes pintou o gaúcho as vacarias de golilla, o grande lenço aberto, esvoaçando às costas. No Brasil, o pintor Jean-Baptiste Debret também debuxou o gaúcho do Rio Grande do Sul com o lenço de pescoço, nos começos do século XIX.
Insofismável como peça da indumentária gauchesca brasileira ou castelhana, resta examinar o lenço como distintivo político, deste e do outro lado do rio Uruguai. Na Banda Oriental, aparece o lenço vermelho dos colorados seguidores de Frutuoso Rivera e o lencó branco dos nacionalistas de Oribe. Na Argentina, os colorados de Juan Manuel Rosas combatiam ferozmente os azules e blancos da oposição provincial, anti-portenha.
No Rio Grande do SUl, o lenço de pescoço aparece como distintivo político na chamada Guerra dos Farrapos (1835/1845). Os farrapos de Bento Gonçalves usavam um lenço de seda aberto, com duas pontas soltas às costas, e atado de modo peculiar à frente, quase como uma cruz sobre o peito.
A propósito, José Teixeira, do Rio Pardo, que lutou no Decênio Heróico, dá uma descrição completa do lenço, alcançando até mesmo um desenho de sua maneira de usar e afirmando que os farrapos não desmanchavam o nó, uma vez feito: simplesmente tiravam o lencó - atado - pela cabeça, e depois era só colocá-lo assim mesmo, outra vez. É o que se vê das notas de Aurélio Porto ao Processo dos Farrapos, Arquivo Nacional, 1933, p. 475. O informante, ele próprio um veterano farroupilha, descreve um outro símbolo dos guerrilheiros de 35: a barba emoldurando o rosto, sem bigodes e sem cobrir a face, assim como a que usava o General farroupilha David Canabarro.
O historiador gaúcho Alfredo Varela, autor da monumental obra em seis alentados volumes Histórias da Grande Revolução, publica nas primeiras páginas do 1º volume uma litografia coloridade um quadro do pintor que se assina simplesmente Liebscher, sem maiores identificações, aparentemente extraída do livro Vita di Giusepe Garibaldi(?). Nele aparece um gaúcho do período farroupilha, segundo a legenda, em traje festivo. Esse gaúcho está usando botas fortes, chiripágauchesco (aquele passado entre as pernas, como fralda), faixa de cintura com ponta solta, jaleco, camisa com mangas fofas, lenço farroupilha (colorado, aberto nas costas e com o nó de cruz) e chapéu de feltro de copa alta e aba estreita. E, claro, ostentando a barba ao estilo dos farrapos.
O quadro é precioso pelas informações que alcança ao pesquisador. Em primeiro lugar, confirma as afirmações do veterano guerrilheiro de 35 José Teixeira, do Rio Pardo, quanto ao tipo de barba que os farrapos usavam e sobre o lencó colorado. Por outro lado, confirma as assertivas de pesquisar anteriores (Antonio Augusto Fagundes, Indumentária Gaúcha, IGTF, Porto Alegre, 1977) sobre o chiripá tipo fralda efetivamente usado pelo gaúcho, nessa época. Aliás, o autor da presente pesquisa tomou mesmo a liberdade de batizar esse chiripá com o nome de chiripá farroupilha, para distiunguí-lo do primitivo chiripá, que era uma espécie de semi-saia aberta à frente. Aliás, outros estudiosos gaúchos, que nada disseram quanto ao chiripá primitivo, negaram o chiripá passado entre as pernas, o qual agora deverão aceitar, diante da prova iconográfica, definitiva.
Houve um momento em que o alto comando farroupilha, apesar do lenço colorado aberto às costas e atado com o nó de cruz adotado espontaneamente pelos farrapos, quis dotar as suas forças de um lenço mais oficial. O grande impulsionador da idéia foi sem dúvida o major Bernardo Pires, do exército republicano, Chefe de Polícia durante a guerra, com sede em Piratini. Pires era um gaúcho de Canguçu, liberal e maçon e conhecido pelo seu heroísmo, a ponto de ser chamado O Mártir do Seival, mercê de sua atuação naquela heróica batalha. Bernardo Pires não era um homem instruído formalmente, mas era um excelente auto-didata. Artista plástico primitivista, insculpiu até borrachões de chifre, para canha. E pintou a alegoria que devia constar do lenço farroupilha, sobre uma idéia original do major Mariano de Mattos, alto prócer farroupilha, fluminense de nascimento.



