viernes, 31 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 18.28-40

28 Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
29 Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse: Que acusação trazeis contra este homem?
30 Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
31 Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai -o vós outros e julgai -o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém;
32 para que se cumprisse a palavra de Jesus, significando o modo por que havia de morrer.
33 Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?
34 Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito?
35 Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?
36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.
39 É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
40 Então, gritaram todos, novamente: Não este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era salteador.
Ao levar o Senhor Jesus ao governador romano, os judeus cuidam-se de não se contaminarem... ao mesmo tempo que carregam as suas consciências com o mais horrendo crime jamais cometido!

O apóstolo Paulo cita como exemplo a Timóteo a "boa confissão" de Cristo Jesus diante de Pôncio Pilatos (1 Tm 6:13). Custe o que custar, o Senhor declara a Sua realeza, ainda que saliente que o Seu reino não é deste Mundo. Este versículo 36 deveria ser considerado por todos os que hoje empreendem um grande esforço para estabelecer o reino de Deus sobre a Terra. O progressivo melhoramento moral do Mundo para que o Senhor possa vir e reinar sobre ele é apenas uma ilusão. Se Ele mesmo não produziu tal melhoramento, por que deveriam os cristãos buscar fazê-lo?

"Que é a verdade?" pergunta Pilatos. Contudo não espera pela resposta. Ele parece com muitas pessoas que realmente não estão interessadas nessa pergunta - porque no fundo temem ter que ordenar as suas vidas de acordo com a resposta que receberão. A verdade estava diante de Pilatos na pessoa do Senhor Jesus (14:6). Em vão Pilatos tenta escapar de sua responsabilidade ao propor que seja libertado o Prisioneiro para a Páscoa! Mas, em uníssono, os judeus gritam para libertar o ladrão Barrabás, no lugar do Senhor.

jueves, 30 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 18.12-27
12 Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no
13 e o conduziram primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
14 Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente morrer um homem pelo povo.
15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Sendo este discípulo conhecido do sumo sacerdote, entrou para o pátio deste com Jesus.
16 Pedro, porém, ficou de fora, junto à porta. Saindo, pois, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, falou com a encarregada da porta e levou a Pedro para dentro.
17 Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele.
18 Ora, os servos e os guardas estavam ali, tendo acendido um braseiro, por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio deles, aquentando-se também.
19 Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
20 Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto.
21 Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse.
22 Dizendo ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote?
23 Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?
24 Então, Anás o enviou, manietado, à presença de Caifás, o sumo sacerdote.
25 Lá estava Simão Pedro, aquentando-se. Perguntaram-lhe, pois: És tu, porventura, um dos discípulos dele? Ele negou e disse: Não sou.
26 Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim com ele?
27 De novo, Pedro o negou, e, no mesmo instante, cantou o galo.

Ao estar ali com os que haviam prendido e atado o seu Mestre, e esquentando-se com eles, Pedro praticamente já O havia negado, ao escolher voluntariamente os nossos amigos em um Mundo que crucificou o Senhor Jesus, e, ao participarmos de seus prazeres, estaremos de uma maneira ou de outra nos expondo a desonrar o Senhor. Não podemos contar que seremos guardados (em resposta a Sua oração do cap. 17:15-17), se não praticarmos a separação da qual Ele fala nesses mesmos versículos (17:16). Graças a sua infidelidade, Pedro escapa por um momento da vergonha e da perseguição. Seria ele "maior que o seu Senhor", o qual, sem reservas, vai ao encontro do ódio e do menosprezo dos homens (15:20)? O Senhor Jesus nada responde ao interrogatório hipócrita do sumo sacerdote; Ele já havia dado publicamente o Seu testemunho. Cabe agora aos juízes prová-LO culpado - se puderem!
Este Evangelho enfatiza mais que os outros três a dignidade e a autoridade do Filho de Deus. Apesar das humilhações que sofreu e da maneira com que foi tratado, permaneceu Mestre absoluto da situação, como Aquele que "se entregou a si mesmo... como oferta... a Deus" em perfeito sacrifício (Efésios 5:2).

miércoles, 29 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 18.1-11

1 Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim; e aí entrou com eles.
2 E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
3 Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas.
4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra.
7 Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno.
8 Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;
9 para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.
10 Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.
11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?
Depois de "a glória que me tens dado" (17:22) vem "o cálice que o pai me deu" (v. 11). Em completa dependência, o Senhor Jesus recebe ambos das mãos de Seu Pai. Mas, de acordo com o caráter deste Evangelho, não vemos aqui, como em Lucas 22:44, a agonia do Senhor. Aqui, no pensamento do Filho obediente, a obra já está concluída (17:4).

O miserável Judas sabe aonde conduzir a companhia armada que deve capturar o Senhor, pois esse é o lugar de muitos encontros íntimos e preciosos, dos quais ele mesmo havia participado.

