martes, 31 de julio de 2012
Lição Bíblica
Romanos 3.19-31
19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,
20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção,
23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
29 É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios,
30 visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso.
31 Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.
Diante do tribunal de Deus, toda a boca está agora calada. Os acusados, sem exceção, são culpáveis (v. 19). "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (v. 23). A terrível sentença "Certamente morrerás", pronunciada por Deus antes da queda do homem (Gênesis 2:17), agora é confirmada: "Porque o salário do pecado é a morte" (cap. 6:23). Para o incrédulo, gentio ou judeu, o julgamento é definitivo, e o tribunal diante do qual ele comparecerá um dia é uma terrível realidade (Apocalipse 20:11-15). Porém, há um Advogado que intervém a favor daqueles que O elegem pela fé, tanto judeus como gentios. Ele não procura minimizar os pecados que eles têm cometido, como freqüentemente fazem os advogados nos tribunais humanos. Ao contrário, Ele assume a defesa e diz: "A sentença é justa, mas já foi executada ; a dívida está paga; uma morte - a minha própria morte - pagou o terrível preço pelos seus pecados".
Sim, a justiça de Deus foi satisfeita, pois um crime expiado não pode ser punido pela segunda vez. E se Deus é justo em condenar os pecados, Ele permanece igualmente justo ao eximir de culpa o pecador "que tem fé em Jesus" (v. 26).
lunes, 30 de julio de 2012
Lição Bíblica
Romanos 3.1-18
1 Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
2 Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus.
3 E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus?
4 De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado.
5 Mas, se a nossa injustiça traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplicar a sua ira? (Falo como homem.)
6 Certo que não. Do contrário, como julgará Deus o mundo?
7 E, se por causa da minha mentira, fica em relevo a verdade de Deus para a sua glória, por que sou eu ainda condenado como pecador?
8 E por que não dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Pratiquemos males para que venham bens? A condenação destes é justa.
9 Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado;
10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer,
11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,
14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;
15 são os seus pés velozes para derramar sangue,
16 nos seus caminhos, há destruição e miséria;
17 desconheceram o caminho da paz.
18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.
Quem está certo? Deus, que condena - ou o acusado, que se defende? "Seja Deus verdadeiro, e mentiroso todo homem", diz o apóstolo (v. 4). A Palavra de Deus não é ineficaz só porque os judeus, seus depositários (v. 3; Hebreus 4:2), não creram nela. Inconseqüentemente, eles se vangloriavam de possuir a lei (cap. 2:17), sendo que a mesma lei testemunhava contra eles. É como um criminoso, gritando ser inocente, entregar à polícia a prova de seu crime, estabelecendo assim sua culpa. Por isso o Espírito de Deus, como promotor de um tribunal, faz ler diante do acusado judeu uma série de versículos irrefutáveis tirados de suas próprias Escrituras (vv. 10-18).
Mas outro argumento poderia sustentar o acusado: "Eu não nego minha injustiça, mas ela é útil, pois serve para enfatizar a justiça de Deus". Que atitude horrível! Se fosse assim, Deus teria de desistir de julgar o mundo (v. 6) e agradecer-lhe porque sua maldade ressalta a própria santidade divina. No entanto, Ele deixaria de ser justo e se negaria a Si mesmo (2 Timóteo 2:13). Diante do veredicto final, Deus acaba com os últimos argumentos, por trás dos quais Sua criatura sempre procura esconder-se.
Lição Bíblica
Romanos 2.17-29
17 Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19 que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas,
20 instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade;
21 tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22 Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos?
23 Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24 Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa.
25 Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão.
26 Se, pois, a incircuncisão observa os preceitos da lei, não será ela, porventura, considerada como circuncisão?
27 E, se aquele que é incircunciso por natureza cumpre a lei, certamente, ele te julgará a ti, que, não obstante a letra e a circuncisão, és transgressor da lei.
28 Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne.
29 Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.
Os primeiros capítulos desta epístola nos fazem pensar em uma sessão de tribunal. Um após o outro, os elementos do mundo civilizado da época comparecem diante do supremo Juiz.
Depois da condenação do grego - ou seja, do bárbaro (cap. 1) - e do homem moral e civilizado (começo do capítulo 2), o judeu é chamado a ouvir sua sentença. Ele se apresenta de cabeça erguida. Seu nome judeu, a Lei em que se apóia, o verdadeiro Deus que ele diz conhecer e servir (v. 17), tudo parece demonstrar sua superioridade em relação aos outros acusados e absolvê-lo. Porém, o que lhe responde o supremo Magistrado? "Eu não te julgarei pelos teus títulos (v. 17), nem por teu conhecimento (v. 18), nem por tuas palavras (v. 21), mas sim por teus atos. Ao invés de desculpar-te, estes privilégios agravam tua culpabilidade."
O pecado dos pagãos é chamado de impiedade (cap. 1:18): eles avançam sem lei e sem freio segundo a sua própria vontade (1 João 3:4). O pecado dos judeus é chamado transgressão (v. 23), ou seja, é a desobediência aos divinos mandamentos conhecidos. E hoje, quão mais responsáveis são os cristãos, pois eles possuem toda a Palavra de Deus!
sábado, 28 de julio de 2012
Lição Bíblica
Romanos 2.1-16
1 Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.
2 Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas.
3 Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus?
4 Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?
5 Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
6 que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:
7 a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade;
8 mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
9 Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego;
10 glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego.
11 Porque para com Deus não há acepção de pessoas.
12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados.
13 Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,
16 no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.
Não importa quão fundo o homem tenha caído, ele sempre encontrará alguém mais miserável com quem possa comparar-se vantajosamente! O viciado em jogos despreza o bêbado, que se sente superior ao criminoso. Na realidade, a raiz de todos os vícios está latente em nosso próprio coração. Quando julgamos os outros (v. 1), damos prova de que sabemos reconhecer muito bem o mal; comprovamos ter uma consciência. E isso condena a nós mesmos quando praticamos as mesmas coisas. Todos os homens têm consciência (Gênesis 3:22). Deus usa da Sua bondade para nos conduzir ao arrependimento (v. 4). Mas Ele não nos autoriza de maneira nenhuma a julgar o próximo. Somente uma Pessoa tem o direito de julgar: é Jesus Cristo (v. 16; João 5:22; Atos 10:42). Um dia Ele manifestará todos os "segredos dos homens", todos os seus feitos e intenções que tinham sido ocultados com tanto cuidado (Mateus 10:26). Confesse imediatamente a Ele todos os seus segredos, por mais vergonhosos que possam ser. A sua consciência não é uma voz hostil, mas um amigo que lhe diz: "Fala disso ao Senhor Jesus; Ele perdoa".
viernes, 27 de julio de 2012
Lição Bíblica
Romanos 1.18-32
18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;
19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos
23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.