O primeiro lenço foi mandado confeccionar nos Estados Unidos, por Bernardo Pires. E explica-se: a pátria de Lincoln era um modelo ideal para o Brasil que os farrapos sonhavam, com o Estados independentes e federados. Não é demais lembrar que o muito americano John Griggs, o João Grande de Camaquã, lutou e morreu integrando as forças navais republicanas, sob o mando de Garibaldi. A maçonaria vermelha, de origem francesa e de feição republicana (tem a divisão dos três poderes) tinha muita força nos Estados Unidos, na jovem república rio-grandense e no Prata. Foi, aliás, através de um comerciante de Montevidéu que foi feita essa primeira encomenda dos lenços. Chamava-se Marcial Rodriguez, esse comerciante, conforme Apolinário Porto Alegre (Cancioneiro da Revolução de 1835, Globo, Porto Alegre, 1935, p.57). O pedido foi feito a 10 de maio de 1842. Ao chegar a encomenda, a carga foi toda queimada, com as caixas e tudo, no próprio porto de Rio Grande. Era tão forte a animadversão dos imperiais relativamente aos lenços farroupilhas, que o famigeradoFrancisco Pedro de Abreu (o Chico Pedro, o Moringue, o Fuínha) dizia querer saber quem era o autor de tão infeliz lembrança para metê-lo no arrocho e defumá-lo. Os lenços finalmente chegaram a 3 de dezembro de 1943 ao acampamento volante das forças republicanas em terras de Manoel de Moura, nos campos de Piratini (que os farrapos chamavam Piratinin). Apolinário, aliás, atribuiu o desenho desse lenço ao Padre Francisco das Chagas Martins Avila (o famoso Padre Chagas, da Aseembléia farroupilha) e diz ter em seu poder (dele, Apolidário) o esboço original do trabalho, que teria sofrido apenas insignificantes modificações, comparado com o lenço mandado confeccionar por Bernardo Pires de Oliveira.
Bem, trata-se de um equívovo. Não se duvida que o tal esboço tenha realmente existido, mas se fosse o original do lenço não teria sido da autoria do Padre Chagas. Se fosse a autoria do Padre Chagas, não seria o modelo do lenço farroupilha.
Outro detalhe estranhável na crônica de Apolinário (saiu outra edição pela Erus, Cia. União de Seguros Gerais, Porto ALegre, Porto Alegre, 1981, p. 70/71) ressalta de suas afirmações. Veja-se: "Apresentavam dois padrões, conforme os desenhos remetidos. Uma é muito conhecido. Tem no centro o duplo pavilhão da República, é encimado pela fama e traz em torno as principais vitórias republicanas com os nomes locais e respectivas datas. É o que contém a quadra supra. Suponho que seja da lavra do próprio Bernardo Pires.
A quadrilha a que se refere o texto é aquela, famosa:

"Nos ângulos do continente
O pavilhão tricolor
Se divisa sustentado
Por liberdade e valor".

Mais adiante, Apolinário Porto Alegre acrescenta: "O outro padrão era menos complicado. Exibia no centro dois indígenas, cada um sustentando a bandeira tricolor, em meio desfraldo, como no outro lenço. Acompanhavam-no alguns dísticos. Este, nunca o vi".
O detalhe estranhável: nunca foi visto. Ninguém o viu, ao que parece.
Aurélio Porto, nas celebradas Notas afirma que a segunda edição dos lenços, a que tem as letras SGC (bordadas em seda e talvez iniciais do dono do lenço, segundo o historiador) foi mandada confeccionar na Alemanha, talvez, pela Casa Francisco Rasteiro & Cia., de Rio Grande, E ele, o historiador, ainda esclarece que o lenço usado para envolvr o crânio de Bento Gonçalves da Silva, quando foi translado dos seus restos mortais do cemitério do Cordeiro, em Camaquã, para o mausoléu, em praça pública, na cidade de Rio Grande, era um dos exemplares encomendados nos Estados Unidos, um dos primeiros lenços.
A respeito das famosas três letras do lenço, tão enigmáticas reina controvérsia. Será que significavam Salve, glorioso Continente, como queria Varela, sem maiores explicações? A verdade é que não foi encontrado nenhum lenço, entre os exemplares pesquisados, que não tivesse as letras SGC. Se Aurélio Porto estivesse certo, todos os exemplares conhecidos até agora são da segunda remessa.
Por outro lado, não foi encontrado até agoea qualquer exemplar com o padrão menos complicado, a que faz referência Apolinário Porto Alegre, onde apareciam dois indígenas sustentando cada um , a meio desfraldo (sic) uma bandeira tricolor.