Aquele a quem chamam com desprezo "Jesus de Nazaré" não é outro senão o Filho de Deus. Em pleno conhecimento do que ia ocorrer, Ele se adianta e se apresenta a esta tropa ameaçadora. Dá, de Seu poder soberano, uma prova que teria permitido reconhecê-LO das Escrituras (Salmo 27:2). Com apenas uma palavra, Ele atira os Seus inimigos ao chão. Mas, qual é o pensamento de Seu coração nesse momento tão terrível para Ele? É o mesmo de sempre, pensa em Seus amados discípulos - "deixai ir estes", é Sua ordem àqueles que vieram para prendê-LO. Até o último instante, o bom Pastor velaria por Suas ovelhas. Agora chegou o momento em que dá a Sua vida por elas (10:11).

martes, 28 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 14.26

14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.
15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.
16 Eles não são do mundo, como também eu não sou.
17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.
20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;
21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;
23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste.
26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.
Os crentes não são tirados do Mundo quando se convertem (v. 15). Pelo contrário, são expressamente enviados ao Mundo (v. 18) para cumprir a obra que lhes têm sido encomendada (compare v. 4). Contudo, não são do Mundo, como o Senhor Jesus não era dele. A posição deles é de estrangeiros chamados a servir a seu Soberano em um país inimigo. Mas este incomparável capítulo nos ensina que, longe de serem esquecidos aqui na Terra, os crentes têm um "grande sumo sacerdote" que intercede por eles diante do trono da graça (compare Hebreus 4:14-16). Escutemos o que Ele pede ao Pai por eles: "que os guarde do mal", porque neste Mundo estão expostos à contaminação (v. 15).

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade": eis aqui a separação indicada para aqueles que obedecem à Palavra.

"A fim de que todos sejam um": este é o desejo de Seu coração, e que nos humilha quando pensamos nas divisões que existem entre os cristãos.

Finalmente: "Que onde eu estou, estejam também comigo..." (v. 24). Os que não são do Mundo não ficarão no Mundo. A sua porção eterna será estar com o Senhor Jesus para ver a Sua glória. "Quero", disse o Senhor Jesus, pois a presença dos Seus com Ele no céu é para a Sua glória e para a de Seu Pai, porque eles testificam os plenos resultados de Sua obra.

lunes, 27 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 17.1-13

1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,
2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer;
5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.
6 Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra.
7 Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti;
8 porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;
10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado.
11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
13 Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos.
O Senhor Jesus, tendo dado as Suas últimas recomendações a Seus queridos discípulos e tendo-se despedido deles, se volta para Seu Pai. Ele nunca reivindicou algo para Si mesmo, mas agora pede a glória. É que a honra ao Filho obediente, glorificando-O, contribui para a glória de Deus, o "Pai justo" (v. 25).

Como um mensageiro fiel, o Senhor Jesus presta conta da missão que cumpriu neste Mundo (v. 4). Um dos lados dessa obra havia sido falar do Pai aos Seus (v. 6 e 26); agora Ele fala dos Seus ao Pai, a fim de confiá-los ao Seu cuidado, pois Ele mesmo vai deixá-los. Os Seus argumentos são comovedores: "Eles têm guardado a tua palavra... e creram que tu me enviaste". Isso é o que primeiro tem a dizer, ainda que saibamos quão débil era a fé dos pobres discípulos (v. 6-8; compare 14:9).

Ademais "são teus..." (v. 9), prossegue o Senhor, "e neles eu sou glorificado", recorrendo assim ao interesse que o Pai tem pela glória do Filho. Finalmente, enfatiza a difícil situação de Seu povo redimido que permanece em um Mundo tão perigoso e que põe em prova a fé. O Senhor Jesus é o perfeito Intercessor advogando a favor de Seus discípulos; Ele faz o mesmo por nós hoje.

domingo, 26 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 16.19-33
19 Percebendo Jesus que desejavam interrogá-lo, perguntou-lhes: Indagais entre vós a respeito disto que vos disse: Um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis?
20 Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
22 Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
23 Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.
24 Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.
25 Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai.
26 Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós.
27 Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.
28 Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai.
29 Disseram os seus discípulos: Agora é que falas claramente e não empregas nenhuma figura.
30 Agora, vemos que sabes todas as coisas e não precisas de que alguém te pergunte; por isso, cremos que, de fato, vieste de Deus.
31 Respondeu-lhes Jesus: Credes agora?
32 Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo.
33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

Os discípulos vão conhecer a tristeza da separação. Mas o Senhor Jesus consola-os de antemão ao falar-lhes do gozo que os espera quando tornarem a vê-LO depois de Sua ressurreição ( 20:20). O crente tem muitas razões para se alegrar: a esperança da volta do Senhor (compare v. 22), a obediência aos Seus mandamentos (15:10, 11 - você tem experimentado o gozo que isso produz?), a dependência dEle e a resposta às nossas orações (16:24), as revelações do Senhor em Sua Palavra (17:13); a comunhão com o Pai e com o Filho (1 João 1:3-4). Essas são as inesgotáveis fontes da "alegria completa" (v. 24).
Por que o Senhor Jesus não prefere dizer aos Seus discípulos que Ele rogará ao Pai por eles (v. 26), desde que este é o tema de todo o capítulo seguinte? A razão é essa: longe de reivindicar para Si mesmo as afeições dos discípulos, o Seu grande objetivo é introduzi-los em um relacionamento direto com o Pai. Por isso os conclama a que não se contentem somente em tê-LO como intercessor perante Deus, mas que façam a experiência pessoal do amor do Pai e do poder de Seu nome. "Tende bom ânimo", conclui o Senhor. O Mundo, nosso comum inimigo, é forte, mas "eu venci o mundo".