24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;
25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
27 semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.
28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,
29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores,
30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais,
31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.
32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.
Antes de explicar como Deus justifica o pecador, é necessário convencer todos os seres humanos de que eles são pecadores.
Você pode pensar que os pagãos são desculpáveis, porque não têm a Palavra escrita. Mas eles têm diante de seus olhos outro livro sempre aberto: o da Criação (Salmo 19:1). Contudo, eles não reconheceram nem honraram seu Autor e nem quiseram dar-Lhe graças (um dever universal). Então eles foram entregues a Satanás para praticarem as piores abominações.
Esse não é um bonito retrato do homem natural, mas é o meu e o seu retrato! Deus declara culpáveis não somente os que praticam os pecados dos versículos 29 a 31, mas também os que "aprovam os que assim procedem". Ver programas que contem cenas imorais, más conversações etc., coloca-nos sob o mesmo "justo juízo de Deus" (v. 32; cap. 2:5; Salmo 50:18).
jueves, 26 de julio de 2012
Lição Bíblica
Romanos 1.1-17
1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2 o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras,
3 com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi
4 e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor,
5 por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios,
6 de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo.
7 A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
8 Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé.
9 Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós
10 em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos.
11 Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados,
12 isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha.
13 Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios.
14 Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes;
15 por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma.
16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.
As epístolas são cartas dirigidas pelos apóstolos às igrejas ou aos crentes; nelas se acham expostas as verdades cristãs. Ainda que tenha sido escrita depois de outras, a epístola aos Romanos foi colocada em primeiro lugar porque seu tema é o Evangelho. Antes de receber qualquer ensinamento cristão, é necessário primeiramente tornar-se um cristão. Amigo leitor, a oportunidade é dada a você agora, se é que você ainda não O aceitou.
Conta-se que um evangelista, responsável por uma série de reuniões em uma cidade, a cada noite limitava-se apenas a ler os seis primeiros capítulos dessa epístola, sem lhe acrescentar uma única palavra. E a cada noite havia inúmeras conversões. Tal é o poder da Palavra de Deus e a autoridade do Evangelho, "poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (v. 16).
Esta carta foi escrita muito antes da dramática viagem relatada no final do livro de Atos. Portanto, Paulo jamais havia visto até aquele momento os cristãos romanos. Porém - eis aqui a condição essencial de um ministério frutífero - ele estava cheio de amor por eles e, acima de tudo, por Aquele a quem iria lhes apresentar: Jesus Cristo. Seu nome enche os primeiros versículos. De fato, Ele não é a essência do Evangelho, o fundamento de toda a relação entre Deus e o homem?
miércoles, 25 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 28.1-16
1 Uma vez em terra, verificamos que a ilha se chamava Malta.
2 Os bárbaros trataram-nos com singular humanidade, porque, acendendo uma fogueira, acolheram-nos a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio.
3 Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão.
4 Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver.
5 Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum;
6 mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus.
7 Perto daquele lugar, havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
8 Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o curou.
9 À vista deste acontecimento, os demais enfermos da ilha vieram e foram curados,
10 os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e, tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário.
11 Ao cabo de três meses, embarcamos num navio alexandrino, que invernara na ilha e tinha por emblema Dióscuros.
12 Tocando em Siracusa, ficamos ali três dias,
13 donde, bordejando, chegamos a Régio. No dia seguinte, tendo soprado vento sul, em dois dias, chegamos a Putéoli,
14 onde achamos alguns irmãos que nos rogaram ficássemos com eles sete dias; e foi assim que nos dirigimos a Roma.
15 Tendo ali os irmãos ouvido notícias nossas, vieram ao nosso encontro até à Praça de Ápio e às Três Vendas. Vendo-os Paulo e dando, por isso, graças a Deus, sentiu-se mais animado.
16 Uma vez em Roma, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava.
Deus colocou um sentimento de humanidade no coração dos pagãos da ilha de Malta (como fez anteriormente no de Júlio, o centurião: v. 2; cap. 27:3). Eles acolhem e confortam os náufragos. No meio desse povo, o Senhor se alegra em tornar Seu servo conhecido por meio de um milagre. O apóstolo, que recolhia lenha para a fogueira, é mordido por uma víbora sem que esta lhe cause dano algum. Esse é um dos sinais que deveriam seguir os discípulos. Outro sinal era a imposição das mãos sobre os enfermos para que fossem curados (Marcos 16:17-18). A benevolência dos "bárbaros" de Malta é rapidamente recompensada. Todos os enfermos da ilha, a começar pelo pai de Públio, são curados pelo poder de Deus. E esperamos que também muitas dessas pessoas tenham encontrado a cura da alma. Desse modo, a oposição do inimigo somente serviu para que uma nova terra ouvisse o Evangelho.
A viagem de Paulo termina. Antes de trazer qualquer coisa aos irmãos de Roma, ele mesmo é confortado pelo amor fraternal deles. Até mesmo o mais jovem crente é motivo de alegria e estímulo para um servo de Deus.
martes, 24 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 28.1-16
1 Uma vez em terra, verificamos que a ilha se chamava Malta.
2 Os bárbaros trataram-nos com singular humanidade, porque, acendendo uma fogueira, acolheram-nos a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio.
3 Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão.
4 Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver.
5 Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum;
6 mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus.
7 Perto daquele lugar, havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
8 Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o curou.
9 À vista deste acontecimento, os demais enfermos da ilha vieram e foram curados,
10 os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e, tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário.
11 Ao cabo de três meses, embarcamos num navio alexandrino, que invernara na ilha e tinha por emblema Dióscuros.
12 Tocando em Siracusa, ficamos ali três dias,
13 donde, bordejando, chegamos a Régio. No dia seguinte, tendo soprado vento sul, em dois dias, chegamos a Putéoli,
14 onde achamos alguns irmãos que nos rogaram ficássemos com eles sete dias; e foi assim que nos dirigimos a Roma.