Que se saiba, existe um exemplar do lenço farroupilha em Rio Grande, no acervo do museu do CTG Mate Amargo e que foi doado por herdeiros de Caetano Gonçalves da Silva. Esse exemplar ostenta a orla com as ondas azuis e brancas. Na Biblioteca Municipal de Pelotas o autor dessa pesquisa descobriu, emoldurado, outro exemplar do lenço farroupilha, mas de padrão diferente. É aquele que está, em tamanho menor, no centro do exemplar que tem a orla co as ondas azuis e brancas. No exemplar pelotense, a orla é vermelha, ou, pelo menos, avermelhada (a cor desbotada dificulta a precisão). Aparentemente, o exemplar de Pelotas foi recortado, para ficar menos e encaixar bem na moldura.
No Museu Júlio de Castilhos, de Porto Alegra, existem três exemplares distintos do lenço farroupilha. O primeiro é o lenço com cercadura vermelha, igual ao exemplar pelotense e está em exposição. O segundo é o lenço com a orla em ondas azuis e brancas, igual ao exemplar rio-grandino e está também exposto. O terceiro é um curioso exemplar e está em processo de restauração. Tem o padrão básico do primeiro exemplar, mas a cor predominante é um azulão forte, tipo anil. Assim, das duas, uma: ou houve um terceiro padrão, a que não aludem os cronistas (o que é altamente improvável) ou se pintou de azul um exemplar do lenço onde a cor dominante era o vermelho. O restaurador Luiz Cúria, nos começos deste século, foi o fac-totum do Museu Júlio de Castilhos e gozava da fama de ser muito bom em sua arte. Pode perfeitamente ser o autor da superposição de cores - isso, claro, na hipótese de não ter existido mesmo um terceiro padrão.
Não se pode garantir qual foi o padrão de lenço que chegou em primeiro lugar e que foi entrege aos farrapos a 3 de dezembro de 1843 nos campos de Piratinin.Tudo leva a crer que aqueles queimados com caixa e tudo no Porto de Rio Grande tinham esse mesmo padrão. Aliás, os farrapos só poderiam ter usado esse lenço durante um ano (1844) e dois meses (janeiro e fevereieo de 1845, quando se fez a paz).
O segundo exemplar, confeccionado na França ou na Alemanha, só chegou depois da paz. Conservado pelos remanescentes farrapos, aqueles que continuaram republicanos em pleno Império, vai ter muito uso exatamente na propaganda republicana. Inclusive, será pregado na bandeira tricolor dos farrapos, com brasão central. Aliás, não é demais recordar que a bandeira rio-grandense nasceu assim: os arrautos da República brasileira, seus corifeus e pregadores iniciais, pensando logicamente que a bandeira era retangular (na realidade, era quadrada) reconstituíram a bandeira com essa forma e costuraram no meio o lenço farroupilha. Com a Constituição castilhista de 1891 (a primeira constituição rio-grandense) essa bandeira foi transformada em símbolo do novo Estado. Mutatis mutandis, é a bandeira gaúcha, ainda hoje.
Além dos exemplares aqui arrolados e existentes atualmente, há mais um na coleção da Profa. Vera Stedile Zattera, de Caxias do Sul. Trata-se de um exemplar em tudo igual àquele do museu do CTG Mate Amargo, de Rio Grande. E consta que existe outro exemplar no acervo de uma escola, em Porto Alegre, o que completaria a soma de sete lenços farroupilhas identificados, até agora.
Ou oito, se considerarmos aquele que envolve o crânio do General Bento Gonçalves da Silva e que decerto está com seus gloriosos despojos no mausoléu que lhe foi erijido, na p'aça central da cidade portuária de Rio Grande - que aliás, em vida ele nunca consegui tomar.

Antonio Augusto Fagundes
Texto produzido para Vera Stedile Zattera.