sábado, 25 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 16.1-18

1 Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis.
2 Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus.
3 Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim.
4 Ora, estas coisas vos tenho dito para que, quando a hora chegar, vos recordeis de que eu vo-las disse. Não vo-las disse desde o princípio, porque eu estava convosco.
5 Mas, agora, vou para junto daquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
6 Pelo contrário, porque vos tenho dito estas coisas, a tristeza encheu o vosso coração.
7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.
8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:
9 do pecado, porque não crêem em mim;
10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais;
11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;
13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
16 Um pouco, e não mais me vereis; outra vez um pouco, e ver-me-eis.
17 Então, alguns dos seus discípulos disseram uns aos outros: Que vem a ser isto que nos diz: Um pouco, e não mais me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: Vou para o Pai?
18 Diziam, pois: Que vem a ser esse-- um pouco? Não compreendemos o que quer dizer.
Se não fosse o Senhor quem disse isso, teríamos dificuldade para entender que a Sua ida foi conveniente para os discípulos. Ocorre o mesmo com tantas coisas que não entendemos e que momentaneamente nos afligem, e, contudo, são para o nosso proveito (vs. 6-7). O Espírito Santo seria enviado do céu pelo Senhor Jesus e conduziria os crentes em toda a verdade (v. 13). Nós constatamos que no capítulo 14:16 o Senhor confirma a inspiração divina de todos os livros do Novo Testamento: os Evangelhos - Ele "vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (João 14:16); Atos dos Apóstolos - "Esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis" (15:26-27); as Epístolas - "Esse vos ensinará todas as cousas" (14:26); e finalmente o Apocalipse - "Vos anunciará as cousas que hão de vir" (v. 13). Mas a presença do Espírito Santo aqui na Terra também implica graves conseqüências para o Mundo, pois declara-lhe a sua culpa em rejeitar a Cristo (vs. 8-11).

Por suas perguntas, os discípulos mostram o quanto são incapazes, naquele momento de suportar os ensinos de seu Mestre (v. 12). Agora o Espírito Santo está aqui, glorificando o Senhor Jesus ao no-lo anunciar do que é dEle. Glorifiquemos nós também ao Senhor ao receber e guardar o que nos revela!

viernes, 24 de diciembre de 2010

Natal

Natal

1 - O Enigma da Babilônia

Conforme descrito em Gen. 3:15, ADONAI Elohim anunciou ao casal culpado no jardim do Eden a "semente" da mulher, o Salvador da humanidade que apareceria, e que destruiria "a Serpente". Depois do dilúvio, quando a raça humana estava centralizada na planície de Bavel (Babel/Babilônia), Satan lutou para desviar os homens do plano de redenção de Deus ao produzir um falso messias. Ele encontrou uma ferramenta mais do que pronta para isto, uma mulher ambiciosa, chamada Semiramis, a viúva de Nimrod, "o poderoso caçador perante ADONAI" (Gen. 10:9), o qual havia morrido de forma violenta. Nimrod havia sido endeusado como o libertador da ameaça das feras. Sua esposa, procurando perpetuar a adoração a ele, e também procurando controlar os homens, iludiu o povo com a crença de que ela havia, através de uma concepção milagrosa, dado a luz a um filho, a quem ela chamou de Tammuz, o qual ela alegava ser a reencarnação de Nimrod. Aqui estava então a falsificação de Satan para a "Semente" da mulher. Esta mulher com seu filho ilegítimo foi daí em diante adorada como sendo "a mãe de (um) deus", a Madonna, isto é, a "rainha do céu". Começou aí a antiquíssima religião do "enigma da Babilônia", a fonte de toda a idolatria que se alastrou pelo mundo. Todo ídolo mencionado na Bíblia, e também na mitologia, tendo tido variações de nomes em diferentes partes do mundo, pode ter sua origem traçada até esta fonte.

2 – O Natal e a Adoração Pagã

Alexander Hislop, em seu trabalho monumental, AS DUAS BABILÔNIAS, mostrou claramente que a adoração papal nada mais é do que a adoração de Nimrod e de sua esposa, mascaradas com uma roupagem de Cristianismo. A respeito da festa de Natal, Hislop escreve:

"O Natal era originalmente uma festã pagã sem sombra de dúvida. A época do ano, as cerimônias com as quais ele é celebrado, provam sua origem. No Egito, o filho de Isis (Isis é o título egípcio para a "rainha do céu") nasceu nesta exata época, por volta do chamado "solstício de inverno". O próprio nome pelo qual o Natal é popularmente conhecido entre nós - Yule Day [Nota do tradutor: este nome se refere à cultura inglesa] - prova sua origem outrora pagã e babilônica. "Yule" é o nome caldeu para "criança"; e como o dia 25 de Dezembro era chamado pelos nossos ancestrais anglo-saxônicos de "Yule day" ou "dia da criança", e a noite após esta era chamada de "Noite-mãe", muito antes do nosso contato com o Cristianismo, isto é prova suficiente da sua natureza verdadeira. Este "aniversário" era comemorado nas entranhas das dimensões do paganismo(AS DUAS BABILÔNIAS, Alexander Hislop; p. 93)

3 – Incorporando Costumes Pagãos

É facilmente demonstrado que Yeshua nasceu não no inverno, mas durante as Festas de Outono. Uma vez que ADONAI, em sua Palavra, não autorizou a celebração do Natal, então o mesmo foi introduzido por homens. Mas como isso aconteceu? Desde cedo no primeiro século, Paulo já condenava os gentios que estavam tentando incorporar seus "dias, e meses e estações do ano" pagãos em sua nova fé (Gal. 4:8-11). Por volta do ano 230, o "pai da igreja" cristã gentílica, Tertuliano, escreveu:

Por nós [gentios cristãos] que somos estrangeiros aos Shabbatot judaicos, e luas novas, e festivais, uma vez aceitos por Deus, a Saturnália, as festas de Janeiro, a Brumália, e a Matronália estão sendo frequentados, com presentes sendo dados e recebidos.