15 Tendo ali os irmãos ouvido notícias nossas, vieram ao nosso encontro até à Praça de Ápio e às Três Vendas. Vendo-os Paulo e dando, por isso, graças a Deus, sentiu-se mais animado.
16 Uma vez em Roma, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava.
Deus colocou um sentimento de humanidade no coração dos pagãos da ilha de Malta (como fez anteriormente no de Júlio, o centurião: v. 2; cap. 27:3). Eles acolhem e confortam os náufragos. No meio desse povo, o Senhor se alegra em tornar Seu servo conhecido por meio de um milagre. O apóstolo, que recolhia lenha para a fogueira, é mordido por uma víbora sem que esta lhe cause dano algum. Esse é um dos sinais que deveriam seguir os discípulos. Outro sinal era a imposição das mãos sobre os enfermos para que fossem curados (Marcos 16:17-18). A benevolência dos "bárbaros" de Malta é rapidamente recompensada. Todos os enfermos da ilha, a começar pelo pai de Públio, são curados pelo poder de Deus. E esperamos que também muitas dessas pessoas tenham encontrado a cura da alma. Desse modo, a oposição do inimigo somente serviu para que uma nova terra ouvisse o Evangelho.
A viagem de Paulo termina. Antes de trazer qualquer coisa aos irmãos de Roma, ele mesmo é confortado pelo amor fraternal deles. Até mesmo o mais jovem crente é motivo de alegria e estímulo para um servo de Deus.
lunes, 23 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 27.18-44
18 Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte, já aliviavam o navio.
19 E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.
20 E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento.
21 Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda.
22 Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio.
23 Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo,
24 dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo.
25 Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito.
26 Porém é necessário que vamos dar a uma ilha.
27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós batidos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-noite, pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra.
28 E, lançando o prumo, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.
29 E, receosos de que fôssemos atirados contra lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras e oravam para que rompesse o dia.
30 Procurando os marinheiros fugir do navio, e, tendo arriado o bote no mar, a pretexto de que estavam para largar âncoras da proa,
31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não permanecerem a bordo, vós não podereis salvar-vos.
32 Então, os soldados cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se.
33 Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo: Hoje, é o décimo quarto dia em que, esperando, estais sem comer, nada tendo provado.
34 Eu vos rogo que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segurança; pois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo.
35 Tendo dito isto, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer.
36 Todos cobraram ânimo e se puseram também a comer.
37 Estávamos no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo.
38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.
39 Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma enseada, onde havia praia; então, consultaram entre si se não podiam encalhar ali o navio.
40 Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela de proa ao vento, dirigiram-se para a praia.
41 Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar.
42 O parecer dos soldados era que matassem os presos, para que nenhum deles, nadando, fugisse;
43 mas o centurião, querendo salvar a Paulo, impediu-os de o fazer; e ordenou que os que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra.
44 Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.
Paulo permanece tão tranqüilo em meio à tempestade quanto na presença de governadores e reis. A tormenta não impede Paulo de ouvir a voz de Deus, a quem ele pertencia e servia (v. 23). Em tempo de prova, os homens revelam seu pior egoísmo, mas o querido apóstolo pensa na salvação dos seus companheiros de viagem. Ele os fortalece pela palavra de Deus, logo os exorta a comer, não antes sem ter dado graças a Deus na presença de todos (1 Timóteo 4:4-5).
Depois de muitas peripécias e da perda do navio, todos chegam sãos e salvos ao "desejado porto" (Salmo 107:25-30).
Podemos ver nesse navio - um brinquedo da tempestade -, a figura da Igreja aqui no mundo. Depois de haver zarpado com tempo favorável, não tardou para que encontrasse o vento das provas e das perseguições de Satanás. A falta de alimento, um período de trevas profundas, a busca de recursos no mundo, tudo isso aconteceu porque a voz dos apóstolos - na Palavra - não foi ouvida. O dia se aproxima, e com ele o naufrágio da cristandade professa (o navio). Mas o Senhor conhece aqueles que são Seus nessa Igreja, a qual chama pelo Seu nome, e nenhum dos que o Pai Lhe deu se perderá (2 Timóteo 2:19; João 17:12).
domingo, 22 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 27.1-17
1 Quando foi decidido que navegássemos para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião chamado Júlio, da Coorte Imperial.
2 Embarcando num navio adramitino, que estava de partida para costear a Ásia, fizemo-nos ao mar, indo conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica.
3 No dia seguinte, chegamos a Sidom, e Júlio, tratando Paulo com humanidade, permitiu-lhe ir ver os amigos e obter assistência.
4 Partindo dali, navegamos sob a proteção de Chipre, por serem contrários os ventos;
5 e, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.
6 Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, nele nos fez embarcar.
7 Navegando vagarosamente muitos dias e tendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos sendo permitido prosseguir, por causa do vento contrário, navegamos sob a proteção de Creta, na altura de Salmona.
8 Costeando -a, penosamente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.
9 Depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum, admoestava-os Paulo,
10 dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida.
11 Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia.
12 Não sendo o porto próprio para invernar, a maioria deles era de opinião que partissem dali, para ver se podiam chegar a Fenice e aí passar o inverno, visto ser um porto de Creta, o qual olhava para o nordeste e para o sudeste.
13 Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta.
14 Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão;
15 e, sendo o navio arrastado com violência, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar.
16 Passando sob a proteção de uma ilhota chamada Cauda, a custo conseguimos recolher o bote;
17 e, levantando este, usaram de todos os meios para cingir o navio, e, temendo que dessem na Sirte, arriaram os aparelhos, e foram ao léu.
Para impedir a propagação do Evangelho, o inimigo incita os homens contra Paulo. Agora são os obstáculos naturais que dificultam seu caminho.
Muitos cristãos se parecem com um barco à vela: seu andar depende do vento que sopra. Se é uma brisa "do sul" que os empurra suavemente, tudo está bem; levantam a âncora com coragem (v. 13). Mas se o vento lhes é contrário, e eles navegam "vagarosamente", "com dificuldade" (vv. 7-8), não são mais capazes de avançar e recorrem ao socorro humano para suas dificuldades. Por fim, quando sopra o vento tempestuoso de uma grande prova, eles não podem resistir e se "deixam levar" (v. 15). O barco a vapor, ao contrário, mantém sua rota em qualquer tempo. Que possamos sempre avançar assim, movidos por uma firme fé, até que alcancemos a nossa meta, a despeito dos temporais!