4 – A Origem do Termo ‘Natal’

Uma vez que Tammuz era adorado como um deus-encarnado, isto também significava que ele era a encarnação do "senhor dos céus", o sol, e uma vez que o sol começava a ficar notoriamente mais forte por volta do dia 25 de Dezembro, esta data começou a ser reconhecida não só como o renascimento de Nimrod mas também do próprio sol. Na Roma antiga, este dia era conhecido como "Natalis Invicti Solis" - o Dia do Sol Invicto. Luzes eram acesas para brilhar até o dia 6 de Janeiro (Epifania). A festa da Saturnália, que durava cerca de uma semana, era realizada durante a época do solstício de inverno, acompanhada de muita alegria, festanças e brincadeiras.

5 – O Papa e o Sincretismo Religioso

Para obter mais adeptos ao Catolicismo Romano, era a política do papa misturar os festivais pagãos com coisas da Cristandade. O papa Gregório escreveu o seguinte a Agostinho, o primeiro missionário às Ilhas Britânicas (597 DC):

Não destrua os templos dos deuses ingleses; mude-os para igrejas cristãs. Não proíba costumes "inofensivos" que têm sido associados a outras religiões; consagre-os ao uso cristão.

Assim Roma manteve uma forma pagã para o Natal, mas não conseguiu restringir seu espírito pagão - que existe até os dias de hoje.

Sir James Fraser, em "O Ramo Dourado", escreve:

Portanto parece que a Igreja Cristã escolheu celebrar o aniversário do seu fundador no dia 25 de Dezembro para transferir a devoção dos pagãos do sol para aquele que era chamado de Sol da Justiça. Se foi este o caso, não pode haver improbabilidade intrínseca na conjectura de que motivos da mesma natureza possam ter conduzido as autoridades eclesiásticas a assimilar na Páscoa, festival da morte e ressurreição do Senhor deles, o festival da morte e ressurreição de um outro deus asiático, que caia na mesma estação.

Já vimos a origem do nome Natal (de "Natalis Invicti Solis"). A origem do nome "Christmas", no inglês, apareceu cerca de 450 DC quando o papa Julius decretou que todos os católicos deveriam celebrar o aniversário de cristo no mesmo dia em que os pagãos celebravam a Saturnália. Foi designado como "Christe-masse", ou a "missa de Cristo".

6 – A Origem da Árvore de Natal

Poucos sabem que a chamada "árvore de Natal" tem suas origens na religião do "enigma da Babilônia", onde era usada para representar Tammuz (cujo nome quer dizer "broto"). É justamente a falsificação de Satan para "O Ramo" (Hebraico: NETSER; ramo; ou broto) -- o Messias, que era profeticamente chamado de "A raiz saída do solo seco" (Is. 11:1; 53:2; Jer. 23:5; Zc 6:12 -- "Eis o homem cujo nome é O Ramo"). Moedas antigas já foram encontradas mostrando um toco de árvore (representando a morte de Nimrod) e uma pequena árvore crescendo próxima (Tammuz). Os Egípcios usavam uma palmeira; os Romanos um pinheiro. A "árvore de Natal" de israelitas idólatas é descrita em Jer. 10:1-4, onde a árvore moderna é representada vividamente. O visco e o azevinho eram proeminentes na adoração à árvore da cultura druida anglo-saxônica.

7 – O que um Seguidor de Yeshua deve fazer?

Um crente de coração sincero não pode contribuir para a perpetuação do Natal observando-o de qualquer forma, mas deve se abster horrorizado de celebrações nascidas do paganismo e reverenciadas por um mundo que recebeu o Messias sob a espada de Herodes, cheirando a sangue dos bebês de Belém, e que por fim o crucificou em ódio mortal. A profecia de Apocalipse 11:10 pode em breve ser cumprida, quando as duas testemunha de ADONAI serão mortas, e então "os que habitam sobre a terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão; e mandarão presentes uns aos outros."

"e não vos associeis às obras infrutíferas das trevas, ao invés disto, condenai-as;"
(Efésios 5:11)


O nascimento de "Jesus" é lembrado a cada ano, mas Yeshua é desdenhosamente relegado ao esquecimento.

A Torah nos lembra:

"Não seguirás uma multidão para fazeres o mal;" (Shemot / Êxodo 23:2)

E o próprio Yeshua disse:

"porque o que entre os homens é elevado, perante Elohim é abominação" (Lucas 16:15)

Lembremo-nos das palavras de Paulo, de que não devemos misturar o que é pagão às coisas de Deus:

"Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre o Mashiach e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Elohim com demônios? Pois nós somos santuário de Elohim vivo, como Elohim disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Elohim e eles serão o meu povo." (2 Coríntios 6:14-16)

E ainda da recomendação dele:

"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Elohim." (Romanos 12:2)

Lição Bíblica

João 15.16-27

16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
17 Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.
18 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.
19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
20 Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
21 Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou.
22 Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.
23 Quem me odeia odeia também a meu Pai.
24 Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai.
25 Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo.
26 Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;
27 e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio.
Se o objetivo de nossas orações é produzir fruto para Deus, serão sempre ouvidas (v. 16). Mas, em que consiste o fruto? Essencialmente no amor dos redimidos uns pelos outros e nas várias formas em que isso se demonstra. "Isto vos mando", disse o Senhor. É a terceira vez que Ele menciona este "novo mandamento" (v. 17; vide v. 12; 13:34). É um estado triste e anormal quando falta o afeto entre os membros de uma família quanto mais quando se trata da família de Deus! Em troca, é absolutamente normal o ódio do Mundo para com os crentes (cuja conduta condena a do Mundo) e devemos contar com isso - a não ser que o Mundo ache algo de si em nós, o que seria um péssimo sinal.

"Não é o servo maior do que seu senhor" (v. 20). Esta é uma repetição do capítulo 13:16, quando foi dito em relação ao serviço: aqui o Senhor aplica os sofrimentos aos que terão que padecer por parte do Mundo.

Assim o nome do Senhor Jesus é, por sua vez e ao mesmo tempo, o motivo para o Mundo nos odiar (v. 21) e também para o Pai responder as nossas orações (final do v. 16).

jueves, 23 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 15.1-15
1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
2 Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado;
4 permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.
9 Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.
10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.
11 Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.
12 O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.
14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.
15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.

Israel continuava uma videira infrutífera, apesar de todos os cuidados do divino Lavrador (vide Salmo 80:8, 9; Isaías 5:2). Em contraste, o Senhor se apresenta como a Videira verdadeira, que produz fruto através dos discípulos. Visto que nem todos os ramos da videira dão frutos por igual, assim o Senhor diferencia os que dizem O conhecer: há tais que dão "nenhum fruto"..., outros "fruto", "mais fruto" (v. 2) e "muito fruto" (v. 5). Existem duas condições necessárias para dar fruto: (1) permanecer nEle assim como um ramo que permanece ligado ao tronco que o alimenta - e (2)"Ele em nós", da mesma forma como o ramo se deixa impregnar pela seiva que é a sua vida. Por outra parte, não nos esqueçamos de que se o Pai nos "limpa", removendo alguma coisa de uma maneira que às vezes é dolorosa, é a fim de que possamos dar mais fruto (v. 2).
Mas que abençoado resultado flui de tal comunhão! O conhecimento da vontade de Deus e conseqüentemente a resposta às nossas orações, visto que já não queremos pedir mais outra coisa senão aquilo que Ele mesmo deseja para nós (v. 7): o gozo (v. 11) e finalmente a aprovação inestimável dAquele que deseja nos chamar de Seus amigos (v. 14).

miércoles, 22 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 14.15-31
15 Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,
17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
18 Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.
19 Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.
20 Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.
21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.
22 Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo?
23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.
24 Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.
25 Isto vos tenho dito, estando ainda convosco;
26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
28 Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.
29 Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais.
30 Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim;
31 contudo, assim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.

O Senhor Jesus está a ponto de deixar os Seus amados discípulos, mas Ele não os deixará órfãos. Ele lhes enviará uma Pessoa divina para confortá-los e sustentá-los, para vir e ajudá-los (v. 16 - Consolador é a mesma palavra de 1 João 2:1: Advogado. É aquele que defende a causa de uma pessoa e que vem para ajudá-la e assisti-la). Este é o Espírito Santo, que não só estará com os crentes, mas neles, para ensiná-los (v. 26). O Senhor Lhe chama de "outro Consolador", porque Ele mesmo permanece como o Consolador celestial, o Advogado junto ao Pai (1 João 2:1).
O Senhor Jesus ainda faz três outras promessas aos Seus: (1) a nova vida que flui da Sua (v. 19); (2)um lugar especial no amor do Filho - e do Pai - para todo aquele que comprovar seu amor por Ele ao guardar os Seu mandamentos (vs. 21, 23); (3) e, finalmente, paz, a Sua própria paz (v. 27). Quão verdadeiro é que Ele não a dá "como a dá o mundo". O Mundo oferece pouco e tira muito; distrai e retarda a consciência, agindo como uma droga tranqüilizadora, a qual por um momento parece acalmar a ansiedade e os tormentos da alma, mas que é apenas uma ilusão de paz. A paz que o Senhor Jesus dá satisfaz completamente o coração, e, ademais, é eterna.
Por fim, o Senhor diz aos Seus discípulos que o verdadeiro amor por Ele não deve buscar retê-LO egoisticamente aqui embaixo, senão que deve regozijar-se com Ele nesse Seu gozo (v. 28).

martes, 21 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 14.1-14

1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
3 E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
4 E vós sabeis o caminho para onde eu vou.
5 Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?
6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
7 Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto.
8 Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.
9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.
11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.
13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
No capítulo 13 vimos como o Senhor preparava os Seus a fim de terem uma parte com Ele, já aqui na Terra (v. 8). Agora está indo preparar-lhes lugar na casa do Pai. Para isso é necessário que vá adiante deles, como um dono de casa que toma as suas disposições para chegar a casa antes que os seus convidados. A Bíblia nos dá poucos detalhes acerca do céu. Mas é a presença do Senhor que faz dele uma morada de felicidade. E Ele mesmo alega que será a presença dos Seus consigo a fonte de gozo para o Seu coração.

O Senhor Jesus é o único caminho ao Pai. Ele é a verdade e é a vida. Ele nunca deixou de revelar o Pai em palavra e atos; contudo, quanta dor não Lhe causou a ignorância dos Seus discípulos! Porém, não é a nós que Ele às vezes também poderia dizer: "Faz tanto tempo que ouves falar de Mim, que lês a minha Palavra, como é que não me conheces melhor?"