Não obstante ter sido gentil com seu prisioneiro, "o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia" (v. 11). Não temos nós muitas vezes confiado mais nas opiniões e nos conselhos dos homens que na Palavra e na direção do Espírito Santo? E quando isso acontece, é para nosso "dano e muito prejuízo" (v. 10)!
sábado, 21 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 26.19-32
19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial,
20 mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento.
21 Por causa disto, alguns judeus me prenderam, estando eu no templo, e tentaram matar-me.
22 Mas, alcançando socorro de Deus, permaneço até ao dia de hoje, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, nada dizendo, senão o que os profetas e Moisés disseram haver de acontecer,
23 isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios.
24 Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz: Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!
25 Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo palavras de verdade e de bom senso.
26 Porque tudo isto é do conhecimento do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou em algum lugar escondido.
27 Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas.
28 Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.
29 Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.
30 A essa altura, levantou-se o rei, e também o governador, e Berenice, bem como os que estavam assentados com eles;
31 e, havendo-se retirado, falavam uns com os outros, dizendo: Este homem nada tem feito passível de morte ou de prisão.
32 Então, Agripa se dirigiu a Festo e disse: Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César.
Chamado para um ministério extraordinário entre os gentios, Paulo não foi desobediente (v. 19). Que nós também sejamos obedientes em tudo o que o Senhor nos enviar a fazer!
Para Festo, um homem sem necessidades espirituais, o que Paulo fala são apenas loucuras (v. 24). "Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura" (1 Coríntios 2:14). Então, o apóstolo se dirige diretamente ao rei Agripa (ver Salmo 119:46), com respeito, mas também com a autoridade que a Palavra divina lhe concede. O rei esconde seu embaraço desviando a pergunta (v. 28). Quase estar convencido; quase se tornar um cristão, significa estar completamente perdido.
Quem estava em posição mais desejável: o rei ou o pobre prisioneiro? Consciente de sua alta posição diante de Deus, Paulo, o prisioneiro de Jesus Cristo, não pensa na coroa do homem que está diante dele, mas em sua alma. Não nos deixemos levar pela aparência dos homens; pensemos em seu destino eterno.
O apóstolo compareceu sucessivamente perante o Sinédrio, perante Félix, Festo e Agripa. Ele ainda teria de comparecer perante César, que, naquele momento, não era outro senão o cruel Nero.
viernes, 20 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 26.1-18
1 A seguir, Agripa, dirigindo-se a Paulo, disse: É permitido que uses da palavra em tua defesa. Então, Paulo, estendendo a mão, passou a defender-se nestes termos:
2 Tenho-me por feliz, ó rei Agripa, pelo privilégio de, hoje, na tua presença, poder produzir a minha defesa de todas as acusações feitas contra mim pelos judeus;
3 mormente porque és versado em todos os costumes e questões que há entre os judeus; por isso, eu te peço que me ouças com paciência.
4 Quanto à minha vida, desde a mocidade, como decorreu desde o princípio entre o meu povo e em Jerusalém, todos os judeus a conhecem;
5 pois, na verdade, eu era conhecido deles desde o princípio, se assim o quiserem testemunhar, porque vivi fariseu conforme a seita mais severa da nossa religião.
6 E, agora, estou sendo julgado por causa da esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais,
7 a qual as nossas doze tribos, servindo a Deus fervorosamente de noite e de dia, almejam alcançar; é no tocante a esta esperança, ó rei, que eu sou acusado pelos judeus.
8 Por que se julga incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?
9 Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno;
10 e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam.
11 Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigando-os até a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra eles, mesmo por cidades estranhas os perseguia.
12 Com estes intuitos, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado.
13 Ao meio-dia, ó rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos que iam comigo.
14 E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões.
15 Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda,
17 livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio,
18 para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.
Convidado a testemunhar diante de Agripa, Paulo ergue os braços carregados de algemas. Como no capítulo 22, ele relata o seu encontro com o Senhor e em que circunstâncias o ministério lhe foi confiado. Quando seus olhos foram abertos, foi-lhe entregue a responsabilidade de abrir os olhos dos gentios ao acesso pela fé à luz, à liberdade, ao perdão dos pecados e à herança dos santos (v. 18; Colossenses 1:12-13).
As circunstâncias que levam à conversão nem sempre são as mesmas. Pedro estava em seu barco quando reconheceu seu estado pecaminoso. Levi estava sentado na coletoria e Zaqueu estava sobre uma árvore, quando o Senhor os chamou (Lucas 5:10, 27-28; 19:5). O etíope converteu-se em seu carro, e o carcereiro de Filipos, na prisão à meia-noite (Atos 8:27; 16:29). Paulo converteu-se ao meio-dia, quando estava a caminho de Damasco (v. 13). Você pode dizer onde e quando encontrou Jesus? Se pode, não tema em contar sua conversão quando tiver oportunidade. Isso não é para nos glorificar, desde que falemos também do triste estado em que nos encontrávamos. Ao contrário, nosso testemunho serve para exaltar a soberana graça de Deus que transformou a nossa vida.
jueves, 19 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 25.13-27
13 Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia a fim de saudar a Festo.
14 Como se demorassem ali alguns dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: Félix deixou aqui preso certo homem,
15 a respeito de quem os principais sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, estando eu em Jerusalém, pedindo que o condenasse.
16 A eles respondi que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os seus acusadores e possa defender-se da acusação.
17 De sorte que, chegando eles aqui juntos, sem nenhuma demora, no dia seguinte, assentando-me no tribunal, determinei fosse trazido o homem;
18 e, levantando-se os acusadores, nenhum delito referiram dos crimes de que eu suspeitava.
19 Traziam contra ele algumas questões referentes à sua própria religião e particularmente a certo morto, chamado Jesus, que Paulo afirmava estar vivo.
20 Estando eu perplexo quanto ao modo de investigar estas coisas, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém para ser ali julgado a respeito disso.
21 Mas, havendo Paulo apelado para que ficasse em custódia para o julgamento de César, ordenei que o acusado continuasse detido até que eu o enviasse a César.