"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei" promete o Senhor (v. 13). "Em meu nome" não é uma simples fórmula, mas sim que isso implica que Ele pode estar de acordo com aquilo que pedimos. Sendo assim, então, a nossa oração será a oração do Senhor Jesus, e Ele certamente a responderá - não apenas porque nos ama, mas, em primeiro lugar, porque se trata da glória do Pai. Poderia haver outro motivo mais excelente?

lunes, 20 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 13.21-38

21 Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus em espírito e afirmou: Em verdade, em verdade vos digo que um dentre vós me trairá.
22 Então, os discípulos olharam uns para os outros, sem saber a quem ele se referia.
23 Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava;
24 a esse fez Simão Pedro sinal, dizendo-lhe: Pergunta a quem ele se refere.
25 Então, aquele discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é?
26 Respondeu Jesus: É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo -o molhado, deu -o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
27 E, após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze -o depressa.
28 Nenhum, porém, dos que estavam à mesa percebeu a que fim lhe dissera isto.
29 Pois, como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa ou lhe ordenara que desse alguma coisa aos pobres.
30 Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.
31 Quando ele saiu, disse Jesus: Agora, foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele;
32 se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará nele mesmo; e glorificá-lo -á imediatamente.
33 Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir.
34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.
36 Perguntou-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Respondeu Jesus: Para onde vou, não me podes seguir agora; mais tarde, porém, me seguirás.
37 Replicou Pedro: Senhor, por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a própria vida.
38 Respondeu Jesus: Darás a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que jamais cantará o galo antes que me negues três vezes.
O "discípulo a quem Jesus amava" é o nome que João usa quando em seu Evangelho está se referindo a si mesmo. Ele conhecia o amor do Senhor pelos Seus (v. 1), mas também sabia que ele mesmo era um objeto pessoal desse amor. Ele desfrutava desse amor perto do Senhor Jesus, lugar precioso onde recebia as mais íntimas comunicações. Mas agora o Senhor lhe revela um segredo terrível. Denuncia a Judas como traidor, este que Ele mesmo conhecia desde o princípio (6:64). Então Satanás entra nesse homem que estava pronto para recebê-lo; Judas se vai pela noite a consumar o seu tremendo crime.

O Senhor volta a falar de Sua cruz, onde a Sua glória brilhará em meio da desonra (v. 31), e também de Sua ressurreição, pela qual Deus glorificará Àquele que O glorificou tão perfeitamente (v. 32). Mas, como os Seus discípulos serão reconhecidos daqui em diante, já que Ele não estará mais no meio deles? Por um seguro sinal: pelo amor de uns para com os outros (v. 35). É verdadeiramente esse amor que nos caracteriza? Esta é uma pergunta que sonda profundamente os nossos corações.

Em contraste com João, que estava ocupado com a afeição de Jesus para consigo, Pedro quer vangloriar-se de sua própria dedicação, e infelizmente não considera a advertência do Senhor (v. 38).

domingo, 19 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 13.1-20

1 Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
2 Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus,
3 sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus,
4 levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela.
5 Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim?
7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois.
8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.
9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.
10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.
11 Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos.
12 Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou.
14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.
15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
16 Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
17 Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.
18 Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar.
19 Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU.
20 Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.
Para o coração do Senhor, a morte significava "passar deste mundo para o Pai" (v. 1; compare 16:28). Mas Ele estava deixando para trás, num Mundo cheio de pecado, aqueles a quem amava. E, tal como os pés do peregrino se cobrem de poeira pelo caminho, assim os crentes estão expostos, pelo seu contato com o mal, a manchar-se em seus pensamentos, palavras e ações, ainda que seu corpo esteja "limpo", ou seja, lavado pelo sangue da cruz (v. 10; Apocalipse 1:5). Porém o nosso fiel Senhor fez provisão para isso, pois vela pela santidade prática dos Seus. Como grande Sumo Sacerdote Ele lava os pés deles. Em outras palavras isso quer dizer que Ele os purifica ao conduzi-los para que continuamente se julguem à luz da Palavra (a água) que aplica as suas consciências (Efésios 5:26; Hebreus 10:20).

Esse serviço de amor é aquele que também devemos exercitar uns para com os outros. Em humildade, ajoelhando a seus pés, devemos pela Palavra mostrar aos nossos irmãos e irmãs em que eles estão falhando, ou a que perigo estão se expondo (Gálatas 6:1). Queridos amigos, o Senhor não diz: "Bem-aventurados sereis se souberes estas coisas", mas, conhecendo essas coisas, "bem-aventurados sois se as praticardes" (v. 17).

sábado, 18 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 12.37-50

37 E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele,
38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?
39 Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda:
40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados.
41 Isto disse Isaías porque viu a glória dele e falou a seu respeito.
42 Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga;
43 porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus.
44 E Jesus clamou, dizendo: Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou.
45 E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.
46 Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
47 Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.
48 Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.
49 Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.
50 E sei que o seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim falo.
Com o capítulo 12 se encerra uma grande divisão deste Evangelho. A partir do capítulo 13 o Senhor se dirigirá exclusivamente a Seus discípulos. Assim, temos aqui as Suas últimas palavras ao povo de Israel. De agora em diante, e conforme profetizou Isaías, essa nação estará endurecida. João 1:11 confirma-se como verdadeiro: Ele "veio para o que era seu (Israel), e os seus não o receberam". Mas o versículo seguinte também tem sido confirmado. Alguns O receberam e obtiveram o direito de se tornarem filhos de Deus. Mesmo entre os governantes, vários creram nEle sem atrever-se, contudo, a dar testemunho de sua fé. E a razão que nos é dada é "porque amaram mais a glória dos homens, do que a glória de Deus" (v. 43). Nós, a quem do mesmo modo falta coragem para confessar a nossa fé, perguntemo-nos a nós mesmos: não é este também o nosso motivo?.