22 Então, Agripa disse a Festo: Eu também gostaria de ouvir este homem. Amanhã, respondeu ele, o ouvirás.
23 De fato, no dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com grande pompa, tendo eles entrado na audiência juntamente com oficiais superiores e homens eminentes da cidade, Paulo foi trazido por ordem de Festo.
24 Então, disse Festo: Rei Agripa e todos vós que estais presentes conosco, vedes este homem, por causa de quem toda a multidão dos judeus recorreu a mim tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convinha que ele vivesse mais.
25 Porém eu achei que ele nada praticara passível de morte; entretanto, tendo ele apelado para o imperador, resolvi mandá-lo ao imperador.
26 Contudo, a respeito dele, nada tenho de positivo que escreva ao soberano; por isso, eu o trouxe à vossa presença e, mormente, à tua, ó rei Agripa, para que, feita a argüição, tenha eu alguma coisa que escrever;
27 porque não me parece razoável remeter um preso sem mencionar, ao mesmo tempo, as acusações que militam contra ele.
Agripa e Berenice (assim como Drusila, mulher de Félix) eram filhos de Herodes (cap. 12:1) e formavam a quarta geração dessa criminosa dinastia. A visita de cortesia que fazem ao novo governador é a oportunidade que Agripa tem de interrogar o estranho prisioneiro. O modo como Festo resume o assunto mostra-nos que ele pouco se interessava por questões religiosas, "particularmente a um certo morto, chamado Jesus" (v. 19). Cristo não é nada mais que isso para muitas pessoas hoje em dia. Contudo, Paulo afirma que Ele está vivo, e isso faz toda a diferença.
O apóstolo é introduzido na corte que estava reunida "com grande pompa". De acordo com a palavra do Senhor a Ananias, Paulo era "um instrumento escolhido" para levar o nome de Jesus diante de reis (cap. 9:15). Era o embaixador do Rei dos reis, mas um "embaixador em cadeias", como ele mesmo se denomina em Efésios 6:20. Porém, ele fala com ousadia do seu Senhor, porque "a palavra de Deus não está algemada" (2 Timóteo 2:9).
miércoles, 18 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 24.22-27
22 Então, Félix, conhecendo mais acuradamente as coisas com respeito ao Caminho, adiou a causa, dizendo: Quando descer o comandante Lísias, tomarei inteiro conhecimento do vosso caso.
23 E mandou ao centurião que conservasse a Paulo detido, tratando -o com indulgência e não impedindo que os seus próprios o servissem.
24 Passados alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé em Cristo Jesus.
25 Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do Juízo vindouro, ficou Félix amedrontado e disse: Por agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar, chamar-te-ei;
26 esperando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro; pelo que, chamando -o mais freqüentemente, conversava com ele.
27 Dois anos mais tarde, Félix teve por sucessor Pórcio Festo; e, querendo Félix assegurar o apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado.
Atos 25.1-12
1 Tendo, pois, Festo assumido o governo da província, três dias depois, subiu de Cesaréia para Jerusalém;
2 e, logo, os principais sacerdotes e os maiorais dos judeus lhe apresentaram queixa contra Paulo e lhe solicitavam,
3 pedindo como favor, em detrimento de Paulo, que o mandasse vir a Jerusalém, armando eles cilada para o matarem na estrada.
4 Festo, porém, respondeu achar-se Paulo detido em Cesaréia; e que ele mesmo, muito em breve, partiria para lá.
5 Portanto, disse ele, os que dentre vós estiverem habilitados que desçam comigo; e, havendo contra este homem qualquer crime, acusem-no.
6 E, não se demorando entre eles mais de oito ou dez dias, desceu para Cesaréia; e, no dia seguinte, assentando-se no tribunal, ordenou que Paulo fosse trazido.
7 Comparecendo este, rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo muitas e graves acusações contra ele, as quais, entretanto, não podiam provar.
8 Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
9 Então, Festo, querendo assegurar o apoio dos judeus, respondeu a Paulo: Queres tu subir a Jerusalém e ser ali julgado por mim a respeito destas coisas?
10 Disse-lhe Paulo: Estou perante o tribunal de César, onde convém seja eu julgado; nenhum agravo pratiquei contra os judeus, como tu muito bem sabes.
11 Caso, pois, tenha eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morrer; se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável, pode entregar-me a eles. Apelo para César.
12 Então, Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Para César apelaste, para César irás.
Apesar da evidente inocência de Paulo e da desonestidade de seus acusadores, Félix, por consideração a estes últimos, prorrogou covardemente sua decisão (v. 22). Mas ele adiou uma decisão muito mais importante: a que concernia à sua alma. Convocado para falar a respeito da "fé em Cristo", Paulo apresenta um aspecto da verdade que Félix não esperava (v. 25). A Palavra o amedronta, mas não penetra em sua consciência, endurecida pelo amor ao dinheiro (v. 26). "Quando eu tiver vagar, chamar-te-ei", responde o governador, tentando escapar, talvez para sempre, da oportunidade que Deus lhe dava naquele momento. Félix, cujo nome significava feliz, perdeu a verdadeira felicidade. Nós não podemos esquecer que o "tempo sobremodo oportuno" é AGORA (2 Coríntios 6:2)!
Dois anos se passam; o apóstolo ainda está na prisão. Todavia, o ódio dos judeus não diminui. Tão logo Festo assume o governo no lugar de Félix, um novo complô é tramado, mas o Senhor livra o Seu servo. Como ocorrera com Félix (24:27) e anteriormente com Pilatos (Marcos 15:15), a principal preocupação de Festo é "assegurar o apoio dos judeus" (v. 9). Conseqüentemente, Paulo é obrigado a evocar novamente o seu direito de cidadão romano e apelar ao julgamento do imperador.
martes, 17 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 24.1-21
1 Cinco dias depois, desceu o sumo sacerdote, Ananias, com alguns anciãos e com certo orador, chamado Tértulo, os quais apresentaram ao governador libelo contra Paulo.
2 Sendo este chamado, passou Tértulo a acusá-lo, dizendo: Excelentíssimo Félix, tendo nós, por teu intermédio, gozado de paz perene, e, também por teu providente cuidado, se terem feito notáveis reformas em benefício deste povo,
3 sempre e por toda parte, isto reconhecemos com toda a gratidão.
4 Entretanto, para não te deter por longo tempo, rogo-te que, de conformidade com a tua clemência, nos atendas por um pouco.
5 Porque, tendo nós verificado que este homem é uma peste e promove sedições entre os judeus esparsos por todo o mundo, sendo também o principal agitador da seita dos nazarenos,
6 o qual também tentou profanar o templo, nós o prendemos com o intuito de julgá-lo segundo a nossa lei.
7 Mas, sobrevindo o comandante Lísias, o arrebatou das nossas mãos com grande violência,
8 ordenando que os seus acusadores viessem à tua presença. Tu mesmo, examinando -o, poderás tomar conhecimento de todas as coisas de que nós o acusamos.
9 Os judeus também concordaram na acusação, afirmando que estas coisas eram assim.
10 Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender,
11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar;
12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade;
13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim.
14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas,
15 tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos.
16 Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens.
17 Depois de anos, vim trazer esmolas à minha nação e também fazer oferendas,
18 e foi nesta prática que alguns judeus da Ásia me encontraram já purificado no templo, sem ajuntamento e sem tumulto,
19 os quais deviam comparecer diante de ti e acusar, se tivessem alguma coisa contra mim.
20 Ou estes mesmos digam que iniqüidade acharam em mim, por ocasião do meu comparecimento perante o Sinédrio,
21 salvo estas palavras que clamei, estando entre eles: hoje, sou eu julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos.
Paulo comparece diante de Félix na presença de seus acusadores. Estes homens precisam de um advogado eloqüente, pois sua causa é má. Mas que contraste entre as lisonjas (v. 3) e depois as grosseiras calúnias (v. 5; Lucas 23:2) de Tértulo e a dignidade de Paulo em sua profissão de fé, acompanhada de uma sincera exposição dos fatos!
Uma seita (vv. 5, 14) é um grupo religioso que diverge da opinião geral e é seguido por muitos, ou ainda, é a teoria de um mestre seguida por numerosos prosélitos. O redimido segue somente a Cristo. Mas o mundo religioso também chama de seita aos filhos de Deus que se separam dele por obediência à Palavra. Que importa! Esta expressão, como muitas outras, faz parte do vitupério de Cristo. Como Paulo, o crente fiel tem o glorioso privilégio de estar associado ao Nazareno, quando o mundo dele escarnecer (v. 5). Pelo contrário, a grande preocupação do apóstolo - e deveria ser a nossa também - era "ter sempre uma consciência pura diante de Deus e dos homens" (v. 16). Ele pensava no dia da ressurreição, quando teria de prestar contas de sua vida e de seu ministério. Que tenhamos em mente sempre esse glorioso dia e que andemos em todo lugar como filhos da luz (Efésios 5:8).
lunes, 16 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 23.16-35
16 Mas o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido a trama, foi, entrou na fortaleza e de tudo avisou a Paulo.
17 Então, este, chamando um dos centuriões, disse: Leva este rapaz ao comandante, porque tem alguma coisa a comunicar-lhe.
18 Tomando -o, pois, levou -o ao comandante, dizendo: O preso Paulo, chamando-me, pediu-me que trouxesse à tua presença este rapaz, pois tem algo que dizer-te.
19 Tomou -o pela mão o comandante e, pondo-se à parte, perguntou-lhe: Que tens a comunicar-me?
20 Respondeu ele: Os judeus decidiram rogar-te que, amanhã, apresentes Paulo ao Sinédrio, como se houvesse de inquirir mais acuradamente a seu respeito.
21 Tu, pois, não te deixes persuadir, porque mais de quarenta entre eles estão pactuados entre si, sob anátema, de não comer, nem beber, enquanto não o matarem; e, agora, estão prontos, esperando a tua promessa.
22 Então, o comandante despediu o rapaz, recomendando-lhe que a ninguém dissesse ter-lhe trazido estas informações.
23 Chamando dois centuriões, ordenou: Tende de prontidão, desde a hora terceira da noite, duzentos soldados, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros para irem até Cesaréia;
24 preparai também animais para fazer Paulo montar e ir com segurança ao governador Félix.
25 E o comandante escreveu uma carta nestes termos:
26 Cláudio Lísias ao excelentíssimo governador Félix, saúde.
27 Este homem foi preso pelos judeus e estava prestes a ser morto por eles, quando eu, sobrevindo com a guarda, o livrei, por saber que ele era romano.
28 Querendo certificar-me do motivo por que o acusavam, fi-lo descer ao Sinédrio deles;
29 verifiquei ser ele acusado de coisas referentes à lei que os rege, nada, porém, que justificasse morte ou mesmo prisão.
30 Sendo eu informado de que ia haver uma cilada contra o homem, tratei de enviá-lo a ti, sem demora, intimando também os acusadores a irem dizer, na tua presença, o que há contra ele. Saúde.
31 Os soldados, pois, conforme lhes foi ordenado, tomaram Paulo e, durante a noite, o conduziram até Antipátride;
32 no dia seguinte, voltaram para a fortaleza, tendo deixado aos de cavalaria o irem com ele;
33 os quais, chegando a Cesaréia, entregaram a carta ao governador e também lhe apresentaram Paulo.
34 Lida a carta, perguntou o governador de que província ele era; e, quando soube que era da Cilícia,
35 disse: Ouvir-te-ei quando chegarem os teus acusadores. E mandou que ele fosse detido no pretório de Herodes.
Não vemos aqui o Senhor intervir de modo miraculoso, como em Filipos (cap. 16:26) ou como no caso de Pedro (cap. 12:7), para libertar o Seu servo. Mas ainda Ele está no controle dos acontecimentos: usando o sobrinho de Paulo, a qualidade de cidadão romano que o apóstolo possuía, o menosprezo que o comandante romano sentia pelos judeus, Deus cumpre a promessa feita a Seu servo, ou seja, que ele iria testemunhar em Roma (v. 11). Conseqüentemente, todos os planos de seus inimigos não poderiam impedi-lo de ir a Roma. Ao contrário, são esses mesmos planos que contribuem para isso: de fato, as ameaças induzem Lísias a mandar Paulo sob forte escolta a Cesaréia, a fim de protegê-lo da fúria dos judeus fanáticos. Ao mesmo tempo, Lísias escreve uma carta sobre Paulo ao governador Félix. Note como o comandante coloca os fatos, escondendo o erro quase cometido (v. 27; 22:25). Apesar disso, as ofensas dos pagãos não se comparam à terrível culpabilidade dos judeus. Evidentemente, os quarenta conspiradores assassinos não puderam cumprir seu juramento, atraindo desse modo maldição sobre a própria cabeça.
domingo, 15 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 23.1-15
1 Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse: Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje.