Uma última vez Jesus declara pública e solenemente o caráter divino de Seu ministério. Ele é o Enviado de Deus que, ao mesmo tempo, é a perfeita imagem do Pai (v. 44, 49; Hebreus 1:3). Todas as Suas palavras expressaram verdadeiramente os pensamentos de Deus. Devemos meditar sobre este maravilhoso exemplo e, quanto a nós, aprender dEle o que devemos dizer e como devemos falar (v. 49).

viernes, 17 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 12.20-36

20 Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos;
21 estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus.
22 Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus.
23 Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.
24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.
25 Quem ama a sua vida perde -a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la -á para a vida eterna.
26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.
27 Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora.
28 Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei.
29 A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz, dizia ter havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que lhe falou.
30 Então, explicou Jesus: Não foi por mim que veio esta voz, e sim por vossa causa.
31 Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.
32 E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.
33 Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer.
34 Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?
35 Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
36 Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles.
Em antigas tumbas egípcias encontraram-se grãos de trigo que, apesar de milhares de anos de idade, ainda eram capazes de germinar. Contudo, qualquer que fosse o tempo transcorrido, e ainda que tivessem sido guardados em um recipiente muito precioso, esses grãos não poderiam multiplicar-se ali. Para que eles pudessem formar espigas carregadas de outros grãos semelhantes às sementes, esses grãos deveriam ser colocados na terra, a saber, que fossem sacrificados. Essa é a figura que o Senhor Jesus usa ao falar da Sua morte. O desejo dos gregos em vê-LO guia os pensamentos do Senhor Jesus aos maravilhosos resultados de Sua cruz, a saber: a bênção das nações sob o domínio universal do Filho do homem, muito fruto (v. 24b), o julgamento de Satanás (v. 31), e todos os homens serão atraídos a Ele (v. 32). Mas diante de Sua alma santa também passa o peso dos sofrimentos que esta hora trará para Ele. Então se dirige a Deus, que do céu Lhe responde com a promessa da ressurreição (v. 28).

A noite agora estava eminente para o povo judeu. A Luz estava para desaparecer no horizonte; o Senhor Jesus iria deixá-los (v. 35; Jeremias 13:16). O presente momento da graça para nós também se aproxima do seu fim. O momento virá quando já não será mais possível crer (compare v. 40). Na vida do Senhor Jesus houve um solene "agora" (v. 27, 31). Para nós "agora" é o tempo de crer nEle (2 Coríntios 6:2).

jueves, 16 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 12.1-19

1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.
3 Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo.
4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse:
5 Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?
6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.
7 Jesus, entretanto, disse: Deixa -a! Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem;
8 porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
9 Soube numerosa multidão dos judeus que Jesus estava ali, e lá foram não só por causa dele, mas também para verem Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
10 Mas os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro;
11 porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam crendo em Jesus.
12 No dia seguinte, a numerosa multidão que viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém,
13 tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro, clamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!
14 E Jesus, tendo conseguido um jumentinho, montou -o, segundo está escrito:
15 Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta.
16 Seus discípulos a princípio não compreenderam isto; quando, porém, Jesus foi glorificado, então, eles se lembraram de que estas coisas estavam escritas a respeito dele e também de que isso lhe fizeram.
17 Dava, pois, testemunho disto a multidão que estivera com ele, quando chamara a Lázaro do túmulo e o levantara dentre os mortos.
18 Por causa disso, também, a multidão lhe saiu ao encontro, pois ouviu que ele fizera este sinal.
19 De sorte que os fariseus disseram entre si: Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o mundo após ele.
Os diferentes aspectos da adoração são representados na tocante cena descrita nos versículos 1-3. Vemos a presença do Senhor, a comunhão, o testemunho, o santo serviço e o louvor. Não se trata de uma festa em honra a Lázaro; o Senhor Jesus é o centro dessa festa: "Deram-Lhe, pois, ali, uma ceia". A única qualificação de Lázaro para estar à mesa com Ele é a de um homem morto que recebeu nova vida (o que é o caso de todos os redimidos). Não nos é comunicado o que esse homem diz ou faz; a sua presença ali é suficiente para mostrar o que o Senhor fez por ele. Marta serve; desta vez a sua atividade é perfeitamente adequada, em contraste com Lucas 10:40. Por fim, Maria, que derrama o "mui precioso" perfume, o qual toca o coração do Salvador e também enche toda a casa. Essa é uma figura da adoração que os redimidos gratamente expressam quando se reúnem. O descrente só tem menosprezo para com essa adoração - basicamente porque honra a outro deus: o dinheiro (v. 6).

O versículo 10 mostra como Lázaro é também objeto do ódio dos homens contra o Senhor Jesus.