2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam perto dele que lhe batessem na boca.
3 Então, lhe disse Paulo: Deus há de ferir-te, parede branqueada! Tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei e, contra a lei, mandas agredir-me?
4 Os que estavam a seu lado disseram: Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus?
5 Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo.
6 Sabendo Paulo que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra, de fariseus, exclamou: Varões, irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus! No tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado!
7 Ditas estas palavras, levantou-se grande dissensão entre fariseus e saduceus, e a multidão se dividiu.
8 Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas.
9 Houve, pois, grande vozearia. E, levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Não achamos neste homem mal algum; e será que algum espírito ou anjo lhe tenha falado?
10 Tomando vulto a celeuma, temendo o comandante que fosse Paulo espedaçado por eles, mandou descer a guarda para que o retirassem dali e o levassem para a fortaleza.
11 Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma.
12 Quando amanheceu, os judeus se reuniram e, sob anátema, juraram que não haviam de comer, nem beber, enquanto não matassem Paulo.
13 Eram mais de quarenta os que entraram nesta conspirata.
14 Estes, indo ter com os principais sacerdotes e os anciãos, disseram: Juramos, sob pena de anátema, não comer coisa alguma, enquanto não matarmos Paulo.
15 Agora, pois, notificai ao comandante, juntamente com o Sinédrio, que vo-lo apresente como se estivésseis para investigar mais acuradamente a sua causa; e nós, antes que ele chegue, estaremos prontos para assassiná-lo.
O comandante não conseguiu entender o motivo da fúria dos judeus contra um homem em quem não havia nada para reprovar. Para informar-se, apresenta o prisioneiro diante do Sinédrio. Uma hábil palavra de Paulo coloca os fariseus do seu lado. A ressurreição de Jesus Cristo era o fundamento de sua doutrina e indiretamente a razão da oposição dos judeus. Mas Paulo nem sequer mencionou o nome do seu Salvador. Suas palavras causaram tal discórdia entre os fariseus e os saduceus - tradicionais adversários -, que mais uma vez o comandante teve de resgatá-lo e envia-lo a um lugar seguro.
Depois de todos esses acontecimentos, o apóstolo, só e talvez desanimado, precisa ser fortalecido. E é o Senhor mesmo quem se apresenta ao amado servo (v. 11). Ele não o reprova; pelo contrário, o Senhor reconhece o testemunho que Paulo dera em Jerusalém, o consola e o relembra de sua verdadeira missão: a de pregar a salvação não para os judeus, mas para as nações gentias. Com esse propósito, Paulo vai para Roma.
Que sempre possamos gozar da experiência de ter o Senhor "ao nosso lado" e, por esse motivo, não precisemos estar ansiosos (Filipenses 4:5-6; 2 Timóteo 4:17).
sábado, 14 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 22.12-30
12 Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam,
13 veio procurar-me e, pondo-se junto a mim, disse: Saulo, irmão, recebe novamente a vista. Nessa mesma hora, recobrei a vista e olhei para ele.
14 Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca,
15 porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido.
16 E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele.
17 Tendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no templo, sobreveio-me um êxtase,
18 e vi aquele que falava comigo: Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito.
19 Eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu encerrava em prisão e, nas sinagogas, açoitava os que criam em ti.
20 Quando se derramava o sangue de Estêvão, tua testemunha, eu também estava presente, consentia nisso e até guardei as vestes dos que o matavam.
21 Mas ele me disse: Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios.
22 Ouviram-no até essa palavra e, então, gritaram, dizendo: Tira tal homem da terra, porque não convém que ele viva!
23 Ora, estando eles gritando, arrojando de si as suas capas, atirando poeira para os ares,
24 ordenou o comandante que Paulo fosse recolhido à fortaleza e que, sob açoite, fosse interrogado para saber por que motivo assim clamavam contra ele.
25 Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao centurião presente: Ser-vos -á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?
26 Ouvindo isto, o centurião procurou o comandante e lhe disse: Que estás para fazer? Porque este homem é cidadão romano.
27 Vindo o comandante, perguntou a Paulo: Dize-me: és tu romano? Ele disse: Sou.
28 Respondeu-lhe o comandante: A mim me custou grande soma de dinheiro este título de cidadão. Disse Paulo: Pois eu o tenho por direito de nascimento.
29 Imediatamente, se afastaram os que estavam para o inquirir com açoites. O próprio comandante sentiu-se receoso quando soube que Paulo era romano, porque o mandara amarrar.
30 No dia seguinte, querendo certificar-se dos motivos por que vinha ele sendo acusado pelos judeus, soltou -o, e ordenou que se reunissem os principais sacerdotes e todo o Sinédrio, e, mandando trazer Paulo, apresentou -o perante eles.
"E agora, porque te demoras?", perguntou Ananias ao novo convertido (v. 16). Amigo, se o Senhor lhe tem chamado, por que você ainda se demora no caminho da perdição e não toma lugar entre os Seus discípulos?
Três anos mais tarde, em Jerusalém, Paulo teve o privilégio de ver o "Justo" e receber ordens da Sua boca (v. 17). Ele mesmo queria trabalhar entre os judeus, pensando que seu testemunho teria maior força entre os que o conheceram como fanático adversário da verdade (vv. 19-20). Mas ele tinha sido separado para o ministério entre os gentios (v. 21; Gálatas 1:15-16). Deixemos que o Senhor nos mostre qual será o nosso campo de trabalho!
O versículo 18 se cumpre. Os judeus não aceitam o testemunho de Paulo. O comandante mais uma vez é obrigado a protegê-lo da fúria do povo. E, no momento em que vai ser torturado, Paulo faz valer sua cidadania romana. Mais tarde, ele será ensinado a considerar como perda o que para ele era lucro (23:6; Filipenses 3:7).
Quanto à cidadania celestial, ninguém a adquire por nascimento ou pelo dinheiro (v. 28). Somente a possuem os que passaram pelo novo nascimento (João 3:3; Filipenses 3:20).
viernes, 13 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 21.33-40
33 Aproximando-se o comandante, apoderou-se de Paulo e ordenou que fosse acorrentado com duas cadeias, perguntando quem era e o que havia feito.
34 Na multidão, uns gritavam de um modo; outros, de outro; não podendo ele, porém, saber a verdade por causa do tumulto, ordenou que Paulo fosse recolhido à fortaleza.
35 Ao chegar às escadas, foi preciso que os soldados o carregassem, por causa da violência da multidão,
36 pois a massa de povo o seguia gritando: Mata -o!
37 E, quando Paulo ia sendo recolhido à fortaleza, disse ao comandante: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu ele: Sabes o grego?
38 Não és tu, porventura, o egípcio que, há tempos, sublevou e conduziu ao deserto quatro mil sicários?
39 Respondeu-lhe Paulo: Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia; e rogo-te que me permitas falar ao povo.
40 Obtida a permissão, Paulo, em pé na escada, fez com a mão sinal ao povo. Fez-se grande silêncio, e ele falou em língua hebraica, dizendo:
Atos 22.1-11
1 Irmãos e pais, ouvi, agora, a minha defesa perante vós.
2 Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, guardaram ainda maior silêncio. E continuou:
3 Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com Deus, assim como todos vós o sois no dia de hoje.
4 Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres,
5 de que são testemunhas o sumo sacerdote e todos os anciãos. Destes, recebi cartas para os irmãos; e ia para Damasco, no propósito de trazer manietados para Jerusalém os que também lá estivessem, para serem punidos.
6 Ora, aconteceu que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu brilhou ao redor de mim.
7 Então, caí por terra, ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
8 Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues.
9 Os que estavam comigo viram a luz, sem, contudo, perceberem o sentido da voz de quem falava comigo.
10 Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer.
11 Tendo ficado cego por causa do fulgor daquela luz, guiado pela mão dos que estavam comigo, cheguei a Damasco.
Paulo é livrado da violência da multidão graças à intervenção de um tribuno, ou seja, de um comandante da guarnição romana. O tribuno, que primeiro pensou ser Paulo um bandido mal-afamado, acalma-se ao ouvi-lo falar em grego e autoriza-o a dirigir-se à multidão. Diante de uma multidão completamente silenciosa, Paulo relembra seu culpável passado, porém em um sentido totalmente diferente daquele que os judeus entendiam. Dotado de qualidades e vantagens pouco comuns - "hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu" (Filipenses 3:5) -, sua reputação era a de um homem piedoso e irreprovável. Mas o seu zelo religioso, semelhante ao que motivava os líderes da multidão, o havia conduzido, apesar das advertências do seu mestre Gamaliel, a lutar contra Deus (vv. 3; 5:39). "Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues" (v. 8), é a terrível resposta que ele ouve do céu. Ao tocar naqueles pobres cristãos, perseguindo-os até a morte, ele estava lutando contra o Filho de Deus. Porém, em vez de castigá-lo por sua blasfêmia ousadia, o Senhor, ao mesmo tempo que lhe devolveu a visão, abriu os olhos do seu coração (Efésios 1:17-18) e fez desse homem, separado desde o nascimento, um instrumento fiel para Seu uso.
miércoles, 11 de julio de 2012
Lição Bíblica
Atos 21.15-32
15 Passados aqueles dias, tendo feito os preparativos, subimos para Jerusalém;
16 e alguns dos discípulos também vieram de Cesaréia conosco, trazendo consigo Mnasom, natural de Chipre, velho discípulo, com quem nos deveríamos hospedar.
17 Tendo nós chegado a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria.
18 No dia seguinte, Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros se reuniram.
19 E, tendo-os saudado, contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério.
20 Ouvindo -o, deram eles glória a Deus e lhe disseram: Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da lei;
21 e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei.
22 Que se há de fazer, pois? Certamente saberão da tua chegada.
23 Faze, portanto, o que te vamos dizer: estão entre nós quatro homens que, voluntariamente, aceitaram voto;
24 toma-os, purifica-te com eles e faze a despesa necessária para que raspem a cabeça; e saberão todos que não é verdade o que se diz a teu respeito; e que, pelo contrário, andas também, tu mesmo, guardando a lei.
25 Quanto aos gentios que creram, já lhes transmitimos decisões para que se abstenham das coisas sacrificadas a ídolos, do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas.
26 Então, Paulo, tomando aqueles homens, no dia seguinte, tendo-se purificado com eles, entrou no templo, acertando o cumprimento dos dias da purificação, até que se fizesse a oferta em favor de cada um deles.
27 Quando já estavam por findar os sete dias, os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram,
28 gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado.
29 Pois, antes, tinham visto Trófimo, o efésio, em sua companhia na cidade e julgavam que Paulo o introduzira no templo.
30 Agitou-se toda a cidade, havendo concorrência do povo; e, agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas.
31 Procurando eles matá-lo, chegou ao conhecimento do comandante da força que toda a Jerusalém estava amotinada.
32 Então, este, levando logo soldados e centuriões, correu para o meio do povo. Ao verem chegar o comandante e os soldados, cessaram de espancar Paulo.
Para ir da Grécia a Roma, o apóstolo havia proposto em seu coração passar por Jerusalém (cap. 19:21). Apesar desse cansativo desvio, a vontade do Senhor será cumprida (v. 14). O caminho que nós mesmos escolhemos não é simples; podemos esperar todo o tipo de dificuldades. Os anciãos de Jerusalém exortam a Paulo a "judaizar", a fim de acalmar os crentes judeus, e assim o apóstolo está prestes a contradizer seu próprio ensinamento. Penoso dilema para ele! Mais uma vez, podemos notar até que ponto os cristãos judeus estavam arraigados à religião judaica. Eles estavam tentando colocar vinho novo em odres velhos (Mateus 9:17). A esses israelitas "zelosos da lei" o apóstolo Tiago, mencionado no versículo 18, fala da "lei da liberdade" e da "religião pura e sem mácula", que não consiste na purificação carnal (v. 24), mas, sim, em "guardar-se incontaminado do mundo" e em visitar os aflitos (Tiago 1:27; 2:12).
Paulo visita o templo e se submete aos rituais judaicos para agradar os irmãos. A tentativa, porém, é vã, pois os judeus vêem nela uma provocação e tentam matá-lo, causando alvoroço em toda a cidade (v. 30).
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