Logo temos uma descrição da entrada triunfal do Rei de Israel em Sua cidade de Jerusalém. Porém a reputação que o precede é transitória, e se deve basicamente ao grande milagre que havia realizado.

martes, 14 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 11.28-44

28 Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama.
29 Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com ele,
30 pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia onde Marta se avistara com ele.
31 Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo -a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar.
32 Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.
33 Jesus, vendo -a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se.
34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê!
35 Jesus chorou.
36 Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava.
37 Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?
38 Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.
39 Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias.
40 Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?
41 Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste.
42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.
43 E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!
44 Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai -o e deixai -o ir.
Marta se dá conta de que a sua irmã é mais capaz de entender o que está nos pensamentos do Senhor do que ela mesma, e a chama. Porém, Maria só pôde dizer o mesmo que Marta: "Senhor, se estiveras aqui..." (v. 32; compare v. 21). Nada mais pôde fazer do que olhar para trás, como fazem muitas pessoas que passam pelo luto. O Senhor Jesus, comovido, pede-lhes para que O levem ao sepulcro. Então O vemos chorar. Não sabia o que ia fazer? Certamente que sabia, mas na presença dos estragos da morte e de seu trágico poder sobre os homens, o Filho de Deus se agita em tristeza, angústia e indignação. O Vencedor da morte está ali. Mas para que a glória de Deus possa se manifestar perante a multidão que será testemunha deste evento, o estado de decomposição de Lázaro deve ser devidamente comprovado (v. 39); o Senhor, ao dar graças com antecipação, atribui o Seu poder Àquele que O enviou (v. 41-42). Só então a Sua poderosa voz ordena sair da sepultura o morto ainda ligado com ataduras... Que assombro para os presentes! E quanto a nós, recordemos a promessa que o Senhor fez a Marta: "Não te disse eu que se creres verás" - talvez não o que você espera ver, mas certamente "a glória de Deus" (vs. 4 e 40).

lunes, 13 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 11.1-27

1 Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
2 Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos.
3 Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas.
4 Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.
5 Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
6 Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava.
7 Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia.
8 Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?
9 Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo;
10 mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.
11 Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.
12 Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.
13 Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono.
14 Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu;
15 e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele.
16 Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: Vamos também nós para morrermos com ele.
17 Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias.
18 Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém.
19 Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão.
20 Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa.
21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão.
22 Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.
23 Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir.
24 Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia.
25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;
26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?
27 Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.
Em sua ansiedade, as duas irmãs de Betânia fazem um pedido ao Amigo divino. Este pedido pode servir como um exemplo para nós: "Senhor, está enfermo aquele a quem amas" (v. 3). Quando elas chamaram o Senhor, reconheceram a Sua autoridade e não Lhe disseram o que fazer, fazendo-lhe prescrições: por exemplo - Venha e cure o nosso irmão! Elas simplesmente expuseram-Lhe o caso que as preocupava. Também conheciam o Seu amor e fazem menção a ele. Contudo, este afeto não faz com que o Senhor Jesus decida imediatamente ir à Judéia. As intenções criminosas dos judeus também não O impediriam de ir ali quando fosse o momento. Só a obediência a Seu Pai dirigia os passos do Senhor. Graças a essa demora, a glória de Deus brilha muito mais, pois, quando o Senhor Jesus chega a Betânia, já faz quatro dias que Lázaro está no sepulcro. De tempos em tempos, encontramos pessoas atravessando momentos de luto. Vemos então a completa insuficiência da simpatia humana (como a dos judeus no versículo 19). Porém tudo muda quando olhamos para Aquele que é "a ressurreição e a vida". Logo compreendemos o pleno valor das coisas eternas e a nossa fé triunfa em esperança.

domingo, 12 de diciembre de 2010

Lição Bíblica

João 10.22-42

22 Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão.
24 Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize -o francamente.
25 Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.
26 Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.
30 Eu e o Pai somos um.
31 Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar.
32 Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?
33 Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
34 Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35 Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar,
36 então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?
37 Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis;
38 mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai.
39 Nesse ponto, procuravam, outra vez, prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.
40 Novamente, se retirou para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu.
41 E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade.
42 E muitos ali creram nele.
Com evidente má fé, os judeus uma vez mais questionam o Senhor: "Se tu és o Cristo, dize-o francamente" (v. 24). Mas, Ele não só já havia declarado isso a eles (por exemplo 8:58), senão que também o havia demonstrado (v. 25, 32, 37, 38). Assim, de agora em diante, Ele limita as Suas atividades só ao Seu rebanho. As ovelhas pertencem a ele por direito; primeiro, porque o Pai as tem dado expressamente a Ele (v. 29), e depois, também, porque Ele as resgatou. Os versículos 27 e 28 são muito preciosos porque nos dizem o que Ele faz pelas Suas ovelhas: Ele lhes dá vida eterna, Ele as conduz, Ele as abriga sob a proteção de Suas mãos - e elas são caracterizadas por ouvirem a Sua voz e O seguir. Isso é certamente a resposta adequada ao Seu maravilhoso amor!

De novo os judeus tentam apedrejar o Senhor Jesus (8:59), desta vez acusando-O de blasfêmia. "Sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo" dizem eles. Esta era verdadeiramente a ambição do primeiro Adão e de todos os seus descendentes: ser igual a Deus. Porém o Senhor Jesus seguiu exatamente o caminho oposto - "Pois ele, subsistindo em forma de Deus", foi "reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou" (Filipenses 2:6-8).

No entanto, o versículo 42 ainda conclui: "E muitos creram nele" (tal como no cap. 8:30). Estes se tornaram Suas benditas ovelhas.